Textos de Tragédia
PERPLEXIDADE DIANTE DA MORTE
A tragédia do avião da Chapecoense me provoca um sentimento repetitivo: não somos nada.
É trivial.
Um lugar-comum.
Um sentimento devastador: somos poeira.
Lembra uma expressão do próprio futebol para o toque de bola: estava aqui, não está mais.
Quem não se perturba?
Bolhinhas de sabão, estouramos todos os dias.
A vida é uma ilusão compartilhada.
Até que se acaba como um suspiro.
Ficam as lágrimas de quem ainda tem algum tempo por aqui.
Mas quanto?
TRAGÉDIA
É a tragédia, bardo, desta vida
neblina que na manhã embaça
solidão com desleixo sem graça
que na agonia sem dó é erguida
É gemido que na dor favorecida
por tristuras n’alma em carcaça
um choro, um sonho de fumaça
sulca ufana, e devora destemida
É reza, enfim, que na pobreza
da fé, numa carência generosa
olha aos céus com certa frieza
Mas ter desilusão, tão gulosa
na alegria, é prosa sem defesa
ao fado traz frustação furiosa
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/ outubro, 2020 – Triângulo Mineiro
DIVINA TRAGÉDIA:
Eu tenho medo, medo da solidão dessas capitais.
Eu tenho medo, esse medo me faz ser capaz.
Medo, medo, medo.
Eu tenho medo da loucura das maquinas dos homens a malograr
Eu tenho medo sim, medo do progresso, esse ‘Deus” mendaz, capataz
Medo, medo, medo
Eu tenho medo da Brasília pomposa e tudo que há
Eu tenho medo de tudo isso, do porvir, regressar
Medo, medo, medo
Eu tenho medo dos sonhos não sonhados, ou que há de sonhar
Eu tenho medo da distopia que não sabe sonhar
Medo, medo, medo
Eu tenho medo do discurso formal que se faz capital
Tenho medo de tudo que é certo, de certo, se há
Medo, medo, medo
Eu tenho medo dos livros que não se ler
Dos tidos e lidos que se pode ver
Medo, medo, medo
Eu tenho medo dos verdes das “matas”
Do ouro amarelo do seu céu estrelar
Medo, medo, medo
Eu tenho do jardin de infância, seu vestibular
Eu tenho medo porque medo é constância em seu habitar
Medo, medo, medo
Eu tenho medo pela cor do nagô pelas “moças” que há
Tenho medo dos rios que fenece sufocando o mar
Medo, medo, medo
Eu tenho medo das chuvas acetas à primavera que virá
Eu tenho medo da morte que mata o pulsar
Medo de seu tenaz preconceito e tudo que está
Medo, medo, medo
Que o medo me faça de resistir incapaz.
Medo, medo, medo.
... a grande
tragédia que hoje abate
os mais jovens não decorre de
um habitual destrato à ordem
e princípios já estabelecidos: e sim,
da desoladora inabilidadedetectada
naqueles que, à posse de justos
argumentose atitudes, revelariam as benessessuscitadas pelo
respeito à ordem!
Talvez a maior tragédia
da nossa época é
que não podemos
contar com líderes,
todos aqueles que
poderiam vir a ser
foram perseguidos,
dos caminhos desviados
e por intriga abatidos.
Povos têm lutado
para sobreviver,
e entusiastas de regimes
repressivos vivendo
andam engasgados
nas próprias
migalhas sem saber.
Não quero roubar
a fé e o teu estímulo,
um dia a conta vem
e para muitas coisas
o tarde demais existe
para aquele que
só faz o que convém.
Danço nos cascos
da mente para não
deixar a sanidade
do mundo capturar
porque só com um
pouco de loucura,
sou capaz de nadar.
Daqui do parapeito
da janela do quarto
o jazz do Universo,
as estrelas e a Lua
me divertem em pleno
mundo afogado no ego,
e dele sou sobrevivente
da guerra que travo
comigo diariamente.
Deste firmamento
tu és o meu cruzeiro,
neste mundo onde
tudo é passageiro,
todos nós peregrinos
e eu tua vitória-régia
em plena expectativa
alimentando-me do teu
etéreo encantamento.
I
Saudades não será
mais uma tragédia
esquecida na Pátria
onde no mesmo dia
o riso foi arrancado.
A dor dos nossos
não comove nem
mesmo os nossos,
o meu coração
continua doendo.
Insone porque falta
o oxigênio essencial,
sobra provocação
a todo o instante
e urge todo cuidado.
O nosso drama não
comove ninguém
por todos os lados,
o meu coração
está aos pedaços.
Nesta América Latina
onde nos pisoteiam
o tempo inteiro e vidas
escapam como um
furacão entre os nossos dedos,
como as que perdidas
nos campos do Império.
As mortes banalizadas
em todos os instantes,
e tem gente que acha
que há como viver como antes.
II
Não sei mais o quê
falar onde possíveis
falsas notícias dizem
que presos políticos
civis foram levados
aos cárceres comuns.
Não sei mais o quê
falar onde possíveis
falsas notícias dizem
que presos políticos
militares foram levados
para Ramo Verde.
Perguntar até onde
foi parar o General
que está preso inocente
é falar com as paredes,
mas mesmo sem
sucesso ainda peço
confirmação ao Universo.
Nesta América Latina
viciada em indiferenças
e traições como
as sofridas por El Salvador
que brincam nas estações
com cada um dos nervos
e fazem perder paradeiros
como os de jovens na Colômbia,
e seguimos fingindo que
nada disso está acontecendo.
A liberdade do homem
“Hoje, mais do que nunca, o homem aprisionado está buscando sua emancipação e sua liberdade. Sua tragédia é que ele busca a liberdade por meios que o levam a uma escravidão ainda maior. A liberdade é uma coisa espiritual, uma realidade sagrada e religiosa, cujas raízes estão em Deus e não no homem, pois a liberdade do homem, que faz deste mundo imagem de Deus, é uma participação na liberdade de Deus. O homem é livre na medida em que é semelhante a Deus.”
The Inner Experience, de Thomas Merton
Você construiu um castelo só para mim
Que luxo diriam alguns
Porém...
A intenção não era me proteger
E sim me isolar
Nesse castelo eu não era um rei
Mas sim um mediocre servo
Todavia eu continuei acreditando em você e nesse seu amor
Amor que torceu cada centímetro do meu corpo e do meu ser
Amor que tirou a minha alma dessa e de todas as dimensões.
Mas eu acreditava nesse seu amor doentio
Porque eu não merecia algo melhor
Eu necessitava dessa dor
Porque eu tinha alguém comigo
E isso era melhor do que estar sozinho ou
Fora do castelo
Lá fora era assustador demais para um mediocre servo.
[A profecia autorrealizável] :
Macbeth é um fiel súdito de seu rei. Um dia, lhe predizem que ele está destinado a governar a nação. Quando o homem conta a profecia à esposa, desperta sua ambição, que desencadeará a tragédia. Estando o rei hospedado em sua casa, a mulher convence Macbeth a assassiná-lo. Já coroado, lhe é revelada outra profecia: quem o sucederá no trono será seu filho ou o de um amigo. Shakespeare então fará com que tudo flua em direção ao sangrento final predito, que não aconteceria se ninguém houvesse acreditado nele e agido de forma a torná-lo possível.
20 anos de destruição das #torresgemeas
Os aviões do terrorismo ensaiaram uma coreografia grotesca e cruel, dólares e corpos foram queimados, deixados a mercê de centenas de anjos, que com certeza trabalharam arduamente pelo melhor tipo de salvação.
Eram gêmeas as torres e onde antes existiam só negócios, hoje se depositam flores. O atentado não destruiu apenas estruturas, levou ao chão com amargura vidas e sonhos de famílias inteiras.
Não dá para fazer poesia com essa triste tragédia, não há rima que sustente tamanho absurdo.
É dor que nunca cessa, é lembrança que não se cura.
Uma tarde o tanto quanto obscura, chuvosa, volumes imensuráveis de água caem, porque? O céu está triste... O céu está de luto... "porque?" ao olhar de relance poderemos ver, um "campo" desagradável, mórbido...
Dizem que ali descansam indivíduos a qual nãopertencem mais a nosso plano... Ao revirar nossas pupilas num movimento rápido, notamosque ali mais um indivíduo parte para o outro plano... "Quem será na esquife?" estive lá e indaguei e por fim descobri, e agora lhe conto!
o falecido se chama: essência!
Sim, minha essência Estás morta... "e o que a mataste?" tua frieza a assassinou... Como
uma doença, lentamente fui contaminado, tentei diferentes tipos de medicamentos, mais a tal doença é forte e lentamente evoluía: Frieza > inseguranças > Desprezo > descaso > Falta de confiança etc.... A virose virou doença, numa virada súbita e cruel meu coração chegou ao óbito....
"Aqui jás minha essência, Falecida por frieza" calma, calma não chore a
morte não é um final de tudo, minha essência estará sempre eternizada, você pode revive lá, você pode simplesmente vive-lá...."como?" simples: Ressuscite a com o amor! Descongele a tua essência, aqueça teu coração e encha o de compaixão novamente...
Você tem esse poder, o ser humano tem o dom para realizar coisas fantásticas, alcançar grandes feitos... Use teus poderes e ressuscite a minha essência, me dê a cura morena... A carta está lançada, uma jogada, duas opções...agora quem decidirá é você é não eu.... Boa sorte!
SONETO NA LAMA (Mariana, MG)
Basta! A quem assistiu o insuportável
O funeral de teus sonhos, tua quimera
Enlamear-se na lama sem que quisera
E em suas vidas, unidas, inseparável
Como acostumar ao lodo que espera?
Moldar-se no barro de jarrete miserável
Deitar-se na insônia, sentir o inevitável
Da mendicância, impune, e de espera
É véspera do escarro. Vês! O inaceitável
Total necessidade também de ser fera
Nas mãos dos que afagam o insaciável
Rio Doce, azeda lama, e sem primavera
Indecência dum indecente confortável...
Sou Minas Gerais, somos, gente sincera!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Deixou pra trás quem vem,
Trazendo toda a questionada solução.
Se faz sentido a falta de sentido
A ausência da resposta nos explica tudo então.
Eu vejo como ele viu o que lhe aconteceu
Se fez tragédia por não ser mais cômico,
E de tanto brincar de prever
A própria sorte trouxe então, o gosto de fim.
Eu desejo um pouco de esperança
Pra quem nunca alcança a vontade de sorrir.
E mesmo assim existe gente que nem vontade sente
Prova o gosto e bebe a chuva desse injusto fim
Olha pra mim, diz que eu to errado
Já que agora eu só lhes trago
O que ninguém quer ver,
O que ninguém quer saber.
Fiz questão de ter certeza,
Mas ter certeza é simplesmente uma ilusão.
E para os olhos de quem não quer ver,
Trago a proposta de um início sem fim.
Eu vejo como ele viu o que lhe aconteceu
Se fez tragédia por não ser mais cômico,
E de tanto brincar de prever
A própria sorte trouxe então, o gosto de fim.
Olha pra mim, diz que eu to errado
Já que agora eu só lhes trago
O que ninguém quer ver,
O que ninguém quer saber.
Fiz questão de ter certeza,
Mas ter certeza é simplesmente uma ilusão.
E para os olhos de quem não quer ver,
Trago a proposta de um início sem fim.
"A mais pequenina dor que diante de nós se produz e diante de nós geme, põe na nossa alma uma comiseração e na nossa carne um arrepio, que lhe não dariam as mais pavorosas catástrofes passadas longe, noutro tempo ou sob outros céus. Um homem caído a um poço na minha rua mais ansiadamente me sobressalta que cem mineiros sepultados numa mina da Sibéria".
Eça de Queirós, sobre as distâncias da dor
Parece que o sentimento de dor nos dias de hoje está diferente dos dias de Eça. Hoje, por qualquer catástrofe real ou imaginária divulgada pela mídia, as pessoas estão sempre dispostas a colaborar para amenizar a suposta dificuldade porque estejam passando nossos semelhantes dentro ou fora de nosso país. Por outro lado, para o homem deitado na calçada desnudo e com fome poucas pessoas se dispõem a socorrê-lo. E imaginando todos os indivíduos isolados nesta situação e fazendo deles um coletivo daria uma quantidade maior de pessoas que aquelas envolvidas nas tragédias divulgadas. Acho que nos dias de hoje não é a distância que determina a dor e sim o fato de ser individual ou coletivo. Socorrer o coletivo é socorrer a massa e a massa não tem rosto e dela não se espera retribuição. Já o socorro ao individual espera-se retorno e as pessoas não querem correr o risco de não serem retribuídas? Esta é uma questão para a qual ainda não obtive uma resposta. Por que as pessoas gostam mais de socorrer o coletivo desconhecido e muitas vezes longe, do que o individual, conhecido e próximo de nós?
Eu?
Eu sou um enigma
O explícito do indecifrável
As chaves perdidas no bolso
O ''quiçá'' que precede a tragédia
Eu sou a tragédia!
Sou a tempestade que encanta pela avidez
E sou também os raios de sol que cessam a voracidade de céus aterradores
Eu sou o pulo do gato
E sou também a madeira bamba, afoita para forçá-lo
Eu sou a consequência de um caos certo e interminável
Levantei pela madrugada. Chequei minhas redes sociais, aquela olhada de trinta segundos, coisas de quem não se desconecta nunca.
Meio sonolento, deslizei o polegar pela tela do celular, vi uma coisa aqui, outra acolá, e parei na notícia de um acidente de avião com a tripulação da Chapecoense.
Que isso? Pensei. A notícia dizia ter sido um pouso forçado, que o avião havia sofrido alguma turbulência. Tudo bem, pensei. Um susto. Coisas que a gente faz, distanciamento de coisas fora do nosso eixo.
Fui dormir.
Ao levantar, me deparo com essa tragédia. Meu Deus do céu! Mas não foi apenas um pouso forçado? Como pôde? Céus, 75 mortos e 6 sobreviventes? Inacreditável. Imaginei o horror de seus últimos momentos de vida e pus as mãos sobre os olhos.
A desolação de pais, esposas, filhos, parentes e amigos. E talvez mulheres grávidas que terão de suportar esta dor, que triste.
Que tragédia, meu Deus.
Sonhos interrompidos, o prazer de fazer o que se gosta, uma história em ascensão e um sentimento de que poderiam ter tido outro fim. Mas não deu. Sonhos que ficam num vôo que não chega ao seu destino.
Dor, perda, desespero e a esperança por uma notícia boa. Um misto de sentimentos que ninguém deseja sentir, mas ele insiste em estar ali. A negação de quem não quer acreditar. As orações e a fé de quem acredita até o fim, sem nem conseguir acreditar, talvez. A espera e angústia de um SIM que pode ser NÃO. Ou que simplesmente aconteça um milagre!
Não há como não sentir nada. É impossível não coadunar forças com aqueles que sofrem com esta lamentável tragédia.
Que dor!
Que Deus conforte estas famílias.
Isso tudo é triste demais.
Não é apenas um time que se vai. Repito, são pais, filhos, maridos, parentes e amigos.
Hoje somos todos Chapecoense.
Claiton de Paula
Nossos risonhos lindos campos tem menos flores, nossos bosques, menos vida, porém nosso céu tem mais estrelas e nosso peito bem mais amores.
E hoje o verde louro de nossa flâmula se mistura a cor desse time, enchedo nossos corações de esperança!
Essa pátria mãe gentil, gentilmente se solidariza com a dor dessas famílias.
#ForçaChape
S. de MATAR
(J.W.Papa)
Descobriram Mariana da lama que cobria Bento Rodrigues
e do minério, descobriu-se o mistério
que o capital há muito tempo escondia (a sete chaves).
Descobriu-se em Mariana a lama que sempre encobriu Minas
sob as montanhas de rejeitos camuflados nas represas
- de empresas tão lixo -
quanto o descarte que oferta hoje aos rios das cidades ao redor.
Descobriram os segredos mais bem guardados dos barões do Estado
em seus engenhos de minério de ferro e ganância desmedida
depois de um tsunami de lama ter inundado a paz de todo mundo
ceifando tantas vidas em tragédia tamanha
planeada em engenho absurdo durante tantos e tantos anos.
Descobriram na lama a saída humana para tamanho problema!
Mérito da bondade do povo brasileiro mobilizado
cansado de ser enganado e de tanta lama sendo espalhada por aí
e que a essa altura, já vai pr’além dos joelhos.
Mataram os peixes (os homens), os rios (as vilas) e derrubaram as árvores (as casas)
Agora está muito triste ver tantos corpos serem desenterrados.
Transformaram as montanhas (cartão postal de Minas) em pó
A tristeza é que todos nós sabíamos muito antes e nada fizemos.
Romperam as barragens, fazendo transbordar nosso ódio do peito
Será que depois de tudo isso, ainda permaneceremos calados?
Autorretrato
De minha mesa vejo um homem escrevendo ansioso, ocioso e melancólico. Seu semblante lúgubre e sem harmonia é de uma criatura alheia a seu próprio universo. Com mãos trêmulas, traça seu drama pessoal sobre uma pequena toalha de papel. Sua escrita é serena e seu gesto tem a cor e forma da tragédia. A sensação que me ocorre no momento, é que estou diante de uma pessoa profundamente deprimida. De onde estou é possível perceber seu vacilante destilar e o advento de uma lágrima a rolar. O momento é delicado, por um mísero instante ele parece hesitar, olha para o horizonte, um olhar perdido, talvez esteja preso a um passado distante, quiçá deseja-o esquecer. Em súbito volta a rabiscar, como se algo o puxasse de volta a sua atividade febril. Através da sombra que se faz à meia luz, consigo visualizar a silhueta de sua mão a escrever, agora mais calmamente, como se estivesse tecendo cada verbo de uma composição. Talvez esteja construindo uma escrita subliminar, rabiscando seu tormento, sinto-me tocado por sua aflição. Proponho-me a imaginar sua amargura, o que realmente o move a agir daquela maneira? Não obstante, calmamente o homem se levanta, olha para o horizonte e pensa por um momento, em um gesto hesitante, gesticula uma súplica. Ele olha para trás, olha para sua mesa e permanece estático, logo, se vira e vem em minha direção. O homem passa então a meu lado, segue seu caminho a passos calmos, sem pressa e desaparece. Com tremenda sensação de euforia não resisti ao desejo sublime da curiosidade, e calmamente fui à sua mesa, ocasião em que pude ver o pequeno pedaço de papel e me deparei com o esboço de um homem extremamente triste, e a baixo uma descrição: "eis-me aqui; assim me sinto no momento"!
Precisamos aprender a encarar os problemas como o Adoniram Barbosa encarava, pois as maiores tragédias ele transformou em samba.
A saudosa maloca virou samba.
A morte da amada Iracema virou samba.
Morar longe virou samba.
Ao invés de reclamar, tudo virou samba.
Precisamos aprender isso com urgência.