Textos de poema
Eu estou pensando em você,
E você está
pensando em mim;
Frondoso jeito
que me encontro
- pensando em você -
Ao encontrar
lindas flores
Num encantador jardim.
Eu estou pensando em você,
E te sentindo em mim..,
Macio e forte,
A tua natureza
é o meu norte;
Ao olhar estas flores vibro,
Admito, sonhar com você
Fazendo um coroa
de flores,
Para enfeitar
os meus cabelos.
Eu estou pensando
em você,
Em todos os nossos
desejos,
- intensos -
Profundos, sem tabus
e ledos,
Descobrindo juntos
os segredos.
Estou pensando
em você,
És o meu
amanhecer,
A minha paz e luz,
Você é cândido
e me seduz.
Estou pensando em você,
- aconteceu -
Estou te embalando,
E intensamente sonhando...
Asilada está em mim
- alegria indescritível -
Amanhecida, suave
E incrível!
Alegria poética de saber,
Que escrevo para te ter,
Te fazer sorrir e sentir.
Em cada letra lapidada,
Nasce um verso-joia,
Que forma um poema
- um tesouro -
Para fazer a tua alma
- serena -
E a tua entrega apaixonada.
A cada afeto embalado,
Surge ainda mais brilhante,
O meu despertar amante,
De escrever só para você;
Para que me repares
Toda a falta que só tu me fazes,
E para que não te esqueças:
E um dia aprenda me amar
Com a maior de todas as verdades.
O Rio de Janeiro sempre será lindo,
- mas hoje vestiu o seu luto
Por sonhos brasileiros
que
despencaram
do viaduto.
Foi acidente, que os findou
tragicamente.
Tantos planos resolutos,
Que se
esfacelaram por
milésimos
de segundos.
Foi acidente, que os arrancou
de nossa gente.
Destruindo vidas e mundos,
Abrindo terras e destinos,
De faixas etárias bem próximas,
Findando futuros e trajetórias.
- FIM DAS HISTÓRIAS!-
Talvez você não
me enxergue,
Assim como eu sou,
Talvez você
não me amou.
Sim, o teu
discreto olhar
Traz para mim
uma esperança
- única -
Como um vagalume
a voar.
Talvez você
não me perceba,
Sou vegetação rasteira,
Sim, eu floresço;
Desabrocho,
Sou estrela-flor,
- em esplendor
Cravada nas areias.
Talvez ainda
não me ame,
Porque não
me conhece
- direito -
Nascida para
te amar,
- devotadamente -
Para satisfazê-lo
INTEIRO.
O meu olhar errante te procura,
A minh'alma paira sobre a duna,
Sussurro ao vento:
- Sou tua, tua, tua...
Cada sílaba semitonada flutua,
- perfuma
Transformando-se em música,
Louva, comove e se curva,
- em reverência
Ao Sol que se retira ao leito,
E pela noite que vem chegando,
Tingindo o céu delicadamente,
Com a cor lilás das alfazemas,
Despertando triunfal contentamento,
De atinar-me desse teu amor sedento.
Repara nas minhas formas,
Espie às escondidas,
Estou aqui d'uma forma,
Jamais vista!
Esse meu jeito de menina...
Pelas fendas,
Pelas emendas,
Pelas dobras,
Acolha-me, aproxime-se;
Assim tu me enamoras!
Repara em mim...,
No meu jeito de menina,
Ainda descobrirei,
O quê mais te fascina...,
Você me ensina?
Pelas frestas,
Pelos cantos,
Pelo avesso,
Vire-me, e dobre-me;
Que eu enlouqueço!
Repara em tudo,
O quê sou capaz,
Repara-me inteira,
Longe de ser perfeita,
Por ti sou capaz de fazer,
Sempre, melhor e muito mais!
Revelo-me em rebento de amor,
Em convergência ao que sente,
- estou aqui presente
Outonal de tanto amor...
Dobro-me em doce louvor,
Em inefável contentamento,
- estou aqui tremendo de amor
Inefável é o teu esplendor...
Anseio por cada minuto seu,
Amor inefável amor meu,
- o meu coração -
É todo teu!
Tudo vivo em você,
Na mais serena das noites,
E nos mais altivo amanhecer.
Sopra o vento, ondula o mar,
A onda se dissipa, e se renova,
Eu jamais deixarei de te amar.
As crianças brincando nas areias,
Na beirinha do mar,
Uma dádiva tão encantadora,
Não há como não admirar...
A vida, as marés e as suas fases,
Tão linda é a alegria,
- e o encanto
Que tu me trazes.
Essa crença enleva a minha fé,
E me dá força para amanhecer,
- resistir
E caminhar e me fortalecer.
Porque mesmo que atentem,
A Natureza mostra a sua força,
Assim aprendi a ser gente,
Com a força da Natureza,
Aprendi a ser valente.
O teu beijo é a minha bebida,
- sem exagero
O teu corpo é a minha comida,
- com tempero
O teu cheiro fascina
- o meu desejo
O teu ser é a minha videira.
Traze tudo de ti e a paz
- inteira -
A tua voz música perfeita,
Ao ouvir você, sinto-me
Carícia em forma de mulher
- cobiça
Invadida de Sol,
Rendada pelos raios de luar,
Aconchegada pelas estrelas,
Celebração intensa,
Saciedade interminável,
Por causa deste colo
- adorável! -
Correndo contra o tempo
Irremediavelmente,
Carregando o impossível
Em busca de você:
O inacessível.
Eu ainda hei de tê-lo
De forma inesquecível,
Para sempre do meu lado.
A Páscoa acontece sempre,
Ele vive eternamente.
Ora anoitecemos,
E ora surgimos como o amanhecer;
Já deveríamos ter aprendido
- a viver -
Dobrando os corações
Para louvar e agradecer.
Sempre esquecemos,
De sermos gratos,
Por alguém que nos ensinou,
Amar uns aos outros,
Como Ele nos amou;
Ele se entregou,
Nunca se negou
E ensinou o salto do amor.
Os registros estão lá,
Para quem sabe ler,
- e interpretar
Pronto para se entregar,
E escutar a mensagem,
Que pode surgir face a face,
- e a conversão acontecer
É só você se abrir,
Deixando o teu coração ler,
A tua alma irá reconhecer,
Os ensinamentos dourados,
Para que o poema pascal aconteça,
É preciso que estejamos reunidos,
Na mesma caminhada lado a lado.
Não há resistência
Que não se dobre
Diante da admiração
De apreciar a beleza
Da Natureza plena
Resistindo o vilipêndio
Com a força da paixão.
O outono anuncia
A forte resistência
O oceano tece
Todos em rede
Simetricamente
Os grãos esculpindo
O chão de areias
Enfeitando o Balneário.
Presenciar a revolução - natural
Faz de mim uma pessoa
- forte-
Ver a Natureza enfrentando
Faz com que eu me fortaleça,
E nada tema
Porque viver sempre vale a pena.
Desencontrados,
O mar e a ventania,
Carregando as areias,
Esculpindo as dunas,
Celebrando o tempo,
Aqui na capitania.
Assim é a ampulheta,
Não te esqueça:
O tempo é um cometa.
A ventania e o mar,
Harmonizados,
De mãos dadas,
Criaturas e criação,
Fazendo da existência,
Uma vera celebração.
O barrasulensse é generoso,
Ele sabe ser alegria,
Carregando toda a poesia.
O nosso mar é paixão,
- e toda a prece
Exaltando as dunas em gratidão,
Porque elas tornam a vida segura
Fazendo-a ainda mais tremenda,
E fortalecendo as nossas terras.
Desencontrados,
O mar e a ventania,
Carregando as areias,
Esculpindo as dunas,
Celebrando o tempo,
Aqui na capitania.
Assim é a ampulheta,
Não te esqueça:
O tempo é um cometa.
A ventania e o mar,
Harmonizados,
De mãos dadas,
Criaturas e criação,
Fazendo da existência,
Uma vera celebração.
O barrasulensse é generoso,
Ele sabe ser alegria,
Carregando toda a poesia.
O nosso mar é paixão,
- e toda a prece
Exaltando as dunas em gratidão,
Porque elas tornam a vida segura
Fazendo-a ainda mais tremenda,
E fortalecendo as nossas terras.
Declaro para devidos fins,
Que, se ser autista,
É viver num mundo particular:
Eu sou autista, não posso negar.
Escrevendo ou não, todo o poeta
é autista porque tem um jeito
- único -
De sentir, experimentar e vibrar.
Eu moro num planeta azul,
No Hemisfério Sul,
Tenho um olhar azul,
E um coração que sente,
Que querem pintá-lo
- diferente-
Porque ele está sempre
- presente -
Voltado para o céu anil,
Tenho orgulho da minha terra,
Eu moro no Brasil,
Vestir-me da cor do oceano,
Do céu e do planeta,
Para que ninguém se esqueça,
Que sou poeta e autista,
Para mostrar que não sou ausente,
Para escutarem o meu canto,
Ainda vou te surpreender,
Eu e a minha estrela azul,
Iremos vencer os desafios,
Não nos importamos
- aparentemente -
Estamos mais do que presentes,
Prontas para salvar o mundo
Imaginado por você.
O pré-conceito
só existe para aquele
que ainda não colocou o pé no conceito.
Colocar o pé no conceito
é entender
direito e abandonar
o PRECONCEITO.
Não resisto,
porque não quero,
Deixei bem claro
que eu te quero.
Eu, vegetação rasteira,
sobre a duna
Como quem segura,
e se insinua porque deseja
- ir além.
Gente como eu,
jamais recua,
tem a alma nua,
talhada e lapidada;
Não teme à nada.
Ama heroicamente,
resiste à tudo,
Enfrenta silenciosamente,
Não teme e não se
nega à tentação,
Vai além do querer bem,
crê que um dia o amor vem.
Desde o dia em que o destino,
trouxe para mim o teu livro:
Nunca mais fui a mesma,
quando vi você com esse olhar
- desprotegido -
Eu já sabia que era tua,
nascida e predestinada,
Para ser a tua amada.
Tenho na memória guardada,
Não há mais como dizer,
Talvez esteja sepultada,
Em terra longínqua,
Hei de um dia te contar,
Fizeram a gente esquecer,
Não é possível sequer falar.
Este poema é impublicável,
Mas é inevitável...
Ele fala de sobrevida,
Ele fala da Morte,
E da vida além da Morte.
Abraçando a lembrança,
Não há mais esperança,
Ylang-ylang é o teu perfume no ar,
Serena musa, não sei onde estás,
Talvez um dia você vai voltar,
Talvez pobre de você,
Algum dia o destino irá mostrar.
Esse poema não presta,
Eu deveria atirá-lo no lixo,
Ele não deu a cara a tapa,
Filho de alma covarde,
É quase uma denúncia...
Os ares e ‘as flores de abril’,
Uma música de Chico Buarque,
A imagem da mulher esfumaçada,
Talvez esteja desfigurada,
Teve a imagem desaparecida,
E alma roubada,
Não quero falar sobre mais nada.
Ah! Contempla...
A lente atenta,
- alenta o olhar
A cidade coberta,
De neve mansa,
- o tempo passa
Devagar e serena
A alma humana.
Ah! Espera...
A vida revela,
- modifica
Percorre, renova,
- suscita
Gelada ou quente,
- vibra
Intensamente...
Aos passos,
Em cada floco,
Ao despertar,
De cada manhã,
Semeia o sonho,
Cativa de verdade,
Dá o quê de eternidade
A cada momento de felicidade.
Ao ouvir a música do vento,
Percebi os teus olhos zelosos,
Deparei-me com os teus passos
- macios
O balançar das amendoeiras
- doces ritmos
Fizeram-me contemplar:
os nossos instintos.
Ao sentir a tua presença,
Senti-me protegida,
Amparada, e tua amada,
A minha alma afagada,
- terna -
E feminina,
Distante das angústias,
Rendida por tuas ternuras.
Ao cair da noitinha,
À beira mar,
Sereno luar,
Amando a tua presença,
- vigilante
Aprendi o que é amar.
Com fascinação própria,
- arte e luz
Fui agraciada ao ver,
A Lua cor-de-rosa,
- maravilhosa
Beijando o mar.
Aos passos, tateando,
- experimentando -
E exortando a delícia
De contemplar a cena,
Que talvez não se repita,
O mar se deixando beijar.
A Lua ao beijar o mar,
- acabou beijando-me
E seduzindo-me,
Acabou enfeitiçando-me,
E completamente doce:
acabei entregando-me.
A mulher deve ser elegante,
Suave e ao mesmo tempo,
- marcante -
Como um perfume insinuante,
Deve ter alma, maciez e calma;
Deslindando os mistérios e dar o tom
De amor, paixão e ternura;
Conduzindo a intenção com doçura,
Amando infinitamente, sempre.
A mulher marcante de verdade,
Será lembrada pela virtude,
E grande capacidade de amar;
Espalhando a graça,
- por onde passa
Como uma felina mansa,
Que só no olhar recebe
O seu colo e afeto.
A elegância feminina,
Ilumina o mundo,
Pacifica,
Engrandece,
Enternece,
Aproxima e conjuga,
Acarinha e aquece,
Eterniza a lembrança,
É presença que permanece.
Deveríamos ter a gravidade
- das estrelas
Que brilham sem cessar,
E sem se esbarrar;
Lecionam poesia,
Inundam o Universo
Com beleza e nos iluminam.
Lição existencial,
- ignorada
Lição luminosa,
- ditosa
Lição celestial,
- esquecida
Lição de harmonia.
Deveríamos ter a profundidade,
- do Universo
Que sempre se reinventa,
Renovando cada espaço,
- celebrante -
Das estações da vida,
Com júbilo e toda a gratidão.
Densas em braços,
Correntes que ligam,
Em espirais,
Ventando ou não,
Prosseguindo,
Com destino
Em busca de renovação;
Sugerindo,
Caos positivo,
Irradiando,
Girando,
Se interligando,
As estrelas azuis ou não,
Sempre nos ensinam:
a viver, a gravitar...
Todo ser é poesia,
É delicadeza,
E toque interestelar.