Textos de poema
*Apenas Viva!*
Aproveite enquanto é tempo
Aprenda a andar de bicicleta
Seja por um dia um poeta.
Fique careca!
Mergulhe no Rio São Francisco
Escale uma montanha
Faça o que vier na cabeça
Não existe receita para ser feliz.
Aproveite cada sorriso,
cada minuto, cada instante,
cada momento.
Como eu havia dito antes:
Viver intensamente
é o que vai te fazer feliz!
mingau
e por falar em milho
rala-se no ralo grosso
panela e açúcar no fundilho
cravo e canela um colosso
pra gosto e temperar
e não ficar ensosso...
meche, meche sem parar
no fogo, um alvoroço
olha o leite pra engrossar
quero ver se alguém resiste
este doce paladar
de igual não existe
da roça pra qualquer lugar
mingau de milho verde, hummm!
os beiços a lambuzar
de um sabor incomum
pode acreditar!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
27/09/2019, sexta feira
Araguari, Triângulo Mineiro
SONETO ALEGRE
Permita-me um momento de ilusão
Onde alegre, na alegria possa crer
E cá no soneto felicidade então ter
Sem sofrê, alegrando a imaginação
Só alegre não basta a alegria querer
Tem que haver um além da emoção
Olhos lacrimejados duma satisfação
Da alegria em tal melodia à florescer
Então, alegremente cá nesta canção
Cantar as alegrias e, louvar o prazer
Ressonando alacridades no coração
E neste horizonte de alegria no ser
Deixar a sofrência só como bordão
Onde na alegria, alegre és o viver!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
flerte
olhava o céu
nuvem inerte
alvas como papel
cá do cerrado
calado, meu coração
dispensava qualquer termo
numa espera sem ação
um olhar perdido, ermo
pensando só em você
e neste glacê de emoção
o meu sentimento voa
até ti, buscando razão
desta distância atoa
que ao amor maltrata
é dor chata, que dá solidão
aquelas que não cabem
no peito, de tanta aflição
e só os que sentem sabem
como é contramão sentir...
então, venha logo! Não fique por vir!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, 14 de outubro
Cerrado goiano
às vezes eu me sinto perdida.
sinto como se eu estivesse nessa vida apenas à deriva, nada mais que isso.
eu me pergunto todos os dias se mais alguém se sente assim
as pessoas irão dizer: “mas é claro que sim” ou talvez “isso é bobagem”
penso que no fundo, estamos perdidos. uns bem mais que outros, mas todos estamos.
eu acordo contra a minha vontade, ouvindo o som daquele maldito despertador
um dia após o outro. a mesma coisa. sempre.
certa vez, eu conheci alguém especial
e por um breve momento, mais precisamente enquanto aquela pessoa ainda estava na minha vida
eu sabia o que estava fazendo. eu sabia onde estava indo. eu sabia onde era o meu lugar.
mas acabou, obviamente.
e neste momento eu me encontro tomando um expresso fortíssimo horrível pra ver se eu consigo ressuscitar vida dentro e fora de mim
espero saber suportar o amargor do café (e da vida)
e espero um dia me encontrar novamente.
Evangelho livre
É que o evangelho me deu asas pra voar.
E quem é livre nunca busca engaiolar.
Responsabilidade me serviu pra liberdade.
E quem prova da vida , trilha junto da verdade.
É que meu peito não comporta divisão.
Sigo meu mestre , longe da religião.
Pulando a cerca da instituição, corro por campos tão floridos onde o vento é uma canção.
É graça toda imensidão , meu peito enche em gratidão.
E sobre o sólo dessa terra os frutos nascem em proporção.
Na pureza da simplicidade , em espírito e em verdade.
Hoje sou templo que aconchega os excluídos da cidade.
Felipe Almaz
Vinde a mim os cansados.
É que eu me canso, também quem não cansaria ?
A mesma cena, o mesmo filme , nem se quer mudou o roteiro.
Pois desde a infância eu observo, como amarga o brigadeiro.
A boa nova genuína, já não é anunciada, o paganismo toma conta vestido de contos e fábulas.
Quanta humildade eu vi partir sentido oposto a mansidão.
Fruto dessa construção que só produz decepção.
Gente sincera eu vi chegar, mas não puderam aprofundar, por falta de conhecimento eu vi o amor a fé negar.
Eles correram sobre rédias para se justificar.
E sobre o gole do cansaço eu vi suas lágrimas brotar.
Apreenderam oque era ir, mas nunca aprenderam ser.
Enquanto isso no deserto a proposta continua.
Se prostrado me adorar, o mundo lhe darei.
Sobre correntes e grilhões buscam ser reis de suas denominações.
Felipe Almaz
Caminhando
Enquanto eles mordem, feito cães selvagens.
Eu busco ser o mais livre possível.
Uma mudança pessoal que me transporte a um novo nível.
Sendo a mudança que anseio pelo mundo enxergar.
Me diga onde se encaixa o sermão dessa montanha ?
Quais bem aventuranças ?
Toda mudança partirá da nossa base.
A boa nova me trás luz para essência enfim voar com transparência.
Ainda creio no olhar que envolva todos em amor.
Inexplicável, de uma fonte inesgotável. Onde o peito se aconchegue no suprir de um abraço.
Menos palavras mais ações, fazendo o bem, mas sem pressões, tudo puro e natural, fruto de quem renasceu.
No dia frio a humanidade se aqueceu, não de forma egoísta, inspirada pelo autor da vida.
Aprendendo a cada passo da humildade e mansidão, na pureza de um cordeiro trouxe a força de um leão.
Felipe Almaz
O sabor
Quem tem pressa come cru.
Essa pressa lhe fez crudivoro.
Perdeu se o gosto por aquilo que era quente,fresco , prazeroso...
E nessa alteração perdeu se o sabor original.
A pressa para chegar ao destino lhe fez esquecer de apreciar a paisagem, não viu os rios, nem as cachoeiras, despercebido foi o ninho dos pássaros.
Correu cada vez mais rápido para com Deus encontrar, não percebeu que ele era o caminho por onde se percorria, não provou da verdade e vida.
Pois a pressa não lhe permitia experimentar.
Na corrida para Cristo, não percebeu que Cristo era o caminho, a vereda por onde se escutava o amor assobiar.
Mas quem percebeu viveu, nem frio nem morno, no presente foi quente.
Calmaria a desfrutar, somente a intimidade poderia revelar, viu os frutos brotar, até às árvores sem frutos serviram para abençoar nos deram sombras para descansar.
Cada passo fez sentido ao descobrir que Deus sempre esteve ali.
Hoje a eternidade experimentada, sem sofrer pelo amanhã.
Onde o gosto da presença veio como avelã.
Felipe Almaz
999
Invertido estão os valores humanos,
os meus continuam intactos,
“Dê a César o que é de César!”
mas o que é teu, continua mascarado.
Vejo profetas semeando o ódio,
regando cega obediência,
se rebelando corvos.
Florescendo falsas esperanças,
tons de verde em cores,
pobres frutos doentes,
que já nascem podres.
Talvez não compreendido,
mas nunca conformado.
É sempre tantas guerras,
falta de diálogo.
Pregam paz pelo caos,
que os mesmos criam.
Ceifando cada um,
que entre no meu rastro.
1999, 1 eu, 999 versões,
escolha difícil, “querubins ou cães?” .
Cânticos celestiais, belas orações.
Ego insaciável, não basta um,
deseja multidões.
Quem sou?
O quinto não relatado,
o selo não aberto.
Não sou Peste, Guerra,
Fome e nem Morte.
Sou àquele chamado,
arrematador dos incrédulos.
Nessa fábula ingênua,
não perco e nem ganho.
Acredita no que lê?
prazer, sou eu, seu arcanjo.
Como suportar tamanha saudade?
Cada segundo que se passa, a ânsia
De estar contigo só aumenta.
Meus lábios gritam pedindo o toque
Com os seus...
E meu coração acelera, querendo te encontrar.
Ah, meu amado!
Como desejo estar contigo
Nos dias frios, então...
Tê-lo comigo, e ficarmos abraçados
Ah, meu amado!!
Como explicar tudo isso?
Se estiver dormindo, sonho contigo
Se estiver acordada
Você é o dono dos meus pensamentos.
Não consigo te esquecer,
Nem se quer um momento.
Como quero nós dois na chuva
No toque suave dos nossos lábios;
As gotas caindo sobre nossas faces,
E aquele prazeroso beijo molhado...
Ah, meu amado!
Cautela
Duplamente penso em tudo
Realidades divergentes dentro de um só ser
Este ser que pensas que é ser
Só pensa, mais não compensa.
Ouve, fala, grita
Bate intimamente em seu coração
A vontade do tudo!
Tudo que nele há
Por mera coincidência divulga sua consciência
Às vezes massacrada, isolada do mundo
Mais e o mundo? O que sabes o mundo?
Absolutamente nada
A proclamação está na porta
Toc toc, Toc Toc
Abra, deixe-a a entrar depressa
Não te demores
Ouça suas palavras triviais
Permita-se sentir por completo
Porque és teu direito
Saber se quer viver ou perecer
Um castigo, um crime
Cometido contra suas raízes
Está para começar
A história mais uma vez
irá recomeçar.
MINHA AMIGA SOLIDÃO
Solidão solidária
Solidária solidão
Me ajude a refletir
O sentido de estar aqui
Andando nesse imenso mundão
Caminhando solitário
Na estrada da frieza
Onde empatia é fraqueza
E andar sozinho não tarda
Mas limita o caminho na estrada
Solidão solidária
Solidária solidão
Me ajude a entender
O vazio do coração
Solidão solidária
Solidária solidão
Já não existe solidariedade
Na nossa comunicação
A lenda do navegador português e espanhol 🇵🇹🇪🇦
Que se apaixonou pela viagem da sua vida no seu navio do amor.
Desde o 1 dia em que te vi, te beije na testa, te abracei, senti o teu cheiro único e cheiroso e o teu coração e te vi a sorrir de alegria e feliz nos céus de Portugal bem juntinhos. Simplesmente sabíamos que íamos viver a vida com paixão ardente e uma aventura apaixonante.
Foi há muitos e muitos anos já, desde que eu apanhei o meu navio num reino ao pé do mar. Eu disse...
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar e desfrutar e fazermos amor no navio com as estrelas por cima de nós.
E vivia sem outro pensamento porque te admira como pessoa e como mulher que és.
Que amar-me e eu a adorar de poder ver te e beijar-te.
Eu era criança e ela era criança, agora homem e mulher apaixonados pela vida.
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor e amizade era mais que amor e amizade. Sangue português e espanhol bem quente que eu te deixava e nunca passas frio...
O meu e o teu a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram a ambos nós invejar e nos felicitar pela alegria que davamos ao mundo e pela paz pura que transmitimos.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar que pensava em ti, no teu olhar, no teu cheiro, no teu coração puro e belo e no teu sorriso contagiante e charmoso.
Um vento saiu duma nuvem, gelando e me aquecendo ao mesmo tempo.
A linda que eu soube amar;
E o seu parente Português e Espanhol veio de longe a me a tirar,
Para a fechar no paraíso para ficar feliz e charmosa como a lua e as estrelas.
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu ficavam mais felizes,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos que nos adaptar às mudanças da vida.
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite gelando e aquecendo a que eu soube amar.
Mas o nosso amor era mais que o amor, era o universo a conspirar a nosso favor.
Porque não estavamos, mas ao mesmo tempo estavamos juntos porque os nossos corações e desejos eram idênticos como almas gêmeas.
De muitos anos depois mais velhos a amar a gente voltava-se a encontrar na natureza do ribatejo,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar. Éramos e somos iguais em muita coisa, somos fogo quente, somos aventureiros e amamos viver e sentir a vida....
Poderão separar a minha alma da alma da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos e únicos só me trazem sonhos e desejos ardentes e apaixonantes...
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares vindos de ti miúda gira e fofa.
Da linda que eu soube amar;
E assim estou deitado toda a noite no navio com as estrelas por cima de mim e vendo a estrela mais cintilante da galáxia que é Vênus ou Marte..
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No amor e na amizade e aventura ao pé do mar,
Ao pé do mar eu sou feliz e navegarei sempre no navio do amor e da felicidade e aventura.
O mundo já foi dos poetas e filósofos...
Amei-te e por te amar pensei e olhei para o universo, e disse, és linda, és gostosa, és maravilhoso, és única e especial do jardim de jasmin és uma deusa grega que deixa qualquer poeta e filósofo louco por ti e desejo ardente e apaixonado.
Só a ti eu não via eu queria…
Eras o céu e o mar e eu o oceano radiante por ti.
Eras a noite e o dia e eu o sol e a lua te chamando…
Só quando te perdi
É que eu te conheci e disse és um anjo sem asas.
Quando te tinha diante
Do meu olhar submerso eu dizia que deusa grega que és flor rara e especial do jardim de jasmin.
Não eras minha amante…
Eras o Universo e todas as galáxias...
Agora que te não tenho,
És só do teu tamanho e adoro o teu dia e a tua noite.
Estavas-me longe na alma,
Por isso eu não te via mas sentia te todinha e aquecer te bem fofinha doce e gostosa És maravilhosa És especial...
Presença em mim tão calma,
Que eu a não sentia mas via.
Só quando meu ser te perdeu
Vi que não eras eu
Não sei o que eras. Creio
Que o meu modo de olhar se ficava atordoado com a tua beleza.,
Meu sentir meu anseio e desejo ardente.
Meu jeito de pensar rebelde e aventureiro.
Eras minha alma, fora e dentro.
Do Lugar e da Hora eu dizia minha nossa…
Pus o meu sonho num navio e comprei o navio do amor e da felicidade e aventura.
E o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos e disse, vamos minha deusa grega, vamos percorrer os oceanos da terra.
Para o meu sonho se tornar realidade. Nós navegamos pela Europa Fora pelas nossas aventuras e desejos ardentes e apaixonantes pela vida.
Minhas mãos ainda estão molhadas de tanta pureza e alegria e excitação por ti.
do azul das ondas entreabertas, e a cor que escorre de meus dedos eles ficam inchados de tanta pureza e alegria e excitação por ti.
Colore as areias desertas que ele cresce dentro de ti.
O vento vem vindo de longe, a noite se curva de frio e te aquece com o meu calor quente como um vulcão a entrar em erupção...
Dbaixo da água vai morrendo de alegria só de te ver.
Meu sonho, dentro de um navio, que loucura...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça de prazer e amor,
e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapareça e apareça sempre que eu quiser...
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, cocktails, vinhos, dormir coladinhos na praia ao lado da fogueira com as estrelas por cima de nós, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras e adoçantes como o amor.
E as minhas duas mãos quebradas.lugar sujo, um lugar cruel, que não quer saber o quanto você é durão. Vai botar você de joelhos e você vai ficar de joelhos para sempre se você deixar. Você, eu, ninguém vai bater tão forte como a vida, mas não se trata de bater forte. Se trata de quanto tu aguentas apanhar e seguir em frente, o quanto tu és capaz de aguentar e continuar tentando como a força da natureza que tu és. É assim que tu consegues vencer e irás sempre vencer porque tu eu somos campeões da vida, guerreiros, gladiadores insaciáveis pela vida com garra na vida Adoro sentir isto.
E nós sabemos do nossos valores como campeões e amantes da vida. então vamos atrás do que a gente merece conquistar, porque o mundo está louco e radiante com a nossa persistência insaciável com garra na vida.. Somos uma força da natureza....
Sina
A tragédia
Também produz dinheiro,
Para quem vive
Na ambição
De tirar proveito.
Tem gente lucrando
Da nossa miséria,
Tem gente lucrando
Da nossa desgraça,
Tem gente
Manipulando a nossa
Mente,
Tem gente zombando
Da gente.
Tem gente
De tudo que é jeito
Que tira proveito
Da nossa crença,
Que brinca
Com a nossa humildade,
Que brinca com a nossa
Lealdade:
– Sociedade vivendo na cegueira.
Tem gente que nos separa
Em oposição.
E sustentamos
Todo o sistema,
Para o nosso próprio
Desespero,
E ser visto
Como bom
Cidadão.
Se o tempo não foi tão bom assim
Lembre se que ainda não chegou ao fim
Há tanto a se fazer
Há tanto a se viver
Não podemos nos esconder
Sei como é difícil viver sem um “por que”
Mas ressignificar
Só depende do que você vai fazer
Eu não espero que saiba de tudo
Mas que faça tudo o que souber
Só assim você vai entender
Que a vida é feita pra viver
Não devemos idealizar
Mas é permitido sonhar
Talvez -
Talvez,
quando tudo,
de fato,
for apenas mais uma das
suas muitas recordações
adolescentes,
perdidas na memória,
talvez (num dia qualquer),
você vai me ler, se ver
e chorar.
E então vai sorrir...
Sabendo que foi
minha grande inspiração,
sendo minha melhor
lembrança,
e minha maior
saudade.
(Talvez).
Foi há muitos e muitos anos já, desde que eu apanhei o meu navio num reino ao pé do mar. Eu disse...
Aquela que eu soube amar e desfrutar e fazermos amor no navio com as estrelas por cima de nós.
E vivia sem outro pensamento porque te admira como pessoa e como mulher que és.
Que amar-me e eu a adorar de poder ver te e beijar-te.
Eu era criança e ela era criança, agora homem e mulher apaixonados pela vida.
Era um dia de primavera num dia que ficaria para a história das nossas vidas, dos nossos avós, dos nossos pais e da nossa geração um dia que só tem um nome LIBERDADE.
Era um Abril de amigo Abril de trigo.
Abril de trevo e trégua e vinho e húmus e amor e aventura.
Abril de novos ritmos novos rumos pelas estradas, pelos céus e pelos mares.
Era um Abril comigo Abril contigo e com o povo português.
Ainda só ardor e sem ardil mas muito amor e alegria.
Abril sem adjectivo Abril de Abril.
Uma primavera de cravos e vinhos e fado.
Era um Abril na praça Abril de massas ouvindo os fadistas e os copos de vinho a tocarem de forma cintilante.
Era um Abril na rua Abril a rodos pelas ruas de Portugal.
Abril de sol que nasce para todos e todo o nosso encanto.
Abril de vinhos e sonhos em nossas taças.
Era um Abril de clava Abril em acto.
Em mil novecentos e setenta e quatro.
Era um Abril viril Abril tão bravo e aventureiro.
Abril de boca a abrir-se Abril palavra e gritando ao mundo VIVA A LIBERDADE VIVA A LIBERDADE.
Esse Abril em que Abril se libertava pelos mares e pelos céus.
Era um Abril de clava Abril de cravo e vinho e amor.
Abril de mão na mão e sem fantasmas mas sim de anjos e deuses.
Esse Abril em que Abril floriu nas armas e nas garrafais.
Este dia é um canteiro de obras do amor e aventura.
Com flores todo o ano a encantar Lisboa e Portugal.
E veleiros lá ao largo do amor.
Navegando a todo o pano e beijando o amor.
E assim se lembra outro dia febril de prazer e excitação pela LIBERDADE.
Que em tempos mudou a história das nossas vidas.
Numa madrugada de Abril,
Quando os meninos de hoje já são homens e guerreiro e heróis.
Ainda não tinham nascido e já eram heróis e guerreiros.
E a nossa LIBERDADE.
Era um fruto prometido,
Tantas vezes proibido mas vamos festejar.
Que tinha o sabor secreto da LIBERDADE.
Da esperança e do afeto da LIBERDADE.
E dos amigos todos juntos a gritarem LIBERDADE.
Dbaixo do mesmo teto.
Nós temos sempre necessidade de pertencer à alguma coisa; e a liberdade plena seria a de não pertencer a coisa nenhuma mas sim de termos o prazer de desfrutar a vida.
Mas como é que se pode não pertencer à língua que se aprendeu, à língua com que se comunica, e neste caso, a língua com que se escreve e grita se LIBERDADE.
Se o leitor, o leitor de livros da LIBERDADE E DO AMOR E AVENTURA; aquele que gosta de ler, não se limitar à quilo que se faz agora, se ele andar pra traz e começar do principio, e poder ler os primitivos e os grandes cronistas e depois os grandes poetas românticos e aventureiros, a língua passa a ser algo mais que um mero instrumento de comunicação, transformando-se numa mina inesgotável de beleza e valor, de amor e numa só palavra LIBERDADE.
VIVA A LIBERDADE.
VIVA A LIBERDADE.
VIVA A LIBERDADE.
VIVA A LIBERDADE.