Textos de Pascal
Poema pascal
que celebra
contente a soltura
de que informar
não é um delito,
há tantos outros
presos políticos
e cessar a ânsia
de mantê-los
em cárcere
e outros perseguidos...
eles que nunca
deveriam ter
sido ou continuar
presos como o General
que ainda segue há
mais de dois anos
injustamente sem
nenhum direito previsto;
e assim sigo como
os soldados de nossas
Pátrias unidos
em nossas fronteiras,
livres do ódio
e das diferenças
para vencer o inimigo invisível,
e quem sabe num momento
próximo celebrar a liberdade
e agradecer pelo dom da vida,
dom e graça insubstituível.
Neste Tríduo Pascal,
não há como não
lembrar de homens
e mulheres
muito simples,
da tropa e do General,...
São mais de três
angustiantes semanas
que ninguém mais
sabe ou sequer ouviu
a voz do General
que está preso há
mais de dois anos
injustificadamente;
Mesmo aqui direto
desta minha terra
onde para os poderosos
o povo vale menos
em tempos
de pandemia mundial,...
Lavar os pés foi
importante para todos,
Vivemos a realidade
de lavar as mãos
o tempo inteiro,
Quem dera que meus
poemas lavassem
cada coração
que não se permite
a reconciliação
se unir diante do sufoco.
Assim me opônho
até contra o egoísmo Imperial
que não desbloqueou
Cuba e Venezuela
nem neste momento infernal.
A persistência é a força geradora da vida dentro de nós;
a persistência é o combustível para as grandes realizações,
a persistência é a fé que nos faz acreditar no impossível,
a persistência é a coragem que nos faz enfrentar obstáculos que parecem maior do que nós,
persistência é garantia de vitória após combate;
Seja persistente, porque enquanto existir vida nada é impossível para aquele que persiste ignorando o impossível e acreditando em Deus.
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Como a paz nos Estados só tem por objetivo manter os bens dos povos em segurança, assim também a paz da igreja só tem por objetivo manter em segurança a verdade que é o seu bem, e o tesouro em que está o seu coração. E como pilhá-lo, sem se opor a isso, temendo perturbar o repouso ( porque a paz, só sendo justa e útil pela segurança do bem, torna-se injusta e perniciosa quando o deixa perder-se, e a GUERRA que pode defendê-lo se torna justa e necessária); da mesma forma, na igreja, quando a VERDADE é ofendida pelos inimigos da fé, quando se quer arrancá-la do coração dos fiéis para nele fazer reinar o erro, ficar em paz então seria servir a igreja, ou traí-la? Seria defendê-la ou arruiná-la? E não é visível que, como é um crime perturbar a paz onde reina a verdade, também é um crime ficar em paz quando se destrói a verdade? Há, pois, um tempo em que a paz é justa e outro em que é injusta. E está escrito que "HÁ TEMPO DE PAZ E TEMPO DE GUERRA"; e é o interesse da verdade que os distingue. Mas não há tempo de verdade e tempo de erro, e está escrito, ao contrário, que, "A VERDADE DE DEUS PERMANECE ETERNAMENTE"; e é por isso que Jesus Cristo, que disse que veio trazer a paz, disse também que veio trazer a guerra; mas não disse que veio trazer tanto a VERDADE quanto a mentira. A verdade é, portanto, a primeira regra e o fim último das coisas.
Pascal é um dos meus avôs espirituais; e, conquanto a minha filosofia valha mais que a dele, não posso negar que era um grande homem. Ora, que diz ele nesta página? [...] Diz que o homem tem “uma grande vantagem sobre o resto do universo: sabe que morre, ao passo que o universo ignora-o absolutamente”. Vês? Logo, o homem que disputa o osso a um cão tem sobre este a grande vantagem de saber que tem fome; e é isto que torna grandiosa a luta, como eu dizia. “Sabe que morre” é uma expressão profunda; creio todavia que é mais profunda a minha expressão: sabe que tem fome. Porquanto o fato da morte limita, por assim dizer, o entendimento humano; a consciência da extinção dura um breve instante e acaba para nunca mais, ao passo que a fome tem a vantagem de voltar, de prolongar o estado consciente.
A hipótese central do livro de Pascal Boyer é de que a religião é um parasita dos módulos cognitivos da mente humana. Segundo o autor os seres humanos teriam de qualquer maneira as capacidades mentais que consideramos originárias da religião como rituais, comportamento social, cuidado com os mortos, moral e busca por explicações sobre o mundo, a vida e a morte. Assim, para Boyer não há um instinto religioso e nem a religião é um subproduto direto da evolução cognitiva do ser humano e sim um parasita que se utiliza dos módulos cognitivos para se perpetuar e disseminar-se entre as mentes humanas ao longo do tempo.
Mas, quanto aos que passam a vida sem pensar nesse último fim da existência, de forma que, por essa razão, não descobrem em si próprios as luzes que os persuadam, deixando de procurá-las em outra parte e de examinar a fundo se essa opinião é daquelas que o povo recebe com uma simplicidade crédula ou daquelas que, embora obscuras por natureza, possuem, contudo, um fundamento bastante sólido e inabalável, eu os considero de maneira diferente.
É, por conseguinte, um grande mal permanecer nessa dúvida, sendo ao menos um dever indispensável investigar quando ela existe, porque aquele que duvida e não investiga se torna, então, não só infeliz, mas também injusto. Com efeito, se com isso se mostra tranquilo e satisfeito, se disso faz profissão e se por isso se sente orgulhoso, fazendo disso o motivo de sua alegria e de sua vaidade, não tenho termos para qualificar tão extravagante criatura.
Mas mesmo limitados, somos os únicos seres pensantes da natureza. Somos também um dos seres mais fracos da natureza, mas somos fracos pensantes e é no pensamento que está nossa dignidade, nossa nobreza e superioridade frente à natureza. Nós somos miseráveis e mortais, mas sabermos que somos miseráveis e mortais e nisso está nossa grandeza.