Textos de Meninas
Eu tenho saudades.
Dele ?
Não, de mim. Daquela menina que eu era, que não tinha medo de se apaixonar, de mostrar os sentimentos, de amar. De não ligar para o que os outros pensavam ou não ouvir muito as opiniões alheias quando eu realmente gostava de alguém, aquela que acreditava, sabe. Ele me ensinou a desconfiar, a ter raiva, a sofrer, a me condenar, me culpar, me ensinou a não poder confiar em ninguém, me ensinou coisas que as vezes eu gostaria de não ter aprendido, ou vivido. Mas se não fosse com ele talvez fosse com outro. Eu tinha que aprender, não é mesmo ? É uma pena. Já que ele mesmo me ensinou a amar, talvez ele nem sabendo como é que seja isso, me ensinou a dar valor, mesmo ele nem dando tanto, me ensinou a se importar e se preocupar cada vez mais, mesmo que as vezes ele esquecesse de fazer isso... Ao menos eu aprendi.
PEPEU GOMES CANTA:
Ser um homem feminino
Não fere o meu lado masculino
Se Deus é menina e menino
Sou Masculino e Feminino...
E EU DIGO: Ser uma mulher masculina, não fere o meu lado feminino. Se Deus é menina e menino, sou Masculino e Feminino...(que fique bem claro, eu não sou gay) Só não suporto fragilidade demais, futilidadade: Aquela história de, ai quebrei a unha, ai sujei meu pé, e outras coisinhas, não combina comigo. A unha cresce e o pé se lava. Para mim, o não sei e o talvez não resolve nada. A vida para mim funciona com garra, determinação. Assumo, sou pai e mãe, sou o dono e a dona da casa e é assim que sou feliz, muito feliz. A minha felicidade tem que andar junto com liberdade.
FLOR MENINA
Flor!
Que da vida ao meu jardim.
Regas com teu amor,
perfume,
beleza e ardor.
E te rendes... a mim.
Com teu jeito incomparável
Me cativa,
me anima...
Tudo em ti,
é amável.
Minha linda flor, MENINA!
Sou teu, jardim "encantado".
De amor sem fim...
Cravo sou! Enamorado...
Pois, a tenho para mim.
Aonde foi parar aquela menina?
Hoje dei pela falta da menina que morava em mim... Nem vi quando ela se foi...A menina que já chegou contando as horas... De manhã quando a acordei já não estava mais aqui. Eu não tenho mais a menina por dentro. Fiz de tudo para segurá-la, quase a pressionei. De frente ao espelho, finalmente, para quase desespero meu, vi a velha que hoje se instalou sem me perguntar se podia, se havia lugar para ela... De olhos opacos, rugas , de lábios ressequidos, de mãos de bruxas da minha infância..... Bati muitas e muitas vezes, a porta do tempo em sua cara... E hoje ela finalmente, arrombou as trancas que a prendiam lá fora e se apossou de mim contra a minha vontade. Em restos de ilusão, borrei -a de rouge carmim, pus -lhe máscaras, troquei suas roupas antigas, vesti-a de novas roupas coloridas, enchi- a de balangandãs, levei-a aos antigos lugares onde ia, mas ninguém viu nela sequer resquícios da menina que um dia foi... Não consegui disfarçá-la. Ela estava ali, num fio de cabelo branco, numa ruga onde antes era pele de cetim... Eu não queria que ela viesse..Não a convidei, não estava preparada para recebê-la... Assim como a menina teve pressa para ir, ela teve urgência em chegar. Alguém teria que ocupar meu corpo, ou então a morte viria fazê-lo... É uma velha e por ser velha, sem brilho, sem viço, sem verdor... Eu quero a menina de volta, seus risos, sua beleza, sua alegria... A menina a embalar-se e a embalar meu sonhos... Eu quero a menina que o tempo levou... Eu não quero despedir-me de mim... Eu não sou essa pessoa que vejo no espelho, eu nunca fui assim... Não reconheço sua amargura, nem essa pele macilenta, nem esse rosto flácido... Eu não quero essa pessoa que precisa de retoques, que precisa de disfarces, que não posso assumir... Eu não quero esse ser quase invisível que agora está aqui...Eu não sei o que fazer com esse meu jeito assim sem graça, já não desperto interesses, não recebo mais olhares, eu quero a beleza perdida que o tempo roubou e levou com a menina que vivia aqui...Quero-a de volta, mesmo com sua inexperiência, com suas inconsequências, de cabelos ao vento, sem pensar no amanhã...Quero a sua juventude, sua rebeldia sem causa,quero as asas que ela tinha,sua felicidade sem motivo ,quero os sonhos que ela levou... as canções que ela inventava e cantava pra viver... Essa velha é preocupada, já não dorme direito nem me deixa sonhar...Vive perdida no passado e paradoxalmente, corre contra o tempo quando o que eu mais queria era que ele parasse ...Sei que busca a menina que desapareceu na distância sumiu na curva da estrada ...Foi dando adeus de mansinho, avisando que iria, mas eu não acreditei... Dentro de mim a menina seria eterna, até ontem, quase a toquei num resto de brilho que havia em meu olhar, no homem que passou e olhou para mim, na velha calça desbotada que ousei colocar... Mas hoje ela se foi definitivamente... E cheia de bagagem... Nada deixou para traz... Nem um vestido de renda, nem um laço pro cabelo, nem um pingo de rubor na face...Me deixou só lembranças e lembranças não enfeitam, não rejuvenescem...Nem uma gotícula do tempo que passou, sequer um estrela cadente ,um desejo escondido... Até isso ela levou... Hoje passou por mim na rua, trocou de calçada, fez que não me viu... Seguia em bandos de adolescentes, em gritaria de estudantes, em risos soltos no ar... De vestido esvoaçante, de gargalhadas por nada, ela não sentiu saudades daqui... A casa estava se desmoronando, seus pilares arqueados, ao invés de Milk shake, chá das cinco, ela nunca gostou disso... Ela precisava viver... Foi em busca de outros corpos, de outros sonhos e me deixou ficar... A menina travessa precisava da alegria que eu já não tinha mais, de se perder em devaneios, precisava da beleza,de forças para acender o sol e apagar a lua... Agora que ganhou a chave da casa, de vez em quando faz -me visitas esporádicas em forma de recordações que para nada me servem... Vem em sonhos depois me acorda e me faz fitar um espelho que não reflete o que fui quando ela estava aqui... Não quero as marcas que ela me deixou...São na alma e não no corpo...desse, quase nada restou...Não quero seguir sozinha essa estrada sem beleza, sem risadas, sem nada...Quero o fim de uma história que não acabou...Quero alegria que ela me trazia, a vida que ela me deu...Não conheço essa pessoa que agora vive aqui...Procura-se desesperadamente por mim!
GAROTA-MÃE MENINA-MULHER
Menina-Criança,
foi pega de surpresa,
por culpa de seus atos,
meros fatos,
outrora, inatos,
mas que faz diferença,
pra pobre menina.
Oh... pobre menina,
cuja infância fascina,
mas foi interrompida,
para dar vez à outra infância.
Oh... pobre menina,
tão pequenina,
tão abandonada.
Oh... pobre menina,
largou a boneca,
aprendeu a trocar fralda.
Oh... pobre menina,
ainda tem muita esperança,
mas, alimentará uma nova criança.
Pobre menina,
esquecida pela criança feliz,
transformada naquela mini-mulher crescida-menina
que deu a luz
a uma nova menina,
e perdida no mundo,
a menina-mulher segue a vida.
Menina encantada.
Era uma vez um amor perdido.
Meio escondido
Num canto qualquer.
Que apareceu-me do nada.
Com rápidez de uma espada.
Se alojou no me eu.
Desse jeito maluco.
Simples, absoluto.
Invadiu o meu ser.
Não pediu nem licença.
Se apossou...
Virou dona..
Cada passo na escada.
Essa menina encantada.
Sigo com meu olhar.
E no meio da mesma.
No pensar um desejo
Paro. Roubo um beijo.
Somos doidos varridos.
De suspiros, gemidos
Quero sempre te amar.
Ela leva consigo um retalho de fotografias que tira ao longo da vida.
A menina que nasceu em 19 de agosto, dia da fotografia, trouxe do berço a paixão de levar uma máquina a tiracolo sempre que sai pra explorar o mundo.
Gosta de observar miudezas do cotidiano e inventar belezas.
O doce som que o obturador faz ao clicar esses instantes eternos, mistura-se a explosão de sentimentos que ocorre em sua cabeça e coração a cada click.
Ela não era detalhista, mas aquela florzinha no cantinho da calçada no começo de primavera chamava sua atenção. Ou aquela pipa colorida contrastando com o céu azul em dia claro.
Gostava de registrar em ângulos que ela mesma inventava, situações sinceras, sorrisos escancarados.
Sentia-se feliz com sua pequena-grande máquina fotográfica!
Não importava se em dias de sol ou chuva.
O sol trazia a luz perfeita, a chuva, os tons poéticos de cinza que entristeciam o céu.
Mas pra ela, a fotografia não depende só das lentes da máquina, e sim das lentes dos olhos.
E essas pequenezas que nos encantam, a gente traz de dentro pra fora!
É mais que paixão e arte, é dom!
Quando eu era menina bastava esse sol queimar lá fora e todos os meus problemas estavam resolvidos. Eu pegava meus brinquedos e ia brincar de fazer comidinhas para as minhas bonecas, plantava alguns grãos de feijão em algodão só para vê-los crescer, e quando estavam bons, eu pedia pra minha mãe cozer eles junto com os outros que ela comprava na feira - sim, porque na minha época as donas de casa compravam feijão na feira e ele não custava o olho da cara. E olha que nem faz tanto tempo assim.
Mas hoje eu não tô afim de reclamar do preço do feijão, eu só lembrei de como era bom olhar o sol, de como eu me irritava quando a mãe vinha passar protetor solar porque eu dizia que a comidinha ia queimar. Ainda sinto o cheiro das folhas, da terra, do pouco de água que eu jogava. Lembro dos jogos de pratos e copos que o meu pai comprava pra mim e eu cuidava tão bem de tudo aquilo, eu não ia dormir sem levar e secar todos eles - mal sabia eu o quanto eu reclamaria da louça interminável que lavo e seco todos os dias.
E olhando esse mesmo sol escaldante que tá deixando todo mundo louco, com vontade de entrar numa bacia de gelo a cada meia hora, é que eu comecei a perceber - pela milésima vez - como o tempo passou rápido.
Ontem eu vestia PP, calçava 34, pedia pra mãe os brinquedos que passavam no comercial da TV - e raramente ganhava um deles - , e tomava creme de laranja todos os dias cedo. Hoje eu insisto em experimentar o P, mas já é M, calço 36, vou pra dois anos de namoro e meu pai quer que eu tire a habilitação pra ajudar na correria da semana.
E digamos que eu sou lá muito estranha porque ora quero que o tempo passe, ora quero que ele volte.
Não suporto quando o Tharsis se atrasa meia hora, mas esperaria por ele por toda a minha vida. A cozinha suja me incomoda demais e, se não estou empolgada, me irrita mais ainda ter que arrumá-la, mas nada disso me incomoda se as pessoas que eu amo estiverem esperando uma comidinha gostosa pra janta.
Não suporto que interrompam o processo de qualquer preparação que eu esteja fazendo: desde uma colherada no brigadeiro antes de enrolar até uma beliscada no bife antes que eu jogue o molho. Mas se eu sentir amor, nada disso me incomoda.
Eu sou intensa, prefiro não carregar lembranças do que faltou dizer, digo logo tudo o que preciso dizer. Essa minha mania de realismo chega a ser cruel, mas faz bem, às vezes. Às vezes faz mal, aí é hora de correr atrás, me desculpar e fazer um strogonoff pra tudo ficar bem de novo.
Eu assim: meio criança, meio mulher, meio velha, meio louca.
A canção pra mim é tudo, é nela que eu me escondo e estudar canto erudito, pra mim, tem sido abrigo.
Abrigo que começa numa canção e termina nos braços dele, porque é dele que eu tô precisando agora, que eu preciso hoje, amanhã e sempre. Sorrir renova o fôlego. Ele me faz sorrir, e é dele que eu preciso pra sorrir e renovar o fôlego que me faz cantar todos os dias.
Todos os dias.
Procurava a mulher, surgiu a menina.
Procurava a menina e sugeriu ser ela a tal mulher.
Ela em seu a, b, c, d.
Ele em tanta hermenêutica.
Ela no soprar bolinhas de sabão e ver tudo se espalhar e voar.
Ele em fórmulas fabulosas de bomba atômica ou de ataques nuclear.
E uma única equação entre eles.
Uma só matemática, 1+1 e pronto!
Ela sem tantos paetês, sem máscaras anti-rugas, sem batom e sem quase nada!
Ela na sandália rasteira e na camiseta básica.
Ele no paletó e no arco íris cinzento das tantas gravatas!
Ela no vestido floral e conduzindo o passo feito bailarina!
Era ela a menina, era sim!
Lá ia ela!
Ia no vestido de chita, com a pulseira amarrada ao tornozelo e com nenhum endereço estranho.
Lá ia ela, ia sim!
Lá ia ela, ia sim!
Ela acreditava em Papai Noel, fadas e duendes.
Ela tinha pingentes estranhos.
Ele sempre acreditando apenas em inveja e mau olhado!
Ela tentando convencer acerca da força do amor e do amar!
Ele querendo qualquer coisa, brigando com tudo e pouco sabendo que amor é para ser algo fácil!
Ele no jeito escroto, no jeito sério.
Ela na rota de colisão no itinerário de também ser gente grande!
Ela uma menina, a minha menina.
Eu o seu menino!
Eu e ela!
Pedaços dela no que ainda não sei!
Lá ia ela, ia sim!
Triste por ser covarde
Quem dera eu ter a coragem
Minhas meninas estão chorando
Eu me derramo querendo curar
Dê a tua dor
Eu sinto ela por ti
Sinta o meu amor
Ver o rosto inchado sorrir
Faz partir tamanha dor.
Diz pro menino que chora
Que estou do outro lado da porta
Esperando ele sorrir
Diz que pouco demora
Pro medo ir embora
E eu com fé corajosa vou dizer
Que o espinho da rosa sairá de ti.
Tenho muito orgulho dessa menina, moço. Cresceu num castelo, aqueles do concreto mais forte, sabe? Mais altos, aquele castelo que aparentemente ninguém pode tentar entrar para ferir a princesinha, pois seria uma tentativa inútil. Era o castelo mais forte e mais resistente mas não era indestrutível. E à medida em que a princesinha crescia ela percebia isso. E moço, só de contar essa história pra você meus olhos já se enchem de lágrimas, porque ela é linda demais. Eu sei porque vi tudo de perto, vi tudo aqui de cima, o melhor lugar para se ver. As vezes eu aparecia, quando ela estava muito feliz, porque me fazia tão bem ver aquele sorriso, e sentir aquela felicidade toda, mas assim, aparecia sem ela perceber, bem quietinho, mas como menina esperta que é, ela me sentia, acredita? E ainda sorria pra mim! Que linda essa menina, que doce. Mas então moço, como te contava, um belo dia o desastre aconteceu, o castelo desmoronou e a princesinha ficou sem chão, e nunca se sentiu tão só, tão sem vida... Eu coloquei algumas pessoas no caminho dela que fizeram muito bem o meu papel, abraçaram minha pequena, cuidaram dela, mas assim, ela fez tudo sozinha, se levantou e reconstruiu tudo no braço. E enfrentou tudo com força. Só não tem tamanho essa menina, porque vai enfrentar ela pra você ver, nem tenta. E hoje moço, eu olho para aquela princesinha de outrora, aquela tão pequenina que ria feito criança um dia, o riso mais inocente que já vi... Olho pra ela hoje e vejo que o sorriso continua o mesmo, percebo os gestos de antes, agia feito boneca aquela menina, e hoje moço? Permanece a mesma, tão doce nas palavras... Ah moço, eu fiz um bom trabalho, diz aí? Cuidei e continuo cuidando aqui de cima. E sei que ela sai dos trilhos as vezes, mas eu nunca vou deixar que ela se perca, nunca! (...) Se eu encontrasse ela moço, eu ia dizer, que desejo que ela continue sendo essa pequena guerreira, que hora é mulher, e que mulher! Mas que não deixa de ser meiga e doce. Desejo que ela permaneça essa menina de sorriso inocente, que tenha fé e que não se perca nunca... de mim, que por trás de toda tempestade eu vou fazer o sol dela radiar, que por trás de toda noite triste vou tratar de arrumar uma constelação de estrelas no céu só pra brilhar para ela e eu vou estar lá, aquela estrela mais brilhante e mais distante... esperando por ela.
O Anjinho da Lizie
OI! Realmente, você brilha, sorriso de menina, com corpo de mulher. Coração palpita e todo meu ser se irrita, dislumbrando um mundo inimaginável, que deveras incontestável diante de sua beleza. Sim, são apenas palavras, mas como ficam no tempo, não perdem seu valor. Todos os dias, se quiseres, poderá lê-las, lembrando sempre que em algum canto do nosso imenso mundo existe um coração que bate forte apenas em vê-la.
Se quiser também pode deletar todas estas palavras, se preferir, pode guardá-las para um dia que esteja se sentindo sozinha, mas nunca, nunca menospreze uma pessoa que tem carinho por ti.
MORADA DA MENINA...
Sou tua menina de cabelos cacheados da cor da noite, meus
olhos são expressivos como duas estrelinhas brilhantes e meu semblante ficou desenhado no firmamento e infante estarei sempre a te olhar, saiba que morte é apenas a transição para outra dimensão onde a alma toma a forma de coração, minha morada agora é a lua minguante que sorri pra ti nesse instante...
A BOLA E O CAVALINHO
Doces lembranças
Caras sapecas
Meninas de tranças
No colo, bonecas
Vento ou neblina
Galope constante
Cavalinho de crina
Mágico instante
Com sol a pino
A bola rolando
Traquina menino
Na rua jogando
Esconde-esconde
E bem escondido
Procurar onde?
Polícia ou bandido?
Sonho fantasia
N’alma a essência
Criança alegria
Santa inocência
Bela menina
Quando fecho meus olhos, parece que te vejo
Em meus sonhos, que não venham me despertar
Áurea luz fixa em meus pensamentos
Toda a beleza, resplandece, a me encantar
A pele macia, a face tão bela, meus olhos refletem tua harmonia
Cabelos longos e lisos que eu sinto em minha mão
Como se eu a conhecesse tão bela menina
O caminho secreto do teu coração
Sei que por enquanto eu sonho e nada mais
A beleza que me encanta
Toda a felicidade e harmonia que só você me traz
E nos meus sonhos e naquele brilho do teu olhar
Renasce a esperança
Deste poeta que só nasceu para a ti, te exaltar.
Menina mulher
Sou uma mulher de desejos
e uma menina de sonhos.
Sou uma mulher que busca
e uma menina que chora.
Uma mulher que luta
e uma menina que brinca.
Sou uma mulher decente
e uma menina travessa.
Sou simplesmente eu mesma,
nos erros e nos acertos.
Às vezes careta,
outras vezes moderna.
Como todos, sinto frio,
medo, fome, sede.
E desse meu jeito chego até você:
por isso sei o quanto
sou feliz por você existir.
Então aquela menina cheia de inseguranças pegou seu diário com o coração partido de incertezas e magoas e começou a escrever.
' Querido diário', hoje passei aqui só pra escrever o quando eu to diferente, hoje vi ele de novo, não fiquei encarando ele como sempre faço, não puxei assunto como é de costume, apenas abaixei a cabeça e segui , sem dar nem um ‘’oi’’ com o coração partido , se ele me quisesse mesmo eu ele estaria aqui comigo , ele me ligaria e como sempre eu diria sim , que iria ver ele sim , acontece que agora não vou mais dar o meu melhor pra quem não dar um passo por mim , acontece que não vou mudar pode ele , ele não merece nada de mim , eu vou mudar por mim , pra me sentir melhor , eu não vou mais me torturar como eu sempre fiz , vou apagar tudo dele do meu histórico , não quero fotos , mensagens e nem conversas , eu quero paz , quero alegria .
Talvez ele note que eu estou diferente, mais se ele não tonar? Pra mim não vai fazer a mínima diferença, estou mudando por mim e não por ele, é fato que quem ama corre atrás, mais amar e uma coisa se humilhar é outra eu não nasci pra me humilhar pra ninguém, muito menos pra quem não me dar valor uma hora esse sentimento adormece e fica quietinho em meu subconsciente, as lembranças vão vim é obvio , sempre haverá algo que me fará lembrar ele , mais quando as lembranças vim prefiro me esconder eu vou sorrir sem rancor , sem raiva , vou lembrar dele com carinho quando essa maré abaixar , por enquanto prefiro ficar aqui quietinha no meu canto enquanto a brisa cai lá fora e meu coração bate forte sem saber onde ele esta , prefiro assim sabe não saber mais dele, com quem ele anda ? , o que faz? Eu o prefiro longe, meu coração ta machucado, mais o tempo cura qualquer ferida e quando eu ouvir o nome dele, meus olhos vão lhe procurar e mesmo se eles não lhe encontrar, meu sorriso será automático .
Então ela fechou seu diário cheio de orgulho de si mesma já não era a mesma menina frágil que começara escrevendo a primeira linha, já estava mais confiante, determinada, escrever para ela era forma de desabafar, se sentia melhor quando colocava pra fora o que sentia em forma de texto, quando desenhava sobre aquelas linhas seus pensamentos e sentimentos. Então uma lagrima rolou em seu rosto, e ela na escuridão da noite apoiou sua cabeça no seu travesseiro e apertou bem forte o seu diário, e sussurrou:
- É bobagem, isso passa!
Então fechou os seus olhos e deixou escapar outra lagrima, outra, e outra até adormecer! Então dormiu e entrou em seu mundo com novos horizontes, com novos sorrisos, com novas pessoas e com menos dor.
PRINCESA
Menina
que segredos guardam
este coração aprisionado?
Que tristeza é esta em seus olhos
sempre tão cabisbaixos?
E teu sorriso?
Onde escondeu-se sua alegria?
Levaram embora
seus sonhos e fantasias?
Deixe-lhe que eu cure
suas feridas mal curadas...
Que eu faça parte dos seus sonhos
na romântica madrugada!
Dar-lhe-ei a lua como presente,
simbolizando o meu amor onipotente!
Enxugarei suas lágrimas
que correm como cascatas em seu rosto...
De mim não terás decepção
ou desgosto!
E servir-te-ei prazeroso
e curvarei-me a sua beleza...
E não estranhe ou ache exagero
ao ver-me chamar-te de Vossa Alteza!
É que por ti, morro de amor
e farei de você
minha Princesa!
Ela é atrevida, sexy e charmosa,
sabe ser meiga e ao mesmo tempo interessante,
olhos de menina, e paladar de mulher,
nome estrangeiro, calças rasgadas no joelho,
ela para qualquer olhar e qualquer um.
Thalia, a menina que me alucina,
que faz com que eu perca meu sono,
mas que eu tenha vontade de dormir ao mesmo tempo,
apenas para sonhar com ela.
Parece droga, viciante,
algo parecido com coisa de outro planeta,
rosto de anjo, mas que faz eu cometer pecados,
e faz com que eu a busque aonde ela estiver,
só para poder tocar seu rosto e beijar tua boca.
Não sei o que é mais forte,
a ansiedade de te ver,
a vontade de te beijar,
ou o sentimento de te ter.
Análise de uma menina-mulher
Para uma mulher de mais de trinta, algumas descobertas podem fazer com que seu mundo caia.
Não desmoronei por não ser forte, não caí por não aguentar a vida e não me machuquei por não conseguir brincar. Apenas desmoronei, cai e me machuquei quando descobri que o príncipe não iria mais vir, e que ele, na verdade, não estava perdido no caminho com seu cavalo branco, e sim que realmente ele não chegaria. Demorei anos para aceitar esta verdade e até hoje, no fundo do meu coração, ainda tem uma parte de mim que ainda acredita. Me tornei uma pessoa estranha, confusa e perdida por não querer aceitar esta realidade. Hoje sou mais sonhadora do que antes e tenho ainda esperanças que um dia irei acordar e estar vivendo o meu conto de fadas e com o tão esperado final feliz e o príncipe salvando a princesa da bruxa má.
Será que sou normal por pensar assim? Por ser tão sonhadora? Por acreditar em contos que sei que não existem?
Apesar de todos os males que os contos me provocaram, eles também me ensinaram a ser esta pessoa cheia de esperança que sou hoje, apesar de viver num mundinho só meu: tenho minha família, minha casa, meu trabalho. Acordo todos os dias às 6 horas da manhã e saio para a batalha. E à noite, quando chego em casa, faço comida, preparo tudo para o próximo dia e só então quando todos já estão dormindo, me perco em meus pensamentos até a madrugada, com príncipes, princesas e muito amor, mas nestes meus pensamentos a princesa não sou mais eu, e sim outras.
A verdade é que sei que não existem príncipes, mas existem homens protetores que salvariam, sim, a mulher que amam. Aquele que destrói meio mundo para se vingar de alguém que fez mal a quem amam ou então aquele que acorda no meio da noite ouvindo barulhos e sai pela casa para ver o que é.
Este, sim, seria o príncipe encantado: o super protetor, apaixonado e companheiro.
Quem sabe um dia...