Textos de Mar

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Afixo as Minhas Âncoras

Atolado na indecisão
navego na deriva
de um mar indigesto.
Repleto de sais e dúvidas
esta ondulada hesitação
move o êmbolo da minha nau.
No alambique da minha pele
escorre o poema que perdi.

Grita o vento no íntimo da noite,
desflora o silêncio.
O desembarque das tempestades
arrefecem as estrelas
- saboreio os astros que iluminam
as débeis praias;
afixo as minhas âncoras
nos areais onde severamente
se acomodam as civilizações
nesta esfera pintada em tons de azul.

Inserida por JoniBaltar

Mar Ferido de Amor

O refluxo de correntes e marés
em vagas esbatidas pelos ventos.
Nas amplitudes frágeis dos horizontes
cega-se o corpo em espuma de sal
na entrega absoluta do mar ao luar
onde naufragam as almas aos céus.

Remos que remam a distância
em louvor às entranhas do silêncio.
Navegam as sentinelas dos astros
no nevoeiro insípido e rouco:
chora este mar ferido de amor.
Depositando o seu pranto nos areais
e regressa ao mergulho profundo
das suas lágrimas.

Inserida por JoniBaltar

O Mar Traz-me o Teu Beijo

Não vou à terra estranha de mim
vou vazio de espera e condenado
de esperança
o horizonte puxa a minha estrada.

Todas as estrelas apagaram o sonho
envolto no teu cheiro a atestar
o meu pensamento
o meu coração enuncia as lágrimas.

Não me deixam ficar
sem pão e sal
rebento o momento
escorrem lembranças
que alagam as horas
neste exprimido suspiro
queima o silêncio
escuto os meus passos
cingidos pelo vento
perto da distância
longe da tua boca
os dias não amanhecem
as noites não adormecem
suavemente abre-se a janela
e o Mar traz-me o teu Beijo.

Inserida por JoniBaltar

Alcançámos as Nossas Almas

Faremos um poente
numa porção de mar
e de braços abertos
deixaremos entrar a canção
desenhada no alaranjado céu.
O luar de boca aberta
narra a melodia das amoras,
deitados na cristalizada areia de jasmim
os nossos desnudados corpos
amaram-se até as estrelas adormecerem
e entre o céu e a terra
alcançámos as nossas almas.

Inserida por JoniBaltar

Há um mar alto, em minha volta!
E ventos tempestuosos, elevam suas águas,
As quais, formam ondas de mágoas,
Qu´eis qu´alma esta, querem ver morta...


E o meu barco, esta-se partindo,
Com estas altas e rugentes ondas.
O meu espírito, se vai com dores consumindo.
Por estas correntes velozes, nestas do mar alto, zonas...


Mas, mas ainda que eu desça ao fundo dos abismos!
Oh tu mar revoltoso e impiedoso!...
E também vós outros arrogantes cataclismos!...


Sabei, sabei, vós, vós: Todos...
Que virá tempo, em que a águas mansas, e porto piedoso,
Morto por vós, mas vencedor, meu barco, ancorará neste porto, mais alto que vós, sois altos.

Inserida por Helder-DUARTE

Eis que o tempo passou…
E o vento, findou…
O mar, já não ruge.
Nem a chuva, mais surge.
Mas só há o bem!
As crianças cantam…
Os pássaros dançam
E a Deus, louvam.
Os meninos e os homens, não choram.
Mas num rio de tranquilas, águas,
Sobre elas, caminham…
Eis que veio, o bem
O rio, já o mal, não tem.
Mas agora, veio a luz.
A dos meninos, pequeninos…
E dos homens e dos leões…
E a que vem, da cruz.
Há paz, para sempre…
Há paz nos corações,
Sem, que mais, haja tempo!...


,

Inserida por Helder-DUARTE

⁠Águas

Eis que me rodeiam águas do mar,
Águas negras, de ondas fortes.
Que me querem afogar,
Com suas imptuosas correntes.

São águas ocidentais e do norte,
Que me querem matar de morte,
Por eu do sul ser.
E a mar mais calmo pertencer!

Mas ficai sabendo,
Vós águas do sul e do norte,
Que ambas vós, não estão em mim poder tendo.

Mas sim águas mais altas que vós,
Águas de vida, sem morte,
Águas mais altas que todos nós!

Inserida por Helder-DUARTE

⁠Joaquim

Joaquim! O vento parou! O mar está sereno...
E nesse teu calmo, mar!
Olha! Olha os peixes, no seu nadar.
E com eles, vai! Sim! Nesse empenho.

Caminha nas águas que correm pr'a norte.
Nao mais, para o sul.
Mas nesse teu rio azul....
Em aguas de paz... segue a vida e deixa a morte...

Mas canta com os peixes, seus belos hinos.
Hinos de amor, sem dor...
Vai nas verdes algas. Nesses caminhos...

Então, vida terás ...
Eterna... eterna. Nesse nosso mar.

Inserida por Helder-DUARTE

⁠O MAR

E a terra lhe disse:
Mar porque me bates,
Com teu modo, esse,
Que de Deus, não tem artes?

Se de Deus ambos somos,
Porque me fazes mal,
Se os dois afinal,
Por ele fomos ordenados?

Ms como estás nele,
Se me fazes guerra,
A mim que sou dele?

Como podes de Deus ser
E a mim terra,
Com tuas ondas, tanto mal fazer?!

Inserida por Helder-DUARTE

⁠ a razão


O mar levanta sua voz forte!

A terra clama desde o norte!

O sol levanta seu grande calor!

O homem grita de tanta dor!



As águas tudo destroem...

e os ventos, tudo levam!

Mas o que é isto!? Afinal?

Tudo está no seu final!




Para quem olhar então?

Para perguntar, qual a razão?

Olha para Deus, Jesus Cristo!



E então vencerás tudo isto!

Pois ele está vindo, nesta hora.

Aceita-o sem nenhuma demora!

Inserida por Helder-DUARTE

⁠Meu rio


Sinto paz no meu rio que corre, para o meu mar!

Meu rio é manso, lento no seu ao mar, chegar!...

Corre corre rio, nesse teu tranquilo correr.

Não tenhas medo do mar! Ele não tem poder!

Ondas altas eu vejo, que me querem matar!

Vai, rio, vai! Nesse teu lindo! Lindo andar!

Recebe o vento! Ele já vem do teu norte!

Deixa ele te guiar! Sem medo da morte!

Fortes são os rugidos, desse alto mar!

Mas o teu vento, é forte sem cessar!

Ao mar tu já vais chegar! Calmo sim!

E o vento, ao mar me fez chegar...

Sem medo nenhum do alto mar,

que bem me recebeu, assim!

Inserida por Helder-DUARTE

E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia.
E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.
E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta.
E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?
E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses.
E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.
E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.
E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.
Se alguém tem ouvidos, ouça.
Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos.
E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão.
E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada.
E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens.
E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia.
E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.
E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas,
Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.
Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.

Bíblia Sagrada
Apocalipse 13:1-18.
Inserida por Helder-DUARTE

Era um mar de rosas, violetas, jasmins.
Mergulhávamos sobre pétalas, o perfume do primeiro amor.
Mas a correnteza corre e todo o cheio se dissolve.
Deságuam as rosas sobre as cachoeiras.

Então sob as pétalas, no caule, os espinhos.
Os meus espinhos, os seus espinhos.
Qualquer aproximação brusca, machucávamos um o outro.
O espinho é a defesa da rosa, como o orgulho e vaidade na gente.
Espinhos sobre espinhos e todos já estavam feridos.

Feridos, sem lembrar bem do que houve, só o peso do ódio, do mal humor.
Tentamos nos aproximar pouco a pouco
Era quase um estudo anatômico.
Cutucávamos as cicatrizes. Doía.
Eu cutucava suas feridas ferozmente,
queria chegar à raiz, à verdadeira natureza de si.
Não podíamos remover o passado,
mas remoíamos paulatinamente.

Inserida por Eu1695

⁠⁠⁠Numa singular ocasião,
senti a emoção de presenciar
as ondas do mar em sincronia
com as ondas sonoras
de um piano, na praia, sendo tocado
emanando uma aprazível melodia
com amor em cada nota,
foi um momento ritmado de alegria
daqueles que a alma confortam
com uma dose de calmaria
Pra se guardar bem na memória.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠Durante um momento particular,
estava um pouco angustiado,
diante do mar que também
estava agitado,
aparentemente, em sincronia
com a minha mente,
o vaivém de suas ondas
com as idas e vindas
dos meus pensamentos,
todavia, ironicamente,
aquela atípica empatia
foi trazendo-me alento,
uma preciosa calmaria
que não sentia há muito tempo.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠Ah, minha querida! Quem me dera,
num dia ensolarado,
poder velejar contigo
num lindo mar de águas transparentes, seria um sonho realizado,
um momento agradável pra guardarmos na mente,
uma brisa suave iria nos acompanhar
e um sentimento de liberdade
iríamos partilhar,
mas enquanto isso não acontece,
o que me resta é sonhar.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠Tens uma beleza delicada,
és feita de um amor
que conecta-se com o mar
com o vaivém de tuas ondas,
tuas vontades e incertezas,
o fulgor da tua essência,
as profundezas da tua alma,
marcante é a tua presença,
tua existência é necessária,
saber amar-te é uma benção
ricamente alcançada.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠Seria muito bom estar contigo
num domingo à tarde
num quarto de hotel
com vista para o mar,
nós dois juntos deitados,
sem percebermos o tempo passar,
eu acariciando os teus cabelos
sentindo a maciez da tua pele
o teu perfume agradável,
meu apreço por ti, não se mede,
só de pensar, sonho acordado.
Ah, minha querida,
já passeiaspela minha mente,
que estes meus pensamentos
ainda tornem-se fatos.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠No seu âmago, um mar agitado
de sentimentos impulsivos
debaixo de um céu emocionado
derramando sua chuva de lágrimas
por causa de pensamentos amargos,
ficando muitas vezes indo e voltando
entre a superfície e a profundidade
e é assim que vive e sobrevive
lidando com a sua intensidade.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠O mar é nitidamente enigmático,
abriga uma grande beleza no seu íntimo,
passa uma sensação de equilíbrio
apenas com a sua superfície,
mas muitas vezes fica agitado
semelhante a um coração que acelera seus batimentos
quando está bastante emocionado,
fica impaciente com o vaivém de suas ondas
como se de alguma forma quisesse ser notado
ou seja a maneira que ele encontrou pra desabafar,
e, talvez, seja justamente por ser assim tão expressivo
que muitos com ele identificam-se e o apreciam.
É evidente que este enigma faz parte de algo divino
e inexplicável, assim, mesmo que não faça sentido,
merece ser contemplado.

Inserida por jefferson_freitas_1