Textos de Loucura
– (...) Você está vendo o que eu tenho no pescoço?
– Uma gravata.
– Muito bem. Sua resposta é lógica, coerente com uma pessoa absolutamente normal: uma gravata! Um louco, porém, diria que eu tenho no pescoço um pano colorido, ridículo, inútil, amarrado de uma maneira complicada, que termina dificultando os movimentos da cabeça e exigindo um esforço maior para que o ar possa entrar nos pulmões. Se eu me distrair enquanto estiver perto do ventilador, posso morrer estrangulado por este pano. Se um louco me perguntar para que serve uma gravata, eu terei que responder: para absolutamente nada. Nem mesmo para enfeitar, porque hoje em dia ela tornou-se símbolo da escravidão, poder, distanciamento. A única utilidade da gravata consiste em chegar em casa e retirá-la, dando a sensação de que estamos livres de alguma coisa que nem sabemos o que é. Mas a sensação de alívio justifica a existência da gravata? Não. Mesmo assim, se eu perguntar para um louco e para uma pessoa normal o que é isso, será considerado são aquele que responder: uma gravata. Não importa quem está certo – importa quem tem razão.
– (...) Lembra-se da primeira pergunta que lhe fiz?
– O que é um louco?
– Exatamente. Desta vez vou lhe responder sem fábulas: a loucura é a incapacidade de comunicar suas ideias. Como se você estivesse num país estrangeiro, vendo tudo, entendendo o que se passa à sua volta, mas incapaz de se explicar e de ser ajudada, porque não entende a língua que falam ali.
– Todos nós já sentimos isso.
– Todos nós, de um jeito ou de outro, somos loucos.
"A Lua, com sua palidez, me seduz uma vez mais.
Me traz aquelas lembranças, que nem mesmo o tempo desfaz.
Aquelas, ora doces, por vezes amargas, lembranças de anos atrás.
Não sei o que me fez, ou o que ainda me faz.
A balança do universo é um tanto eficaz.
Não existiria guerra, se não existisse a paz.
Por falar em paz, ela só existe quando em nosso abraço, um só ser se faz.
O que seria de nós se nossos corações fossem iguais?
Amaria eu, você, ainda mais?
Ou nossa igualdade nos separaria ainda mais?
É certo, você se amaria ainda mais.
Nessa adição de loucura, quanto mais penso em ti, mais e mais suas lembranças, a razão me subtrai.
Bem da verdade, a muito que em solo frio minha razão jaz.
Nas raras orações implorei ao Deus que fizesse daquele amor algo fugaz.
Mas coração parvo, para amores infundados é solo feraz.
Lembrei-me de quando, sob a luz da Lua, seu olhar me devorava com apetite voraz.
E como você, ela com sua palidez, me seduz uma vez mais..." - EDSON, Wikney
Não sofro de Transtorno Narcisista.
Uma sensação que provém de certas seres que se acham a ultima bolacha do universo, isto costuma ser proveniente de seres onde educação familiar lhe promoveu uma educação competitiva. Mamãe, papai, vovó, vovô que a em todo momento faziamcomparações cruéis com suas crianças.Ninguém é maravilhoso em tudo aprendam. Possuir uma autoestima elevada, e a fofa autoconfiança, acreditar em todas suas capacidades, talentos, (dons), habilidades, é super positivo. Porém vem a via de mão dupla, quando isso supera o limite do bom senso, o velho semancol e passa a ser espécie de possessão de megalomania,uma crença exagerada em si mesmo e uma hiper autovalorização, a convivência pode se tornar um pouco difícil pra você aí fica difícil . Afinal a calçada da fama de Hollywood sempre perde alguém somos mortais como qualquer outro ser respeite seu semelhante é para de loucura, respeite a vida alheia!
►Contemplação à Madrugada
Me sinto perdido
Sozinho neste mundo obscuro
Me sinto como um menino
Com medo do céu noturno.
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As ruas barulhentas
O ar pesado que acoberta a cidade
As pessoas moribundas junto as suas algemas
Em fileiras encadeadas em várias partes.
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Em noites turbulentas,
Pela janela enferrujada
Bem longe, estrelas espalham-se em beleza
Vê-las me preenche, como rosas perfumadas.
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O aroma da morte em repouso sobre meus ombros entristece
O peso não desaparece na neblina
Passo, como um carvalho, a enraizar preces
Refletindo o que fiz de errado em minha vida.
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Fiz versos como meu íntimo tanto pede
Pernas padecem pelas ladeiras que desci
Neste caderno confesso meus piores remédios
Doutor, espero melhora, mas, irei embora a sorrir.
Estar lúcido talvez seja a experiência mais louca que possamos sentir.
A lucidez me assusta, prefiro ver o mundo com toque de alucinação.
Um toque de loucura torna tudo mais fácil.
Estar lúcido não me agrada, não me faz bem...
Prefiro as alucinações que me são permitidas por drogas lícitas .
Autor: Alma e mente
Eu respiro fundo para não pirar, enquanto o mundo tenta me enlouquecer no contar de cada segundo do dia a dia.
Loucura; uma sensação que foge do controle da razão.
Estou perdido em minha mente, procurando novamente os dias mais contentes, tudo culpa de um coração baleado que sangra e perde a razão dos seus atos, para ele a felicidade se esconde atrás de uma porta do outro lado do oceano.
Mesmo assim eu espero que a felicidade, o meu coração e a minha mente se reencontrem em meio a todas as lembranças.
Até lá estou perdido e sem razão!
O louco olha para o céu
Observa a lua e se delicia no seu mel.
Ele pede que ela lhe traga respostas.
Ele pede para que seja levado junto à ela.
Seu olhar é de socorro, desespero.
Como desvendar os segredos da lua?
Como desvendar seus próprios pensamentos?
Talvez a lua consiga tirá-lo do sofrimento.
Talvez ela consiga desvendar sua mente, tirá-lo de sua própria prisão.
A pior prisão não é atrás das grades, mas sim, a da nossa mente.
A lua não tem luz própria,
Mas se completa com o sol.
O louco procura a lua, pois assim como ela, ele também necessita de uma luz.
Eu não sou masoquista
Eu não sou masoquista
Eu sou apaixonada
Sou uma viciada
Pela ideia de um amor ufanista
Eu não sou masoquista
Não amo esta dor
Mas eu amo o amor
E faço de tudo por ele. Alienista
Quem sabe me internem
E me forcem a esquecer de ti
Mas amor assim eu nunca senti
E sentirei até que me alienem
Me prenderão numa camisa de força
Me doparão e me isolarão
Ledo engano teu, toleirão
Amor não se prende, não se dopa, não se isola
Amor se sente, e só se se quiser, vai embora
Não há culpa em não querer:
não se escolhe o que se quer, por vezes, o desejo tem fontes distintas da razão.
Não se pode amar apenas por consideração - da mesma forma que não se deixa de amar pela impossibilidade de acontecimento.
Entregar-se sem desejo é a pior das ofensas a si mesmo e ao que deseja sua entrega;
Concretizar o desejo pensando só em si é um ato de extremo egoísmo, deve ser imediatamente abandonado e nunca executado.
Nunca coloque o fim da amizade como um escudo aos desejos, a amizade não se perde.
O seu desejo não deve obrigar o outro a desejar o mesmo.
Se fores o desejo de alguém, haja com nobreza, respeite os limites e compreenda a fuga desse de estar perto de você.
Você passa a ser desejo quando o coração do outro aperta perto de você, o ciúme arde mesmo em silêncio, e as tentativas de ter-te nunca são descartadas.
Nunca se esquece aquilo que é dito na tentativa de afastar a possibilidade da realização.
Nunca será indolor: o não, a confissão, e a constatação.
Te ver feliz é uma alegria, até que essa alegria não permite nossa participação.
Há loucura no desejo, e a razão na tristeza.
de tudo que se falou, a verdade é: quando o primeiro pensamento, o principal objetivo do dia, e quando a vontade latente for alguém, aí estaremos de fato condenados.
Normal é algo que corresponde a uma norma, um padrão.
Mas cada indivíduo é único, não somos padrões.
Podemos ter características em comum, gostos em comum,
vivências em comum, traumas e sentimentos em comum,
mas no geral cada um de nós é um composto único,
com porções próprias de todos esses componentes
Assim como a terra pisada
Batida, surrada
Minha resistência vem dos pés dos passantes
Me contraponho;
Por isso a força.
Me rebelo;
Por isso o endurecimento
Me fiz vermelha pela enxurrada.
Assim sou o pó
No momento em que o vento levanta a poeira
dos muitos desertos que habitei...
Das poucas águas às areias misturadas, formando o barro...
Sou o barro quando não quero resistir...
Quando me entrego;
Quando andam por mim e me deixam marcas.
O Inominável
Sua existência absurda jaz no topo
Não pertencente a leis universais
Vive trancafiado, separado da graça que antes o pertencia
Construído abaixo sua montanha de olhos devassos
De pele áspera e sangrenta
Atinge-o na constante agonia
Solvendo-o na familiar melancolia
Abraçando-o nas puras gotículas rubras
Na desesperança de retorno a moradia
Ao seu antigo lar na imensidão
Amaldiçoou novo mundo em obscura selvageria
Servindo de banquete malicioso
Montou seu reino maléfico sob pontudas angustias
Como antes fizera seu antepassado Azmuth
Os obcecados na magnífica rubidez vociferam
“Malithet, Inominável Lorde Rubro
Conceda-nos a graça de seu sangue
E voltai ao teu cosmos pertencente”.
►Passageiro ao Tempo
Às vezes eu espero o relógio soar,
Como se estivesse aguardando mudanças
Às vezes só quero alguém para me abraçar,
Torcendo que assim, eu me levante desta cama.
.
Às vezes eu acompanho os carros passarem,
Me perguntando se algum deles irá voltar
Às vezes fecho os olhos quando estou chorando,
Como se, ao não enxergar, proibisse aquela lágrima de rolar.
.
Às vezes eu escuto o bater de meus pulsos,
Esperando uma nota tocar mais alto
Às vezes eu mergulho os meus olhos em águas frias,
Para acalmar a vista, em noites mal dormidas.
.
Quem sabe o que posso fazer a seguir?
Talvez eu viaje pelas madrugadas, sem destino
Ou talvez eu me ache, perdido neste labirinto
Ainda não sei, tudo está tão incerto
Talvez eu me afaste, fuja para longe, em busca do arco-íris
E acabe encontrando um lugar quieto,
Para refletir, e acalmar os pensamentos e tormentos.
Sou uma lei, sou uma regra, que não sigo
E se sou honesta comigo
Não sei que honestidade é essa que sou
—-
Só no limite sou resistência
Sou a verdade de quem mente
Sou princípios de consequência
E se ficar calada, sou diferente?
—-
Sou querer ser loucura
Sou pura porque sou fingida e finjo
Ou se finjo, não sou pura?
—-
Sou uma única alma singular
Mas sou pelo menos duas ou três
A que sou, a que te quero mostrar
E a que tu vês
—-
Preferia ser ignorante e real
Do que ser conhecimento num mundo de ilusão
Preferia eu ser assim, racional
Ou preferia eu ser como sou, emoção?
Conspiração
Conspiração da
Minha mente
Demente
Vem inconsciente
Domina e me fascina
Coração de menina
Inocente
Vem ardente
Domina minha sina
Os meus anseios
A alguém
Os meus delírios
A além
Os meus desejos
A aquém
Os meus devaneios
A ninguém
Sanidade
Como é saudável
Tê-la
Quando não
Estou louco
Lembro-me de todos
Os problemas
Loucura
Como é formidável
Vivê-la
Quando não
Estou são
Esqueço-me de todos
Os dilemas
Jeazi Pinheiro in "O Último Poema".
Psicose
Não sei quem sou
Ando confuso
Quem foi que falou?
O que eu escuto
Sua voz me atormenta
Onde quer que eu vá
Ou minha mente inventa
Me pedindo para voltar
É psicose que tenho?
Nitidamente te vejo
É tão real não é desenho
Vai além de um desejo
Deve ser loucura
Talvez não tenha cura
Me controlar é impossível
Em minha mente você visível
Só você consegue
Me equilibrar
Meu coração te pede
Nova chance de te amar.
Roney
POSSEIRA
Escolho explorar a minha estrada
meu caminho entalhado
em rocha íngreme da minha razão.
com meus musgos pendurados
verdes "que te quero ver-te" esverdeados
ou caquis, esparramados
cor da aura que só meus olhos,
tocados veem, pela luz do coração.
Cores minhas, minha vida!
meu caminho,
meu perdão, minha lida.
minha volta e minha ida,
minhas pedras de tropeço
que conheço,
meu inferno quando habita o meu céu...
"Deixei de precisar, no momento em que mais precisei.
Deixei de me importar, quando eu mais me importei.
Como Sócrates, quanto mais sei, nada sei.
Tornei-me seu escravo, pensando ser um rei.
Deixei de chorar, quando eu mais chorei.
Minha loucura, rouba o espaço, da minha sensatez.
Deixei de beija-la, quando eu mais beijei.
Por suas tempestades, eu velejei.
Nas suas idas e vindas, eu aguardei.
Uma vida sem ti, eu não suportei.
Você indo embora de mim, eu não superei.
Deveria ter lhe odiado, mas não odiei.
Não deveria ter te olhado, pois, me apaixonei.
Quisera eu, ter deixado de te amar, naquela tarde, onde eu mais te amei..."
Sou louco
Sou louco pelo teu jeito,
Louco pelo teu olhar
Tua voz me deixa fora de mim,
Teu sorriso me faz viajar.
Sou louco pelo teu corpo,
Que não posso tocar
Imagina a gente a sós,
Numa ilha deserta,
Só nós, a se amar.
Tu és atraente ao meu ver,
Maravilhosa ao meu pensar
Ô mulher arretada, linda de viver,
Que tanto me faz sonhar.
Encantasse o meu coração,
Sou obcecado por ti,
Não posso mais negar
Me aceita em outra vida então,
Já que a gente juntos nessa ainda, não vai rolar!