Textos de Lembranças

Cerca de 3806 textos de Lembranças

⁠Talvez um dia tudo será esquecido
E tudo se tornará apenas lembranças

Daqui um tempo, sem mais nem menos
a gente se lembrará de tudo isso.
Tentaremos buscar cada detalhe de nossas
conversas, de nossos sorrisos e do som de nossas vozes.

Nos pegaremos olhando pro nada, inertes,
sentindo as mesmas sensações de agora e
ficaremos rindo sozinhos, olhando pro vazio.

Talvez pensando onde estaremos naquele instante,
quantas coisas poderiam ter sido diferentes...

Com um suspiro acordaremos desse sonho gostoso
e voltaremos para nossas realidades.

Inserida por hfornazier

⁠ BEIRUTE
Ainda tinha as lembranças de alguns meses atrás, era uma marquise aconchegante apesar do mal cheiro de um contêiner de lixo que exalava mais forte com os pingos de uma chuva de um verão ardente, e chegava-nos de longe, provavelmente de algum veículo, o som de uma música de um tempo romântico quando nossas asas eram ainda imaculadas. Beirute mencionara uma coisa bonita como alguém mencionara há muito tempo atrás, passou as mãos nos meus cabelos, como aquele alguém querido, mas o que fizemos ali não foi amor... parecia mas uma louca tentativa de segurar algo que parecia escapar das nossas almas como a capacidade de amar; amor; acho que não sabíamos mais o que era isso. No nosso mundo chovia meteoros como nosso planeta em formação, e algumas espécies foram exterminadas.
Marco Aurélio Penha ganhara o apelido exato para retratar sua alma em conflito: Beirute. Ainda bem lá no fundo, percebia-se, tinha a sensibilidade de uma adolescência bem-amada por sua família do agreste nordestino, que ficara esperando notícias do jovem que partira paro sudeste em busca de emprego. Não fora fácil pra Mirica: (Mirian Ribeiro Castro), aproximar-se de Beirude; ele era arredio, introspectivo, tímido; e só quando ela se mostrara como álibi, durante uma abordagem policial que o acusara de conduzir drogas que foram encontradas próximo a ele... assim, Mirica conseguira a confiança de Beirute a ponto de ser sua confidente e leal parceira.
Marinalva e Jocasta, mãe, e filha que provavelmente nem tinha nascido, quando ele decidiu tomar o rumo do Rio de Janeiro; eram esses os nomes que seriam sua redenção, o que trazia algum brilho ao par de olhos negros confusos e tristes. Era só um “avião”, era assim que se identificava; “só um avião, os “passageiros” querem “viajar” e eu tenho que decolar”. Não contava as vezes que tinha que subir o morro para atender pedidos. Essa era a vida de Beirute, as vezes que tentara fugir disso não deram certo; uma parada na central do brasil que lhe rendera um linchamento quase fatal e uma parada em Copacabana que lhe deixaram duas cicatrizes de bala na perna esquerda; depois disso parece que aprendera, e só subia o morro para pegar alguma coisa. Isso era decolar. “O morro é meu, o Rio não é uma faixa de gaza, Beirute não é alvo”; Dizia sorrindo sem perceber a guerra onde a guerra não se mostra, onde não parece haver fronteiras; onde qualquer atitudde é um ato político, onde qualquer roupa é a sua indumentária.
Agora estava ali, estendido, uniforme do ferroviário estava manchado de sangue, no antebraço esquerdo a tatuagem: Jocasta, o nome da filha que nem chegara a conhecer. Era uma calçada imunda, húmida, sob uma marquise rachada que ameaçava desabar sobre quem passasse por ali; ao lado do cadáver de Beirute estava mogango, o vira-lata preto e branco pra quem ele trazia restos de comida.
Mirika enxugou o par de lágrimas que rolara dos seus olhos, jamais subiria aquele morro novamente, seu amigo fora assassinado provavelmente porque fazia isso; escreveria uma carta a dona Nigéria, mãe de Beirute, mas não lhe falaria de morte, não lhe falaria de coisas tristes, falar-lhe-ia dos passeios na Quinta, do Fla x Flu no Maraca, da saudade que ele mencionara da família e dos amigos da igreja; guardaria a grande surpresa pra quando lá chegasse: Isaac, o feto de três meses, que já se mexia ali no seu ventre, e jamais permitiria que conhecesse aquele lado sombrio da vida.

Inserida por tadeumemoria

⁠Não te esqueças de mim.

Traga sempre à tua memória lembranças do tempo em que estive presente.

Não te esqueças dos meus pais e de tudo o que falaram de mim.

Dos meus filhos, não te esqueças do que fiz por eles.

Mantenha-me viva em ti, ainda que meus algozes, triunfantes, te façam constatatar minha morte todos os dias.

Perdi a conta de quantas vezes morri e outras tantas quando voltei e permaneci viva dentro daqueles que teimaram não deixar que eu fosse apenas lembranças do passado num presente sombrio e mórbido.

Não perca seu tempo com os que tramaram a minha morte, mas concentre-se em como permitirás que eu viva, outra vez, atraves de ti.

Liberdade é o meu nome.

Não te esqueças de mim.

Inserida por 10_5_6_5

⁠21 de setembro - Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Essa data é a lembrança de que a inclusão não é uma escolha, mas um direito. Para cada barreira que ainda existe, há uma força invisível que persiste, uma luta constante que não se abate diante do preconceito. As mãos que pedem acessibilidade não querem caridade, querem dignidade. São sonhos que merecem ser vividos, olhares que merecem ser vistos. Nesse dia, celebramos a coragem de quem enfrenta o capacitismo diariamente e nos lembramos que a verdadeira deficiência está na falta de empatia. Porque enquanto houver luta, haverá esperança de que todos possam caminhar lado a lado, independentemente de suas limitações. Que essa luta seja de todos, e que esta data saia da invisibilidade, hoje e sempre.
Assim seja!

Josy Maria

Inserida por JosyMaria

⁠Finados...

Hoje amanheço em oração pelos que partiram, mas que seguem vivos como lembranças bonitas no coração de quem ficou.

Hoje, meu sobrenome é saudade,
mas o que permanece forte no peito é o amor e o carinho que acalentam a tristeza da perda. Já não há mais tempo para abraços nem palavras guardadas. Mas há a gratidão pelos momentos vividos e por todo esforço em vida para nos fazer bem.

Hoje, para todos que perderam alguém, se a tristeza bater com a saudade, é normal, sinta o que precisar, mas depois transmute-a em prece e acredite, Deus cuida de cada um de seus filhos, os que se foram e os que ficaram. Confia, bendiz e agradece.

Hoje, que o amor enterneça todos os corações. Que a tristeza, se surgir, seja passageira. Que a fé ilumine fortemente cada pensamento e cada coração que crê. E que a presença de Deus seja sentida em cada lar e lhes acompanhem onde quer que vocês estejam.

Josy Maria

Bom dia!

Inserida por JosyMaria

A minha presença é permanente

na tua lembrança e na retina,

A alma jamais irá se aquietar

na tua memória e na rotina...;

A minha pertença é iminente

na tua vida e na história,

A inspiração que vem de mim

na tua caminhada é perpétua,

A verdade é que tua alma ama

a minha: sofrendo, muda e quieta.



A rima que nasce e cresce da ginga

amada, sentida, adorada e 'revivida',

É poesia que nasce de um amor

deixado para trás e dos dias de Sol,

Que para você não estou redimida.



A ginga que dança e sacode-me

apaixonada e fervente: virou poesia

É beijo que toca as constelações

comovendo todas as emoções,

Que não me deixam esquecida.



A minha poesia mora em você

relembrada em cada gota de prazer,

É sede que jamais irá [acabar];

promessa que não te deixa esquecer:

- Que sou o amor da tua vida!...

Inserida por anna_flavia_schmitt

A lembrança chegou

com a chuvarada,

Abraçada ao oceano,

com a maré mexida,

com a areia molhada,

e com a alma lavada.



A tempestade bradou,

com os raios de metais,

Resoluta e decidida,

que não volta atrás,

que não pensa em você,

e que não te quer mais.



A lembrança surgiu

com os mil perfumes,

Acobertada pelas nuvens,

com o mistério da fé,

com um grande plano,

e derrubando totens.



A liberdade poética

com as suas asas,

Certa das tuas cismas,

que ignora detalhes,

que determina caminhos

e que aceita as tuas sinas.



A temperança não me deixa

com os seus perfumes,

Ainda destes versos morrerás

com todos os ciúmes,

Sentindo os lamentos,

Com o teu peito em mil rebentos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Não sei o quê fazer com você,

E nem com a lembrança doce;

Que me fez gostar sem querer

Do olhar que me fez endoidecer.



Tua serei sempre que quiser,

E do jeito que ordenar...,

Não há nem como negar

Sob o domínio do teu olhar,

Não há como não esquecer

Do manso bem-me-quer

Vindo de um beijo estelar

- Primeiro e derradeiro -

Que fez o meu corpo te querer

- inteiro -

Sendo eu poesia última,

Juro-te como o meu amor

- verdadeiro -

Guardado estás no meu peito.



Não sei o quê fazer com amor,

E nem com todo este encanto...

Quando não é verso, ele é pranto

É melhor eu fixar no meu canto.



Jura que irá voltar para mim!

Não encontro melhor fim,

Por isso resolvi me recolher

Para eternizar em versos

- tudo -

O que o coração não consegue

- apagar -

E o que o meu corpo espera

- se alimentar -

Do universo feito de você

E deste amor que não consigo

- esquecer -

Porque nascermos para nos repletar.



Não sei o quê fazer com o tempo,

E nem com a distância...

Que os meus versos sejam o breviário,

E a saudade de mim se torne estância.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Ainda sonho contigo,

Nada passa à toa;

A lembrança toma conta,

Deixando até tonta:

A lágrima foi vertida...





Não existe ninguém nessa vida

Que nunca tenha deixado

Algo ou alguém para trás,

Bem longe e em algum lugar,

E que muita falta sempre faz...





Ainda acordo durante à noite,

E até nas minhas manhãs

Procuro-te por causa do vazio

Provocado pelo (destino)...,

Obviamente não encontro,

Por razões óbvias não conto.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Da lembrança nada
apaga as memórias
nem tão românticas,
nas linhas atlânticas
tenho me distraído
porque sei que tudo
na vida pode mudar.

Com a esperança
convivo com o quê
insiste em caçar
as minhas utopias,
a fé e a leal crença
de que não se deve
perder a essência
de tudo o quê me
fez resistir até aqui.

Da temperança nada
e ninguém me tira,
do desejo de ter você
comigo além desta
Lua Cheia de abril
plantada como rosa
no jardim sidéreo:
do destino és mistério.

Longe de quem insiste
em furtar no mundo
a misericórdia, o sorriso
e a bondade da gente;
resolvi quebrar a corrente
com o quê faz respirar
para o coração continuar
como um refrão de amor
para você me encontrar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Pairou a lembrança
de uma dama
buscando pelo General
da Pátria dela,
E em cada linha
sul-americana
venho me irmanando
nesta espera,
Onde a agonia
implacável impera,...

Deste continente
tenho sido do cotidiano
a própria persistência,
porque cortaram cada
fibra da resistência;

Nego pedir retratação
porque o quê aconteceu
com o General tem nome
e por desaparecimento
forçado é que responde.

Não dá para pensar diferente,
o General continua preso há
mais de dois anos injustamente,
e desde o início da pandemia
dele não houve mais notícia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠No silêncio desta
tarde de chuva mansa,
me veio a lembrança
de como disseram
que mataram o Capitão da Armada,
ela fez um barulho danado
só de recordar a voz impostada
de como papagaio da TV
teve a coragem de se referir
a este crime como um bárbaro:

Há erros que podem
ser perdoados,
mas nunca apagados quando repetidos,

Há velhos hábitos e vícios
de comportamento que precisam
ser corrigidos;

Por loucura política ele ter mentido
dizendo que o General
estava envolvido
em atividades conspiratórias
é algo de muito mau gosto,

Não se sabe nem quando
o General será libertado,
pois desde o dia treze de março
do ano de dois mil e dezoito
ele está injustamente aprisionado,
sem acesso ao devido processo legal
e continua em ISOLAMENTO TOTAL.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Um feminino
recordatório
da prisão dos 4F,
oportuna lembrança
para a situação
de uma tropa
numerosa na prisão,
uma carta quando
eles estavam
no cárcere de Yare
levou à luz do dia
para este tempo
triste e de pandemia,
que nenhum sofreu
maltrato quando
foram encarcerados;
situação que NÃO
está ocorrendo
nos dias atuais,... onde a vilania
tem transbordado demais;
e da mesma forma
a mentira televisiva
sobre a reputação
do General preso
injustificadamente,
e agora em sinistro
e BRUTAL ISOLAMENTO,
graças a anomia
da Justiça em total
ausência de devido processo legal.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Um General
ainda dedica
a lembrança
ao Eterno
Comandante,
Com igual
espírito que
o libertador
discursou
para a tropa
em Taguanes,
Ali vive
no coração
de um povo
a esperança.

O José foi
libertado
e o material
foi devolvido;
O Hugo Marino
ainda está
desaparecido.

Poesia como
a primeira
venezuelana
da diáspora
em cores
de araguaney,
ela foi coroada.

Distante sei
que ali onde
ninguém
pode entrar,
e se entrarem,
eles não sairão;
E se partirem,
não voltarão
aqueles que
não querem
entender o quê é
autodeterminação
de uma Nação.

Dos Generais,
da tropa
e de tantos outros
gentil peço
a justa libertação.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Não consigo
tergiversar,
Quando há
autoritarismo,
É recorrente
a lembrança
Do que corre
nas veias,
não vou virar
este capítulo.

Da semente
da rosa nômade:
Eis-me o espinho!
Falo de flores
no calabouço,
Tropas diluídas
e do sequestro
De um povo.

Como letra
do deserto,
Não calo
o verso
da estepe,
Sou poesia
florestal,
Não oferto
vida fácil
para quem
não merece.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Criciúma Profunda

A memória originária
está no teu nome,
A lembrança da primeira
fábrica de cerâmica
por mim jamais será
da História apagada.

Das tuas etnias aqui
deixo as pistas para serem
recordadas algum dia,
Porque este poema
é de cerâmica, carvão
e de taquara pequena
para a sua (auri)curiosidade.

A memória ainda te trata
com saudade, fascínio
e festa com quem sempre
teve conversa aberta comigo,
e conhece o meu afeto
pelas araucárias do destino.

Mãe Luzia e teus filhos
Sangão, Maina, Criciúma,
Ronco D'água, Linha Anta,
por todos eles ainda
tenho alguma esperança
que flutuante nas correntes
até o Eldorado e Quarta Linha.

Minha Criciúma profunda,
pelas picadas abertas,
estrada de ferro
e a rodovia estabelecida,
Tu sabes como ninguém
que ocupas um lugar
importante na minha vida
na Bela e Santa Catarina.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Faxinal do Guedes

Ergueu-se o Astro Rei sobre

as florestas dos faxinais,

E a lembrança que foste

colônia militar veio

à tona e memória te honra.



Esperança erguida no Oeste

dos Rios Chapecozinho e Irani,

cidade profunda, celeste

e de gente catarinense

que sabe abraçar quem vem.



Surgiu a Lua e o céu estrelado

beijando as araucárias

dos nossos destinos,

Faxinal do Guedes é a rota

para quem busca fazer amigos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Em noite de Lua Nívea
giramos a lembrança
da luta pela liberdade
e a memória da Lei Áurea.

Com os Parafusos de Sergipe,
uma História de amor
atemporal e sem limite,
e entre nós há encaixe.

Damos voltas para lá
e para cá foi o Padre Saraiva
que batizou o nome
por todos nós conhecido hoje.

Rotas de luta e anáguas atrevidas
nos trouxeram o justo e necessário,
te entrego o olhar poema
no pulo e giro sempre encantado.

De longe dá para perceber
que você é meu namorado,
que te pertenço e você
me pertence no ritmo apaixonado.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Engenhos

A memória brinda com
a lembrança dos engenhos
de Açúcar e de Farinha
que serviram com alegria
muitas mesas à custa
de infindáveis tristezas
que até hoje deixaram
as marcas na História,
Poesia sempre para falar
de glória e também
do que nos envergonha
mesmo não tendo
ancestralidade culpada
pela parte mais inglória
e trágica da História.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Depois de tanta vida, comecei a viver. Veio à mente a lembrança do que perdi em vivências consistentes, por acreditar nas disputas mercadológicas; nas corridas para o sucesso notório. Tudo sempre mais público do que pessoal.
Faz tempo, deixei de viver em razão dos outros. Aprendi a saber que estou em mim. Sei me doar sem doer por excesso de autocobrança. Faz-me bem olhar o mundo com serenidade, sem temer a sombra; o anonimato; a classificação nesse concurso instituído por uma sociedade viciada em superar o próximo.
Demorada maturidade. Não tardia, exatamente. Apenas demorada. Em tempo de me recompor, adaptar as sucatas do meu ser e renovar conceitos. Vencer preconceitos. Preencher vazios e me realizar como repessoa.

Inserida por demetriosena