Textos de Jardim
Hedonismo Epicurista
Voltar aos jardins do passado, reviver, sonhar e podar as velhas novas mudanças descontínuas em uma continuidade vertical e não totalmente apical. Sou como a araponga errante que vive na beira do rio, as orvalhadas da noite me fazem tremer de frio, me fazem tremer de frio como junco na lagoa, feliz da araponga errante que é livre e livre voa.
Dizem que cultivamos flores na alma,
em jardins de pedras
e, nos nossos dias mais tristes,
quando a tristeza quiser fazer morada no nosso coração,
quando perdermos a vontade ou a paixão e até mesmo o interesse pela vida,
então poderemos recorrer àquelas flores,
porque somos o reflexo daquilo que trazemos na alma.
A ROSA SONHADORA
A rosa tinha muita inveja das outras flores, pois, quando passava pelos jardins e observava as flores, dançando ao bel-prazer do vento, que ora soprava em brisa leve e, em outras passava com rajadas fortes, fazendo-as rodopiar...
A rosa indócil, somente queria pertencer àquele mundo, que ela admirava, mas desconhecia o porquê de haver espinhos em seu caule e não tinha como dançar com as outras flores, quando o vento chegava...
Certo dia, a rosa determinou, sem muito raciocínio, extrair todos os seus espinhos. E, mirando-se, no espelho, sem perceber o sangue, que escorria, pensou: – Estou com ar mais aprazível, um verdadeiro porte de rainha, agora poderei dançar...
E, assim, aproximou-se das outras flores, toda faceira, com um sorriso. Mas sua surpresa foi grande, quando, todas as outras flores, lhe apontaram os dedos, mostrando-lhe o sangue, que escorria em seu caule. Não era o que ela esperava... Afinal, ela era a rainha das flores, justamente pelo perfume e os espinhos...
As flores, virando-se, para ela, perguntaram, em uníssono: Retirar seus ilustres espinhos, por quê?... Eles lhe faziam, além da sua beleza insólita, a tão respeitada rainha de todas nós...
Agora, somos flores sem reinado e sem rainha, não temos a quem idolatrar e você está ferida!
A coitada da rosa, ferida, agora, sem reinado e sem coroa, por querer ser igual às outras flores, que não tinham espinhos e, sem eles, elas dançavam ao desejo do vento, livres e soltas, como ele gostaria...
Jamais seria igual às outras flores, pois tinha espinhos, mas era a rainha, com certeza, de todas elas... Não perdeu a sua altivez, não mais seria rainha, porque o que a diferenciava, das outras, era o mais importante, aos olhos de todas as flores... Os espinhos, que ela havia retirado é que a tornavam diferente...
Naquele mesmo dia, a rosa, que sentia muita dor, por causa da retirada dos espinhos, morreu... A noite se findou, um novo dia raiou, com um maravilhoso sol e outra rosa nasceu, bela, cheirosa e com todos os seus espinhos, sendo eles a sua coroa...
As flores ganhavam, agora, uma nova e reverenciada rainha... Haviam esquecido a rosa sonhadora...
Marilina Baccarat de almeida Leão, no livro "É Mais oui Menos Assim
Nos jardins onde o sol repousa, um olhar inesperado me capturou. Ele era alto, bonito e charmoso, um encanto que me transtornou.
No primeiro momento, senti um suspiro profundo, como se o mundo tivesse mudado de lugar. Seus olhos, vastos e serenos, me levaram a um horizonte desconhecido que jamais sonharia em encontrar.
Aquele sorriso que não podia ignorar iluminou o meu dia. Minha mente, antes tranquila, agora estava em pensamentos se perdia.
Cada movimento seu era um sonho silencioso, um convite para um novo universo. Sua presença envolvia-me, estava presa em seus doces versos.
Rosas e Espinhos
As rosas dançam ao vento, tão belas,
Seu perfume invade jardins e vielas.
Delicadas, em pétalas que encantam,
Silenciosas, em segredos que cantam.
Porém, sob sua pele de pura formosura,
Escondem espinhos, ferindo a ternura.
Machucam a pele, deixam marcas no amor,
Pequenos arranhões, mas de imensa dor.
Assim é a vida, um misto de encanto,
De belezas suaves e momentos de pranto.
Das rosas, aprendemos a lição singular:
Mesmo com espinhos, vale a pena amar.
NOS JARDINS DA VIDA
A lagarta caminha lenta e persistentemente.
Em busca do futuro que o instinto prevê.
Mas o ciclo é interrompido e a vida é apagada.
Não há nenhuma borboleta nem flor encantada.
Em todos os jardins da vida, histórias iguais.
Jovens que abandonam os seus sonhos e os seus pais.
No trajeto para o trabalho e na volta à escola.
Um tiro, um roubo e o fôlego da vida vai embora.
Uma pessoa sem amor e sem brilho no olhar.
Roubam mais do que o bem, roubam-lhes o respirar.
Os jovens são lagartas que não vão voar.
Deixando os jardins vazios e sem cores para dar.
Somos nós que permanecemos em sofrimentos tão cruéis.
É necessário cultivar o amor pelas almas nas ruas.
Há algo, em algum lugar, distante e eterno.
Em outra vida ele encontrará sua alma materna
Pois eles terão seu o voo eterno.
ZAHIR
Nem os Jardins com as flores mais bonitas, as pinturas com os traços mais perfeitos ou uma poesia escrita com amor, nada disso tem mais valor, que você pra mim.
É a calmaria dos meus pensamentos, a rainha que governa meu ser, é um prazer... e cada segundo é precioso com você.
Sinto sua presença em “ilusões que mesmo crio”, seguro suas mãos e ali percebo que... tem de mim o mais precioso que eu podia dar.
Posso não te ver, não estar com você, mas todos os dias com seu jeito de ser, me apaixono mais e mais por você
IRONIA SENTIMENTAL
Coaxar dos sapos, quando a noite é calma,
sem jardins simbolistas, nem repuxos cantantes,
nem rosas místicas na sombra, nem dor em verso...
Coaxar dos sapos, longamente,
quando o céu palpita na moldura da janela,
num mistério doce, num mistério infinito,
e em cada estrela há um lábio, um lábio puro que treme,
e um segredo na luz que palpita, palpita...
RASCUNHOS DAS COISAS
Pode se fazer rascunhos dos almejados jardins;
Das mais altas torres, as mais imponentes;
Dos livros de contos de fadas.
Dos gibis de super – heróis, dos favoritos;
Das novelas, das tramas e dramas.
Pode se fazer rascunhos das poesias;
Dos poemas, das estrofes e versos;
Das lindas canções e dos ritmos.
Pode se fazer rascunhos de muitas coisas...
Eu quero continuar a rascunhar,
Rascunhar as histórias de gente;
Das coisas, dos jeitos e defeitos...
Desde que sejam histórias de amor,
De finais felizes.
Metáfora da Mesa
Se o filósofo filosofar peripateticamente como Aristóteles e andando pelos jardins à la Epicuro, a tendência é você desenvolver um temperamento blasé e fleumático, alguém que desfruta melhor da solitude, sem necessitar de apego desmedido aos outros.
Talvez, se deva buscar pessoas com esse tipo de disposição para à vida, senão, você pode acabar se tornando aquele sujeito com cara de paisagem no meio da "galera".
O JANE-IRO-
Teus dedos
dedos de figo, topázio y malagueña
verão,
carnaval em jardins
O Corcovado em teu dorso
o arqueiro cavalga na Lapa
- arcos de íris -
circunflexos, vossos gemidos são preces
Epa babá! quara (o sol) em tuas asas
voltei outro,
toquei harpa em teus fios
tenho fiapos das mangas
da tua flora-blusa de chita
só Guanabara já sabia
meu nado contigo: sincroniza o sismo
podem mar y rio
ser simbióticos
quando dançam
com
liberdades
de
rimar
Já estive em muitos jardins passeei entre às flores , mas alguns espinhos me espetaram .
Colhi flores belíssimas, muitas delas ainda permanecem em minha vida, outras murcharam com o tempo e perderam seu encanto.
Continuo a regar os canteiros , cuido com amor, mas o principal jardim a ser regado é o que está dentro de mim, esse não pode ficar feio e perder sua beleza.
Pensamento de Islene Souza
O educador de jardins
O educador prepara a areia.
Tira as pedras e as madeiras.
Prepara a base.
Que é o que determinará.
O tamanho da planta.
Para no futuro.
Não exeder no peso.
Nem na medida.
Sabe-se que uma planta bem cultivada.
É sempre uma obra prima conquistada.
Do esforço de semear.
Da cuidado pra germinar.
Da dedicação em se regar.
Sabe-se que o jardim.
Foi um trabalho a longo prazo.
Semeado pelos sopros dos bichos.
Mantido com lágrimas de chuva.
E aquecido com temperamento caloroso de Deus.
Admirado, copiado e passado.
De cultura a cultura.
De amor por amor.
Por um educador.
De jardins.
As flores estão por todos os lados
Enfeitando sonhos e jardins
As aves voam atentas trazendo os dias, esperanças
Sonhos são aves com asas abertas
Só fecham no calar do dia
Quando os sonhos se poem no final do dia
Quero sol, quero mar, um beijo
A luz dará
Tempestade de sonhos voam como mar
Quero voar como uma ave
Basta acreditar nos seus sonhos
E se doar
Nunca é tarde
Enquanto há vida, há luz, há dias, e esperança.
SONHOS
Alguns sonham em ser deuses
Assim como os jardins de violetas
Sonham em ser uma floresta de rosas;
O riacho sonha em ser mar
E o mar se transborda à praia
Porque o que quer mesmo
E alcançar a mais linda pérola.
E assim continuemos com nossos sonhos.
Sejam pequenos ou grandes,
Não demoremos porque as violetas
Fenecem, assim as rosas também,
O riacho e o mar...
Mas sempre haverá um grão dentro da ostra.
Crianças brincando
percorrendo correndo
nos jardins a sorrir.
Seus sorrisos
derramando lágrimas
escorrendo escorregando
nos escorregas.
Crianças cantando
pulando
mergulhando na vida.
Crianças poesia da vida
a flor da vida
a sorrir
a chorar
pelos campos a seguir
pela pedra a subir
a plantar uma flor.
Nos balanços
o seu olhar a sorrir
criança de espírito de criança
chora...
chora dentro de si
se revolta a sorrir
se recalca a seguir.
Rua toda torta, de velhas casas e muros,
janelas quebradas, musgo nos jardins,
quantas memórias em suas fachadas,
muitas das quais, tatuadas em mim
Minh''alma vaga de porta em porta,
meio perdida na companhia do vento,
sem bagagem, olhos e ouvidos abertos,
percebendo murmúrios antigos do tempo
Devo ter sido dessa rua, reconheço,
cada passo, cada sonho e realidades,
esperanças, lutas, desassossegos,
onde plantei sementes que se chamam saudade
Em 15/ 03/ 2.009
Vem, meu amor!
Vamos sair por aí,
a PRIMAVERA chegou!
De mãos dadas, vamos ver os jardins em flor!
Rosas, cravos, glicínias e jasmins
abrem-se ao sol
e querem nos ver passar.
A vida nos chama, vamos sair...
Enlaça-me, vamos ao campo !
colher flores de perfume sem igual
e beleza sem par!
Vem meu amor,
chegou a Primavera!
Vem, vamos senti-la em todo seu esplendor!
Cika Parolin
As quatro estações
Nas estações da vida
a minha alma veste-se de flores.
Passeia em jardins de cores
Trilha alegre e perfumada!
Na primavera vestia- me de sonhos
Vestido de cetim, cor de auroras!
Passeava em jardins secretos
Onde pousavam borboletas alegres e ternas.
No verão vestia- me de certezas
Pétalas vermelhas sensuais e graciosas!
Desfilava na passarela da vida.
Vestido vermelho, seduções ousadas!
No outono visto- me de liberdade
Vestidos serenos, bordados multicolores!
Flores tardias, igualmente belas!
Avenidas douradas, primaveras travessas!.
No inverno, vestirei- me de esperanças
Fluído vestido de seda, pérolas brancas!
Em alamedas de árvores desnudas
Na alma, raízes profundas!
HAIKAI 2
Jardins tão floridos
Recanto dos beijá -flores
Vôo livremente.
# INTERAÇÕES ILUSTRES
Jardim perfeito
Enfeitado de flores
Com grandes canteiros.
"Uma Mulher Um Poema"
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Voa beija-flor
Sugar néctar das flores
Lindo colibri.
"Norma Aparecida Silveira Moraes"
zezezus
Enviado por zezezus em 30/11/2018