Textos de grandes Pensadores
Certa vez ouvi de um filósofo que: " Tudo que está sendo dito hoje, já foi dito por todos os filosofos no decorrer da história. Fui até minha casa e pensei: Puxa será que até sobre coisas não existentes como no caso da INTERNET?. Eu já estava convicto que o filosofo estava equivocado. Foi quando abri e li a República de Platão e lá pelas tantas vi o mito do anel de GIGES, poxa percebi que o anel atribuía poderes mágicos da invisibilidade, tal qual acontece com o usuário de internet hoje na atualidade. Platão que nunca teve Facebook, explica no mito do anel de GIGES o que muitos fazem hoje em dia.
Se, quando o povo suficientemente informado delibera, os cidadãos não tivessem nenhuma comunicação entre si, do grande número de pequenas diferenças resultaria sempre a vontade geral, e a deliberação seria sempre boa. Mas, quando se formam facções, associações parciais à custa de toda a sociedade, a vontade de cada uma dessas associações se torna geral em relação a seus membros e particular em relação ao Estado; pode-se então dizer que não há tantos eleitores quanto homens, mas apenas tantos eleitores quanto associações. As diferenças se tornam menos numerosas e produzem um resultado menos geral. Finalmente, quando uma dessas associações torna-se tão grande que prevalece sobre todas as outras , não se tem mais por resultado uma soma de pequenas diferenças, mas uma diferença única; então, não há mais vontade geral, e a opinião que prevalece não é mais que uma opinião particular.
É importante, portanto, para exprimir corretamente a vontade geral, que não haja facções no Estado, e que cada cidadão apenas expresse a própria opinião.
A minha doutrina ensina: "Viva de forma a ter de desejar reviver – é o dever -, pois, em todo caso, você reviverá: aquele para quem o esforço é a alegria suprema, que se esforce; aquele que ama antes de tudo o repouso, que repouse; aquele que ama antes de tudo se submeter, obedecer e seguir, que obedeça. Mas que saiba para o que dirige sua preferência, e não recue diante de nenhum meio! É a eternidade que está em jogo".
Se vivemos próximos demais a uma pessoa, é como se repetidamente tocássemos uma boa gravura com os dedos nus: um dia teremos nas mãos um sujo pedaço de papel, e nada além disso. Também a alma de uma pessoa, ao ser continuamente tocada, acaba se desgastando; ao menos assim ela nos parece afinal — nós nunca mais vemos seu desenho e sua beleza originais. — Sempre se perde no relacionamento íntimo demais como mulheres e amigos; às vezes se perde a pérola de sua própria vida.
O intelecto das mulheres se manifesta como perfeito domínio, presença de espírito, aproveitamento de toda vantagem. Elas o transmitem aos filhos, como sua característica fundamental, e a isso o pai acrescenta o fundo mais obscuro da vontade. A influência dele determina, por assim dizer, o ritmo e a harmonia com que a nova vida deve ser tocada; mas a melodia vem da mulher.
Todas as coisas que duram muito tempo de tal modo se impregnam aos poucos da razão que a origem que tiram da desrazão se torna inverossímil. A história exata de uma origem não é quase sempre sentida como paradoxal e sacrílega? O bom historiador não está, no fundo, incessantemente em contradição com o seu meio?
Deixemos pois de pensar mais em punir, em censurar e em querer melhorar! Não seremos capazes de modificar um único homem; e se alguma vez o conseguíssemos seria talvez, para nosso espanto, para nos darmos também conta de outra coisa: é que teríamos sido nós próprios modificados por ele! Procuremos antes, por isso, que a nossa influência se contraponha e ultrapasse a sua em tudo o que está para vir! Não lutemos em combate direto... qualquer punição, qualquer censura, qualquer tentativa de melhoria representa combate direto. Elevemo-nos, pelo contrário, a nós próprios muito mais alto. Façamos sempre brilhar de forma grandiosa o nosso exemplo. Obscureçamos o nosso vizinho com o fulgor da nossa luz. Recusemo-nos a nos tornar, a nós próprios, mais sombrios por amor dele, como todos os castigadores e todos os descontentes! Escutemo-nos, antes, a nós. Olhemos para outro lado.
O socialismo é o fantasioso irmão mais jovem do quase decrépito despotismo, do qual quer herdar; suas aspirações são, portanto, no sentido mais profundo, reacionárias. Pois ele deseja uma plenitude de poder estatal como só a teve alguma vez o despotismo, e até mesmo supera todo o passado por aspirar ao aniquilamento formal do indivíduo: o qual lhe aparece como um injustificado luxo da natureza e deve ser transformado e melhorado por ele em um órgão da comunidade adequado a seus fins".
O amor é estúpido e possui uma abundância cornucópia; dela retira os dons que distribui a cada pessoa, ainda que ela não os mereça, nem sequer os agradeça. Ele é imparcial como a chuva, que segundo a Bíblia e a experiência, molha até os ossos não apenas o injusto, mas ocasionalmente também o justo.
O que é a verdade para uma mulher? Desde o início, nada foi mais alheio, repugnante e hostil à mulher do que a verdade – sua grande arte é a mentira, sua preocupação máxima é a mera aparência e beleza. Confessemos nós, homens: reverenciamos e amamos precisamente esta arte e este instinto na mulher.
A compaixão contradiz a lei da evolução, que é a lei da seleção. Conserva o que está maduro para o declínio, luta em prol dos deserdados e dos condenados pela vida; e, pela abundância dos fracassados de toda a espécie, que mantém vivos, confere à própria vida um aspecto sinistro e duvidoso.
Bem que existe no mundo, aqui e ali, uma espécie de continuação do amor, na qual a cobiçosa ânsia que duas pessoas têm uma pela outra deu lugar a um novo desejo e cobiça, a uma elevada sede conjunta de um ideal acima delas: mas quem conhece tal amor? Quem o experimentou? Seu verdadeiro nome é amizade.
Nosso destino dispõe de nós, mesmo quando ainda não o conhecemos; é o futuro que dita as regras do nosso hoje. Supondo que nos seja permitido, a nós, espíritos livres, ver no problema da hierarquia o nosso problema: somente agora, no meio-dia de nossas vidas, entendemos de que preparativos, provas, desvios, disfarces e tentações o problema necessitava, antes que pudesse surgir diante de nós, e como tínhamos primeiro que experimentar os mais diversos e contraditórios estados de indigência e felicidade na alma e no corpo, como aventureiros e circum-navegadores desse mundo interior que se chama "ser humano".
O homem moderno crê experimentalmente ora neste, ora naquele valor, para depois abandoná-lo; o círculo de valores superados e abandonados está sempre se ampliando; cada vez mais é possível perceber o vazio e a pobreza de valores; o movimento é irrefreável. (...) A história que estou relatando é a dos dois próximos séculos.
O orgulhoso conhecimento do privilégio extraordinário da responsabilidade, a consciência dessa rara liberdade, desse poder sobre si mesmo e o destino, desceu nele até sua mais íntima profundeza e tornou-se instinto, instinto dominante – como chamará ele a esse instinto dominante, supondo que necessite de uma palavra para ele? Mas não há dúvida: este homem soberano o chama de sua consciência...
O que hoje sou, o lugar em que me encontro — a uma altura em que já não falo com palavras, mas com raios — oh! Como então estava ainda longe disso! — Mas eu percebia a Terra prometida — em nenhum instante me enganei sobre o caminho, o mar, os riscos — e o sucesso! A grande tranquilidade no prometer, a feliz visão em direção a um futuro que não há de ficar em simples promessa! — Aqui cada palavra é vivida, profunda, íntima; nem faltam coisas dolorosíssimas, havendo palavras que propriamente sangram. Mas um vento de grande liberdade sopra sobre tudo; a própria ferida não age como objeção.
"A mudança de algo grande começa sempre por você. A verdadeira transformação começa internamente, quando nos dispomos a mudar nossas percepções, atitudes e comportamentos. Somente ao nos tornarmos agentes de mudança em nossa própria vida é que seremos capazes de impactar o mundo ao nosso redor."
Amigos. — Apenas pondere consigo mesmo como são diversos os sentimentos, como são divididas as opiniões, mesmo entre os conhecidos mais próximos; e como até mesmo opiniões iguais têm, nas cabeças de seus amigos, posição ou força muito diferente da que têm na sua; como são múltiplas as ocasiões para o mal-entendido e para a ruptura hostil. Depois disso, você dirá a si mesmo: como é inseguro o terreno em que repousam as nossas alianças e amizades, como estão próximos os frios temporais e o tempo feio, como é isolado cada ser humano! Se alguém percebe isso, e também que todas as opiniões, sejam de que espécie e intensidade, são para o seu próximo tão necessárias e irresponsáveis como os atos, se
descortina essa necessidade interior das opiniões, devida ao indissolúvel entrelaçamento de caráter, ocupação, talento e ambiente — talvez se livre da amargura e aspereza de sentimento que levou aquele sábio a gritar: "Amigos, não há amigos!". Esta pessoa dirá antes a si mesma: Sim, há amigos, mas foi o erro, a ilusão acerca de você que os conduziu até você; e eles devem ter aprendido a calar, a fim de continuar seus amigos; pois quase sempre tais laços humanos se baseiam em que certas coisas jamais serão ditas nem tocadas: se essas pedrinhas começam a rolar, porém, a amizade segue atrás e se rompe. Haverá homens que não seriam fatalmente feridos, se soubessem o que seus mais íntimos amigos sabem no fundo a seu respeito? — Conhecendo a nós mesmos e vendo o nosso ser como uma esfera cambiante de opiniões e humores, aprendendo assim a menosprezá-lo um pouco, colocamo-nos novamente em equilíbrio com os outros. É verdade, temos bons motivos para não prezar muito os nossos conhecidos, mesmo os grandes entre eles; mas igualmente bons motivos para dirigir esse sentimento para nós mesmos. — Então suportemos uns aos outros, assim como suportamos a nós mesmos; e talvez chegue um dia, para cada um, a hora feliz em que dirá:
"Amigos, não há amigos!" — disse o sábio moribundo;
"Inimigos, não há inimigos!" — digo eu, o tolo vivente.
Amigos. — Apenas pondere consigo mesmo como são diversos os sentimentos, como são divididas as opiniões, mesmo entre os conhecidos mais próximos; e como até mesmo opiniões iguais têm, nas cabeças de seus amigos, posição ou força muito diferente da que têm na sua; como são múltiplas as ocasiões para o mal-entendido e para a ruptura hostil. Depois disso, você dirá a si mesmo: como é inseguro o terreno em que repousam as nossas alianças e amizades, como estão próximos os frios temporais e o tempo feio, como é isolado cada ser humano! Se alguém percebe isso, e também que todas as opiniões, sejam de que espécie e intensidade, são para o seu próximo tão necessárias e irresponsáveis como os atos, se
descortina essa necessidade interior das opiniões, devida ao indissolúvel entrelaçamento de caráter, ocupação, talento e ambiente — talvez se livre da amargura e aspereza de sentimento que levou aquele sábio a gritar: "Amigos, não há amigos!". Esta pessoa dirá antes a si mesma: Sim, há amigos, mas foi o erro, a ilusão acerca de você que os conduziu até você; e eles devem ter aprendido a calar, a fim de continuar seus amigos; pois quase sempre tais laços humanos se baseiam em que certas coisas jamais serão ditas nem tocadas: se essas pedrinhas começam a rolar, porém, a amizade segue atrás e se rompe. Haverá homens que não seriam fatalmente feridos, se soubessem o que seus mais íntimos amigos sabem no fundo a seu respeito? — Conhecendo a nós mesmos e vendo o nosso ser como uma esfera cambiante de opiniões e humores, aprendendo assim a menosprezá-lo um pouco, colocamo-nos novamente em equilíbrio com os outros. É verdade, temos bons motivos para não prezar muito os nossos conhecidos, mesmo os grandes entre eles; mas igualmente bons motivos para dirigir esse sentimento para nós mesmos. — Então suportemos uns aos outros, assim como suportamos a nós mesmos; e talvez chegue um dia, para cada um, a hora feliz em que dirá:
"Amigos, não há amigos!" — disse o sábio moribundo;
"Inimigos, não há inimigos!" — digo eu, o tolo vivente.
O que em geral se consegue com o castigo, em homens e animais, é o acréscimo do medo, a intensificação, o controle dos desejos: assim o castigo doma o
homem, mas não o torna ‘melhor’ – com maior razão se afirmaria o contrário. (‘O prejuízo torna prudente’, diz o povo: tornando prudente, torna também ruim. Mas felizmente torna muitas vezes tolo.)