Textos de Chuva
"O que são gotas de chuva, para quem já esteve no fundo do poço?
Era pintura, meu sentimento por ti, e o seu, mal era um esboço.
E volto eu, mais uma vez, com minhas palavras, um louco.
Que por ti, já fez de tudo e além do tudo, o mais um pouco.
No teu abraço até encontrei refúgio, mas não encontrei socorro.
Abram-se as cortinas da minha solidão, palmas para ele, meu coração, 'O Tolo'.
A peça que, me prega peça, o tempo todo.
Repito tudo isso, com amarguras, de novo.
As lagrimas da chuva, lavam as águas do meu rosto.
Eu fecho os olhos e é só você que ouço.
Me implorando mais um abraço, um beijo, um consolo.
E nessa corte, eu é quem sou o bobo.
Por crer que, à mim, voltaria com gosto.
Graças à ti, já não existe nem brasa, onde era fogo.
Já abri mão de nós, já não caio no seu jogo.
Espero que seja o fim, do nosso ciclo vicioso.
Rogo à Deus, para que, nunca mais me venha a sede, das águas do seu poço..."
Não sei andar na chuva
muito mais que o tempo, dividir um guarda-chuva
atravessar sem medo, queda longe da parede
pega pela mão, a formiga
na outra, carrega-o
– tempo de costas
alguém disse: não sei andar na chuva
sendo um a menos
estampido são os gritos
no ritmo dos passos
alguém repetiu: eles eram muito felizes
ela, quinze anos
ele, os mesmos quinze
dividiam no guarda-chuva
a mesma tempestade
o riso insolente
o silêncio na xícara de café
beija o inverno delicado
não havia mais ninguém na casa
além do talher empoeirado
ainda da última visita
de um marido morto
a música que faz chorar
hoje só esconderijo
impossível viver numa casa onde não faz calor
frágua que forja lágrimas
onde a chuva não caminha
como dói a paisagem
quando o olho morre aberto
fica no meio um abismo vermelho da saudade
para entrar no sonho
e esperar que aconteça um milagre
BENDITA CHUVA (cerrado)
Quando, a bendita chuva, o céu a água solta
No cerrado, e escala o espaço árido e céreo
Da sequidão do sertão, em uma reviravolta
O chão zonzo, se refestela em doce refrigério
Em breve, mutação, a vida letarga brota e volta
Louca, em seu divino, puro e quimérico mistério
E assim, a formosura do campo a beleza escolta
Tirando da aridez o seu mirrado poema funéreo
Apalpa-a, fecunda-a, e triunfa, e domina a sede
Em glória, abundantemente, em um livramento
Entoando cânticos em que dá avidez se despede
E, em temporal, as águas bailam em ato sublime
Entre as bênçãos dos céus e hosanas do vento
Em um alento, a natureza exime de seu crime...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Foi
Foi
Só um vento…
Só uma chuva
Só um verão
Só um tempo
Só um raio
Só uma flor
Só um momento
Só uma tempestade
Só um pássaro
Só um tormento
Foi
uma história
que ninguém viveu e que ninguém contou…
foi…
e passou.
Chuva que passa e não para
Em meio à correria
O tempo não se detém não
Passa depressa
Chuva que cai e passa, não para não.
Plante a flor, mulher.
Regue-a com amor.
Quando a primeira nascer
Pro meu amor vou oferecer.
As gotas de chuva
Escorrem pela janela.
Sabe mais ela de mim
Do que eu dela.
A chuva escorre e passa por mim…
Me faz de sua tela
Pinta um jasmim.
Me envolve
Me dissolve
E me leva embora.
Suplico, oh! Chuva!
Devolve a minha paz, minha vontade de viver…
agora.
O mundo
Uma vez eu estava na beira do mar,
olhando a água, olhando a lua
e sentindo a chuva me tocar
com agressividade.
E então ele chegou,
jovem, muito jovem,
mas com ar de quem tudo sabia,
virou e me disse:
Você é muito bela para esse mundo,
me disseram que as pessoas
são feias e muito cruéis,
mas você aparenta ser diferente.
Eu com a face em rubor o perguntei:
Se as pessoas são assim,
como é o mundo?
Fez-se silêncio, ele me encarou,
recuperou o fôlego
e com amor nas palavras disse:
O mundo é belo, feliz e triste,
ele não é grande comparado aos outros,
mas é grandioso por si só,
pois não importa o seu tamanho,
porque mesmo assim
ele consegue carregar
tudo de ruim nas costas,
mas ele se orgulha disso,
porque todo este peso é composto
por toda essa vida que trás tanta beleza.
O mundo é doloroso e muito cruel,
apesar de tanta beleza.
O menino não disse mais nada,
só agarrou minhas mãos
e disse com lágrimas nos olhos.
Bela moça, você parece com o mundo,
é bela, muito bela,
e pequena mas grandiosa,
a sua beleza é saber esperar,
pelo sentido da vida.
Instagram: @poemas_da_vida_sao_fantasia
Poema
Quero estar junto ás estrelas,
com os pingos de chuva
encharcando meu vestido cor de sol.
Quero ver o sol nascer pela manhã
e sentir o privilégio de ouvir
você cantar para os pássaros.
Vejo um mundo a gosto,
sinto um mundo dramático,
mas que sorri como ninguém.
Instagram: @poemas_da_vida_sao_fantasia
Silêncio, entre perguntas, questionamentos que não querem por si serem resolvidas...
Chuva, sorridente como uma criança ao ganhar seu primeiro presente de natal, aqui dentro a ouço sobria, devastando as aguas dos mares do meu peito...
Neblima, fecha e abre estrada como quem dança ao som da música lirica, cá dentro o som alto pertuba meus timbres concetrados ao som do motor lá fora....
E agora sol, o céu repleto de luz, mas as campinas escurecidas pelo tom que natureza os deram, flores esmaecidas, talvez apenas as veja assim...
E pessoas, que vão, sentindo essa energia que o universo traz, vazios, fio por fio que se prende no alto dos morros...
Mas prepare-se, há muito mais que a energia interior, prepare-se pois o dia está só a começar...
Horizonte, veja, a um imenso horizonte, prepare-se...
Srta.Spínola
A chuva ensaiou
Flutuante
Eu abri minhas janelas e cortinas
Acendi meus abajures
e uma vela para agradecer
Convenci flores ausentes a ficar
Recolhi correntes
Pus meus dentes num sorriso
Ensaiei minha melhor risada
Pois a chuva é quase nada
Nada, quando ela chove
Deitei vinho à taça
Ele não veio
Vinha a chuva que passou
Porque toda chuva um dia passa
E ela passou
Infértil...meio indiferente
Sem sorriso e folha nova
Eu chorei
Pois o tempo ensina e prova
Compreende quem quer
Aprender não é preciso
A lágrima é.
Terra e chuva são dois
Pra depois serem uma coisa só
Pois a terra inválida, invalidada
Compreende a dor de ver-se abandonada
Sem laços, desatados nós
Mas depois que um rio flutuante
Impávido e ausente
Num dia qualquer
Passar pelo espaço infinito
Vazio e bonito e distante
Ali, bem diante dos olhos
Pra depois, num mero instante
Dar adeus, partir e não chover.
Edson Ricardo Paiva.
Surgi a escuridão sobre a cidade a chuva cai sobre a humanidade...
Tempos obscuros sobe a virtude da humanidade...
O tempo revela se em fúria aos atoa de tristeza do homem que polui a terra...
Ao mesmo esgota a vida pelo seu bem estar...
Afrontando os limites da vida...
Inesperado o desespero a vida pede socorro...
Em meados de fronteiras a vida que despertar se despede num simbólico desejo de viver.
Tão pouco ao pó de estrelas se deu o que existiu...
De fato o amor morreu nos braços do destino...
Embaralhado num trago de fumaça e gole de água suja...
Porque destrói o que é a vida (...)
Pois deixa um sonho para eternidade...
Deflorado as centelhas divinas morrem em vão na decepção.
Desastre biológico não há necessidade.,.
Disso que fazes só dará glórias a própria destruição.
Chuva é canção de liberdade, a alegria também
A chuvinha amainou e passando por alguns caminhos fiquei pasma com a transformação deles. Ou não havia notado bem estes dias ou foi assim de repente? As chuvas deixaram o verde muito mais brilhante do que já conheço dessa cor e as plantas parece que cresceram centímetros de um dia para o outro e isso sem falar nas ervas daninhas que transbordam por todo canto. Ainda bem que agora rios e lagos estão cheios de água vida, até o sapo na lagoinha canta mais feliz em meio ao seu brejo.
Qual seria a canção para arrematar tudo isso? Agradecer ou apenas festejar, dando pulos como o fazem os animais em liberdade? Já viram cavalos presos em baias ? Quando soltos, saem em tresloucada corrida aos pulos pelo campo. É necessário sair da frente porque entram em desvario. Pássaros infelizes em gaiolas, quando saem para a liberdade, batem em obstáculos na fuga para o vazio do espaço que dominam com suas asas. A vida é assim, a liberdade traz alegria, temos que dar valor a ela, não só a do corpo, mas da alma também, como agora, quando venho rabiscar aqui simplesmente algo singelo, sem receio de que pensem que meu mote parece sempre o mesmo.
Chuva
Era como a chuva
Como vinha sem rumo.
Recordando um amor antigo.
Pedindo por um ombro amigo
Era como a chuva
A maneira que era passageiro
Sem ter um preço.
Tocando o seu violão, ouvindo o chuvisco bater
Nas telhas do telhado
Era como a chuva.
A maneira como sofria e
Como sempre trazia uma ventania
Por isso desejo a você: Namoro no portão,
Domingo sem chuva, Segunda sem mau humor,
Sábado com seu amor...
Já é difícil tentar dizer tudo quando só o seu olhar
Me deixa sem palavras
Por isso se eu fosse a chuva poderia me conectar
Com o teu coração da mesma maneira que ela une
Os eternamente separados, Terra e Céu?
Dessa maneira eu comparo o amor, que mais me parece
Uma chuva fina que vai inundando nosso coração
Com um sentimento tão bom.
Vida
Foram ao meu ver,
O tempo, o vento,
A chuva, a fragrância.
Restando apenas essa minha pequena esperança.
Foi ao meu ver,
Um veneno a crescer.
Que não importava o que se fazia ele não se esvaziaria do corpo
Por isso sobre medidas eu vou lhe dizer.
Terei sempre um olhar sobre você, minha querida.
A vida e a morte
Eles levam e trazem a nossa sorte,
Pode ser passageiro ou apenas ilusão, mas sei que nunca foi em vão.
E isso me faz perceber,
O quanto quero me fortalecer...
Por que sempre vou cair, mas terá algo que logo me levantará
Sabe do que eu a chamo?
Vida...
ela pediu pra eu não enlouquecer
parei de tomar os remédios pra tentar ser gente
mas uma chuva forte caiu
era janeiro
e me escorreguei
perdi o senso
disseram
é temporário
os tremores noturnos
a matriz de uma ânsia descabida
os rostos na janela
todas as noites
os rostos que catequizam as janelas
nas casas sem muro
não há o que se ver que não sobrecarregue a carne
o corpo ainda sente
curva-se ao inevitável
tomba no meio da rua e conclui
não se dá as costas pra morte
há sempre um diagnóstico
preto no branco
vou morrer de tempo ou
vou fazer o quê?
re:___________________.
Amizade e seus encantos
❝ ... Amigo é flor perfumada
em dia de chuva é sorrir
mas também chorar juntos,
é sonhar os mesmos sonhos
juntos e querer dividir tudo com
o mundo. A verdadeira amizade
conhece nossa alma, sabe a dor
de um sorriso triste. Obrigado
por nunca ter desistido de mim...❞
--------------------- Eliana Angel Wolf
Plenitude
E quando o dia terminou vazio,ela apareceu pra completar a minha noite... Quando a chuva parou de cair, ela se tornou água nascente para saciar minha sede, esfriar o meu corpo febril, e para limpar-me das impurezas, que me traz este mundo; pouco praticante do amor! Quando eu deixei de enxergar o brilho do olhar do meu próximo,e o sorriso do palhaço se tornou mudo aos meus ouvidos; ela se tornou 'lua' para me iluminar...Estrela para cativar a minha atenção e me encantar com sua cor aviltante... Nuvens em forma de bichinhos mágicos para me fazer sorrir,e fazer meu coração 'amolecer'... Ela se tornou o motivo para continuar... Para amadurecer,para tentar mais uma vez....
Um dia todos vão ouvir falar de nós,e irão perceber que nós duas juntas, somos mais lindas e completas que uma constelação inteira! Ate os pássaros vão parar para nus ouvir cantar aquela canção ,trilha sonora da nossa história...! Por que ela se tornou musica, quando o que se ouvia era somente o silêncio do meu quarto, e as batidas do meu coração clamando por emoção,por vontade e motivo de continuar batendo... Ela trouxe todos os sentidos que faltava... Preencheu todos os vazios,trouxe luz ao escuro,calor ao que estava coberto de gelo;... Ela trouxe sonhos as noites que nem se eram dormidas... Ela despertou a monotonia e deu calmaria ao que era inquietante e insuportável... Ela trouxe vida, a mim que nem sabia mais viver!
Sem limites
Quem é que impede o ar de circular? O sol de brilhar,a chuva de cair,ou a vida de pulsar?
Duvido alguém ser capaz de algo assim... Do mesmo modo é impossível impedir um amor de nascer,crescer,e acontecer....
Isso mesmo,o amor acontece,não existe botão de ligar e desligar.no percurso do amor não existe maquinista,é um trem desgovernado;o que mantém ele no rumo certo são as linhas,que podemos supor que sejam as linhas do destino...
Se nada,nem ninguém é capaz de parar o amor,talvez por que ele seja a própria vida e como já disse ninguém tem o poder de impedir a vida de pulsar...
Não existe barreira,tempo,parentesco ou falta de afinidade,quando é pra acontecer,o amor nem pede licença. Ele simplesmente se joga. Se joga profundamente,bem no fundo do precioso coração...
O coração é só quadjuvante dessa história,pois é governado pela mente. Onde tudo é enfeitado e projetado para induzir o corpo a alma e o coração a amar. A sentir o que é o amor de verdade,ou o que se aparenta ser.
Se for ilusão quem é que nus confirma ou impede de saber? Nada nem ninguém pode assegurar. Podemos apenas ter fé,foco e força para desvendar os mistérios da vida. Para enfrentarmos os medos e o mundo.
As maiores forças que existem são as mesmas as quais nus fazem lutar...
A força do amor,a força do querer!
Um casal que segue seus próprios ideais de amor,muitas vezes sofrem com as indiferenças,com olhares sistemáticos,ou ate mesmo preconceituosos. Mas o que deveria ser percebido mesmo,é o tamanho da capacidade e entusiasmo;a janela aberta para novas realidades,novas formas de felicidade, existentes nesses desafiadores do sistema.
O sistema persegue,impõe e traça caminhos e modos de vidas, inférteis. E quem é amante do amor não pode seguir o sistema,pois o amor e quem ama, tem necessidade de expandir suas raízes,gerar frutos,e acima de tudo; viver suas fantasias com deslumbramento e paixão. E com certeza,não pode haver pré_limites!
O vento traz oque eu quero lembrar
A leve brisa de hoje,junto ao cheirinho de chuva que pairava
No ar sem cair,me trouxe lembranças de amores antigos e
Também do tempo de criança.
E com as lembranças também veio um aperto no coração ,
Um aperto daqueles que não se sabe se são ruins ou se são bons.
Lembrei do cheirinho de café coado na hora, que aquecia meu narizinho gelado pelo frio. da relva molhada, e também das historias
Que os mais velhos me contavam.
recordei da moça que como eu
Amava cavalgar,pescar e caminhar sobre as pedras da cachoeira;
E também lembrei daquela, que um dia eu tanto amei e nunca esquecerei
Pois foi a mesma por qual eu tanto chorei.
O primeiro amor nunca se esquece,
porem não carece viver de prantos e dor.
A saudade serve para nus lembrar oque foi de bom,
e a leve brisa de hoje ,servio para me mostrar que a vida foi,é e sempre sera cheia de emoção.
(um dos primeiros poemas da poetiza)
SOB A CHUVA
Sobre a chuva...
Penso nas coisas e d’onde provém
Nos prós cheios de poréns...
No ritmo louco do quero quero
Penso nos girassóis flavescentes e belos
Nas forquilhas que dão sustento ao jirau
Nas ilhas dos meus oceanos no quintal...
Penso na culpa, na cruz e na cúpula
Sob a luz do abajur azul
Penso na távola redonda
E no peso da espada do rei Arthur...
No possível relâmpago
Na cupidez do coração sob encanto
Na timidez do dia plúmbeo
Olhando para as folhagens no chão
Penso num mundo apinhado
No guardanapo branco rabiscado
E num punhado de alecrim do campo
Na lassidão das águas que vão
Penso um pouco de tudo eu acho
Na influência da lua sobre a gente
Nos narcisos à beira dos riachos...
Penso em mim terra rúbida encarnada
Em tu terra chovida encantada...
Na ópera e na espera
Em Vivaldi e primavera
Penso mesmo é que o tempo nos desafia
E para suster eu e você
Inspira é poesia!
A chuva nos faz pensa, mas não nós deixarmos agir
Tudo na vida, tem um questionamento, questionamos das coisas, para não se machucar, não erra, não se aventurar e nem brincar.
Sempre estamos rodeados de medos e insegurança, demonstramos ser fortes, sábios e resiliente.
Esquecemos que o tempo passa, vive correndo, tudo se superar, numa históriacriada, algo bom, bom de queremos viver um sonho, cada sonho realizado, uma conquista um troféu, a primeira conquista do amor, primeira conquista do 10, a primeira conquista do emprego, a primeira conquista de uma amizade verdadeira, a primeira conquista do abraço.
Refletir na chuva nos faz pensar em visão Macro.
Mas não como empresa, não como desesperado, não como só, pensa na vida como um conjunto.
Conjunto de tudo deve ser compartilhado, um sorriso pra alguém, sorriso pro espelho, um grito para nação, abraço em grupo, uma cirurgia que seja feita em grupo,
Sentimento que seja divido.
A chuva nos faz pensa, sem querer agir