Textos de amizade de irmão
Sempre abundantes na obra do Senhor e firmes na fé.
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.”
1Coríntios 15:58
Ref.: 1 Co 3:8; Sl 62:12; Rm 2:6; Gl 6:4,5; Ap 2:23; Jr 32:19; Ez 7:27; 33:21; Rm 2:8; Cl 3:25; 1 Pe 1:17; Ap 22:12; Mt 16:27; 2 Co 5:10; Ap 20:12.
“Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos.”
1Coríntios 16:13
Ref.: Mt 24:42; 1 Ts 5:6; 1 Pe 5:8; Ef 6:10; Cl 1:11
As SAFs Gospel
Muitos irmãos e irmãs estão acordando para a triste realidade de que muitas comunidades de fé viraram empresas da fé, uma espécie de SAF.
Eu vejo diariamente pessoas postando frases dizendo: “a igreja não é uma empresa... ovelhas não são clientes... pastor não é empresário... Deus não faz negócios etc...” Tudo isso é verdade, mas a realidade é que muitos pastores já viraram empresários da fé e muitas igrejas são empresas disfarçadas de comunidades cristãs! Basta você fazer uma visitinha em algumas SAFs gospel espalhada pelo Brasil afora e verá que o “culto” passou a ser um grande balcão de negócios. Essas SAFs gospel só existem para faturar, lucrar e fazer fortuna para seus empresários da fé travestidos de pastores.
Transformar a Igreja em um negócio é maligno e blasfemo, pois tudo e todos são tratados como números, gestão, planilhas etc... As ovelhas não são números, fonte de renda ou mão de obra barata, mas gente, vida e o corpo de Cristo.
Portanto, as ovelhas devem rejeitar as SAFs (empresas da fé); rejeitar lideranças que conduzem para esse caminho cheio de objetificações, no qual palavras como eficiência, performance, lucro, gestão, custo-benefício parecem fazer sentido.
A gestão e equação na Igreja de Cristo são diferentes: As riquezas do mundo não valem nada (Mateus 6.19-21); almas valem mais que o mundo inteiro (Mateus 16.26); o último é o primeiro (Mateus 20.16); o louco que é sábio (1ª Coríntios 1.27); o fraco que é forte (2ª Coríntios 8.9); os felizes são os que choram (Mateus 5.4); aquele que perde é que ganha (Mateus 5.39-42); o maior serve o menor (Lucas 22.24-26).
A verdadeira Igreja nunca será uma empresa! A Igreja é o corpo de Cristo no mundo com uma missão de ganhar almas e não milhões! Uma empresa existe para fazer fortuna, mas a Igreja existe para ser testemunha do Senhor Jesus Cristo, proclamando o seu Evangelho a todas as pessoas e tornando conhecido o Reino de Deus no mundo (Mateus 28.19). Uma empresa está se lixando para tudo isso.
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pai, Marcelo Rissma.
Herança
Não aceite amados irmãos.
Argumentos de contendas e enganos.
O mundo acusador e profano.
Em Jesus não há condenação.
Nenhum filho carregará a iniquidade da mãe e do pai.
Nenhum pai e mãe carregará a iniquidade do filho.
Arrependei e limpai a própria cruz.
Atenção que a cadeia hereditária induz e seduz.
Apresente a Deus a tua questão.
Busque o Espírito Santo.
Não há maldição.
Quebre os laços que os impõem os acusadores.
São orações insensatas.
Armadilhas que leão bramando rugindo, este ata.
Está a roubar, matar e destruir.
Como almas dos gafanhotos que tendes a tudo consumir.
Devoradores, cortadores, migradores, destruidores.
É o Altíssimo a destra justa e exata.
Busque o alto, pelo nome de Jesus.
A toda maldição hereditária foi na cruz.
Se acusar pelo passsado da geração.
Atenção, mude o curso de todos os atos.
Imite a Cristo de verdade e fato.
Somos estes pequenos eu sei.
Tantos são os doutores da lei.
A lei e os doutores.
Jesus é o caminho da verdade.
Outro argumento é engano e mentira dos acusadores.
Arrependei a cada um de cada ato, para não ser eacravos destes Senhores enganadores.
Giovane Silva Santos
DE CRIANÇA A ADULTO
Já fui criança e muito bajulado
Acariciado pelos pais e irmãos
Muitos mimos pelos padrinhos
E venerado pelos vizinhos.
Um adolescente atrapalhado
Diversão apenas aos sábados
Meus anos não foram dourados
Mas meus sonhos foram realizados.
Homem firme no meu propósito
Sempre fiel com meus amigos
Diálogo com meus adversários
Indiferente com os inimigos.
Hoje sou adulto e realizado
Com a família e filhos criados
Sou feliz com meus netos adorados
Nos encontros de domingos e feriados.
Alfredo e Juca eram irmãos.
Alfredo não era de expressar seus afetos, os sentimentos pareciam estar guardados a sete chaves... (coração de manteiga, com capa de ferro).
Lembranças da infância, do lugarejo onde nasceram e cresceram, dos joelhos ralados com as corridas ladeira acima, tombos ladeira abaixo, no patinete de madeira e rodinhas de rolimã que fôra feito por seu pai.
A bola de couro e o caminhão de madeira presentes dos avós
Alfredo era apaixonado por futebol.
Juca gostava de carros e, os puxava fazendo som de motor com a boca...vrum..vrum...
Sua mãe os vestia iguaizinhos, parecerndo gêmeos. Estudavam na mesma escola, seguiam juntos todos os dias.
Juca era mais conversador... tinha mais amigos e fazia sucesso entre as meninas.
Em idade hábil não prestaram serviço militar.
Juca fez o curso técnico, conseguiu trabalho, e logo foi pai.
Alfredo fez faculdade, formou-se engenheiro e mais tarde casou.
Juca teve mais filhos que Alfredo.
Assim seguiram suas vidas, já não saiam mais juntos e os encontros...eram apenas nas festas familiares ou por motivo de doença.
Hoje, Juca se foi...as gavetas onde são guardados os álbuns de fotografias, passaram a ser puxadas com mais frequência...Alfredo se procura ao lado de Juca...saudades da infância, dos dias presentes,dos sentimentos, do amor sem ser dito, da boa lembrança!
MEUS PAIS E OS TRÊS IRMÃOS
Meu nome é Nivaldo
Paulo era do meu pai
Sou filho mais novo
Maria a mãe que amei.
Três irmãos eu tenho
A mesma casa compartilhei
José irmão mais velho
Com este eu nunca brinquei.
Elza a irmã do meio
Esta eu nunca enganei
Ela foi sempre o pivô
Das façanhas que realizei.
O terceiro se chama Paulo
Com este me identifiquei
Travessuras sempre lado a lado
As brincadeiras jamais esquecerei.
Hoje somos todos casados
E os filhos nossos alguns também
Os quatro irmãos tem netos
E nossas filhas só filhos têm.
A dor de José foi tão grande quando foi traído por seus irmãos, que nem teve forças para reagir, mas encontrou forças no Senhor para perdoa-los. Isso, tendo o poder para matá-los. Como? Entendendo que definitivamente, tudo o que acontece conosco, resume-se em “colheita ou provação”.
Tenho certeza que durante às dificuldades, se media, analisava, procurando prováveis motivos para essa possível colheita, ao invés de ficar murmurando e tramando vingança. Já à provação é para aprovação e projeção.
IRMÃOS; UMA SOCIEDADE FANTÁSTICA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Do que mais gosto quando estou entre meus irmãos, é a certeza de estar entre irmãos. Não há entre nós formalidade ou melindre; temor de nos magoarmos por palavra mal posta ou resposta negativa. Nenhuma ideia, por mais longínqua ou dispersa, da hierarquia de muitos clãs que têm os mais distintos conforme a idade, o grau de instrução, a condição econômica e outros itens. A qualquer instante, um dos nove pode gerar um mal entendido, fazer algo irresponsável na opinião dos outros e provocar uma confusão homérica; um bate boca daqueles. Porém, no dia seguinte não haverá mais mágoa; vítima nem algoz; inocente ou culpado. Distância; silêncio; cerimônia.
As nossas conversas nunca se tornam discursos de alguns, palestras ou aulas de outros, lições de sabedoria ou moral de um de nós. Cada qual tem seu jeito, e nem por isso elegemos protagonistas; antagonistas; coadjuvantes; pontas. Todos portam defeitos e qualidades devidamente assumidos, e nossa mãe nos ensinou a jamais classificar a família por méritos, porque mérito é volátil. Se hoje tenho a razão, no dia seguinte a perderei para outro. E se a família vira uma sociedade comum, gueto e nata mudarão de lado a todo instante, o que há de gerar conflitos profundos; guerras ideológicas sem trégua; preconceitos incorrigíveis.
Entre irmãos não há retórica. Regras parlamentares; reivindicações formais. Evocações de leis, direitos, deveres. Irmãos que se amam não são cidadãos entre si. São irmãos. E assim como volta e meia um se excede, quebra o ritmo, apronta poucas e boas e frustra todas as expectativas, tem até o que faz isso com mais frequência. Mas nesse meio não há fiscais. Apontadores. Árbitros nem juízes para julgar e dar veredito. Todos perdoam, mesmo com xingamentos, protestos e juras de que foi a última vez... mas a última vez é infinita, pois irmãos não têm parâmetros, vantagens ou desvantagens. Brio nem vergonha.
Falo apenas dos irmãos que se amam. Não daqueles que se aceitam nos limites da conformidade. Da organização hierárquica e burocrática. Da comunhão de ideias, ideais, visões de vida, sociedade ou credo. Nem dos que se gostam, respeitam e até se unem por acordos e obediências de ocasiões. Se amo tanto estar com os meus irmãos, é porque o nosso amor se reconhece maior do que todas essas besteiras que fazem da família uma vitrine vistosa, porém desnecessária, enganosa e frágil... e porque decidimos, depois de muitos baques da vida, ser exatamente uma família... não propriamente um clã.
IRMÃOS, GRAÇA E LEI
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Tenho a imensa felicidade de ter vários irmãos, e cada um deles com as características plenas de um irmão. Pessoas de quem posso abusar de vez em quando, e que sabem que também podem abusar de mim, de vez em quando. Isso não quer dizer que não abusamos sempre um do outro, e que não há uma confusão ou outra, quando excedemos o de vez em quando. Mas as confusões logo acabam sem que ninguém humilhe ninguém por questões de superioridade, obrigação ou direito. Nada de hierarquia, porque entre irmãos não há hierarquia.
É exatamente nas confusões (que logo acabam) que vejo o grande encanto de ter vários irmãos e saber que entre nós não valem aquelas regras rígidas da sociedade que nos cerca, em nome da legalidade que muitas vezes é cruel, mesmo sendo legalidade. irmãos precisam saber que podem abusar um do outro; podem ser sem vergonha e descarados entre si, alheios à velha história do sob pena de... ou do tal de limite que tudo tem que ter.
Já existe à nossa volta um mundo cheio de pessoas que massacram e cobram virtudes além da realidade; reivindicam direitos e impõem deveres, quase sempre na medida exata de seus egos, conveniências, ambições pessoais e comandos. Uma sociedade que estabelece guetos pela hierarquia por posses, força física ou intelectual, preferências, admirações e simpatias. Se a família, ou mais especificamente os irmãos copiarem a sociedade externa para colar no seu meio, deixará de ser família. Deixarão de ser irmãos.
Irmãos não podem viver na lei... irmãos de sangue têm que viver na graça... ou a relação se torna uma desgraça.
ÀS MARIAS E OUTRAS MÃES
Demétrio Sena, Magé – RJ.
A estas horas, os meus irmãos estão nostálgicos como eu. Imagino-os, cada um em seu canto, remoendo um universo de vivências. Muitas e muitas, tristes; algumas alegres; mas todas envolvendo amor, esperança e uma luta insana pela sobrevivência e pelo “ficarmos juntos”, que era um bordão de nossa mãe.
Temos, de fato, este universo de vivências com nossa mãe. Mas o tesouro imensurável que nos restou de todos aqueles anos é a cumplicidade que nos envolvia. Entre choros, percalços, privações e muito trabalho, nós sempre tivemos uma relação intensa de amor, apesar dos momentos de revolta contra tudo e todos ao nosso redor. O amor intenso, a presença forte, a coragem e a determinação de nossa mãe, cuja única ambição era conseguir nos criar como pessoas de bem, preparadas para o mundo e aptas para sobreviver com dignidade nos transformou ao longo dos anos. A revolta foi permeada pela ternura, e o sofrimento nos deu experiência e força para conseguirmos nosso lugar no mundo graças ao trabalho e à criatividade que aprendemos a ter com a nossa Maria cheia de graça, para driblar as horas difíceis. Ela nos tornou vencedores.
As lembranças e a saudade não se limitam à data instituída. Mas a data instituída nos organiza dentro de um turbilhão de afazeres e até de outros afetos, para separarmos um dia dentro de um ano, de nos dedicarmos como em todo o mundo, especificamente às homenagens. É boa essa corrente, mesmo com a consciência da exploração comercial que nos remete ao consumo. Que faz o comércio e a indústria comemorarem não especificamente o amor às mães, mas o dia do ano que só perde para o natal, no que diz respeito ao lucro, o que não condeno, pois isso atende ao anseio dos filhos de mães vivas, a lhes dar um agrado como símbolo e demonstração de amor e reconhecimento.
Quando viva, nossa mãe conseguia nos reunir, nos últimos anos, a cada dia das mães. As reuniões se tornavam grandes festas, porque somos nove irmãos; todos com filhos. Alguns com mais de um filho. Outros com netos. Somando-se as esposas, não era necessário ter mais ninguém para encher e movimentar um ambiente. A grande alegria de nossa mãe nunca foi ganhar presentes. Ela nunca deu a menor importância para utensílios, bens, roupa nova e qualquer outro agrado material. Sua maior felicidade era ver todos juntos e nos encher de comida, como se para compensar os muitos anos de pouca, e às vezes, quase nenhuma comida, mesmo com tanto trabalho para que pelo menos o alimento nunca faltasse à mesa simbólica. Simbólica, porque poucas vezes tivemos mesa. Quando tínhamos, era feita por nossa mãe, de caixotes velhos de feira.
Desculpem se quase sempre os meus textos que tratam de mãe soam meio lamuriosos. Não é minha intenção. Até porque, lamentável, mesmo, seria não termos tido a mãe que tivemos. Hoje nem todos os irmãos conseguem sair de casa para se juntar em só ambiente com o fim de homenagear nossa mãe. A certeza de que não a veremos nos desestimula um pouco, e nos faz priorizar a homenagem presencial às mães de nossos filhos e, algumas vezes, às nossas sogras. Homenagens muito justas, porque todos nós nos casamos com grandes mulheres e, em maior e menor escala também filhas de grandes mulheres.
Neste dia das mães, além da homenagem à memória de nossa Maria, quero também homenagear a memória de outra Maria, mãe de minha esposa Eliana, por quem tive grande afeto, e a grande mãe que a Eliana aprendeu a ser com sua Maria. Esta homenagem se estende a todas as mães que fazem jus à maternidade.
DIA DE MARIA
Demétrio Sena - Magé
Creio poder dizer de mim, de meus irmãos e minhas irmãs, que não existe a cura desta saudade. Terapeutas não podem ajudar a si próprios... muito menos a nós, neste sentimento. Existe um ter que seguir; um empenhar o melhor de nós em homenagem a ela, na tentativa diária de sermos merecedores póstumos da mãe que a vida nos deu de presente. Nosso dia das mães é de lembrarmos que, para nossa mãe, todo dia era dia dos filhos.
... ... ...
#respeiteautorias É lei
Que o Natal seja o ano inteiro
Desejo que a magia do Natal
Dure enquanto existir uma vida
No planeta azul, verde e marrom
Azul colorido pelas águas.
Verde tingido pelas matas
E marrom da cor da mãe terra
Que todo o sentimento
Que o Natal encerra
Seja traduzido para o amor
E que ele brote em cada coração.
Que as partilhas sejam efetivas
Que não fiquem vazias as mãos
De nenhum dos nossos irmãos
Que as lembranças festivas.
Perpetuem pelo ano inteiro
De dezembro ao janeiro de 2016
E que aconteça nos anos vindouros
Até os finais dos tempos.
Eu só preciso que você continue forte. Firme. E que você não desista, assim como você nunca desistiu de mim. Até mesmo quando eu mereci. Eu só preciso que você mantenha seus princípios. Que nunca quebre as regras do jogo. Que, ao lembrar das nossas brigas e disputa por atenção, não esqueça do final onde
dormíamos abraçados e planejando as travessuras do dia seguinte. Eu preciso que você siga sabendo que pode contar comigo. Amanhã ou depois. Agora, se quiser. Porque é assim que Deus quer. Que sejamos um do outro. Um pelo outro. Independentemente de qualquer coisa, que sejamos irmãos. E seremos, sempre!
"...se um dia contarem minha história, digam que vivi...
....Digam tb que tive amigos...uns deixaram saudades, carisma, outros viveram por mim..
....Falem ainda que tive uma familia maravilhosa...irmaos, primos, tios, sobrinhos....
....Seu m dia contarem minha historia, falem dos meus pais....Foram as pessoas mais importantes, mais alegres, mais especiais que tive o prazer de conhecer....
Se realmente contarem, digam que 'nasci, amadureci e rejuvenesci..."
Fantasmas da minha Imaginação.
Fumava meu cigarrinho de paia assentando no banco da
Estação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré em Abunã.
O apito do trem relampejava os trovões da prosperidade
E com ele vinha um moço que mais tarde seria o maior
Fofoqueiro da região, Doutorzinho Joaquim Tanajura.
O cheiro da borracha era melhor que o de uma rapariga
Um me enchia de prazer e o outro enchia a minha barriga.
A coisa começou a ficar preta, além da borracha, anunciou
A corneta, com a invasão pelo Abunã de Los Hermanos,
Culpa dos meus irmãos que invadiram La Banda pelo Purus.
Sai em disparada para outra vila estação, sem saber ao certo
Em qual iria ficar se de Jacy-Paraná, Mutum ou Vila Murtinho,
Pois aqui nem mortinho fico e com as porteiras escancaradas
Vim parar no núcleo de Poço Doce que de doce não tinha nada.
O tempo passa e volto para minha vila de Presidente Marques,
Ansioso procuro por minha estação de Abunã e meu banquinho
Que pelo tempo foi substituído, cadê meu povo? Cadê o trem?
E a Borracha com a prosperidade não mais vem? Aonde estão todos?
Estavam onde sempre estiveram os fantasmas da minha imaginação.
Relações interessantes são
os laços de família.
Uma relação de afeto de
uma vida inteira, ora perto,
ora longe.
E, às vezes, até parece
estranho; o esquecimento
que temos de irmãos,
sobrinhos, netos.
Quase não há diálogo!
Então, você se dá conta de
que o tempo passou sem
que o "eu te amo" fosse dito,
ou um telefonema para
sabermos notícias.
Como se fôssemos imunes
à solidão e a saudade.
Mas, então com o tempo,
vem a dor e a tristeza.
Da- se conta, de que ainda
há tempo.
Tempo de ligar, falar, dizer
sobre amor guardado na alma.
E então fala-se!
E tudo se torna doce e vivo,
feito sol de verão.
E a paz toma conta de nós.
É família, é afeição, é coração.
É puro amor.
Aprendi que que não basta ser amigo,
tem que ser abrigo.
Tem pessoas que são amizades
e mais que amigos,
são como irmãos.
São paz em dias de confusão,
braços que abraçam em dias tristes.
Quando há ventos fortes, são calmaria
e são bocas que se calam em dias
de palavras vazias..
Nos puxam para realidade,
quando estamos nas nuvens
Ah, esses nos acolhem na alma
e são colo de Deus em nossas vidas.
Gêmeos
"Há algo em mim que não é meu.
Há um fôlego que continua a me oxigenar mesmo depois que meu corpo se rendeu.
Há uma força que impulsiona quando as minhas pernas já não se movem.
Há uma bondade que compartilho que essencialmente não é minha.
Quando escrevo, não sou um, mas dois.
O que dita e o que redige.
O que é, e o que gostaria de ser.
Eu e você.
Sou o religioso e você a espiritual.
Eu lagarteio, enquanto você borboleteia.
Faço poesia pela minha incapacidade, de como você,
viver poeticamente.
Temos o mesmo DNA, os mesmos dias de vida
ainda assim você é muito maior do que eu.
Dividimos apenas o ventre não os predicados.
Minha esperança é, que ser você seja inevitável também para mim.
Ao vê-la percebo tudo no que posso me tornar.
Somos o Já e o Ainda Não.
Como semente que possui em si todo potencial de uma bela e frutífera árvore,
mas ainda não é arvore.
Você é arvore, você é já, eu... ainda não.
Pessoas passam por coisas tão difíceis
Coisas essas que parecem até ser impossíveis
Pessoas que eram para estar ao nosso lado
Só querem ver-nos fracassados
Mas Deus com sua bondade nos conforta
Abrindo na escuridão novas portas
Ele envia anjos para nos ajudar
Anjos estes que sabemos que podemos contar
Trazem consigo tanto amor e carinho
Que jamais estaremos sozinhos
Chamam de amigos
Alguns de irmãos
Mas nada nesse mundo se compara
Ao afeto que consigo trazem no coração
ENGANOS
A gente se engana!
Com amigos e amores,
com expectativas e promessas
Com afetos que julgávamos garantidos.
A gente se engana!
A decepção bate à porta.
A realidade se impõe.
A lucidez nos deixa em alerta.
A gente se engana!
Frustrações nos amadurece.
Desilusões nos fortalece.
Despedidas, necessárias, nos entristece.
A gente se engana!
De que nos servem os enganos?Deixamos as ilusões de lado.
Entre perdas e ganhos nos curamos.
A gente se engana!
Valéria R. F. Leão