Textos de Abraço
PRÉ-NATAL
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Posso amar em agosto, fevereiro e março;
um abraço é bem-vindo no dia do fico,
tem seu pico em dezembro, mas não quer dizer
que fazê-lo em abril fecha todas as portas...
Eu te amo em setembro, no cio das cores,
mas também na metade final de janeiro;
dou as flores de maio pras mães em novembro;
entre neve ou geada no sul do país...
O natal chega em julho, qualquer mês do ano,
pra qualquer ser humano que destile amor,
seja festa junina; dia das crianças...
Vem amar, tira os olhos desse calendário,
que o amor é diário e não sabe das horas;
não tem rito, cenário, nem religião...
NÃO VIESTE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Um abraço de nunca mais soltar,
pois os braços entendem como és rara,
um olhar de sumir em outros olhos
pra perder o temor da solidão...
Planejei te prender na eternidade
que seria minuto após minuto,
construir a verdade na quimera
dos meus pés em um chão de puro céu...
Não vieste pintar o meu cenário
desenhado por fé na tua tinta;
fui ovário iludido à tua espera...
Abortei a esperança e remorri,
quase ri de chorar dessa comédia
que só era romântica pra mim...
Eu chamo você de vida e você também me chama de vida
Confortavelmente me encaixo entre seus abraços
Perdidamente eu fico entre os gatilhos dê nossos olhares meu bem
Entre os beijos e desejos da alma
Tudo que eu quero é você
Então segure a minha mão e deixe acontecer naturalmente
Um amor faz sofrer
Dois amor faz chorar
Daqui pra frente somos eu e você
Ó Filha de iemanjá
Eu tenho medo de morrer e deixar o mundo
Pois se eu morrer o mundo pode se acabar
Meu coração anda batendo por você amor
Eu vou compor essa canção pra você escutar.
''O amor de Deus, é a âncora segura que nos sustenta em todas as marés da vida, é o abraço acolhedor que nos envolve, oferecendo conforto e paz, é a fonte inesgotável de renovação, onde cada nascer do sol e no silêncio das noites estreladas, sentimos a presença de seu amor à todo instante.''
Raphael Denizart
É no homem que uma mulher escolheu,
que mora o abraço, a casa, o aconchego.
Se você decidir ter um relacionamento com uma mulher, ame, cuide, seja o parceiro para todas as horas, se for embora mesmo em pensamento vá de mãos dadas com ela, na proteção de um abraço e na palavra que tranquilize o seu coração.
É na jura de amor, paz e afeto que a palavra de um homem não pode faltar.
Seja homem, e seja um homem de verdade.
O homem que conquistou o coração de mulher 🖤 💥
AMOR PLATÔNICO
Teu corpo absorve e regenera o que meu abraço consome,
Entre tantas palavras
Só ouço o teu nome.
A tua face , o teu sorriso,
Me deixa em êxtase.
Amo-te loucamente
Com esmero e devaneios,
Enxergo claramente o teu corpo ao meu,
Aquela beleza alva
Sedutora e calma,
A dilacerar o
Tímido coração,
Portador deste ingênuo e avassalador
Amor platônico.
É sangue na veia
Feito uma teia
Que a aranha tece
A Lã de fios dos amores
O bendito fruto,
Solo fértil de dores
É esse universo de amar.
090819
ABRAÇO
Quero que me abrace! Um abraço com acolhida!
Com paixão, vida, divina sensação, afeto e ardor
Tal a poesia que se escreve de forma incontida
Um carinho, prelúdio e também epilogo do amor
O abraço palpita no peito, uma emoção refletida
Cobrindo o propósito com sedução e esplendor
No enlaço o sentido alenta a emoção esquecida
Atordoando a alma com vigor e perfumado sabor
Deixe que o meu abraço te abrace em festejos
Cortejos, enlace de dois corações até os saciar
Pulsando poéticos e sentimentais doces latejos
Ensejos, afogueada junção, ó deixe-me abraçar
Beijar, neste abraço poder ter os amáveis beijos
Pois, no abraço é que se tem o desejo de amar...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13 junho, 2023, 20'49" – Araguari, MG
DESPREZO (soneto)
Quão dor eu sinto, pelo desprezo
onde espera palavras num abraço
olhar no olhar enleado por um laço
e por vezes se tem o pesar aceso
Procuro então respirar, assim faço
nesta incisão, sair dali sendo ileso
do que cortês nele eu me ver adeso
ferindo o ser dum conforto escasso
Se leve ou reles, nos faz indefeso
é crueldade que só traz embaraço
Será que sabes deste agravo teso?
É complicado todo este compasso
do afeto em luta e ao bem coeso
quando o amor no amor é fracasso
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Coração caipira
No meu coração caipira de estuque
Olho a vida e abraço com a tradição
Conto causos, estórias com emoção
Pois sou o cheiro caipira deste chão
Assim vou, assim sou, sou mineirão
Caboclo apreciador de moda de viola
Que não vive sua alma presa em gaiola
Se esbalda no cerrado e na fazendola
Troca o sapato pela botina meia sola
Coração caipira, gabola, sem truque...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Abraça-me...
Afeto este que me cativas
Quero um abraço teu
Sem que fale negativas
Só assim seremos um eu
No teu e no meu amor
Noite está de apogeu
Juntos como caule e flor
Onde saberei ser teu
Somente teu, amador
Num laço de emoção
Num cansaço sem pudor
Ousando sair da razão
Num sentimento forte
Sendo em tudo paixão
Dando a alma suporte
Abraça-me nesta unção
Mãe não morre, ausenta...
Partiste!
Ficou o seu abraço
Ensinamento, laço
Seu amparo maternal
Lembranças sem final
Um poema inacabado
Adormecidos em sonhos
E por teu valor adubado
Fieis momentos risonhos
Nossa vida, nossos acanhos
Fortalecendo nossos passos
Inspirando superar os fracassos
E assim, por nossa existência
É amor que sempre nos acalenta
Mãe não morre, ausenta...
Rio, 02 de maio de 2010
Domingo, 11”32”
Reencontrei-te, minha metade eterna, No abraço do tempo e do destino, Com corações que batem em rima terna, Unidos pelo amor divino.
Na dança dos astros e das estrelas, O universo conspirou por nós dois, Trazendo à luz as promessas belas, De um amor que em nós se compôs.
O beijo selou o encontro sagrado, Duas almas que se reconhecem, Num matrimônio celestial, abençoado, Onde os corações, em uníssono, se aquecem.
Agora somos um só, um inteiro, Completamos o quebra-cabeça da vida, Com mentes e almas num só roteiro, Vivendo as promessas divinas prometidas.
Título: Solidão.
A solidão é o tempo do agora,
o momento sem plateia,
o abraço do poeta,
onde ninguém se interessa.
O mão a mão sem gente extra,
apenas você e sua alma na peça,
um instante sem tensão,
vivendo sem explicação.
A solidão é o eco
dos que não ouviram,
a fala dos que não falaram,
a decepção dos que não tentaram,
a família que abandonaram,
os amigos decepcionados,
ou amores terminados.
A solidão é tudo,
quando não sobra nada,
mas deixa tudo,
quando falta nada.
Abraço Desarrumado
Aperto a luz da manhã
e encurto as mangas ao silêncio.
Onde estão os meus cadernos
de puída pedra calcária?
Perdi-os num coração estrangulado.
Caminho em compassos arados
aonde vai desmesuradamente
o abraço desarrumado que ficou
nas articulações de um novo dia.
Pai
Pai consola-me no teu abraço infinito
cede-me uma pequena quantidade de esperança
quero iluminar este escuro cravado pela espada
do desespero dos meus sentimentos.
Pai ensina-me a tua força blindada de vida,
resgata a minha paz perdida na infância.
Todas as tuas lições vão sorvendo os meus trilhos
Pai tenho impregnado nos meus sentidos
as recordações: felicidade que depositaste no meu peito.
Pai, daqui a pouco, dar-te-ei aquele abraço
que faz sorrir as tuas retinas cansadas pelo tempo.
Hoje, sentindo os efeitos do vento, consigo desvendar
que solidão não é estar sozinho. – Amo-te querido Pai.
– Pai ajuda-me a amanhecer!
Em tempo de pandemia...
Ainda que se tenha extraviado o toque, o calor do abraço ao longo do isolamento. Ausências e solidão. Mantenhamos a fé no espírito Natalino. Dias melhores virão...
Compartilhe o olhar e a palavra virtual...
Feliz Natal e um Novo Ano sadio.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
dezembro de 2020
Poema pra tempos de pandemia
A pandemia distanciou a quantia:
- de abraço, de estar ao lado
e nesta clausura fria
então, fizemos do fado compassado
na solidão, silenciosa melodia
porém, tudo passa tudo é passado
e nesta desafinada romaria
falante ou calado
tenhamos paciência, fé e calmaria
olhar diferenciado
pois, logo mais teremos autonomia
e nova tendência no dia a dia...
A quarentena fez valer a pena
revimos a formula da alegria
e que a valia não é pequena
quando a alma é amor e poesia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/12/2020, 08’37” – Triângulo Mineiro
INTENSO (soneto)
Tens, no abraço, o calor que não é engano
Do amor: tão aceso no desejo, tal a pureza
Que a minha razão permanece na certeza
Do feitiço, da quimera e do anseio humano
E, nos encantos da sensação, a total viveza
Tristeza?... não. Pois, o querer é soberano
E na alma é permanente, e de chama acesa
Tão brando no verso: em cadência e beleza!
És afago e carinho, sob os olhos: um abrigo!
Amigo!... Intenso!... em acordes na emoção
Tão dos sonhos, que parece um amor antigo
E, te digo: - igual não há no trôpego coração!
Se distante e na saudade, um severo castigo
Flor amorosa, que perfuma e aderna a paixão.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08/01/2020, 05’09” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Setembro Amarelo
Que setembro não seja apenas um mês,
Mas um abraço que dure o ano inteiro,
Pois a dor que se esconde em silêncios,
Precisa de um olhar verdadeiro.
Que a saúde mental seja mais que um tema,
Seja um lar para corações aflitos,
Onde palavras possam ser ditas,
E os sentimentos, compreendidos.
Que o cuidado não termine em outubro,
Nem a escuta se perca na pressa,
Que o acolhimento seja constante,
E a empatia nunca se esqueça.
Pois todo dia é tempo de ouvir,
De estender a mão ao que chora,
De lembrar que o amor é o caminho,
E a vida, um presente que aflora.
Que setembro pinte de amarelo,
Não só o mês, mas a consciência,
Para que todos sejam farol,
Na escuridão da indiferença.
E que cada palavra de afeto,
Seja um sopro de esperança e luz,
Para que ninguém se sinta só,
E a vida, enfim, reluza.
“Não importa a distância
ou quais sejam os planos
do Cronos...
Sempre terei fresco
em minha memória
Teu meigo e doce sorriso.
...
Reafirmo aqui, meu
Egoísmo com relação a você!
- Não importa para onde vá,
ficarei com um pedaço seu.
A fim de não ser leviano,
tenho que retificar...
Há sim uma consequência
da distância;
quando encurtada,
a memória toma a lembrança
pela mão e juntas bailam
pelo reino do tempo”