Texto sobre Dança

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A Raposa e o rei macaco

Os animais decidiram que o rei do grupo seria eleito por aquele que dançasse melhor. Depois de uma grande festa, onde todos participaram, o macaco recebeu a coroa.

Ciumenta, a raposa foi passear pelas redondezas. Ali descobriu uma armadilha intacta, com comida dentro. Mais do que depressa, pegou-a e a trouxe até o grupo:

- Achei este banquete, e me vi na obrigação de entregá-lo ao nosso rei, que terá prioridade sobre tudo.

Sem pensar muito, o macaco colocou a mão para pegar a comida, e ficou preso na armadilha.

- Você me traiu! – gritava ele.

- Como assim? Eu nem tentei pegar a comida! Mas pelo menos vimos que não estás preparado para o cargo; um animal inteligente jamais toma uma decisão sem antes pensar muito sobre todas as possibilidades e perigos envolvidos.

A vida é uma dança...

Quando uma porta se fecha, outra se abre; quando um caminho termina, outro começa... nada é estático no Universo, tudo se move sem parar e tudo se transforma sempre para melhor.

Habitue-se a pensar desta forma: tudo que chega é bom, tudo que parte também. É a dança da vida... dance-a da forma como ela se apresentar, sem apego ou resistência.

Não se apavore com as doenças... elas são despertadores, têm a missão de nos acordar. De outra forma permaneceríamos distraídos com as seduções do mundo material, esquecidos do que viemos fazer neste planeta. O universo nos mandou aqui para coisas mais importantes do que comer, dormir, pagar contas...

Viemos para realizar o Divino em nós. Toda inércia é um desserviço à obra divina. Há um mundo a ser transformado, seu papel é contribuir para deixá-lo melhor do que você o encontrou. Recursos para isso você tem, só falta a vontade de servir a Deus servindo aos homens.

Não diga que as pessoas são difíceis e que convivência entre seres humanos é impossível. Todos estão se esforçando para cumprir bem a missão que lhes foi confiada. Se você já anda mais firme, tenha paciência com os seus companheiros de jornada. Embora os caminhos sejam diferentes, estamos todos seguindo na mesma direção, em busca da mesma luz.

E sempre que a impaciência ameaçar a sua boa vontade com o caminhar de um semelhante, faça o exercício da compaixão. Ele vai ajudá-lo a perceber que na verdade ninguém está atrapalhando o seu caminho nem querendo lhe fazer nenhum mal, está apenas tentando ser feliz, assim como você.

Quando nos colocamos no lugar do outro, algo muito mágico acontece dentro de nós: o coração se abre, a generosidade se instala dentro dele e nasce a partir daí uma enorme compreensão acerca do propósito maior da existência, que é a prática do AMOR. Quando olhamos uma pessoa com os olhos do coração, percebemos o parentesco de nossas almas.

Somos uma só energia, juntos formamos um imenso tecido de luz... Não existem as distâncias físicas. A Física Quântica já provou que é tudo uma ilusão. Estamos interligados por fios invisíveis que nos conectam ao Criador da vida. A minha tristeza contamina o bem-estar do meu vizinho, assim como a minha alegria entusiasma alguém do outro lado do mundo. É impossível ferir alguém sem ser ferido também, lembre-se disso.

O exercício diário da compaixão faz de nós seres humanos de primeira classe.

Faz da tua casa uma festa!
Ouve música, canta, dança, compõe, toca um instrumento.
Faz da tua casa um templo!
Reza, ora, medita, silencia, acalma, pede, agradece.
Faz da tua casa uma escola!
Lê, escreve, pesquisa, desenha, pinta, borda, costura, estuda, aprende, ensina.
Fotografa e faz algum curso.
Enfim, faz da tua casa um local criativo de amor.

Faz da tua casa uma loja!
Limpa, arruma, organiza, decora, etiqueta, vende, doa.
Faz da tua casa um restaurante!
Cozinha, come, prova, cria receitas, cultiva temperos, planta uma horta.
Faz da tua casa um centro cultural!
Declama poesia, improvisa um monólogo, joga videogame, cartas, xadrez, dados, vê filmes, séries, novelas, desenhos, documentários. Ouve com atenção todas as notícias, as informações sérias que te acrescente como pessoa.
Filtra as notícias falsas.
Enfim, faz da tua casa um local criativo de amor.

Neneca Parreira

Nota: O poema costuma ser erroneamente atribuído a Cora Coralina.

- Nunca conheci ninguém como tu. Achas que podes mudar o mundo. Alguém está perdido e tu acha-lo, alguém sangra...
- E eu corro a buscar o meu pai. Como tu mesmo disseste. Sou mesmo corajosa...
- Foi preciso muita coragem para ires ter com ele! Não tens medo de nada.
- Eu? Tenho medo de tudo... do que vi e fiz, de quem sou. Tenho mais medo ainda de sair daqui e nunca mais sentir na vida aquilo que sinto quando estou contigo.... dança comigo.
- O quê, aqui?
- Aqui.

Inserida por cassia.martinelli

⁠Não importa o que os outros vão pensar, é no coração que você vai achar o que desejar
Quando você começa a se sentir bem com você mesma, o mundo ao seu redor fica muito melhor, e os sorrisos que você vai dar, nem Deus explicará tão bonito que isso será, quando você começar a perceber, que você é tão maravilhosa, por dentro e por fora

Inserida por Kayka

Nas curvas da noite


Na geografia de teu corpo, aprofundo-me!
Feito cientista, estudo tua anatomia.
Sinto-me um calouro com um mapa às mãos.
Descubro curvas
- por onde ando -
segredos impressos,
versos poéticos
poemas inteiros.

Quanto mais arrisco-me
tanto mais confundo-me!
Desbravo a ti,
feito um bandeirante
desbrava a terra nova.
Monto campana em teus olhos
- que de tão brilhantes -
reflete todo o meu pecado.

Embriago-me em teus lábios
padeço em teu riso,
sorriso doce feito a lua de dezembro.
E tu, andas por ai...
A esquivar-se de mim,
a negar-se um estudo mais aprofundado.
Trabalho científico, coisa séria,
com os riscos e tudo o mais.

Nas planícies de teu território,
tens domínio pleno sobre mim.
Permitas uma observação in loco,
és um meu estudo de caso.
Conforma-se em meu corpo!
Embarco na tua viagem
navego por tua ternura
e aporto em tua ilha.

Já não podes fugir,
estou em todos os teus sonhos.
Delírio: Deliro por ti, deliras tu também, por mim.
Adeus às armas!
Mastro firme fincado à terra
bandeira içada aos quatro ventos
corpo cansado da intensa batalha
suor banhando a testa.

A guerra chega ao fim, a noite padece
Nasce o sol, surge o dia.

Bailarinas

Bailarinas são seres maravilhosos.

Elas conseguem fazer um movimento delicado sem deixar transparecer o esforço que é preciso para exercê-lo;

Suas lindas sapatilhas escondem horas de dedicação á treinos pesados, que resultam em pés surrados e calejados;

Com a dor elas se acostumam para poder dançar sem descer da ponta dos pés, mantendo sempre o sorriso no rosto e a cabeça erguida até o fim do espetáculo;

Por esses e muitos outros fatores vejo algo de especial nas bailarinas, visto que por trás de tanto encanto e sedução nos olhares da platéia, há garotas nos camarins enfaixando seus pés com esparadrapo para amenizar a dor e mais uma música dançar.

Todos esses sacrifícios com o simples objetivo: ter a liberdade de sonhar e ser feliz, exercendo a sua própria paixão.

Menina dos cabelos compridos.
Menina da pele branca.
Menina que não é loira nem morena.
Menina que não é grande nem pequena.
Menina que não é mais criança, mas ainda não é mulher.
Menina que ri de tudo, que faz graça por tudo.
Menina que gosta de ficar em casa, mas, ao mesmo tempo, ama viajar.
Menina que ama intensamente, cheia de problemas, mas sempre feliz.
Menina doce que às vezes é amarga.
Menina quente como o café que sempre esfria.
Menina calma como vento de temporal.
Menina que dança, menina que canta pra se libertar. Pra preencher um vazio.
Menina que gosta de flores e poesia.
Menina que escreve textos que nascem em seu coração.
Menina que tem medo do escuro, mas não tem medo da vida.
Menina ciumenta, não é todo mundo que aguenta.
Menina de fases, mas nunca de metades.

O que produz beleza enquanto dançamos é a maneira como nos sentimos. A beleza que transmitimos enquanto dançamos não vem só do nosso corpo, mas do espírito que veste o corpo, da aura da atuação, de dentro da bailarina.

QUANDO DANÇAMOS COM PRAZER O QUE IMPORTA É A MANEIRA COMO USAMOS O CORPO.

Quando dançamos um solo, nos preocupamos sempre conosco, se errarmos prejudicamos a nós mesmos, e levaremos uma dor para sempre ou apenas a deixaremos num lugar no esquecimento, mas que se recordarmos doerá muito.

Mas, quando dançamos um duo, a responsabilidade é extrema, nunca podemos dançar e esquecer que tem alguém ali do nosso lado, nosso Partner é nosso companheiro, nosso amigo, nosso apoio naquele momento. É ele/ela que nos suporta quando estamos estressados, com medo, e até mesmo vergonha de algum movimento "ousado". E se nos mantermos "distante" dele/dela e errarmos, não será apenas uma dor individual e sim será uma dor que nunca cessará, porque por sermos egoístas prejudicamos nosso parceiro, que no final das contas é nosso amigo. Então, pensem quando dançares um duo seja clássico, jazz ou outra modalidade, se entregue por completo. Se deixe aberto(a) a novas experiências, deixe-se fluir, escute as dicas que seu treinador ou até mesmo seu parceiro dá, eles sabem o que é melhor naquele momento, deixe a paixão, o desejo, o amor, ou até mesmo a raiva, afinal ninguém sabe a temática da coreografia, deixe-se ser guiada(o) pelo sentimento. Dê abertura, pois dando abertura e se entregando por inteira(o) de corpo e alma, sentirá a maior emoção de todas, e jamais tenha pudores, pois ao mesmo tempo que você pode ter vergonha de algo seu parceiro também pode ter, mas mesmo assim ele tá ali para o que der e vier.



Dedico esse texto ao meu Partner e ao meu Treinador.

"As Danças Ciganas, por tantas ramificações, carregam muitos povos e riqueza cultural, facilitando uma conexão saudável e terapêutica com nossa Ancestralidade. Além dos inúmeros benefícios físicos para o corpo, ela desperta muitos sentimentos positivos, como a alegria. Permita-se Dançar, Permita-se transformar pelo Ritmo Cigano."

Depois, bem depois, vem o tempo e nos mostra a verdade como se fosse um passo de dança. Suave, intenso, inteiro. Ele vem e mostra. E aí a gente olha para trás e pergunta: por que não agi diferente? Porque você não tinha o conhecimento que tem hoje. Não tinha a maturidade deste momento. Não te culpa. Não me culpa. A gente não tem culpa.

Depois, o calendário mudou de página, agradeci. Aprendi que, cada pessoa que dança valsa no baile da minha vida, é um mestre que escreve, a giz, na folha da minha eternidade. Eu não culpo as pessoas que preferiram mudar de vagão. Eu as liberto de qualquer acusação. A vida é feita de escolhas e de laços, não de amarras nem de nós.

E tem gente maravilhosa que, de repente, vai ficando longe, difícil de ver – e aí dança. Mas também acho que aquilo que é bom, e de verdade, e forte, e importante – coisa ou pessoa – na sua vida, isso não se perde. E aí lembro de Guimarães Rosa, quando dizia que “o que tem de ser, tem muita força.

Ela Cerveja, Ele Coca Cola. Ela disco, ele tinta. Ela toca, ele pinta. Ela dança, ele tenta. Ela sorri, ele não aguenta. Ela escandalosa, ele calado. Ela festeira, ele sossegado. Ela quer ir, ele tá de boa. Ela desiste, ele ‘me perdoa’. Ela pontual, ele demora. Ela tem pressa, ele sem hora. Ela espera, ele vai embora. Ela pergunta, ele enrola. Ela desencana, ele peleja. Ela explica, ele boceja. Ela respira, ele fraqueja. Ela entende, ele a beija. Ela ponto, ele porém. Ela forte, ele do bem. Ela do momento, ele do além. Ela ama, ele também.

"Toma a minha mão e me ensina alguns passos desta nova dança, a qual, eu sei, você domina em vários ritmos. Esquece, isso de ser mais experiente não vem ao caso agora. O universo é quadrado e cabe todo num quarto de lua crescente, onde eu sinto-me cheia de vontades de ter seu corpo eclipsando no meu. Quero toda essa sua experiência desabando em questionamentos. Menos certezas sobre si mesmo, encontrando em mim respostas para suas infinitas dúvidas – inclusive as que ainda estão por vir"

Aos 15 anos a gente quer abraçar o mundo e entende que nem toda dança será uma valsa de iniciante. Falamos mais alto. Enfrentamos e magoamos duramente aqueles que ainda não entenderam que estamos crescendo e ainda nos enxergam como uma criança. No fundo, não compreendemos nada e queremos explicar tudo. E entre achismos e achados, vamos redescobrindo o sentido. Vamos apurando os sentidos. Entre experimentos e amores, vamos vivendo os sentimentos. Fazemos confusão por tudo e gritamos por nada. Gritamos contra tudo e acreditamos que todos estão contra os nossos sonhos. Não queremos revolução, só uma revolta sem causa específica atenta as vontades. Aos 15 anos fazemos besteiras, falamos bobagens e enfiamos o pé na jaca. Não somos tão livres, mas ao mesmo tempo estamos presos na arrogância desmedida. Ignorantes na arte do querer por querer. Aos 15 anos somos ventania. Caminhamos nos equilibrando em um fio de lã entre a tristeza e a alegria. Temos medo de cair, mas podemos voar. Na verdade enxergamos as asas, mas não sabemos exatamente como usá-las.

Porque tinha sal em minhas pestanas, porque existe um salmão dourado onde o amor sempre dança, porque a ideia de ir até o mar de metrô era a oração que nos fazia ficar acordados até de manhã, porque há um osso se estilhaçando constantemente dentro das paredes mestras e nós já sabíamos isso, porque a paixão não é de todo a coisa mais importante mas é sim o canudinho através do qual dá para ver que o mundo é muito feito de construções de papel

Frutos de enganos ou de amor... O contorno da boca, a forma de olhar me encanta... A dança conquista e a alma se acalma...corpos em sintonia... O amor pode florescer numa existência inteira, mas tem de ser buscado tem de ser conquistado... O amor e uma tarefa trabalhosa que nos produz e nos recria a cada hora!

“Ensinar” a dançar é como “ensinar” uma nova maneira de enxergar o movimento, uma nova maneira de senti-lo e uma nova maneira de escutar música. Você pode “imitar” os exemplos, mas se não aprender a vê-los, senti-los (vivenciá-los) e ouvi-los, jamais será o suficiente para dançar com a alma.