Texto sobre Abraço
QUERO AMAR-TE SENTIR O TEU ABRAÇO
Quero sentir o teu forte abraço
Encostar a minha cabeça no teu ombro
Sentir o teu calor, encher minha alma
Que muitas vezes está vazia de palavras
Quero amar-te e estar contigo esta noite
Como se não houvesse mais ninguém
Vou dançar na praia e navegar no teu corpo
Até ao por do sol
Vou passear contigo entre as estrelas
De abraços dados ao luar
Quando os meus lábios tocarem nos teus
A saber a sal e o cheiro da maresia na tua pele
As ondas sagradas vão chamar pela lua e pelos ventos
Dos teus desejos e dos teus sussurros
Que os teus lábios não conseguem
Guardar com o som do mar
Soltarás a nascente do fogo e da vida
Estenderás os teus braços para que eu adormeça
Sentirei o beijo da noite
Ouvirei as ondas e sentirei a brisa fresca
E assim sei, que fiz amor contigo meu amor.
Mais um triste domingo!
A tristeza nasce da ausências do abraço, da distância da família, da falta do bate papo com os amigos, da não saída para o futebol, da impossibilidade de estarmos com as pessoas que amamos, do confinamento em nossas próprias casas. A aflição que sentimos é oriunda da incerteza e da sensação de impotência que emana do ser humano diante de um ser tão minúsculo, invisível ao olho humano, poderíamos dizer insignificante diante das grandiosidades conquistas do homem. De uma forma Infeliz ele tem nos mostrado que somos frágeis e isso serve para que possamos retirar dessa experiência que não somos deuses, que a arrogância nada significa na presença da insignificância do que podemos ser diante do desconhecido que ainda pode vir. Um ser diminuto fez com que todos - pretos ou brancos, ricos ou pobres, tornassem iguais, na impotência, diante dele.Talvez único momento na história da humanidade em que a igualdade entre os diferentes esteja acontecendo. Diante desse momento é importante refletirmos que a ideia do poder do capital é errônea, que o homem perfeito é uma ilusão, que a mulher impecável é uma fantasia, que os desejos podem e devem ser moderados, que o orgulho é uma tolice, que o dinheiro não compra tudo e que as nossas arrogâncias são meras irracionalidades. A evolução do ser quanto humano é oriunda da aprendizagem que ele faz de suas experiencias vividas, mas que tipo humano somos nós que não conseguimos abstrair desses momentos atuais, tão difíceis para todos, ensinamentos que nos transforme???
Não esqueçam que uma de nossas características é adaptar-se para transformar e foi assim que evoluímos diante das mais adversas situações ao longo da nossa história.
O amanhã é a solução de todos os problemas, mas é importante sabermos que é imprescindível aprender com o dia que passou.
Enlaço do abraço
Se fosse definir alguma coisa de sentir,
Iria contemplar o abraço surpreendente!
Aquele abraço que abraça de repente,
Que faz o coração pular e a alma sorrir!
Se olhamos pra nós envergonhados,
Com jeito de não misturado com sim,
O pulsar de seu coração junto a mim
Parecemos dois tolos desgovernados,
Sem saber que rumo deveríamos seguir!
Fingimos ser apenas um amigo qualquer,
Mesmo que fosse impossível conseguir!
Então sempre voltamos lá no abraço,
Sem nenhuma vontade de esquecer
Mas, com vontade de ficar no enlaço!
Então Natal
Então Natal,
as luzes estão piscando,
as pessoas comemorando
e num abraço vem Jesus!
É ele que nos conduz,
a termos a fraternidade
e abraçarmos como irmãos.
E neste gesto apenas,
que se renove as esperanças
em cada coração!
A felicidade vem à esta união,
vem também a solidariedade
e a bondade faz a renovação!
Em meio a linda festa,
os sorrisos se espalham
e não há presente maior!
A leveza no coração
nos toca em silêncio a emoção
e numa prece do Senhor
a paz se estabelece!
Os sinos vão tocar,
e ainda a ouvir
um coração pulsar,
então é Jesus!
Maria Lu T S Nishimura
Série: Minicontos
POR QUÊ?
As portas estiveram trancadas, as pessoas insociáveis e, o abraço virtual. A morte havia a espreita...
PLEBE
Todos os dias àquela hora as portas se trancam para um universo alheio. Aqueles que me rodeiam não são meus, e os meus não me dizem seus...
REI MAU
Pela hegemonia, Herodes em movimento genocida confere a morte dos primogênitos. O rei mau confabula o desamor, e nega a vida em seu reinado. Pela ciclicidade da história...
Abraça-me...
Afeto este que me cativas
Quero um abraço teu
Sem que fale negativas
Só assim seremos um eu
No teu e no meu amor
Noite está de apogeu
Juntos como caule e flor
Onde saberei ser teu
Somente teu, amador
Num laço de emoção
Num cansaço sem pudor
Ousando sair da razão
Num sentimento forte
Sendo em tudo paixão
Dando a alma suporte
Abraça-me nesta unção
Mãe não morre, ausenta...
Partiste!
Ficou o seu abraço
Ensinamento, laço
Seu amparo maternal
Lembranças sem final
Um poema inacabado
Adormecidos em sonhos
E por teu valor adubado
Fieis momentos risonhos
Nossa vida, nossos acanhos
Fortalecendo nossos passos
Inspirando superar os fracassos
E assim, por nossa existência
É amor que sempre nos acalenta
Mãe não morre, ausenta...
Rio, 02 de maio de 2010
Domingo, 11”32”
DESPREZO (soneto)
Quão dor eu sinto, pelo desprezo
onde espera palavras num abraço
olhar no olhar enleado por um laço
e por vezes se tem o pesar aceso
Procuro então respirar, assim faço
nesta incisão, sair dali sendo ileso
do que cortês nele eu me ver adeso
ferindo o ser dum conforto escasso
Se leve ou reles, nos faz indefeso
é crueldade que só traz embaraço
Será que sabes deste agravo teso?
É complicado todo este compasso
do afeto em luta e ao bem coeso
quando o amor no amor é fracasso
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Coração caipira
No meu coração caipira de estuque
Olho a vida e abraço com a tradição
Conto causos, estórias com emoção
Pois sou o cheiro caipira deste chão
Assim vou, assim sou, sou mineirão
Caboclo apreciador de moda de viola
Que não vive sua alma presa em gaiola
Se esbalda no cerrado e na fazendola
Troca o sapato pela botina meia sola
Coração caipira, gabola, sem truque...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
S•O•L•I•T•U•D•E
Estar só não é tristeza,
é um abraço de calma e certeza.
Na solitude, encontro paz,
um lugar onde o silêncio me refaz.
Já busquei, em noites vazias,
uma presença que suprisse minhas agonias.
Mas aprendi, no caminho da vida,
que sou minha melhor acolhida.
Não é pesar ou desamor,
mas um mergulho em meu interior.
A solitude é a chave que abre a porta
para quem busca se entender, se importa.
Hoje, para alguém entrar no meu ser,
há de compreender e entender
que não é egoísmo, tampouco vaidade,
mas um gosto pela minha própria verdade.
Estar sozinha é um afago sereno,
é afastar o que não ressoa pleno.
Por isso digo: não se engane, não me tome a mal,
aprecio minha companhia, meu porto, meu ideal.
Pois descobri, com o tempo e o vento,
que em mim mesma encontro alento,
e, em meu próprio abraço, sou mais feliz,
a melhor companhia que sempre quis.
Ontem eu me despedi do teu abraço
E nem sabia.
Mal a rosa chega e logo ela se entristece pela ida obrigatória.
Eu poderia ter te olhado mais,
Sentindo mais o teu cheiro.
Agora eu me pego tentando segurar esse teu perfume dentro de mim.
Queríamos que fosse fácil...
Um violão, as nossas vozes ou sussurros, risos...tanto faz.
Queríamos que fosse apenas a gente no banquinho da praça, criando coragem pra se beijar e não se apaixonar perdidamente um pelo outro.
Rindo dos nossos pulsadores dentro do peito, nos fazendo correr perigo por causa de um beijo.
Neste planeta enorme...o que é um beijo?
Universo deve mesmo conspirar pra tomar de nós o que sentimos.
É perigoso o que sentimos.
É gostoso o que sentimos.
É especial e todo mundo quer sentir o mesmo.
Porque se ninguém tomar, vamos incediar praças, espocar planetas, como aquele cara engraçado disse. (Risos)
Vamos despertar muita inveja...só pelo simples fato de ninguém conseguir nos trancafiar à 7 chaves ou até mesmo nos proibir.
Dizem que o amor é cego...mas o que ficou claro, é que quem cega o amor, a paixão...somos nós.
...E tudo isso é por causa de um beijo...Imagina se fosse as nossas almas ali na praça?
Se houvesse a possibilidade,
o meu abraço seria pra ti, um abrigo,
meus melhores beijos seriam nos teus lábios,
demonstraria-te os meus carinhos,
principalmente, nos teus dias nublados,
um zelo que iria além de belas palavras,
ainda que imperfeito,
pois faria o possível pra que a minha presença fosse necessária
assim como a tua seria pra mim.
Ah, minha querida, pode até ser um devaneio,
mas, neste exato momento,
talvez, esteja assim acontecendo
num outro universo.
Algumas vezes, nada precisa ser dito
principalmente num momento difícil,
quando um abraço apertado da pessoa certa
é muito mais confortante do que palavras
que podem ficar soltas ao vento
sem trazerem algum grande efeito de fato,
pois quando se abraça com amor e respeito,
então, em silêncio, é falado
"não estás só, podes desabafar, se necessário, coloca pra fora
estas lágrimas que podem te afogar por dentro"
e assim, um conforto poderá ser alcançado
por um coração, que outrora estava aflito,
ter conseguido lembrar que é amado.
Eu encontro o amor no seu abraço quando meu cansaço me deixa sem teto, sem paredes e sem chão.
Eu encontro o amor no seu sorriso que cheio de luz me faz crer, me faz acreditar que a gente pode e deve renascer.
Eu encontro paz no seu cheiro, na sua pele cor do céu estrelado, eu encontro abrigo ao seu lado.
Nildinha Freitas
A trova
Depois que a trova trava
a boca cala, nada fala
a fonte seca o abraço aperta
A mente se deserta
E ruma em outra dimensão
Seguindo outra direção
Até o não contido apelo
De alegrar um coração
Que com desvelo
Se deleita se alarga se estreita
E por ventura se dispreita
Se ajeita desmantela
Se oculta se revela
Mas se endireita e se aceita.
O toque, o afeto,o abraço que muitas vezes negligenciado, agora passa a ser implorado,;
O que antes se tinha de sobra e por vezes desvalorizado, hoje precisa ser negado, não para o bem de um, mas para o bem da nação, toda humanidade hoje foge do mesmo vilão, o pior não é morrer contaminado, doente, o pior é estar isolado, é amar tanto o outro que é preciso restringir o contato, é não ter ninguém pra te dar a mão; O pior também é o medo da solidão, é não ter chance de se despedir, de dar o último beijo, dizer os desejos... Medo até de ser, mesmo sem querer, portador de destruição.
Em meio ao caos, á esse medo da contaminação, da falta, da solidão... Jesus chega bem pertinho, sorri, te dá um abraço bem apertado e sussurra bem baixinho, vai ficar tudo bem, tenha calma, estou aqui com você!
E mesmo que seu corpo fique ruim, me preocupo mesmo é com tua alma, são ou doente o importante pra mim é que você tenha paz!
Se hoje dói a falta de amor, de contato, de afeto, medo do futuro incerto, se apegue em mim, descanse... Nada é maior do que meu amor por você!
Sinta o abraço de Jesus! Tudo isso logo vai passar.
Hoje não tem beijo,o abraço que curava todas as as dores,o conselho tão cheio de sabedoria,só a SAUDADE de todos os momentos bonitos que passamos juntas,sei que aí do CÉU você nos abençoa e proteja sempre,então só peço a Deus que nosso AMOR e nossas Orações sempre te alcancem.
Feliz dia minha Mãe!
INTENSO (soneto)
Tens, no abraço, o calor que não é engano
Do amor: tão aceso no desejo, tal a pureza
Que a minha razão permanece na certeza
Do feitiço, da quimera e do anseio humano
E, nos encantos da sensação, a total viveza
Tristeza?... não. Pois, o querer é soberano
E na alma é permanente, e de chama acesa
Tão brando no verso: em cadência e beleza!
És afago e carinho, sob os olhos: um abrigo!
Amigo!... Intenso!... em acordes na emoção
Tão dos sonhos, que parece um amor antigo
E, te digo: - igual não há no trôpego coração!
Se distante e na saudade, um severo castigo
Flor amorosa, que perfuma e aderna a paixão.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08/01/2020, 05’09” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Em tempo de pandemia...
Ainda que se tenha extraviado o toque, o calor do abraço ao longo do isolamento. Ausências e solidão. Mantenhamos a fé no espírito Natalino. Dias melhores virão...
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Feliz Natal e um Novo Ano sadio.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
dezembro de 2020
Poema pra tempos de pandemia
A pandemia distanciou a quantia:
- de abraço, de estar ao lado
e nesta clausura fria
então, fizemos do fado compassado
na solidão, silenciosa melodia
porém, tudo passa tudo é passado
e nesta desafinada romaria
falante ou calado
tenhamos paciência, fé e calmaria
olhar diferenciado
pois, logo mais teremos autonomia
e nova tendência no dia a dia...
A quarentena fez valer a pena
revimos a formula da alegria
e que a valia não é pequena
quando a alma é amor e poesia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/12/2020, 08’37” – Triângulo Mineiro