Texto sobre a Primavera
Início da Primavera
Hoje começa a primavera
A estação de todas as cores
Que contemplamos o desabrochar das flores
Essa estação é muito linda
Tudo parece ganhar vida
A paisagem é bem colorida
Vamos aproveitar cada dia
O sol está presente para completar a beleza
Vamos observar cada detalhe dessa nossa natuteza
Um ser luz
É sempre dia, em seu interior,
É primavera no olhar.
Ao dormir e ao acordar
A luz é seu fervor
Não importa a cor do dia
Quem cultiva flor,
No jardim interior, é você
Na alegria de viver.
Na aura positiva, no transcender,
Na leveza do ser,
E no ser, um templo de paz.
Um ser luz, um cais.
O que faz tudo ficar melhor,
É ter em si um sol.
Minha mente fica feliz
com a tua chegada
assim como as flores se alegram
com a primavera,
fazes os meus versos florescerem
por seres bela e muito inspiradora
por carregares contigo, amor, vivacidade, sutileza e simplicidade
à semelhança de um cenário
com lindase glomerosas borboletas
com a leveza de suas asas
voando livres pelo céu,
assim, abriga uma vida
que não se acaba,
tendo em vista que por lá,
a inspiração não esmoreceu.
Tu és bela e muito bem vinda
assim como é a chegada da primavera
para as flores que ficam
renovadas e ainda mais lindas,
há um jardim no teu íntimo,
onde as tuas emoções florescem
fortes, sinceras e ardentes,
o teu amor é fértil, notavelmente, vívido, cujo fruto possui um rico deleite,
necessitas de um empenhado cultivo,
isso é o mínimo que mereces
pelo prazer que é estar contigo
já que a tua essência enriquece,
então, nada mais digno
do que receberes um zelo legítimo.
Com toda certeza, hoje, és um jardim majestoso que permite que o amor floresça, a cada primavera, o teu florescer está mais formoso, a tua essencialidade fica mais intensa, alguns traços sedutores e delicados que são as tuas pétalas, suaves e de curvas bem feitas, uma grandeza de detalhes, da superficialidade à profundeza.
O teu florescimento penso que seja contínuo, sendo constantemente cultivado pela simplicidade, pelo indispensável zelo divino, também por vários gestos simples e amáveis que são capazes de fortalecer o teu espírito, de alimentar a tua intensidade, além do cuidado que tens contigo em todas as tuas fases.
Natureza interessante que faz de ti uma flor bela e rara, mulher significativa, que não deve ser comparada, pois o teu encanto é único, naturalmente emocionante, um mundo veemente e florido, apesar dos períodos desgastantes, assim, um lugar modesto pode se tornar um paraíso fascinante quando estás por perto.
Quem dera
Nessa doce primavera,
Meu eu se esvaísse e te encontrasse apenas com um sonho,
Renascer, como as flores que ensaiam brotar
Exuberando cores a se despetalar.
Quem dera...
Quem dera nossos mundos não fossem tão diferentes,
Tão ausentes, como os devaneios...
Quem dera fosse verão,
Ou ainda um trote, uma ilusão.
Quem dera fosse verão...
Oscar de Jesus Klemz
E assim se vão os dias
Como um período de chuva
Como a luz do Sol
Como a primavera
Como os dias de ventania
Todos tem seu tempo
Para alguns curtos
Para outros não
Em alguns momentos belos como rosas
Em outros dolorosos como seus espinhos
Há tempo pra tudo
E tudo é efêmero
O que vemos é efêmero
Tudo passa
Tudo se vai
Do ontem só restam memórias
E nada mais
No amanhã esperança
E no hoje, só o hoje:
O simples presente
Mesmo que esse meu pensamento
Tenha sindo escrito no passado.
Tão linda e tão distante, como uma manhã de primavera que ainda carrega o último suspiro do inverno. Um mistério envolto em beleza, fria como o vento gelado que, mesmo em um dia de sol, insiste em tocar a pele e deixar um arrepio. Mas é exatamente essa mistura que me cativa, esse contraste de intensidade que te faz única. Porque, por baixo dessa frieza, eu sei que existe um calor ardente, uma paixão guardada, esperando o momento certo para explodir.
Eu sinto esse calor a cada palavra tua, a cada sorriso que, mesmo tímido, me envolve. Como o sol que, mesmo depois do inverno, consegue aquecer a terra, é esse calor que eu quero explorar, que eu quero sentir. Você é como uma tempestade silenciosa, Patricia, que vai tomando conta sem aviso, e quando me dou conta, já sou tomado por você de uma forma que não sei mais viver sem.
A combinação entre essa calma e essa força me arrasta para um lugar onde só existe nós dois. Seu jeito de ser, a sua frieza, só aumenta o fogo que arde dentro de mim, querendo te mostrar que, por mais distante que você se sinta, o que existe entre nós é incontrolável e vai além de qualquer inverno.
Tão linda e tão distante, como uma manhã de primavera que ainda traz o frio do inverno. Cada dia longe de você é um vento gelado que corta, que deixa a saudade apertada no peito. A distância, por mais que tente me manter afastado, só faz crescer esse vazio dentro de mim, como o frio que teima em persistir, mesmo quando a estação já se renova. É o eco da tua ausência que me alcança, e cada segundo sem você é um inverno que demora a passar.
Mas tudo isso vai mudar, Patricia. Porque o calor está chegando. E esse amor que, mesmo distante, já me aquece, vai ser a força que vai derreter qualquer frio que nos separe. O calor da minha presença, o calor do meu desejo de te ter ao meu lado, de poder sentir teu corpo, te olhar nos olhos e, finalmente, te abraçar. O sol vai nascer para nós, e esse inverno, essa saudade, vai ser só uma lembrança do que ficou para trás.
Eu estou indo até você, e o que nos espera não é mais distância, nem frio. O que vai nos envolver agora é o calor do nosso amor, uma chama que vai iluminar o nosso caminho, aquecer nossos corações e afastar qualquer sombra de insegurança. A saudade vai virar passado, e o que vai restar é a presença, a certeza de que estamos juntos, que tudo o que vivemos agora vai se materializar na nossa realidade.
Mônica
Felizes são os pássaros
Que chegam mais cedo
Onde a primavera é eterna
E dos velhos frutos caídos
Surgem árvores estranhamente calmas
Tarde
De sol
Morteiro
Tarde
De
Domingo passante
Marasmo
De
Segunda sem lei
Rua
Sem
Movimento
Vazio
Cheio
De alguém
Num rádio
Ruído e frequência
Pensamento longe
Abismo de um ser
Frustrado por assim dizer
Distantes são os caminhos
Que vão para o templo
E no meu ser
Todas agitações se anulam
Como na mente de um ser que sente
Nas ruas noturnas
A alma passeia, desolada
E só, em busca de Deus
E de repente, não sei
Me vi acorrentado no descampado
Eu sou como o velho barco
Que guarda no seu bojo
O eterno ruído do aiar batendo
Longe está o espaço
Onde existem os grandes vôos
E na cidade deserta
É o espaço onde o poeta
Sonha os grandes vôos solitários
No chão vejo rastros
Pegadas enlaçadas
De onde a poesia fugiu como o perfume da flor morta.
Fico imóvel e no escuro tu vieste
A chuva batia nas vidraças e escorria nas calhas, vinhas andando e eu te via
Eu me levantei e comecei a chegar, me parecia vir de longe
E não havia mais nada
Havia você na minha frente.
Primavera Acanhada
Rumores
Chegariam a mim
Deixarei que morra em mim
Pois nada te poderei dar
Senão
A mágoa de ver
Eternamente cansado
Distintos
Como passos
Na madrugada
Sol
De entardecer
Jardim
De estrelas
Chuvinha
Nos olhos
Marcas
Em lajedos lisos
Estruturas
Acanaladas
De
Um velho rio
acanhado
Na beira
Um dique
Um marginal rompido
Sem
Contestação estelar
Tropeçando em bico
Embicando à frente
Explosões
Primavera
A pleno
Sem eira
Nem beira
Balancear
De corpo
No entortar
De galhos firmes
Famigerados
São os insetos
Se mais
Houver
Nem preciso
É
VENTO NA PRIMAVERA
O vento suave soprava em meu rosto,
Assim foi o que senti e pensei
Mas eram as tuas carícias
Foi aí que te beijei !
Nos amamos entre sussurros e abraços
Nossos corpos unidos de amor suado
Enquanto esquiva pelo céu de tua boca
Surfavas , nas ondas de meu corpo,
Me deixando louca !
E nessa loucura, fostes a primavera,
Transformada em ventos suaves de amor ;
Massageando minh'alma, com aroma de flor!
Tatuando em meu coração
O fogo de uma paixão !
São lembranças da primavera,
O vento soprando amor em min'alma
trazendo cheiro das flores de palma !
Vai; Colhe o perfume de tua quimera,
coração recheado de calma,
o aroma de flor, misturado com canela !
TREM DO TEMPO
Demétrio Sena - Magé
Sou do tempo em que a primavera tinha multicores... a chuva, sempre à tardinha, refrescava os dias de verão... havia sempre uma brisa no outono... e o inverno era frio. Agradavelmente frio. Venho de quando o trem do tempo nunca parava na estação errada.
... ... ...
#respeiteautorias É lei
Você rouba da primavera o aroma e do verão a sensualidade, contendo as curvas perfeitas criada por Deus...
A sua sensualidade é como perfume para o jardim que é o meu coração, antes de te dominar eu vou te seduzir, antes de tocar a sua pele eu vou tocar o seu coração, antes de beijar a sua boca eu preciso sentir a sua alma...
SETEMBRO AMARELO
O setembro é o mês
Dito da renovação
Porque vem a primavera
Que antecede o verão
Mas para lhe ser sincero
O setembro é amarelo
Pra chamar nossa atenção
O setembro é amarelo
Por causa da prevenção
De combate ao suicídio
Causado por depressão
O problema é mundial
Por isso é fundamental
Falar da situação
O setembro é amarelo
É grande a preocupação
Com as taxas de suicídio
Perante a população
Ele não escolhe idade
Nem o bairro ou cidade
Raça ou religião
O setembro é amarelo
Só falando que se muda
A frase ultrapassada
"Não há um que nos acuda"
Hoje, o lema é diferente
Conte o que você sente
"Se precisar, peça ajuda"
Incertezas no cerrado
Primavera, verão, outono, inverno
Qual estação no cerrado é decisão
Ficar ou partir neste desejo interno
Em ebulição no meu mesmo coração
Saudade? Tristeza? Encanto? Dorido?
Aqui debruçado na vida, em suma
Como sabê-lo? Se o incerto está partido
E os trilhos da razão dão em parte alguma.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07/03/2016, 05'55" - Cerrado goiano
PRIMAVERA SEQUIOSA
Ó como a primavera caducou
Olha o cerrado, de letarga vida
- Ó chuvada, Vê! a triste ferida
No sertão, que a sorte faltou...
Tudo dorme, a ilusão perdida
Chora em derredor, chorou
A dor doída, que não rematou
E a forração que se fez abatida
Sequioso, que desdém o teu
Ó tempo, sem encanto seu
Sem canto, cor, sem graças
Quão desbotada a primavera
Sem hora, ó chuva em espera!
Ela que floresce quando passas...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06 dezembro de 2020 – Triângulo Mineiro
Primavera
Florescem os lírios com o branco da paz
Brotam gardênias com o seu colorido fugaz
Em cada rosa transfigura o perfume do beijo
No movimento das margaridas o aceno do desejo
É o romantismo brindado na tulipa vermelha do amor
São os caminhos tapetado com violetas, delicada flor
As camélias perfumando com seu aroma inebriador
Raro como a papoula a vida se faz com poético teor
É a natureza oferecendo sorrisos com boca de leão
São as horas marcadas pelos girassóis em posição
Com copos de leite branco, a pureza, doce perfeição
Um azul hortência que tinge a primaveril estação
É época primeira anunciada pelas trombetas de anjo
São sacadas e floreiras vestidas das cores do gerânio
Aveludada como as begônias amanhece cada aurora
A solitária vitória régia desfaz a nostalgia de outrora
Sempre vivas bradando a temporada em anunciação
De manacá em manacá se orna a serra em floração
Em cada pingo de ouro a densa natureza persevera
Assim, bela como a orquídea é toda a primavera...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/09/2008, domingo, 07’00” – Rio de Janeiro, RJ
FIM DA PRIMAVERA
Foi num alvor assim. Sussurrava o vento
E o meu coração apático sentia a aragem
No céu carmesim, do raiar em nascimento
O sol lumiava a manhã, tão bela imagem
Desfolhava o odor do jardim, doce alento
A derradeira rosa, aparatava a paisagem
Na aurora do cerrado, lustroso momento
E o meu pensamento em ilusória tiragem
E eu, sonhando, ali sonhava pela metade
Duma saudade sentida, o sentir saudade
E tendo junto de mim o amor em espera
E as flores derradeiras, no espaço solto
Num murmurar, tu disseste: vou e volto
E não voltaste! Foste com a primavera!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/10/2021, 06’01” – Araguari, MG
NOITE DE INSÔNIA
Sob a rútila luz da lua no cerrado
Nesta noite de primavera, e fria
Meu tratear, sentinela acoimado
Provoca, acossa e ao sono arrepia
Pende do pensamento um passado
Memória, sussurros e louca utopia
Tal um desalento nuvioso e velado
É está minha sensação, de ti vazia
Na janela o vento na fresta, ali chia
Um perfume seco irrompe o quarto
E cá, um aperto, me faz companhia
E a tua lembrança não fala, se cala
Para um trovador que o amor sentia
Noite de insônia e a saudade entala!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
21 novembro 2021, 05'08" – Araguari, MG
CERRADO EM PRIMAVERA
Como é divino ver a viçada primavera
do cerrado. O virente recama o prado!
A vida enflorada, a fascinação impera
O chão, o ar, o ser, olhar transfigurado
Cada canto ornado de cheirosa quimera
Na imensidão do céu, um céu estrelado
Como se poético cerne em tudo houvera
O encanto e benzer de Deus despertado
E vejo o cerrado de um florear ramado
Versos de sedução feitos de varias cores
Do sertão que a atração vai desenhando
Então, floresce meus versos em louvores
Em prosas, teores, e o belo multiplicando
Enformando o cerrado de copiosas flores
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Setembro, 2021, 10’06” – Araguari, MG