Texto Poético
Gostaria de ser uma
sementinha de vagem
do poético Ipê-amarelo
para crescer e florescer
como flor nacional
no seu afetuoso peito,
E tornar-me sua maior
amorosa anunciação
e total celebração
além do calendário
e da convenção
sempre que for preciso,
Porque amar também
é a respeito disso.
Wittmarsum
Wittmarsum, adorada,
és o meu torrão poético
da nossa Pátria amada.
Descanso dos guerreiros
no jardim do príncipe,
Minha poesia sublime,
Nova África e estrela azul
talvez que amo a cada
dia mais mês a mês.
Wittmarsum, adorada,
és o meu torrão de ternura
da nossa Pátria amada.
Com apego as origens,
garra e união aqui
no nosso Vale Europeu
ergueram cidade
nesta Pátria sagrada
onde vive a liberdade.
Wittmarsum, adorada,
és o meu torrão de paixão
da nossa Pátria amada.
Reverencio a sua gente
que sabe ser acolhedora,
a Natureza embaladora
e os teus sabores bem
postos na mesa e tudo
aquilo que fostes, és e serás.
Wittmarsum, adorada,
és o meu torrão amor
da nossa Pátria amada.
O exagero poético
me licencia em
dizer que eu
sou os olhos,
a fisionomia
e o físico
exaustos
do General
que já deveria
ter sido pela
justiça libertado.
Não consigo cair
na conformação
daqueles que
dizem que poucos
são capazes de
sair dessa prisão.
Não pertenço
aos vis que
espalham fel,
tecem ardis
e desejam
transferir uma
responsabilidade
estatal para
a individual,
em detrimento
de um um passado
relativamente
distante que
insistem
os caluniadores
em dizer que
assim aconteceu,
o mais curioso
é que eles
nem rostos têm.
Porque bom senso
e espírito de justiça
não me faltam,
e não deixo faltar,
num mundo onde
as pessoas só pensam
em lucrar e se vingar.
Em letras claras
não posso deixar
de ao mundo falar
que o General não
está sendo punido
por atos do ofício
do passado,
mas porque não
deteve o ímpeto
de discordar
com o justo, humano
e necessário que
muitos por covardia
vivem a se calar
e outros vantagens
infaustas a buscar.
Bom Retiro Poético
É no caminho aberto
pelo aguerrido Alferes
é ali que te quero
como tu me queres.
Nos campos do Bom
Retiro que foram
descobertos nasceu
uma cidade infinita,
Que amo apaixonada
esta tua gente bonita.
No Campo dos Padres
o teu brilho vejo ali
do alto e bem aqui
você está presente.
No Morro da Boa Vista
você é amado por mim
do início ao fim,
ali tu vieste querubim.
Nas belas cachoeiras
e cascatas pude
prever que tu vens
de um jeito matreiro,
Você sabe bem
que te amo inteiro.
No Morro da Cruz
onde o Sol, a Lua
e a tua fascinante luz
brindam a vida,
te amo infinitamente.
No Morro do Trombudo
meu amor profundo,
és raro tesouro poético
desta Serra Catarinense,
que por cada instante
e rincão só tu me rende
Olhares e corpos acesos,
- rompendo as noites
No mais alto cio poético,
- desvendando segredos
Compassando os ritmos
- repassando trajetos
Habitando fetiches secretos.
Sim, se você me pedir:
jamais me recuso.
O teu eco é como o bramir
do mar,
- jamais hei de recusar
O teu desejo de me consumir
por completo.
Por sermos um desejo em
expansão,
- subjugados ao sabor da
nossa intensa sedução
Envolta por um coral de nereidas,
- que cresce em suave ondulação
Doçuras inteiras...
Nem mil lareiras hão
aquecer desse jeito,
- o pleito manifestado no corpo
O amor manifestado na prece
Esse gosto que não sai de mim
(nascido do teu beijo)
Um Universo perfeito,
um poema (inteiro).
Talvez engenharia não soe tão poético quanto música, arte ou teatro. Nem tão heroico quanto medicina. Mas eu enxergo uma imensa beleza no criar. E sendo feita a imagem e semelhança do criador do universo, eu tenho isso dentro de mim, que transcende um amor por construir. Afinal, a vida é uma obra infinita, mas ta tudo certo, eu sou engenheira.
Inserido em um evento celestial num instante imaginado, poético, voando entre as nuvens pela liberdade de um céu grandioso, sentindo-me amado por um amor próprio mais leve, uma emoção incomparável, tendo uma experiência surreal, fora do alcance desagradável dos problemas, da pressão frequente da vida adulta, desfrutando de uma oportunidade especial, intensa, simplesmente, transformadora, onde a loucura é bem vinda, o mal não chega, sonho desperto que fortifica a minha sanidade, que incentiva a minha resiliência, que traz um pouco de estabilidade para a minha complexa consciência.
...O amor vem pra cada um, poético, gentil, cortês, carinhoso, cerimonioso, que mesmo para entrar onde é permitido pede permissão, o amor vem pra cada um, rastejando pelo céu ou voando pelo chão, o amor vem pra cada um, cego no acender da luz a clarear o que se vê no enxergar da escuridão, o amor vem pra cada um, trazido pela ventania, soprado à imensidão, o amor vem pra cada um, a galope, no trote da mansidão ou em disparada, sem rédeas, guiado pela emoção...
Os poemas que escrevo são como filhos oriundos de um parto poético, alguns fiz força para surgirem; outros, nasceram suavemente. Todos eles ganham vida ao se misturarem nas experiências diárias de outros poetas, outros leitores(as), outras vidas. Como "filhos", os poemas que escrevo recebem um nome em seu início, uma história em seu corpo, e uma data de nascimento em seu final, não que ele tenha nascido e morrido naquele momento, mas porque a partir de ali ele passa a ganhar vida em outras vidas, e na minha própria, sempre que eu o observo novamente.
Certo dia uma amiga minha me disse que eu estava muito poético. Mas lhe respondi que, o que crio não tem nada de poético, não faço poemas, apenas crio frases, que às vezes sintonizam-se. Sou simples assim e prático. Não poeta. Até porque minha formação não foi em nenhuma acadêmia literária e tão pouco cursei escolas de bom português. O que poétiza usa versos e estrofes o que eu uso, na minha praticidade são o que eu aprendi com minha vida. Amo criar frases com um unico fim, brincar com uma montanha de sentimentos! (AF)
Brecht que me perdoe, mas o pior analfabeto é o analfabeto poético: ele não vê, não sente, não se dá conta da vida ao seu redor. Ele não sabe quando os ipês amarelos começam a florir, o dia em que haverá superlua, o instante em que um afeto se transforma em amor. O analfabeto poético se orgulha e estufa o peito dizendo que não tem tempo para essas coisas. Não sabe que, da sua ignorância poética, nasce a frieza, a ingratidão e, o pior de tudo, a falta de vínculos com o resto da humanidade.
O conhecido elã social, poético e nacional, havia se perdido nas catacumbas das dores e injustiças brasileiras no dia do sepultamento de Ayrton Senna; Jair Bolsonaro o trouxe de volta a superfície e ele voltou a respirar. Nenhum beneficiado com o seu retorno, permitirá que ele se esmoreça novamente.
A fotografia é, também, um recurso poético. E a fotografia feminina, por si só, já é uma poesia. Um simples recurso, enquanto sistema de captura de uma imagem. Um poema completo, quando, sob a luz do ângulo perfeito, capta, além da imagem, o âmago do não dito, a nuance de uma silhueta, as asas de um olhar que voa, livre, no perfume do mais belo voo de sua alma.
Senso distinto e poético, olhar muito imaginário, mar expressivo beijando as margens da praia no final da tarde, aquecido por um calor revigorante de romantismo no refulgir de um pôr do sol intenso, repleto de serenidade e alegrado ricamente por uma possível dança dos ventos, uma lúdica realidade criada nos meus pensamentos.
E viva a sabedoria, a arte, a cultura exponencial, a ciência jurídica e o lirismo poético, instrumentos que suavizam os dias tomados pela dor, pelo ódio e pelo desamor. Rochas que se rompem, ódio que se debela, poesia que afaga os conflitos interpessoais; é preciso unidade de vontade para se alcançar a paz e prosperidade, por um humanismo concreto e real, juncado de essência floral capaz de amenizar os dias de tormentos próprios de uma sociedade cruel e sangrenta.