Textos emocionantes para cerimônia de casamento
A vida é Bela
Com o tempo a vida vai sumindo com a gente aos poucos, vai nos transformando naquele retrato amarelado de pessoas desaparecidas no final da página de um jornal antigo.
Não vamos permitir que isso aconteça. Vamos colorir nossas fotos, e colocar no topo novamente.
Vamos dizer as pessoas que nos amam, o quanto elas são importantes em nossas vidas.
Vamos dar risadas de nós mesmos, Vamos sentar na relva úmida pelo orvalho da manhã.
Vamos caminhar numa ponte e sentir o balouçar dela em nossos pés.
Vamos colocar uma música na velha vitrola e perguntar a nós mesmos, me concede esta dança?
Vamos roubar uma rosa de um jardim e sair correndo, somente para oferecer a alguém que nos roubou um sorriso.
Vamos viajar para um lugar distante, só para tomar um café com bolinhos de chuvas com alguém que sabemos que vai estar a nossa espera.
Vamos nos permitir ser feliz sem medidas, ter fé sem dúvidas, ter sonhos sem limites, e principalmente, acreditar que não existem problemas maiores que a nossa capacidade de resolvê-los.
Vamos dizer a nós mesmos o quanto a vida é bela e que vale a pena viver cada minuto.
Esta sou eu! Ainda prefiro a minha ternura inócua, um cheiro de saudade em meu travesseiro, o meu silêncio entregue para as estrelas, do que viver desabitada de mim mesma.
Eu me libertei daquela atadura mundana. Já não sabia mais ver, nem sentir, muito menos ouvir. Como alguém era engolida pelos próprios temores? Se comportar já não bastava. Era projetada para uma realidade alternativa, onde o silêncio era lei. Os sábios vivem pouco e, os estúpidos uma eternidade. Vantagem para aqueles que buscam a vitória sem nenhum esforço. Tudo que vinha fácil, ia fácil, mas ninguém nunca fazia questão de se lembrar disso. As coisas da vida são passageiras e, ainda sim algumas dão um jeito de se tornarem eternas. Apenas a pureza distinguirá a brisa leve de um monte rochoso. Seu reflexo no espelho se racha antes mesmo de você se procurar. O mundo precisa ser salvo por quem quer ser salvo, não o contrário. Eu acredito que vou voar quando estou caindo. Talvez, eu busque demais algo que talvez não exista, mas e daí? Continuo procurando mesmo assim. Correndo em busca dos pedaços que me faltam, da grande batalha contra mim mesma. Foi errando que busquei acertar e, foram nos tropeços que me levantei. A solidão nunca foi minha amiga, sempre tive alguém guiando meus passos tortos. Não posso esperar viver para sempre, mas espero sempre estar viva nas lembranças dos que passam por aqui.
Carolline Milici
Sentado aqui te vejo. Vejo minha vida, o futuro espelhado num denso brilho de olhos lupinos. A grande beleza de um pequeno ser.
E me pergunto se não é a vida novamente me preparando uma cilada: voluptuosa cilada! As marcas de um triste passado me faz temer o incerto futuro. Ah, o amor! Diga-me, porque não podes ser verdadeiro se quem me diz que é verdadeiro verdade não fala? Serás que realmente existe? Ou é simplesmente um sentimento criado para suprir a necessidade de não se estar sozinho?
A certeza que tenho se torna incerteza quando penso que ti tenho e ai vejo que já não tenho mais nada...
E se segue, a tortuosa e incógnita estrada da vida.
A Cultura Evangélica Brasileira e a Elite Cultural.
O tapa que a cultura pop deu na cara da conservadora elite cultural brasileira nos anos 90, dói até hoje. Expressões como “neoliberalismo”, “sustentabilidade” e (a mais queridinha de todas) “globalização”, eram como biscoito de polvilho na boca de estadistas, intelectuais, jornalistas e outros. Já para alguns da dita “classe popular”, eram como água de piscina que entrou no ouvido. Enquanto a Europa ainda se esforçava para despachar os resquícios dos entulhos do Muro Berlim, e o Brasil vivia aquela aflição de noiva em dia de esponsais às vésperas da ECO 92, simultaneamente explodiam três bombas no território guarani: o axé, o funk e a música evangélica.
Embora os dois primeiros sejam considerados fenômenos culturais de grandes proporções e, no entanto, de baixa qualidade artística e de pouca relevância, a música evangélica não mereceu nem isso. Foi relegada ao mais sutil dos silêncios: o desprezo.
Enquanto os elitistas caiam de joelhos ante a invasão de toda sorte de lixo cultural norte-americano, músicos, técnicos, cantores e instrumentistas se especializavam buscando o aperfeiçoamento e, em consequência, a profissionalização da música gospel. E isso se dava numa conjuntura cultural totalmente desfavorável: nessa época, qualquer um virava cantor no Brasil, qualquer coisa apoiada numa simples nota era chamada de “música”, tanto que a música eletrônica sem letra passou a ser o hino de muitos jovens nas festas RAVE. Enquanto que para ser um simples cantor evangélico, mesmo um dessas igrejinhas de bairros pobres, exigiam-se mais e mais habilidades e técnicas – não bastava ter voz bonita ou ser o filho ou a filha do pastor.
A década acabou. Mas o silêncio da elite cultural não. Foi necessário que o reconhecimento viesse do estrangeiro: o Grammy latino com Aline Barros. Ainda assim não foi bastante para que a elite enxergasse aquilo que está a um palmo de seu nariz: as múltiplas qualidades da música cristã. É claro que o objetivo de tal gênero não é o reconhecimento, é louvar ao Senhor e com um só propósito: honrá-lo glorificando-o. Mas a falácia do discurso que a elite cultural apregoa aos quatro ventos de “valorização da diversidade cultural brasileira” é de fazer doer! De doer em sua própria pele.
E não é só isso. A rica contribuição linguística ao idioma de Camões atingiu a todas as classes sociais. Jargões como “irmão”, “abençoado”, “varão”, “A paz de Cristo”, “vigia” entre outras, são conhecidos até por aqueles que não creem em Deus.
Dos retiros espirituais que são perfeitas expressões de festividade e harmonia entre os participantes, às encenações de peças teatrais e à dança profética, os evangélicos dão vários exemplos de verdadeira cultura. E não é preciso citar as produções cinematográficas que, embora incipientes, com pouco público e com divulgação precária, vão pouco a pouco ganhando espaço e a admiração de muitos. A saber: meu objetivo aqui não é classificar tal cultura como boa, melhor, superior a esta ou aquela, e sim provar, baseando-me em fatos verificáveis, que é cultura também e merece ser respeitada como tal.
Não obstante, o reconhecimento seja mesmo difícil por sua inerência intrinsecamente lógica. Sim, lógica: a cultura evangélica brasileira cresce como semente plantada na rocha pura. Então, estupefata, a elite cultural brasileira questiona:
“Como pode uma semente ter germinado na rocha pura?!”
Não encontram outra resposta senão o silêncio. Eis sua postura.
Tudo que nós temos são meros segundos. Pegue o que é seu. Pegue o que é meu. E, o que é nosso. Leve tudo, e se possível me tome como brinde. Percorra milhas e milhas com seu mustang velho e chegue ao início do oceano. Eu não tenho nada. Mas, será que juntos não temos a chave? Graciosidade nos momentos que deixaremos para trás. Seremos como Bonnie e Clyde. Quebre as malditas regras! Que você será o meu "tudo". Consegue ver aonde estamos? Meu cabelo ainda está pressionado contra meu rosto. Eu adormeci. E, sonhei. "Clarity" no rádio ajuda um pouco. A situação não é uma das melhores, mas não tem como piorar. Palavras bonitas já não me iludem, e suas atitudes bombeiam vitalidade. Tudo que nós temos são dez pratas, duas barras de cereais, um chapéu de praia e as chaves. Dá pra seguir viagem? Precisamos viajar por mais de cinco horas até chegar lá. Aonde? Gasolina no zero, chuva caindo e capota quebrada. Eu não me importava mais com a água, já tinha me molhado fazia tempo, e não era da chuva que eu estava falando. Vire à direita e estacione. Eu não quero parar, mas preciso fazer uma coisa antes de continuarmos. Irei me resfriar e consequentemente você também, mas esse é um dos itens da nossa lista. Da enorme lista que fizemos algumas horas atrás antes de sairmos com mais pressa do que dois foragidos. Fuga momentânea, confere. Um conversível, confere. Pouca grana no bolso, outro confere. Chuva, confere confere. A terceira coisa da lista, debaixo para cima, um beijo quente e molhado sob a tempestade durante uma estúpida loucura, confere!
A lista de Katherine.
Confere!
ALMAS GÊMEAS
Muitos confundem paixão com amor...
Muitos confundem amor com apego...
Muitos acreditam que quando amam alguém, encontraram sua alma gêmea.
Ledo engano...
Você pode encontrar alguns amores durante a vida.
Mas como saber qual deles é sua alma gêmea?
E se essa pessoa já passou pela sua vida e você deixou escapar?
Almas gêmeas têm praticamente tudo em comum. Foram feitos um para o outro desde o dia em que nasceram. Sorte divina o casal que se encontra.
Não precisam estar amando, para se sentirem inexplicavelmente bem quando estão perto...
Não precisam estar apaixonados, para sentirem desejos e saudades incontroláveis...
Não precisam estudar o Kama Sutra, para serem perfeitos na cama...
Não precisam programar férias, pois para eles, qualquer lugar é o paraíso...
Almas gêmeas têm a emoção como parte do cotidiano. Vão rir e chorar... sentir alegria e tristeza em questão de segundos.
Almas gêmeas têm o que conversar a vida inteira. Além de amantes serão também melhores amigos.
Almas gêmeas experimentam muitos erros e acertos, pois foram feitos para aprender um com o outro.
Almas gêmeas passam por muitos testes difíceis para comprovar e fortalecer o amor.
A missão das almas gêmeas é cultivar um amor verdadeiro para eliminar todas as impurezas da alma e assim carimbarem o passaporte para a eternidade.
Uma visão caótica sobre o Brasil e a copa do mundo, é que o futebol como uma das maiores formas de alienação, passou a ser de certa forma a cultura brasileira (o carnaval também, mas o futebol se tornou mais universal), pois, se observar o Brasil não possui uma cultura nacional, o que temos são culturas regionais, tomando da seguinte que se o que une um povo é sua cultura, então a única coisa que unem os brasileiros é o futebol, por tanto, assim conseguimos ver a pobreza do país em mais um sentido, sendo que nós nos apegamos em uma alienação que foi adotada como cultura, mostrando o quanto o senso comum brasileiro é tão vago como sua política, cultura e saber. A copa do mundo de forma capitalista e política pode até ser favorável ao Brasil em alguns pontos, mas não há como negar que há existências de outras prioridades na situação do país. Como segurança, saúde e educação.
Como já dizia meu velho pai: Cada povo tem o governo que merece!
O que é amor pra mim?
Agora pouco me fizeram a seguinte pergunta: "O que é amor pra você?"- Amor pra mim é um dos sentimentos mais sublimes. É o que me faz ser mais feliz, que me faz sorrir e viver. Amor é quando eu menos espero e a pessoa que eu amo consegue transformar as minhas dores em alegrias. É olhar ele e enxergar o meu futuro ao seu lado. Me sentir sortuda, por saber que alguém faz das tripas o coração pra tirar um sorriso meu sempre. É saber que sempre terei um companheiro fiel ao meu lado me ajudando em todos os momentos. Amor pra mim é cuidar bem, é ambos estarem dispostos a ficarem juntos até mesmo depois do fim. Depois disso tudo percebi que o amor não tem explicação, o amor se sente, se vive, se passa adiante, o amor é amar, é se doar sem pedir nada em troca, o amor foi feito para poucos, e poucos tem o dom de amar.
Não sou feliz quando vejo alguém chorando, quando não como chocolate, quando a chuva cai muito forte, quando o sol fica atrás das nuvens, quando não vejo você.
Não sou feliz quando o ar está muito frio, quando as folhas caem amarelas, quando o canário está preso, quando uma criança é violentada, quando não vejo você.
Não sou feliz quando a mulher sofre calada, quando a árvore é derrubada, quando o pó entra em meu olho, quando o vento derruba o poste, quando não vejo você.
Não sou feliz afinal, porque tudo isso cai mal, principalmente, porque não tenho você.
O tremendo reboliço que estava acontecendo na rua fez a dona Carlota acordar no meio da noite.
Afinou os ouvidos para entender o que estava acontecendo e por mais que tentasse não conseguia entender uma só palavra.
Mas, que diabos será isso?
Vestiu a sua camisola, abriu a porta de fininho porque os tiros e as bombas até estremeciam as panelas penduradas acima da pia que ela fazia questão de exibir de tão limpas e polidas.
Saiu de porta a fora, descabelada e sem dente que mais parecia uma assombração.
E o alvoroço e a bala zinindo no meio da noite, quase que mata dona Carlota do coração.
Na pontinha do pé saiu com um pé na sandália e outro no sapato. Na correria nem viu esse detalhe. Abriu a porta. E foi escorregando de porta a fora até chegar na calçada.
Cadê o povo? alias a multidão que fez com que ela acordasse e sair feito um zumbi?
Olhou pra um lado, olhou pra o outro, e na rua não existia uma alma viva para lhe contar o que aconteceu ali! Só o silencio, o vento e o clarão da lua cheia e aquela marmota no meio da rua, quer dizer ela.
Depois de levar o maior susto da sua vida que deixou o seu cabelo espetado parecendo palitos, outra bomba e tiros e mais tiros e eu sei lá se eram de balas de borracha, sei apenas que era o barulho da tevê do vizinho da Dona Carlota, ligada no volume máximo vendo um filme de bang bang, daqueles do velho oeste.
Correu pra dentro de casa fumaçando pra pegar uma vassoura e resolver essa questão na base da vassourada. Quando de repente sua filha acorda e encontra a mãe naquela situação pronta pra guerra. Tomou a vassoura e lentamente levou a Dona Carlota pra cama e não deu cinco minutos e estava ela roncando de tão profundo era o seu sono
No dia seguinte não lembrava de patavinas nenhuma, ou se lembrava não comentou. É que a dona Carlota era sonâmbula.
E via coisas que qualquer um duvida. Até eu mesma.
Autor: Maria de Lourdes
Andei vagarosamente por todo o mundo a procura de algo que tinha o poder de me fortalecer, tanto quanto o de me enfraquecer. Procurava pela luz que faltava em minha alma, pela serenata de amor que eu nunca havia assistido.
Aquilo que seria meu verdadeiro futuro.
que comigo estaria até o fim dos meus dias. Procurava pelo sentimento mais forte de todos, o amor.
Te achei, à primeira vista já me apaixonei
por aquele sorriso que tinha tanta inocência, que consigo carregava toda a beleza de uma alma, por sua voz tão doce, sua pele tão suave, sua inteligência.
Aquilo que de primeiro era uma paixão ardente, foi se transformando em um amor resistente e caloroso.
Agora nos encantos da tua pele eu
me deito serenamente, admiro lhe e sinto
que você sempre foi o que me faltava.
Estava a andar por esta rua vazia,
onde as gotas de chuva caíam,
mostrando que o céu estava chorando.
Rua onde alguns dias atrás,
as crianças brincavam...
hoje ela estava sem vida.
Cada vez mais lágrimas caíam.
Apenas presenciei pessoas implícitas,
que por baixo de roupas grossas
escondiam suas almas.
Sentia apenas meu corpo,
que cada vez mais lutava contra o frio.
Com grande astúcia eu encontrava o
caminho de casa.
A porta aberta
Olho, olho novamente... minha curiosidade está a cerrando com minh'alma. Aquela porta aberta, por que está assim? Ela foi aberta por alguém que queria entrar. Entrar num mundo novo... mas na verdade, não se sabe o que pode ter acontecido. pode ter sido o vento... Nunca irei saber.
Lembra da primeira vez
Que nos olhos te olhei
Foi inexplicável.
Inexplicável.
Falando do amor,
Meu coração é teu
Tudo que eu quero é
Você aqui.
Cada lembrança que eu guardo
É segurança pro meu coração.
Então entenda
Meu coração é teu
Como bailarinas presas a um cordão
Sem poder dançar,
Vou pensar em você
Sem poder te ter
Lembra da primeira vez ?
Cabine Telefônica
(Victor Bhering Drummond)
Procurei a cabine mais próxima.
Não era para tentar contato
Te ligar, te encontrar.
Era para deixar ali rabiscados meus versos
Soltos ao relento, versando ao léu
Quem sabe nessa mistura rítmica
De pessoas indo e vindo
Entrando e saindo
Eles pudessem tocar mais corações
E assim mais vidas pudessem
Ser tocadas pelo ritmo das canções
Que faz adormecer as guerras
E despertar as paixões
A casa das memórias
(Victor Bhering Drummond)
A velha casa ainda estava lá.
Preservando memórias, mistérios
E provocando medos.
Eram só retratos na parede
Pinturas e rabiscos na alma
Incapazes de fazer mal a nenhuma
Criatura sequer.
Abri a porta, senti o cheiro das coisas guardadas.
Sentei no sofá; voltei nos anos
E encontrei a festa do dia do batizado
Sendo celebrada novamente
Nas sala do meu coração.
(Outono no Sul - Registros de uma Casa Velha, 2017)
SOBRE MUSICA CRISTÃ X SECULAR:
Tem gente achando que não devemos ouvir as seculares porque elas não nos edificam em nada.
Eis o erro: achar que a música secular foi feita para nos edificar, quando na verdade foi feita para nos entreter.
Ora, vamos a um cinema para nos edificar, ou nos entreter? Vamos a um shopping para nos edificar? Vamos a uma pizzaria ou uma churrascaria para nos edificar?
Entretanto, todo cristão faz estas coisas... Deveríamos abandonar todas as coisas que não edificam?
Agora, quem ouve uma música secular buscando edificação espiritual está equivocado. Ela não tem esta função. E a música cristã PRECISA TER esta função; se não tem, é pior que a secular!
Para quê?
(Victor Bhering Drummond)
Para que servem os entardeceres?
Para que agradeça pelo longo dia que viveu.
Para que servem os finais de tarde?
Para entender que há sempre um recomeço.
Para que servem os pores do sol?
Para agradecer pela poesia da noite.
E para que servem os lagos?
Para contempla-los e mergulhar neles todos seus sonhos para que ressurjam como realidade.
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POR QUE CAEM AS LÁGRIMAS?
Umberto Sussela Filho
Na sabedoria infinita do tempo, nos rendemos a momentos onde o sentimento ultrapassa as barreiras e então perdemos o controle da aparência e a verdade procura a luz.
Nestes momentos ora tristes, ora alegres onde o ser humano tem a percepção de sua fragilidade e de sua força, se faz brotar um bálsamo renovador, vindo do íntimo, constituído da essência que se esconde e se perde pelas buscas errôneas e egoístas.
Os momentos alegres são poucos, mas merecedores de atenção, estes não nos tornam fortes, mas sensíveis.
Mas quando a saudade aparece, trazida pela ausência repentina de um filho amado, de um pai professor, de um amigo querido, de um avô estimado, ou até mesmo de um animal companheiro, de tudo que se foi, mas estava ali, tão perto, algo acontece.
Nestes momentos, vertentes se aguçam e rios transbordam dentro de nós.
Surgem momentos em que a emoção encontra a humanidade tão escassa, em que a solidariedade vinda sem explicações estende a mão a desconhecidos, porque se sabe o certo e o que é preciso fazer.
Somos individuais por natureza, mas componentes de algo maior, fagulhas de um todo, regidos pela liberdade dos atos, mas responsáveis pelas consequências vindouras.
Quando percebemos ou aprendemos o que realmente importa, nos momentos difíceis ou alegres, sem a percepção do querer, mas do acontecer e da verdade, nestes momentos, abrimos os olhos para o mundo.
Nestes momentos, onde tudo é verdade, desprovidos de aparências e superficialidades, o íntimo toma conta, a essência transborda e procura seu caminho, nestes momentos somos nós.
E quando tudo isso acontece, nestes momentos caem as lágrimas.
SOBRE BARREIRAS E PONTES
Umberto Sussela Filho
Quase sempre não percebemos que somos todos construtores, em um mundo vazio que clama por estruturas sólidas alicerçadas no sentido de humanidade.
Apresentamos sem excessões habilidades para edificar, sempre para edificar, mas ainda pensemos para construções que tendem a nós afastar.
Todos os nossos esforços poderiam ser despendidos para as ligações afetivas e a aproximação sem interesse, deveríamos ser construtores de pontes que encurtam caminhos, ligam, aproximam e atravessam as correntezas mais fortes que as interperies do tempo nos apresentam.
Mas sem perceber, por Ignorância e não por maldade, ainda teimamos em construir barreiras, mesmo que invisíveis.
Estas barreiras invisíveis, se não percebidas, vai ganhando forma e força e separando muitos projetos de felicidade.
O orgulho e a vaidade são as argamassas mais utilizadas na construção destas barreiras e sem que haja uma mudança brusca de comportamento, a solidificação é inevitável.
Deus, sempre nos deu e nos dará a força vital para a construção e o livre arbítrio de separar ou unir, de afastar ou aproximar-se de nossos semelhantes, nos deu também a força da transformação que a maioria das vezes fica adormecida em nosso comodismo.
É preciso derrubar as barreiras e transformá-las em pontes.
É preciso unir e estender a mão.
Recuperar o sentido de humanidade que está perdido, resgata-lo com o guindaste do amor e da humildade.
Precisamos edificar pontes diariamente, algumas de projetos simples, outras mais audaciosas, mas todas realizáveis.
Se não procurarmos destruir as barreiras imaginárias, estas vão tornando-se indestrutíveis com o passar do tempo, concretizadas pelo orgulho e pela falta de compreensão.
Que nossas vidas sirvam de ligação.
O Rio das mágoas outrora alimentado e caudaloso é contínuo, mas a ponte da compreensão e da humildade, quando feita com boa vontade supera todos os desafios e sua estrutura fica reconhecida por toda a eternidade.