Texto Filosófico

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⁠Não quero cantarolar falsas esperanças mas vejo o veganismo como norte sem volta para a humanidade porque os argumentos estão vindo de origem bem diversa (espiritual, ética, ideológica, ambiental etc ). Nesse movimento, muito atrapalha querer que o outro seja vegano pelos mesmos motivos de si, mas isso é da natureza humana. Boicotando a desgraça dos animais já bastaria por ora, diferenças resolveríamosno caminho.
Costumo dizer que a humanidade segue uma linha natural de evolução só alterada em períodos de catástrofe. E quais são as catástrofes que mais se assomam no horizonte? Colapso de recursos e colapso do capitalismo. E ambas as hipóteses tem a tendência de reforçar o veganismo (talvez como nunca antes). Não sei se é pra 2050 ou 2300, mas exploração não tem como prosperar indefinidamente. Estamos chegando ao pico, e dele cairemos.

Inserida por AntonioMatienzo

Como Eu Não Devo Escrever -

⁠Têm alguns poetas contemporâneos
(bem mais conhecidos
que eu),
com dezenas de milhares
de seguidores em suas
Redes Sociais,
que tudo que escrevem
e eu leio,
me causa desânimo.
É algo tão superficial
e vazio
e desnecessário
que me desestimula.

E eles continuam a soltar
suas frases (rápidas),
várias e várias todos
os dias,
alimentando e sendo
alimentados por
genteda mesma
espécie.

E não há nada de errado
nisso,
eu também tenhomeus
momentos de "desgraça-poética",
mas eu me ergo,
ainda que rastejando,
ainda que invisível
à massa, à glória,
ao sucesso,
e não me permito compactuar
disso tudo - nessa intensidade,
nesse entusiasmo, nesse profissionalismo.

Alguém então me pergutou:
"E por que continua a
segui-los?"

A resposta é simples:
Para saber como eu não
devo escrever.

Inserida por SilvioFagno

⁠⁠⁠Um Dos Grandes Gestos -

A coisa mais bonita que
existe é se doar por
alguém.

É,
a todo custo,
lutar, cuidar, proteger - estar ao
lado de alguém em qualquer
situação.

Se fala muito em adorar
entidades,
venerar deuses... tudo
isso é muito fácil:
é tudo feito em troca de
uma suposta proteção
divina, superior.

As pessoas, naturalmente,
têm essa necessidade de
algo assim grandioso como
proteção, como refúgio.

Mas dedicar-se a alguém,
com cuidados, afeto,
respeito, amor,
admiração...
é um dos grandes
gestos humano.

Sim,
ainda que seja em troca
do amor da outra
pessoa;
ainda que seja em busca
de algo recíproco,
essa é uma devoção, uma
entrega por algo
do mesmo tamanho - sem superpoderes nem
divindade.
Tão falho, imperfeito e humano
quanto o outro.

E abraçar esse risco
é a coisa mais linda
do mundo.

Inserida por SilvioFagno

Guardar Palavras -

⁠Aqui,
diante do teu rosto sob
a luz suave do sol,
tudo que eu deveria fazer era
guardarpalavras:
pois faltam-me adjetivos
convincentes.

Mas assim como no sol,
assim como no céu e
neste fim de tarde
no teu rosto,
"Deus" sabe, "Deus" sabe
o que fez.

Inserida por SilvioFagno

⁠Ângulo -

⁠Um amor inteiro,
quando não pode mais
ser amor,
vira ódio à direita
num ângulo de
noventa
grus.

Alguns (raros),
adormecem em sonhos
leves à esquerda,
e se transformam em
algo parecido com
amizade.

Mas amor só morre
(quando morre),
como indiferença na
outra extremidade
a cento e oitenta.

O amor bateu forte:
entrou feliz, sorridente,
sonhador pela porta
da frente.

Comeu, dormiu, sonhou
mais, brincou mais,
sorriu melhor.
Mas chorou...

O amor apanhou e,
triste,
acabou expulso pela porta
dos fundos de uma casa
mal-assombrada
chamada: realidade.

Inserida por SilvioFagno

⁠⁠⁠Uma Eternidade -

⁠De alguma maneira,
tudo é necessário - no seu
tempo, ao seu modo, à sua
medida:
do cientista ao coveiro.

Intelectual nenhum
faria bem o trabalho diário
de um rude
lavrador.

As diaristas
salvam mais famílias
do que âncoras de
telejornais.

Os padeiros estão acordados
todas as madrugadas,
trabalhando e trabalhando
para que o pão chegue
quentinho à mesa
do empresário que,
por sua vez,
nutre dezenas de empregos
e, consequentemente
de famílias,
mas enquanto isso,
dorme.

Se uma pessoa diz amar o
que faz e faz com empenho
e dedicação,
por mais simples
que seja,
há aí algo de muito
valioso,
e há nisso
uma eternidade.

Quando o ser humano entender
que a vida não é esta
competição sangrenta - como
tem sido por séculos, e
intensificada neste último -
(ainda que, de algum
modo, naturalmente haja),
estrangulando o mal
do ego,
não haverá nem muito
nem pouco:
mas o necessário.

Inserida por SilvioFagno

⁠⁠⁠Àqueles Que Me Mataram -

Me sinto completamente
vencido, derrotado.
Talvez isso,
denuncie uma fraqueza:
minha fraqueza.

E,
de fato,
de certo modo,
eu me sinto, realmente
mais fraco que cada um deles.

Mas eu não suportaria fazer
o que fizeram, como
fizeram - COVARDIA.

Muito menos ser
um deles.

Inserida por SilvioFagno

Não Feche a Porta -

⁠Tem sido uma grande aventura
te acompanhar.
Uma aventura cansativa,
cheia de desafios,
dificuldades.

Uma aventura que,
depois que ficamos só
você e eu,
às vezes, bate medo, insegurança.
Afinal, antes,
éramos, certamente mais
fortes.
Havia mais gente - mais abraços, mais colo,
mais sonhos... (é, tá frio,
né?!).

Tudo bem,
não importa muito como
a vida será daqui
pra frente, moleque.
Você só precisa me deixar
estar por perto,
te dar uns conselhos,
fazer um som e,
de vez em quando,
me dar um abraço apertado.

Porque,
apesar das perdas e
decepções,
apesar dos sonhos que
se foram para sempre,
você é o melhor que tenho
e, pra mim é tudo,
e essencialmente o que
mais importa.

(Não,
não feche a porta...
papai não vai
ficar!).

Inserida por SilvioFagno

⁠O Mesmo Caminho -

Depois daquela primeira
vez,
por conta de um copo
d'água (isso sete anos
antes),
não me recordo mais
quantas e quantas vezes
eu peguei o mesmo
caminho com lágrimas nos
olhos e aperto no peito.

Com aquele gosto amargo
do desprezo, da decepção, entalado sufocando, quase insuportável.
Sempre acompanhado de
uma frase:
"é, mais uma vez".
Na esperança que aquela
fosse a última. (Nunca foi).

Ah,
meu pai sentiria vergonha
de mim.

Inserida por SilvioFagno

⁠⁠⁠Guerra Fria -

Neste momento,
não tenho mais por que
lutar.
É inútil,
é uma batalha
totalmente perdida — acabou.

O que restou da guerra
foi lutar contra o
espelho:
um velho conhecido, cheio de
marcas, feridas, traumas
acumulados — heranças de outras guerras (perdidas).

Posso até golpeá-lo,
atingi-lo,
mas o verdadeiro inimigo
é outro (confortavelmente
inatingível), com status
de vencedor — de Grande
Vencedor — dessa silenciosa e impiedosa "guerra fria",
onde vence quem sente
menos,
e o final provou, de maneira
clara e cruel,
que somente um tinha
coração.

Inserida por SilvioFagno

⁠⁠Não Jogue o Jogo -

⁠Não jogue o
jogo!

Um encontro — que leva a um
desejo — que transforma-se em sentimento — que nos faz
mergulharem sonhos —
é para nos ajudar a reparar
os estragos que a vida
costuma nos fazer
diariamente.

Se te rouba a paz:
causando desconforto,
provocando raiva, aflição...
não serve!

É inútil, traumatizante,
destrutivo.

Não jogue o jogo:
Ambos serão derrotados!

Inserida por SilvioFagno

⁠Não Quero Explicar: Talvez Não Saiba -

Primeiro,
a sensação de acolhimento,
de não estar mais,
aparentemente,
sozinho.

Depois uma dependência
e uma vontade a mais,
de mais e mais vontade.

E esquenta e esfria
e, às vezes,
transborda para quase secar.
Renasce (se é que é possível),
depois de quase morrer.
E morre,
inexplicavelmente, respirando.

Não, não é o amor:
é isto.

Nem sei bem como somos
por dentro, lá no fundo.
Mas espero que compreendas
todas as lágrimas e bebidas
e motivos desta semana;
deste mês;
deste ano...

Vá,
desta vida.

Inserida por SilvioFagno

A Era da Informação não trouxe a expansão mental esperada. A desinformação sempre concorreu deslealmente com a informação. Ambas “tecem a história da humanidade, como com uma linha dupla, uma branca e outra preta” (metáfora de Jostein Gaarder que aparentemente já não cabe na linguística de igualdade racial rss).
Sonhamos com uma Era de Aquário (onde o “bom senso” prevaleceriá, ou prevaleceria), mas fora dos casos isolados e da fé humanista fica difícil imaginar a prevalência da paz, quando o que mais observamos historicamente não foi muito além de um “caos de sensos”.
Só a transformação pessoal produz transformação mundial. O desafio à fé é ver historicamente a Potência Humana majoritariamente a serviço dos grandes manipuladores de mentes.

Inserida por AntonioMatienzo

⁠⁠Em Casa -

⁠Largo mão da rua e
ponho o pé na
escada.
Subo-a, não penso,
chego ao portão, fico ao portão.
Giro o trinco, abro o portão,
entro e fecho-o.

Dou cinco passos à esquerda
e chego à porta.
À direita, há entretenimento:
não paro — sigo em frente.

Mais nove passos e paro.
Olho rapidamente à direita,
há descanso:
não deito — continuo
adiante.

Mais dez passos e fico
diante de mais uma
porta — onde tenho passado
a maior parte do tempo.
(Dormir, pensar, escrever...).

À direita há água, há remédios,
há alimentos: não bebo,
não tomo, não como.

À frente,
depois da última porta,
a última janela
e o fim.

Atravesso a porta e fico
próximo à janela.
Dou mais dois passos e
chego à janela. Fico à janela.
Fecho os olhos e me sinto,
de fato, em casa.
Há conforto, há segurança — abrigo.

Agora
abro os olhos,
abro a janela e vejo à minha
frente (decorando a janela),
a lua.

E assim, de repente,
como se amasse,
eu me lembro que existe um
mundo inteiro distante,
bem distante, muito
distante lá fora.
E choro.

Inserida por SilvioFagno

⁠Falha -

Tentei,
o dia inteiro,
encontrá-la, mas falhei.

Revisitei importantes lembranças
— gestos, fotos, vídeos —
e,ainda assim,continuei vazio.

Abracei-o.
Beijei-o, e nada.

Mesmo diante da pessoa mais importante do mundo,
no dia mais importante do
ano,
eu não encontrei as palavras,
os encontros — a Poesia.
E falhei.

Mesmo com todos os motivos
e sentimentos;
mesmo com todo o orgulho e admiração, eu falhei na busca.

Tudo que consegui escrever
resume-se a isto:
Este lamento, esta culpa, esta falha.

Este vazio.

Todas as crianças são especiais.
Absolutamente todas.
Mas nós, adultos, falhamos.
Falhamos muito.
E, grosseiramente, estragamo-las.

Inserida por SilvioFagno

O Normal da Coisa -

⁠Eles não me deixarão
em paz.
E eu não vou conseguir
deixá-los também.
(Mas, certamente, eles ficarão
melhor que eu).

Agora é isto:
o normal da coisa.

E a coisa toda está fundamentada
na futilidade, superficialidade e mediocridade da grande maioria deles.

Eu precisaria ficar rico,
talvez,
para que algo diferente
aconteça.

Então,
precisarei somente de alguns
deles, e esses eu os
suportaria.
Eu posso suportar alguns
deles, certamente.
Eu não suporto muitos
ao mesmo tempo:

Uma vizinhança, uma cidade,
um país...
Uma geração e a próxima
sob os efeitos desta.

Inserida por SilvioFagno

⁠VERDADE RUIM 27/09/18
Cuidado com a verdade
que te agrada ou a mentira
que te protege
e que você estima.
Verdades ruins são maldades
Mentiras boas são bondades
Bem está limitado ao bem
Este limite claro se desenha
em cada feito a ser caro.
As boas novas podem ser
para quem as guarda
não só o significado,
mas também o limite
entende acertas e corrige
até o que te agrada.
Não só reconhecidas,
mas sim estimuladas.
Isso é assim sem deixar
de ser verdade,
mas só enquanto
as verdades forem verdades.
Então sem se tornam menores
ou menos importantes
São as qualidades
que poucos enxergam.
A maioria só vê defeitos e o feio
e do ouro perdem o filão
sem conhecer o ouro, o veio.
Os que nos afastam
Procuram em nós
os defeitos com sua lupa
e para isso colocam seus pés
em nossas qualidades
e nos sufocam sem culpa.
Eu não afasto o teu direito
de tentar me ajudar
com suas críticas à cata de defeitos
só por favor tire o seu joelho
do meio do meu peito.
Dante Locatelli.
https://naquelesegundo.blogspot.com/2018/09/verdade-ruim-270918.html
#ruim, #verdade, #Nietzsche, #Dante, #Locatelli, #poeta, #poesia, #amor, #ama.

Inserida por DanteLocateli

⁠⁠Ato: Mundo XXI

Monetiza-se os sentimentos
Cala-se a quem tenta transpor-se
Transpor-se vícios e virtudes
Engajamento predominante ao capital
21 salvas aos impérios

Aonde localiza-se seu ideal hoje?
quem formula, constrói e destrói
a síntese filosófica; cliché
Tolstoi, Alan Poe, Nietzsche, K. Nishitani...

Venha ao 21
Desarme-se do capital
Cuidado para não ser enquandrado
*Enquadrar; viés argumentativa para falar/odiar-a sobre o pouco que sabe, o desprezo por seus iguais/diferentes.
Um abraço, Venha Cortella e difunda o seu (será?

Neves Oliveira, Willian.
Musica em sua mente ao decorrer: Until It's Gone - Linkin Park.
Terça, Outubro 19 às 23:47pm, Pradópolis-SP, Brasil.

Inserida por Will7even

⁠Eterno debate

Na vastidão do cosmos eu caminhei,
E dos segredos profundos me alimentei.
Vejo um mundo sem a tua luz,
Um eco de liberdade que seduz.

Deus:
Oh, anjo caído, teu saber é vão,
Ainda que o tempo passe, sou a razão.
Minha existência é além do humano ver,
Um elo eterno, impossível de romper.

Nietzsche:
Escutai, espíritos do além e do céu,
Declarei ao mundo que Deus morreu.
Não é a negação de sua verdade,
Mas um grito de nossa liberdade.

Lúcifer:
Eis que os homens agora estão sós,
Em busca de sentido, em novos nós.
Não há mais correntes, não há mais guias,
A era da autonomia, enfim, se inicia.

Deus:
Mas na busca frenética, o que encontrarão?
Um vazio profundo ou nova redenção?
Sou mais que um dogma, sou a essência,
Na alma humana, a persistente presença.

Nietzsche:
Não temo o vazio, mas o conformismo vil,
Que aprisiona o espírito em um ser servil.
Destruímos os ídolos para nos libertar,
Agora é hora de novos valores criar.

Lucífer:
Então que assim seja, um novo amanhecer,
Onde cada um possa seu próprio caminho tecer.
Que a chama da dúvida e da razão persista,
Na busca eterna, em uma jornada imprevista.

Deus:
Mesmo que neguem, em mim sempre estarão,
Sou a fonte do amor, do medo e da razão.
E enquanto existir pensamento e alma humana,
Minha presença, oculta ou clara, jamais se engana.

Nietzsche:
Assim seguimos, na dança do eterno retorno,
Entre a escuridão e a luz, o real e o sonho.
Que nossa conversa seja um marco, não um fim,
Mas um começo, onde o homem se encontre enfim.

Inserida por EderPrioli

“... Dentre aqueles que respeitam o pai, a mãe e os irmãos, são poucos os que realmente desobedecem aos próprios superiores! E ainda não se viu um homem que, não querendo desobedecer aos superiores, provocasse desordem. Para o senhor, tudo isso é fundamental: de fato, é a partir disso que nasceu a ‘norma’. O respeito para com os pais e os irmãos é à base da superioridade...!”