Texto em versos
Nesse exato momento tive a sensação que amar nunca é demais só que o amor fica tão bem guardado dentro de mim, como uma coisa muito valiosa e é com toda a minha certeza. Quando o sentimento do amor vem atona ele não se mostra frágil, nem gracioso, nem singular.
O amor é totalmente plural e inestimável. Seja o amor a Deus, o amor ao próximo, o amor à família, o amor a religião.
O amor move tudo, é intenso, é ímpar e plural ao mesmo tempo. É a ressignificação da alma, da vida, da morte, do corpo e também do espírito.
Nunca é tarde para se dizer "Eu te amo". Aprendi a usar esta pequena frase de tanta polêmica universal e hoje posso me apropriar da mesma em sã consciência.
O poeta
Esculpi palavras no entardecer,
Para que o anoitecer seja poético.
Duvido que as estrelas não ouçam,
O canto solto dos meus versos.
Duvido que a alma não sinta,
O brilho lírico que eu desperto.
Esculpi olhares distantes, suspiros...
Suspiros instantes de amor.
Frescor de brisa quente,
Em cálida mente, sente.
Duvido que a noite escura não brancura.
Duvido que d’alma livre não flutua.
Esculpi amor em letras de inverno,
Para aquecer as palavras que profiro.
Duvido que a chuva não varra,
As pálidas gotas vazias de emoção.
Duvido que o poeta não tenha,
A esperança viva pro coração.
E de tanto esculpir sentimentos,
Vejo que ganho leveza ao tocar,
Em cada gesto que vem me abraçar,
Em cada paixão que se faz revelar.
Duvido que o poeta não faça do amor rima.
Duvido que a rima não seja do poeta a amar.
Não se apaixone por mim.
Meu Nome é Letícia Del Rio,
De certidão de Nascimento,
Nome de vida,
Prazer,
Eu sou a Intensidade.
Não se apaixone por mim,
Vou te fazer sentir o que nunca sentiu,
Vou te mergulhar no meu mundo,
Te eternizar em meus versos,
Vou te levar à lugares e momentos inesquecíveis,
E apaixonado,
Uma hora irá me dizer que vai embora,
Que te sufoco,
Que sou intensa demais,
Embora eu tenha me apressado,
Breve em lhe dizer toda verdade,
Prazer,
Meu nome é intensidade,
Para mergulhar-te,
Em profundo,
Deves me Amar,
Só então encontrará,
Abrigo eterno em meu coração.
De tanto procurar, achei
Eu tô meio sumido por aqui
Achei quem sempre quis
E sei que sente falta de mim, aqui ou ali
Mas achei quem pode limpar a merda que fiz
É que eu enjoei das discussões com Deus
Após o grande retorno
Abri os olhos e percebi que não sou ninguém comparado a ele
E que não seria nada sem eles
Eu enjoei de muita coisa
Por conta do grande retorno, claro
Eu tinha medo dele voltar e mudar meu pensamento
Mas ele não mudou, apenas achou
Ah, o ser humano é curioso
Amamos falar que os outros erraram
Talvez até devessem mudar
Mas a gente não percebe o nosso erro
E aí, quem nasceu primeiro?
- Oliveira RRC
Doce café frio
Acordei, infelizmente
Vou me arrumar, expediente me aguarda
Já orei, e pedi proteção a meu anjo da guarda
Logo cedo, sinto que todos me encaram
Trabalho... e mais um dia eu foquei no sorriso de todos
Esqueci do meu, como sempre
Pois eu nunca me priorizo
Sou insuficiente o bastante para isso
E eu deixo você considerar isso mais um clichê
Um adolescente querendo escrever por 'aê'
Até porque, todos nós somos clichês
Você sabe disso
A noite chega
Tomo mais um gole de café
Já frio
Porém, ainda doce
Eu convivo com pessoas que vivem me elogiando
Como se eu fosse incrível
Falam que me querem, e para sempre
Mas como sempre, me trocam por um rostinho bonito
Mentira
Coisa que como todos, odeio
Mas cismam em mentir
E minha vida acaba como uma velha roupa colorida, pois
O ciclo está para retornar
Leio mensagens de quem diz me amar
Mesmo desconfiado
Acabo sendo recíproco, ele retornou, o ciclo.
- Oliveira RRC
A tua insônia é a minha,
que a ânsia não passe
como o cometa neowise
pela América Latina.
Da tua idéia na cabeça
não faço a mínima,
só sei que de você
em noite de Lua ou não,
eu tenho feito questão.
A tua indecência é a minha,
que ela não passe
como um incenso aceso,
se for preciso reacendo.
Dos teus suspenses
com todos eles teço
as mil tramas de um
tapete no deserto,
porque engenho eu tenho.
A tua perdição é a minha,
te aguardo além do tempo,
no afã de espaços tremendos
e dos teus secretos terrenos.
Esta tua fantasia é a minha,
embarquei nessa viagem
pela loucura brindada,
talvez ser a paixão que passa
ou para ser a tua amada.
Saber que me tens por tua
e o teu desejo é o meu,
há algo muito além de Marte
orbitando ao redor da Lua.
Veio a tempestade e as tuas
palavras me tocaram
como serenata no balcão
e mexeram com a emoção.
Saber que me quer sempre
mesmo trabalhando muito,
quem sabe um dia o nosso
encontro de fato acontece.
Ouvir tua voz, as fotos ver
e rever, e reler que me quer:
é o quê tem me mantido
sempre com alta temperatura.
Passou a terrível tempestade
e o diálogo de hoje a tarde
virou mais um poema,
e entre nós já é primavera.
Louca pelos lábios
mais lindos que
ainda deles ainda
não pude uvas furtar
e não paro de louvar,
(Todo o dia é um
novo dia que
estou a te beijar).
Uma constelação
inteira de desejos
nos meus quadris
que estão só
por ti a esperar,
(Todo o dia é um
novo dia que
estou a te cobiçar).
Você me disse
que faço o teu
coração bater
forte e veloz,
e fez o meu disparar,
(Forte vai ser
quando o teu
coração eu escutar).
Veloz será quando
o meu coração
estiver unido ao teu,
(E eu puder com
as minhas amáveis
mãos nele tocar).
Incrível será porque
a tua alma conhece
a minha e não
paramos de sonhar,
(Quando você chegar
nós dois sabemos
que iremos namorar).
Porque quando
você chegar será
como quem vê
na vida pela primeira
vez uma noite de luar,
(Não haverá nenhum
obstáculo e ninguém
há de nos segurar).
SILHUETAS DAS MARÉS
Poderia comparar uma simples silhueta de uma onda a uma estrofe?
Uma composição de versos que se inicia a cada ciclo de onda,
Com intensidade diferente que se harmonizam no ciclo final.
A poesia é formada utilizando nossa marés internas, que se formam nas nossas mentes.
Que muitas das vezes são expressadas na escrita ou até mesmo em canções.
Elas vêm e vão da mesma forma que uma onda é formada.
Elas vêm e vão!
Tô gostando de ocê menina
Tô gostando de olhar pro cê
E ver que será só minha
Ô menina, tô gostando de ocê
O que é essa vida?
Que esperou esse tempo todo pra unir nossas vidas?
Logo eu que não acreditava em destino
Acabei caindo nessa magia
Ô menina, vem cá
Me ensinando a dançar
Eu vou até me inspirar
E nesse verso
Eu escrevo lembrando do seu olhar
Óia só ocê
Parece que veio pra encantar
E se aprochegue pra cá
Pois se veio, que venha pra ficar.
- Taniel Macedo
O amor quando se revela
Nutre o amado de sutilezas.
Ele não invade,
Não se porta descortês.
O amor quando se aninha,
aquece o coração do amado
de silêncios doces,
pausas longas e breves,
como em uma sinfonia.
O amor quando brota,
ainda que tenro,
anuncia a florescência
da árvore futura.
O amor se presta à esperas...
Se há distâncias ele vela ,
Qual lâmpada à cabeceira.
Se apronta demoradamente,
no tecer das horas...
e suas falas são murmúrios
de preces não ditas.
O amor quando se revela,
ao mesmo tempo se esconde,
a guardar em si mesmo,
o tesouro encontrado.
Se há riquezas,
estas não serão maiores
que o amado.
Se ha impérios
Serão deixados,
Posto que...
As honras, os festins e
a glória vã...
Nada de tudo o que brilha
no reino das ilusões...
É mais forte que o Amor,
Quando ele se revela...
O glamour para onde vai?
Sendo apenas uma nuvem
a esconder o sol,
Depressa se desfaz ,
Com os ventos da verdade.
Quem sonha galgar os
Degraus da evolução ,
Deve abandonar o glamour ,
Abraçar o trabalho
da escultura inacabada.
Nas horas obscuras ,
Curvado sobre si mesmo,
Incansável, aparar arestas,
Polir a pedra bruta,
Forjando a joia rara:
O Espírito Imortal!
Eni Gonçalves
A poesia da vida
é uma longa conversa
entre Deus e as criaturas...
Os bichos falam,
o vento canta, uiva ou chora
as melodias do amor...
A natureza toda é um poema!
Cada pétala, um verso...
Cada flor uma canção...
Se em silêncio a gente fica,
pode escutar a sinfonia,
nas pausas de cada dia...
brotando do coração.
O REFLEXO DA ESTAÇÃO
Enquanto cai a chuva de outono lá fora eu ouço, e seu som traz musicas repetitivas e lembro-me de cada momento poético que me inspirou na vida.
Então eu olho na janela do meu quarto e lá está o meu reflexo.
Como sempre em todos aqueles momento de outrora,
tanto o quanto agora...caindo e escorrendo sobre a vidraça.
Então eu me pergunto; "Seria de fato, todos os meus melhores momentos terem sido assim? ... desde a infância, até agora?"
Então eu abandono o interior do meu quarto e deixo que as lagrimas caiam sorridentes la fora.
Na esperança de que as lagrimas do céu tomem o seu lugar e tragam por fim uma outra poesia para o meu coração, agora.
No reflexo da estação. :'(
Eu e você
Tão diferentes e confusos
Que resolveram trilhar
Em sentidos opostos
Para se encontrarem pelo acaso..
Se eclodiram e se transformaram
Querendo ou não
É efeito da colisão
Que é capaz de mudar o mais profundo lugar
Com um simples brilho de amor.
Quando suas luzes se fundem
Tudo se transforma em graça.
Queria que soubesse
Que tudo vai amenizar
Entender não é fácil
Tentar compreender o difícil
É doloroso, saudoso do fácil
E Calamitoso
Uma tempestade fora de época
Inesperada, nos atinge
Nosso abrigo são as pessoas
Pessoas que tem o dom de amar
Que preferem segurar na sua mão
Mesmo tendo outras opções
Ausência de corpo presente
Indiferentes, dançavam a pavana,
Enquanto o tempo dócil se evadia,
Sufocados na fumaça de havana,
Na corrente que a vida esvazia.
O grupo, que a angústia despistava,
Exangue e desprovido de ideal,
De Moscou, Pequim ou Bratislava,
Vivia o seu próprio funeral.
No quarto de estátuas, salpicado
De tédio agudo, expressão final,
Estavam lá, sem nunca ter estado,
Reféns de uma coluna social.
O denso vazio da conversa
Estampa o ócio na fisionomia.
A sarabanda que atrai, perversa,
Nos cérebros sem uso, a apatia.
Esperanças, na entrada abandonadas,
Procuram a lembrança passageira
Das ilusões sempre acalentadas
No vácuo da mente hospedeira.
Ganhar batalhas sem ganhar a guerra,
Tragados por insossa calmaria.
E descobrir que entre o céu e a terra,
Há mais que uma vã filosofia.
Não há revolta nem ressentimento,
Nessa desordem quase vegetal,
Mutismo sela o arrependimento
No leito de Procusto sideral.
A densa bruma altera o semblante.
Escravo é da verdade o corifeu.
A voz do coro congela o instante:
Baldada a morte pra quem não nasceu.
Prisões cósmicas são o cruel destino
De ilusões no limbo da razão
Fica a procura: mero desatino.
Da finitude, singular refrão.
Resume-se, ó mundo putrefato
Do anódino, do vil, do rotineiro,
Na ignorância deste simples fato:
Entrega vale, se for por inteiro.
Viver é aprender
A vida é uma escola
e os melhores tiram 10.
A dor, os dias difíceis... tudo que envolve percalços ou
degraus altos e difíceis de serem alcançados
são os melhores professores.
Aqui, você escolhe o caminho.
Quanto mais assustadora e pesada estiver sendo a luta
mais próximo estará da vitória.
Não se desanime com as aulas chatas da vida,
chore ao deitar, mas acorde revigorado.
A vida nos testa diariamente. Fique atento
aos sinais que ela dar.
Seja paciente e se dedique. Dedique-se, você chegará lá.
Acredite em você sempre!
Equilíbrio
Nem tudo se diz e nem se cala para tudo.
Nem tudo precisa ser levado ao extremo.
Nem tudo deve ser lento demais.
Nem tudo deve ser esquecido.
Nem tudo precisa ser lembrado.
A mentira não é cem por cento ruim, nem cem por cento boa.
A verdade nem sempre é verdade e as certezas também são incertas.
Sentimentos não duram para sempre. Magoas podem ser curadas e os amores esquecidos.
Nem todos precisam ser fortes, afinal, as muralhas também desabam.
Nem todos precisam ser frágeis, as rosas mais delicadas também possuem espinhos.
Nem tudo precisa ser limpo demais, as sujeiras também são importantes.
Nem tudo precisa ser exposto. Nem tudo precisa ficar escondido para sempre.
O grande desafio é encontrar o estado de controle das nossas dores, dos nossos medos e enfrentar os desafios olhando para frente. O equilíbrio vem de uma dose de oportunidade que todos nós recebemos do céu. Deus nos presenteia diariamente com oportunidades para sermos melhores e tudo depende das lições que tiramos da vida.
Sem amarras
A palavra dita na hora errada muda muito.
Eu sempre fui assim, tive medo de falar para não perder e mesmo assim perdi.
Da vida não temos nada, nem mesmo a vida que chamamos de nossa é propriedade privada.
Um dia desses, a vida que pensávamos que tínhamos também irá embora.