Texto de Tristeza
Era uma manhã linda de inverno, pela janela, se via o sol que estava radiante em meio as folhas, entre os galhos daquele velho salgueiro, a medida como o vento batia em seus galhos, os raios de sol atravessavam pelas frestas e batiam em seu rosto. Refletiam a luz do sol em seus lindos cabelos cor de fogo, os olhos castanhos escuros que ao bater o sol ficava cor de mel e aquela boca que tinha um desenho único e era tão delicado. Quando ela caminhava pela rua procurando capturar em suas lentes todas as belezas e os detalhes que o olho humano nunca poderia ser capaz de enxergar, era mágico!
Tanta perfeição no imperfeito. Como pode alguém ser assim? Despertar o melhor que tenho dentro de mim, aonde havia dor, solidão e tristeza. Hoje habita somente o amor e esperança. Fico na dúvida se conto ou não o quanto te admiro e o quanto te quero por perto.
Simplesmente por medo da rejeição, medo de não ser bom o suficiente para você. E nessas incertezas que vou ficando, o tempo vai passando e você continua tão bela, quanto a primavera, menina que traz consigo mesmo um brilho no olhar, uma calmaria ao falar com um sorriso que te faz amar, enfim um amor que ela compartilha por onde passar.
Te admirando em segredo, me pego a imaginar e idealizar: “O seu corpo tão pálido e lindo, suas sardas e pintas pelo corpo que fazem uma sincronia tão bela, seu cabelo cor de fogo que fascina a todos quando bate o sol e aquele olhar que me cativa e me inspira a querer ser o melhor para você.”
Há menina o que eu não daria para poder ter falado o que eu sentia por ti? O que eu não daria para voltar no tempo e tentar te impedir de atravessar aquela avenida? Eu poderia ter simplesmente pulado na sua frente, mas não daria tempo, já era tarde demais, infelizmente.
E hoje o que me resta são memórias, as mais lindas possíveis, aquele velho filme de suas fotografias tiradas momentos antes do seu acidente. E agora me pego com esse vazio novamente. Olhar pela varanda e ver apenas uma casa de madeira caindo aos pedaços, ver o velho salgueiro lutando para viver, folhas caídas pelo chão, uma paisagem de outono triste e vazia. Isso me destrói por dentro, quem me dera ao menos uma vez poder ter tido o prazer de passar um dia ao seu lado.
Sufoco
Em meio a tanta coisa nova, tantos pedares e tanta alegria, existe um espaço que nada preenche, esse sentimento de dor, tristeza e angústia. Algo que faz vc se sentir dispensavel, não parece que lhe dão amor, não parece que lhe dão valor.
Sufoco é a palavra, vontade de sair daquele momento. Momento de dor e de desespero, o de vc quer apenas se esgueirar e não quer mais incomodar ninguém, mas quem decide se está sendo incomodado, quem decide se está lhe dando amor, quem decide até onde vai sua vida, tudo isso é decidido por momentos. Há momentos que as pessoas te amam, há momentos que elas ainda lhe amam, mas não acham válidos demonstrar. Há momentos em que as pessoas gostam de sua presença, mas há momentos que elas não percebem mostrar o inverso. Há momentos que sua vida é uma alegria imensa que transborda no seu sorriso, mas há momentos que mesmo alegre algo apertada tanto seu coração e esse algo vc não sabe o q realmente é e ele transborda em seus olhos.
Hoje busco apenasr libertar desse sufoco. Sufoco o qual, não tem origem, não tem vazão, não tem porque. Ou tem?
Não quero ser mais um, um aluno, um robô, minha corda está pendurada, minha arma está carregada, minha faca está apontada, para mim, estou desapontado comigo, e a escola não quer ensinar, sim avaliar, somente querem resultados, não aguento mais ser cobrado, eles me sufocam daqui e de lá, eu quero apenas descansar, será que é para a morte que tenho que apelar?
Falsa miragem, falsa alegria, alegria que instantânea, feito pelos outros, não por mim, preciso respirar, enxergar, este mar escuro está a me sufocar, não quero mas também quero me afogar, mano... o que penso não faço, o que faço não importa, eles não vêem seu esforço, mas quando verem seu pescoço marcado, vão se perguntar o que fizeram de errado? Rimando ou não, isso só é um desabafo.
No escuro do quarto
Me deito, me perco, me acho
Penso do "porquê de eu estar aqui?"
Nadando sozinho, perdido comigo
Eu estou aqui
Mas não consigo me ouvir
Não estou mais
Não me encontro dentro de mim mesmo
Minha boca soldada por orgulho
Minha Vontade afunda num só mergulho
Tento nadar contra a correnteza
O que vai me trazendo mais incerteza
Com ela vem a tristeza
Cobrindo toda beleza
Quando tento ver a natureza
Tudo se perde na pureza
Em um momento de descuido
Estou pronto para dar a minha alma
Não penso duas vezes
Atiro em minha cabeça as dores da vida
Algum dia irei me encontrar?
Até quando vou perguntar?
Tomare que não à de demorar
Já que tudo pode acabar.
Quem sou eu?
Em um poço de incerteza
Não vejo clareza
Em revelar quem eu sou
Ninguém me conhece
Nem eu mesmo me atrevo
Pois da porcentagem que sei
Parece suficiente para esse mundo
Descobrir quem sou é difícil
Quando acho que estou bem
Tudo muda derrepente
A uma luta
Entre a razão e a emoção
As vezes a morte é a melhor opção
A perda
Que dor e essa;
Que vem de dentro; Começa e não sessa; Vivo muito sedento;
Estamos sozinhos;
Sem ninguém pra nós ajudar; Saímos de fininho;
Pra ninguém escuta;
A noite calma;
Tristeza no ar;
De quem perdeu a alma; Por tanto te amar;
Tanta dor;
Muita decepção; Sinto o odor;
Da putrefação;
Minha alma chora; Pelo fim da solidão; Que aumenta a dor; Dentro do coração;
Coração machucado; Coração doente; Onde foi pisado;
E está carente;
Triste para mim;
Dizer que este é o fim; Que meu caminho; Agora é viver sozinho...
►Devore-me, Tempo
Tempo, eu não te odeio
Também não tenho receios
Sei o quão brutal você consegue ser
Também sei como é difícil te entender
Mas, acho que eu estava precisando de você
Estava precisando me reinventar, amadurecer.
Tempo, se me ceder um pouco mais,
Acho que as tristezas ficarão para trás
E eu conseguirei ficar em paz
Mas sei que irá me ajudar,
Nesta minha recente jornada ao mar.
Tudo o que escrevi nas nuvens, desapareceu
Aquela serenata que escrevi, morreu
O meu coração, tempo, se aborreceu comigo
Estamos sem nos falar, sem palpitar
Estou indo de lábios a lábios sem me importar
Sem dizer amor, sem sentir calor, sem valor
Estou afogando minhas desilusões debaixo do cobertor
Sem me importar com quem estou.
O vazio, tempo, o vazio
Ele está, dia após dia, acabando comigo
Não estou conseguindo destruí-lo
Se tornou um detestável inquilino
E ele está me persuadindo,
A enxergar o amor como um inimigo.
Tempo, ultimamente eu tenho refletido
Pensado um pouco mais sobre o que sinto
Pensado sobre a maneira que vivo
Passei por uma crise mental e social
Mas, agora estou melhor, retornei ao normal
Porém, tempo, às vezes tenho pensamentos repetidos
Aqueles que me deixam depressivo
Não sei se conseguirei silenciá-los permanentemente
Temo que ressuscitarei eles a qualquer momento.
Meus textos decaíram, tempo
No começo eu escrevia em passatempo
Agora mal passo perto do caderno
O que aconteceu comigo, tempo?
Quero que você passe, para me curar
Quero que você passe, para me ajudar
A sarar este meu coração, que grita de dor
Quero que seja meu amigo, que me ajude a deixar o amor
O amor que doei e não recebi
O amor que lutei e me iludi.
Pois então, tempo, apenas passe
Sei que de qualquer jeito irá, será saudável
Apenas... passe, me dilacere
Maltrate.
Saudades do Rio pulsando em meu coração
Melodias de samba da mais linda tradição
Já não se sai mais nenhum som das duras cordas do violão
Vou pedir para o criador devolver minha paixão
Meu amor, não me dê mais lamento
Não me abandones mais
Fique no meu pensamento
Devolva-me seu ar
Preciso continuar a viver
Preciso respirar
Me devolva a alegria carioca..
Frio Minnesoteano
Vagando pelas estreitas ruas de Minnesota
A neve cobrindo os nossos sapatos
Os flocos se desmanchando ao caírem no seu nariz rosado
Suas mãos congeladas agarradas ao meu casaco
Meu olhar deslizando pelos seus cabelos castanhos ondulados
Querendo ir de encontro aos seus olhos encantados
Enfeitiçados, extasiados
Nesta bela noite estrelada por anjos alados
Do jardim...
Se por acaso encontrar
Aquela crosta manchada e congelada
Que parece um estufim
Não a destrua, meu amor
Ela nos impede de alcançar o fim
Apenas deixe a pequena e fria redoma
E retorne para nossa querida e linda
Minnesota.
Amor Melancólico
Tão somente amamos a nós mesmos,queremos amar a outra pessoa, assim é o amor e a maldição da paixão.
Não basta amarmos alguém com todas as nossas forças, a vida não corrobora com esse detalhe, temos de sofrer a cada instante.
Se deixamos de estar apaixonados por alguém, e realmente se prova o amor, aí sim temos o verdadeiro sofrer.
Amor Amigo
Quando amamos a alguém próximo, sofremos de proximidade, não um sofrimento qualquer, uma angustia e um nó na garganta, faltam palavras para tal descrição, amar uma pessoa já se torna uma missão difícil, pois o ato de amar a si próprio já não é uma tarefa simples.
Amar alguém que temos uma profunda amizade, uma pessoa que seguidamente encontramos, torna-se um via de duas rotas, ou perfeito, quando é reciproco tamanho sentimento, ou tortuoso, quando se ama sem ser correspondido, tal cura é impossível.
Meu novo sol
A noite é triste e longa,
mas em mim a certeza, que amanhã
um novo sol vai raiar;
tenho me sentido tão sozinho
e penso em gritar mas não tenho voz,
eu queria te encontrar
mas há uma barreira entre nós.
e me sinto perdido ...
entre lagrimas e devaneios
e eu esperava a alva cair,
mas o meu novo sol já veio.
e o dia vai ser melhor
e a dor e a tristeza terá fim
pois um novo sol brilhará
a cada manhã sobre mim.
O milagre da manhã
a noite passou, e eu nem percebi...
nem vi o sol se por , e nem senti o vento do dia...
não estou perdido, mas muitas coisas eu perdi,
sinto a dor, faz tempo que nem sei o que é alegria...
a vida se passando diante dos meus olhos,
olho em volta e não acho graça e nem beleza...
o jardim sem flores...
no coração tristeza;
não esqueço o triste passado,
parece que nada muda;
navegando em um mar de incertezas,
nenhuma mão se estende,
nenhuma ajuda.
e os dias vão se passando...
a noite eu passo não sei se em claro ou sonhando...
minha vida é um vapor,
um fino grão de areia...
uma nuvem vã....
mas nesta noite
ainda acredito
e o sol brilhará
e eu vou esperar
o milagre da manhã.
Tudo que eu vejo é escuridão,
Não me julgue
Meu olho está avermelhado
Não é por minha culpa,
A cada corredor o desespero cresce
Caída no chão do banheiro, eu penso se um dia eu poderia ser feliz
Será que um dia encontrarei a luz
Estou cega ou talvez só não quero enxergar
Que eu nasci pra ficar só
E se as lágrimas, não pararem de descer
Eu posso gritar
Sei que ninguém vai ouvir,
Não quero alguém pra me salvar
Quero que fique comigo nesse caos
Dance comigo, através dessa música triste
Tudo não passou de um sonho
Ou talvez um pesadelo
Você não estava mais lá, mas eu conseguir ouvir pessoas perguntando se eu estava bem
Eu estava bem?
Eu não sei, mas o coração batia cada vez mais e mais forte
Dance comigo por favor, mais uma vez
Até tudo isso parar
"Lembrete ..."
Não deveria ser a saudade o motivo de coisa nenhuma, porque sabemos que é uma desmazelada. Só se sabe lembrar de coisas que já passaram. Ela é casada com o passado que se não for bem lidado, só vem trazer problemas ao presente. Com estes dois é preciso ter muita conta. Eu gosto muito mais do presente, pois a saudade nem sequer tem voto na matéria .... saudades que fiquem agarradinhas ao passado que é bem melhor. Talvez você não saiba, mas a saudade e o passado tem uma filha - A nostalgia ! Outra pingonheira que devagarinho,devagarinho toma conta do coração e nunca se vai sem nos ter feito derramar uma lágrima ou duas ....e como não há uma sem duas chama a prima, a Tristeza e pronto, fica tudo virado ao contrário. Mantenha-se longe dessas fanfarronas - Tome um copinho, ponha uma musica mexidinha, e chame a Alegria que está mortinha pra dançar. Seja feliz com o que tem e não se desespere pelo que ainda não tem ...se for merecedor terá. Faça os seus sonhos serem cheios de cor e ponha neles também um pouco dos ensejos dos outros. Nunca deseje para si só ...deseje no colectivo, a alegria ficará muito maior quando o sonho saír certo.
Depois lembre-se que as coisas divididas tem muito mais sabor, são sempre as mais bonitas, são sempre as mais coloridas.
Se você mesmo depois disto tudo, ainda estiver sentindo saudades, fume um charro que isso passa !!
1. O problema é que bem antes de acontecer a primeira crise e você ir parar no hospital. Você tem estado sem dormir e sem comer direito você continua a sorrir mas não tem mais forças para continuar.
2. O problema é que que não ensinam inteligência emocional desde a pré escola , e é tão difícil pedir ajuda quando você vive o presente com o medo esmagador do futuro tão presente quanto a sua realidade isso é viver com ansiedade
3. O problema é que a gente não sabe que tá tudo bem parar às vezes, tá tudo bem desistir , às vezes . poxa ter andado até aqui não foi em vão, você pode voltar atrás também .
4. A única coisa que você não deve esquecer, é o quanto você vale à pena, e que nada mais Vale tanto à ponto de desistir de você.
5. Casa , carro , emprego ,relacionamento,nada é tão importante para que a vida não lhe valha a pena .
6. A crise vem quando o corpo fala não dá mais para mim e pede ajuda acima da sua voz . Seu corpo, não está morrendo , embora pareça seu coração, não vestá falhando, embora a dor só cresça
7. Isso é o seu corpo pedindo ajuda
Isso é o seu corpo virando a mesa
Isso é o seu corpo corpo gritando já chega
Tentando se fazer ouvir
Acima das vozes na sua cabeça .
@Sobreapam -pam Pacheco
O psicológico de um louco é sempre algo questionável
Por muitos, até mesmo desconsideravel
O louco não ama, não sofre, não sente
É só mais um em meio a tanta gente
É deixado de lado, descartável, tratado como trapo
Sem ter a chance de ser amado
Sofre quieto, em silêncio, suas dores e lamentos
Internalizando em si apenas frases e momentos
Pro louco o tempo é tortura
Não existe ternura, nem cura
O passado agride, o presente conforta
E o futuro corrói
A única certeza é a de que a solidão virá cada vez mais feroz
Uma vez me disseram que amor é convivência, que só amamos quem está presente, sempre ao nosso lado.
Acredito que esse "amor" aos poucos se transforma, quando vamos deixando de ser aquela criança inocente que ama à tudo e à todos e nos tornamos pessoas sábias que sabe distinguir o que faz ou não bem para nós.
Aos poucos percebemos que amamos muito mais quem está longe, do que quem dorme todos os dias no mesmo recinto que o nosso.
À distância tudo é belo, todos são perfeitos, mas é só porque não convivemos diariamente e não somos decepcionados com frequência.
Chorar
Não me pergunte as razões, mas preciso chorar. Isso não é coisa de um coração magoado ou dor de algum amor inacabado. Não, não é! É explosão dos guardados. Excesso de opção. É pó acumulado onde não deveria mais estar. Preciso chorar, isso é fato! Desenterrar algumas verdades. Semear alguma metáfora sobre ser gente sensível e repetir com as infalíveis lágrimas a limpeza da alma. Preciso chorar com a mesma força com que os colibris sugam as flores. Desmanchar todos os precipícios e aumentar a possibilidade de envelhecer por entre os olhos. Preciso chorar nem que seja um choro de paz, dando dicas de que ou virá primavera por aí, ou o outono aumentará sua força derrubando as folhas que ainda sobraram de minha sombra. Preciso chorar sem fazer nenhum barulho. Sem discurso explicativo e improvisado. Preciso desse mau costume. Milhares de vezes, preciso chorar. Ser silêncio engasgado. Palavra não dita. Seria até muito árduo explicar e eu não convenceria a humanidade, mas se consola saber, preciso chorar para aliviar, corrigir, respirar. Sem nenhum pesadelo que me inocente do ato, sem arrumar desculpas e sem sofrer de dúvidas; preciso chorar. Recolher as histórias indecentes, os pensamentos impróprios, a preguiça social e continuar com o incerto com a coragem apenas para chorar. Chorar uma inundação e nem sequer ficar marcas do vendaval. Nos próximos dias, sem muitas reações, sem abandono da vida, preciso chorar. Mastigar as lágrimas e soprar para o vento os últimos respingos. Esperar o choro tal como se espera uma ressaca de um porre e sobreviver sem nenhum efeito colateral. Feita terra fértil, preciso verter o choro e deixa-lo se desfazer devagar. Sem essa de pressa, preciso chorar lentamente. Devastar as flores mortas. Preciso chorar e ficar cinza. Me apossar dessa perturbável vontade que hoje é um luxo até que a missão do choro esteja cumprida e definitivamente traga uma satisfação intima.
Desde já, eu me autorizo a chorar.
Luciana Trintin
A ceia
A mesa está pronta!
Ódio, rancor e muito sangue.
O preparo para a comemoração foi lenta.
Passou se quase um ano.
Na mesa o reflexo de uma pessoa gélida e pálida, não há mais coração.
Ela olha a mesa posta, admira com frieza , o jantar está na mesa, não há convidados nessa noite tão sombria.
Suas receitas ninguém provaria.
Na taça o mais puro fel, cultivado nas montanhas das angústias, colhido nas noites sem céu.
A sua direita uma travessa, uma sopa de lamentos, uma entrada delicada que pede acompanhamento.
Pães feito com puro ódio, com a força do horror.
O prato principal, ela não esquecerá o sabor.
Servido em travessa elegante, grande pedaço de desamor, temperado com lágrimas e até com rancor.
Está frio, e sem sabor, mas ela provou.
De sobremesa um sorvete de coração pisoteado e triturado com calda solidão.
Na sua mente ela repassa todas as receitas que usou.
Percebe que de tudo nada mais tem sabor.
Ela olha para o lado e percebe que nada mais ficou.
E nessa grande ceia ela planejou, gostaria de receber um convidado.
No meio do tempero ela veneno usou.
Mas como não tinha convidados ela mesma o provou.
Um dia houve convidado, porém ele nunca mais voltou.
O veneno usado matou todo seu amor.
Nada mais de ceia, nada de amor
Nada de felicidade, ela nunca mais superou.
E num suspiro o jantar se findou.
Renata Batista
26/12/19