Texto das Borboletas
Panapaná
Essas borboletas têm mania
de carregar o verão nas asas.
Se vestem de vento e claridade,
vão aonde a cor inventa o ar.
Gosto delas porque sabem
se miudarem no céu — só ou em bando —
como se o céu fosse coisa de brincar.
Coleciono-as em álbuns soltos.
Ali, no meio do sol,
são mais tintas que matéria,
mais riso do que bicho:
elas são coisa e não são.
Dizem que vivem pouco
— mas pouco pra quê?
Pousam na eternidade das manhãs,
ficam suspensas no que não dura,
deixando rastros de voo
que só o invisível sabe ver.
E eu as celebro com meu olhar ralo,
que aprende, com elas,
a gastar a vida
no que não sobra.
De como me inventei
Passei meus dias em meio às coisas miúdas.
Aprendi com as borboletas a carregar nas costas o mundo,
e com os pingos da chuva, a fazer serenata no chão.
A torneira aberta dos céus
jorrava horas inteiras de poesia,
e eu, menino sem bicicleta,
inventava que as palavras tinham rodas.
Brincava de crescer pelos olhos,
onde cabia o universo e um pé de grama.
Ensinava o absurdo a se acomodar no meu quintal:
uma pedra virava amiga,
uma nuvem, brincadeira de adivinhar.
Enaltecer os ordinários era meu jeito
de me desconhecer um pouco por dia.
As frustrações, eu punha no varal.
Torcia minhas tristezas até o último soluço
e pedia ao sol que secasse tudo antes da próxima chuva.
Porque a chuva sempre volta,
mas as tristezas, se bem secas, viram outra coisa:
lençol para embalar sonhos
ou sombra fresca para esquecer o calor.
Assim fui me criando,
com as faltas vestidas de beleza
e com os vazios repletos de poesia.
Nunca esperei o fim chegar,
porque quem vive de esperar
não interage com o presente,
nem cresce pelos olhos.
Escolhi viver assim:
de mãos dadas com o invisível,
sendo mais do que sou.
Ou sendo menos.
Afinal, quem precisa de muito
quando tem o céu inteiro dentro de si?
"E ele será amado. Nem sempre são arco-íris e borboletas; é um acordo que nos ajuda a continuar, sim. Meu coração está cheio e minha porta está sempre aberta. Você pode vir a qualquer hora que você quiser, sim."
A vida de um jovem é marcada por desafios emocionais que, muitas vezes, parecem intransponíveis. As tempestades internas, as dúvidas que atormentam e as inseguranças que ecoam incessantemente. Mas em meio a tudo isso, existe a presença constante e reconfortante daquele que é amado. Ele é o farol em meio à escuridão, a promessa de um amanhã melhor.
O amor entre esses dois é uma dança delicada, onde ambos se esforçam para compreender e apoiar um ao outro. Não é sempre fácil, e os desentendimentos são inevitáveis, mas a vontade de estar juntos supera qualquer adversidade. Há uma alegria contagiante em suas interações, um prazer genuíno em simplesmente estarem na presença um do outro. Eles se divertem juntos, riem das pequenas coisas e encontram conforto nas grandes.
Este relacionamento é uma sinfonia de igualdade e cumplicidade. Ambos se completam de maneiras que são difíceis de explicar, mas fáceis de sentir. A parceria é construída sobre pilares de respeito mútuo e desejo compartilhado de crescimento conjunto. Cada sorriso trocado, cada gesto de carinho, fortalece o laço que os une.
Mesmo nas horas de rejeição e dificuldade, o amor verdadeiro se revela paciente e persistente. É um amor que não se abala com facilidade, mas que se fortalece com cada obstáculo superado. E ele será amado, não apenas nos momentos de sol, mas também nas noites tempestuosas. Porque o amor verdadeiro é assim: um compromisso inabalável de estar ao lado do outro, oferecendo apoio e compreensão incondicionais.
Toda a beleza e o sorriso dele serão observados com atenção por um amante dedicado, que está disposto a enfrentar qualquer adversidade para estar com ele. Este amor é uma força que inspira, um sentimento que transcende o ordinário e que, em sua essência, é um testemunho do que significa realmente se importar com alguém.
E assim, eles seguirão juntos, enfrentando o mundo de mãos dadas, com a certeza de que, apesar de tudo, o amor sempre prevalecerá.
Admirador de borboletas
Eu sou um eterno admirador de borboletas;
da expressividade das suas cores
e da leveza dos seus movimentos.
Eu me encanto de como elas pousam
e decolam livremente.
Eu reconheço a fragilidade,
mas invejo o destemor das pétalas que voam.
Neste mundo globalizado,
se uma delas bater suas asas com força lá no norte,
eu sou capaz de sentir uma brisa fria aqui no sul.
Eu ainda olho pra uma borboleta específica,
e penso, admirado,
como um trem desses é capaz de voar.
Para sempre
Prefiro o tempo dos poetas
O seu tempo é lento
Se cinzento põe asas de borboletas
Pra ao vento espalhar sentimento
Em qualquer tempo, qualquer seresta
És profeta do pensamento
Mago das palavras naquela ou nesta
Bordando dores, amores, intentos
E não contento: chora, ri, implora
No mesmo devaneio, na mesma fé
Está sempre chegando e indo embora
Mas seu tempo é para sempre...
Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano
Tem gente que vive correndo atrás de borboletas,
Borboletas nascem para observarmos o dificultoso processo de transformação,
Percebe a máxima?
Ser algo e aos poucos transformar-se na evolução.
Elas as borboletas não indagam de sua dor ou alegria, apenas entram em processo de renascimento e ser tão somente um contribuinte pra beleza do planeta.
Aprenda a ser borboleta e renasça sempre...
Acordei cedo para ver as borboletas!
Era época de suas metamorfoses...
E contemplando as flores, lá estavam seus casulos... Uma espécie de charuto e, pensei, o quanto de sacrifício se deu, pra estar alí.
...e entendi que a vida é um refazer-se constante. Um doar, sem requerer, incansavelmente pra concluirmos nossas metamorfoses.
Acredite somos superadores do que chamam de obstáculos.
Vou ali e volto já,
Vou caçar sonhos
Borboletas,
Vê a lua
Dançar no mar.
Vou ali, e volto já
Vou pegar estrelas,
Agarrar o vento.
Vou te amar no verde
Saciar desejos
Vou te chamar
Para beijar meu corpo
Tocar minha boca,
Vou ali, e volto já
Vou fazer amor contigo
Na chuva,
No verde,
No ar.
Vou ali, e volto já
Vou te deitar na rede
Te balançar,
Vou te devorar com os olhos
Matar minha sede,
Vou ali, e volto já.
Vida verde.
Quero ver no meu jardim em flores,
borboletas com sua cores,
numa manhã de primavera,
a despertar amores.
Vê a mente a viajar,
num passeio ao passado,
sem sair deste lugar,
sem perder seu floreado.
Hó! vida verde em formosura,
um instante em seu regaço,
em um lacônico segundo,
esqueci minhas agruras.
Autor: Cícero Marcos
Borboletas no Jardim da Vida
Por Diane Leite
Aos 18, ao me tornar mãe, imaginava como seria aos 40. Pensava se estaria velha, se teria conquistado meus sonhos. Hoje, percebo-me como uma fusão de dois mundos: uma parte serena e outra que renasceu das cinzas, sonhando e lutando.
Aprendi que a vida é feita de escolhas. Durante anos, priorizei os outros, mas descobri que o amor mais puro vem da reciprocidade. Sei dizer "não" sem culpa, pois respeito a energia que ofereço. Cada amor moldou minha alma, mas a mulher que sou hoje sabe o que merece.
Mereço o melhor, pois plantei com amor e colhi com resiliência. Acredito na prosperidade divina. Deus testa, mas também honra. Fé é seguir de pé mesmo quando o mundo desaba.
Hoje, meu jardim é minha maior obra. Nele, plantei sonhos, nutrição e amor-próprio. Com mãos sujas de terra e coração cheio de esperança, reguei cada semente. Agora, posso admirar as borboletas ou escolher uma para ficar.
O futuro é incerto, mas não me assusta. Enquanto plantar e regar com amor, terei sempre o jardim mais lindo para admirar e me orgulhar. No fim, a maior beleza está na jornada – nas mãos cheias de terra e no coração cheio de vida.
Sigo plena, grata e em paz.
Texto pensador Diane Leite
Autoria: Diane Leite
Borboletas no Jardim da Vida
Por Diane Leite
Quando eu era muito jovem, olhava para o futuro com olhos curiosos e cheios de expectativas. Aos 18 anos, ao me tornar mãe, comecei a imaginar como seria chegar aos 40. Pensava se estaria velha, se já seria avó, se teria conquistado meus sonhos. Lembro-me da avó do meu filho, que com apenas 33 anos se tornou avó. Ela era deslumbrante, uma mulher que desafiava o tempo, e eu a admirava profundamente. Pensava: "Será que serei assim um dia? Maravilhosa aos 40?".
Hoje, aos 40 anos, me percebo como uma mistura de dois mundos. Uma parte de mim gosta de dormir cedo, acordar ao nascer do sol, e encontrar nos primeiros raios de luz a serenidade para iniciar o dia. Outra parte, aquela que renasceu das cinzas, sonha, luta e busca mais. Redescobri minha força e meus desejos, não apenas como mulher, mas como uma centelha divina que entende seu propósito.
Aos 40, compreendi que a vida é feita de escolhas e prioridades. Passei anos colocando as necessidades de outros acima das minhas: amigos, namorados, familiares. Sempre dei o meu melhor, mas aprendi que o amor mais puro vem da reciprocidade. Hoje, eu sei dizer "não" sem culpa. Não porque eu ame menos, mas porque respeito a energia que ofereço a quem também me nutre.
Os relacionamentos que vivi foram capítulos essenciais do meu livro da vida. Cada amor me moldou de uma forma única. Com um, aprendi a me arrumar impecavelmente; com outro, entendi o valor da estabilidade financeira e emocional; e com aquele que talvez tenha sido o grande amor da minha vida, descobri a beleza do amor sem reservas. Esses homens, cada um ao seu modo, deixaram marcas em mim, e sou grata por isso. Não os vejo como ex-namorados, mas como professores da alma.
No entanto, a mulher que sou hoje sabe o que merece. Mereço o melhor porque plantei com amor e colhi com resiliência. Acredito na prosperidade divina, em um universo que nutre, não que castiga. Deus nos testa, mas também nos honra. Fé, para mim, é seguir de pé mesmo quando o mundo desaba ao redor. É amar mesmo na perda, é construir mesmo no vazio.
Aos 40, sei que sou multifacetada. Posso ser princesa, guerreira ou salvadora de príncipes. Posso escrever finais felizes ou reinventar histórias. Somos assim, mulheres: capazes de ser tudo, mas também dignas de cuidado e amor. Reconheço que minha jornada foi marcada por luzes e sombras, mas ambas me ensinaram a integrar meu ser.
E o jardim? Ah, esse jardim que cultivo hoje é minha maior obra-prima. Nele, plantei sementes de sonhos, nutrição e amor-próprio enquanto muitos estavam ocupados demais com a vida alheia. Com as mãos sujas de terra e o coração repleto de esperança, reguei cada semente com fé. Hoje, ao olhar para as borboletas que habitam meu jardim, posso escolher se quero admirá-las ou se desejo que uma delas permaneça.
O futuro? Ele é incerto, mas não me assusta. Sei que, enquanto plantar e regar com amor, terei sempre o jardim mais lindo para admirar e me orgulhar. E talvez, no fim das contas, a maior beleza esteja na jornada – nas mãos cheias de terra e no coração cheio de vida.
Assim sigo, plena, grata e em paz.
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Autoria: Diane Leite
Oh, moça!
O jardim te inveja...
Tem girassóis na alma
Tem borboletas no estômago
E no olhar uma calma
É bem mais que palavras...
Tem o olhar que confessa
Tem o sorriso que prende
E até em silêncio expressa
Já superou tantas coisas...
Banhou na própria tempestade
Dormiu triste, deserto
Acordou feliz, liberdade
O jardim te inveja...
Da coragem de seguir
Sabe que o silêncio faz crescer
Sabe que o tempo faz florir
Por favor moça?
Nunca pense em desistir
No caminho tem espinhos
Mas até o jardim espera você agir
#autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos direitos autorais reservados 29/09/2023
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Acorde...
O sol está raiando, as flores desabrocharam, as borboletas rodopiando no ar e os passarinhos estão anunciando o novo dia.
Se preencha com esperança, agradeça pela nova chance. É Deus surrando que a felicidade está ali, é só você perceber que é na simplicidade que as coisas acontecem.
"Lembre-se, um dia que começa com oração, termina com realização."
Abrace tudo que for benção, e o que não for, deixe que Deus se encarregue de te dar o livramento.
Coisas boas acontecem quando colocamos a fé, no primeiro passo!
Autora #Andrea_Domingues ©
Direitos autorais reservados 13/12/2018 14:00 hrs
Querido alguém
Borboletas são borboletas
Visitam feliz o jardim
Pessoas são sonhadoras
Vivem em busca de ser feliz
Sorria sem ser filmado
Dance junto ou sozinho
Feliz quem enxerga o detalhe
Que vive a vida devagarinho
Nem todo dia é bom
Mas todo dia bem-te-vi
Viver é deixar o coração
Florescer enquanto existir
Poema de autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 24/03/2021 às 22:00 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Canção do vento
Orquestra sinfônica
No canteiro uma dança
Nas flores bailarinas
Borboletas descansa
Tem de todas as cores
Entre azuis e amarelas
Qual a mais bela?
A menina sorriu...
E disse bem assim
No mistério do sem-fim
A paz está na borboleta
Quando senta suave na flor
Parece declarar seu amor
De repente num leve rodopiar
Some na leveza pelo ar
Não sei se a mesma borboleta
Volta a mesma flor visitar
Só sei que o que ela deixa
É o legado de amar
Não importa sua cor
Outra flor vai visitar
O mesmo vento
Que dança o jardim
Sopra a borboleta
Num lindo jasmim
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 14/04/2021 às 18:30 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Meus desejos
Desejo a você...
Cheiro de flor
Borboletas de toda cor
Bem-te-vi no telhado
E sorrisos escancarados
Conversa boa
Olhar ensolarado
Arco-íris no horizonte
E uma rede de descanso
Música dos anos 80
Noite de lua crescente
Uma bela companhia
E um relógio que pare
Para aproveitar o momento
Domingo em família
Fartura na mesa
Abraço de urso
E xô pra lá tristeza
Pôr-do-sol na praia
Taça de vinho na mesa
Petisco a qualquer hora
E uma amizade para vida inteira
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 16/05/2021 às 16:10 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Jardim
Há borboletas por toda parte
Dançantes que a alma invade
Acompanhadas de tal leveza
Que no momento certo;
levarão minha dor e minha saudade
Oh, borboleta bonita
Meus olhos em nenhum outro canto se viu, azul de anil
Não sei se é o céu ou uma flor viva
No bater das asas perfuma minha vida
Borboleta sabida
Visita a flor da pele
E voa tão linda
É de tanta coragem
Acreditou na lagarta
criou asas
E se libertou colorida
Na ida, na vida
Levou minha tristeza
Borboleta sorrindo
Voou e não foi mais vista
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 12/07/2021 às 09:00 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Quem sou eu?
Sou uma flor
Nascida entre as pedras
Chão quente
Mas não faltava borboletas
entre as pétalas
Fui aprendendo a conviver
Sendo a coragem e o sentimento
Só assim plena de tudo
Aceitei as esperas
Fiz o que pude
Semeei, cultivei
Deixei a janela aberta
Só quem crê nos sonhos
Merece o desabrochar da primavera
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 29/08/2021 às 18:15 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Plenitude
Noites vazias que se despedem
Nas manhãs de luz do seu bom dia
Seu abraço grudado
A doçura do seu sorisso
Trazem alivio para o fôlego perdido
O frio na barriga
Levanta vôo das borboletas
Que invadiram meu corpo
Elas quando ouvem seu nome
Bagunçam meu estômago
Me fazendo levitar até o altar
A rota do seu olhar
Me faz rainha
Sua mão na minha
Selam uma celebração
De paz e união
Eu e você
Sem fim
Sem começo
Apenas vivendo a plenitude
De corações que pulsam sem medo.
É quando penso em mim
E começo a escrever
Que percebo ser assim
Rústico ao mundo sem querer
Mesmo rígido percebo
Que existem borboletas no meu peito
Que se debatem pra sair
E rígido que sou digo, fica aí
Não quero que vejam
Não é tempo de permitir
A qualquer momento elas podem me arruinar
ao sair, todo o mundo verá
além das minhas qualidades
junto a elas meus defeitos
Existem borboletas no meu peito
Trago fumaça para acalmar
De noite banho com whisky
E diminui o debater do meu peito
Se acalma me deixando dormir