Terra
Era uma vez o ser humano, eram seres que não se entendiam, uns queriam uma coisa, outros outra coisa e no final acabava em guerra. Acabaram também com o planeta que habitavam, sem ter onde ficar entraram todos em um foguete e partiram para o espaço, dentro daquele pequeno foguete tiveram que se entender. Quando chegaram no novo planeta, pensava-se que agora sim tudo seria organizado, que não acabariam com a nova terra... mas isso não aconteceu, mesmo depois de destruir a Terra, continuou a destruir todo o resto. Moral da história: o homem é um destruidor
Lá na minha terra, onde eu acordava e sentia o "cheiro" da mata e ouvia o som dos pássaros.
Lá onde eu fechava os olhos pra sentir o frescor da brisa e o sussurrar da mata ante minha presença ouvi uma voz a me dizer: Eis me aqui filho, a natureza criadora de todas as coisas. Teus pés caminham sobre meu corpo e meu sangue sacia tua sede. Sou eu quem toco tua face todo final de tarde sob a forma do último raio de sol a clarear a paisagem lúgubre á tua volta, e o primeiro suspiro da aurora matinal a estremecer teu corpo todas as manhãs.
Ser íntimo de Cristo não é só estar perto, mas também, ser fiel em seu relacionamento com ele.
Fidelidade não se aprende com a terra, se aprende com o céu. O seu casamento deveria ser o espelho do seu relacionamento com Cristo, ao qual deve ser Santo.
O mundo valoriza quem vive a vida na terra, mas você foi chamado para andar morto no mundo e viver na eternidade.
A CARTA DA MANGA
O "mal" está dando suas últimas tacadas. Preparando-se para usar "a carta da manga".
A humanidade está tomada pela moderna tecnologia atual e pela urgência das atividades do dia a dia.
O que era um cristão fervoroso, não encontra mais tempo para abrir a Bíblia Sagrada e, no íntimo do seu quarto, conversar com Deus sobre sua vida e sua fé.
Não se troca mais o computador ou um "dispositivo móvel" pela bíblia, e a frequência na igreja tem sido cada vez menor.
Aquilo que era trágico e macabro, nem mesmo a televisão mostrava explicitamente. Usava-se uma imagem fosca para não expor uma cena que chocasse a humanidade.
Hoje, se compartilha com naturalidade, cenas e videos sanguinários. Um verdadeiro terrorismo virtual, que prepara o "ser humano" para a maior e última batalha da Terra.
Prepare-se!
bailam línguas do orvalho
branco da manhã
grita o sangue novo por nascer
ergue-se a esperança deste nevoeiro
na música da terra e no mar
ferve o íntimo das palavras
por escrever
a luz fere o ar
a sombra apaga-se de vez
o sol e a vida rompem
florescem
crescem e vão brilhar
a palavra nova agita um tempo novo
harmonizam-se os elementos
no seu novo agitar
in "Meditações sobra a palavra" (um tributo a Ramos Rosa, o poeta do presente absoluto), editora Temas Originais, do poeta Alvaro Giesta
OS CINCO ELEMENTOS
Que elementos?
A madeira? Retangular e vertical
O fogo? Triangular
A terra? Quadrada
O metal? Redondo
A água? Horizontal e curvilínea
O que acontece?
Quando a caatinga floresce
A madeira aparece
Queima e cria o fogo
Depois, o fogo se apaga
E o resultado é a terra
De onde se extrai o metal
Que ao se liquefazer
Dá vida a água
Para nutrir as plantas
e este círculo de energia.
Numa terra onde ninguém é de ninguém
Sorte tem quem sem algemas
Pertence a alguém
e esse alguém pertence de volta
Já pensou que a Lua e as estrelas que você vê hoje são as mesmas que muitos outros já admiravam há muitos anos? Desde os ancestrais mais remotos até os grandes nomes da humanidade recente; aquele autor que você gosta, seu avô, pai ou mãe que não chegou a conhecer, Aristóteles, Hume, Kant, Schopenhauer, Nietzsche, Dostoiévski, Darwin, Galileu, Newton, Da Vinci, Michelangelo, Bach, Mozart, Beethoven, Chaplin, os passageiros no Titanic, Napoleão, Hitler, os soldados nas guerras, os prisioneiros de Auschwitz, os Faraós, os construtores das pirâmides, da muralha, etc... Espetacular não?
E eu apalpo a terra molhada,
Que se esparrama pelos meus dedos,
Que esfola meus joelhos,
Que me nega,
Que me maltrata.
Mas eu só peço que ela me devore,
E mais nada.
Cada um ganhou o direito de se experênciar aqui na terra como "O melhor que pode ser", porém, a escolha é de cada um querer ser melhor aqui ou não, pra sua própria realização, querendo ou não, depois retornamos todos para a casa.
A inteligência começou com as ações do magnetismo, que dos gases formou a terra, e da terra formou os vegetais; e da água, os animais; e do fogo, os deuses.
Eclipse Lunar
Enrubescida lua de ontem...
Arremessando filiformes lanças
em brilhos raios
direto na retina.
Lunar eclipse de abril...
Raro feito tu
somente as noites sombrias das guerras
e as manhãs frias de dezembro.
No olhar, aparatosa visagem de estrelas escondidas
em densas nuvens adensadas às pressas
por temor de tal fenômeno
que aterroriza momentaneamente os céus.
Sol, lua e terra convergindo
conspirando antes do amanhecer
tramando às ventas de Zeus
planos indecifráveis, planos infalíveis.
Cobre cor em contornos tórridos
perfazem o torso de astros subordinados ao firmamento.
No espaço ilimitado e indefinido onde se movem os astros
um satélite é silenciado, por alguns instantes a terra se cala.
Zeus ira-se ao descobrir tal trama
resistente em sua inteligência
entra em litígio com seus subordinados.
Deuses (outros), tentam atenuar a decisão colérica de Zeus.
Mas Zeus em seu ineditismo
declara o fim da escuridão -
Sol e lua são condenados a permanecer em sua temporalidade habitual
e a terra, é absolvida por sua insignificância.
Casa de madeira
No alto dos Montes de Minas
Nas terras de Joaquim Dalélio
Uma velha casinha de madeira:
- Cruzada nas árvores
- Telhado amarelo
- Vistas para cachoeira d’alça d’água.
Ao redor da casa - mata virgem-
E uns pés de goiaba de morcego
Cerca feita de mourões e arame farpado
Com dentes grandes e ferrugem dourada.
Por Todo lado
Mourões de cerca dormente
- (daqueles de “trem”) -
Protegendo a casa dos sonhos de muita gente.
Mas, não protegendo de gente!
Protegendo de bicho:
- Onça do tipo Pintada.
Uns pés de fruta
Na porta da cozinha,
Um pé de rosa cor de rosa
Na porta da sala e
Outro de “Ora-pro-nóbis”
A dar de esmola na cerca dourada.
Vida tranquila
Vivida devagarzinho no
Sossego da serra de Minas!
Um pito de fumo de rolo
No papel de milho e
Um trago de cachaça
Feita no alambique daqui
Com cana cavalo colhida no quintal,
Doce igual mel!
.
Um pedaço de queijo branco
Com cafezinho (novo):
-Adoçado com garapa!
Humm...
Vida sossegada
Do tipo dessas que se vive
- (enquanto se sonha) -
Nas terras de Minas.
TALVEZ
E se o equilíbrio fosse desfeito
e as coisas movidas do lugar?
E se amores brotassem feito mato da terra
e florescessem feito flores no campo
sem dia, sem hora ou lugar?
E se o [tum tum...] do coração não fosse tão alto
ou tão forte
ou tão rítmico?
Talvez não houvesse tanta dor acumulada no peito
ou, tanta lágrima transbordando dos olhos
ou, tantos órfãos pensamentos abandonados no dia,
abandonados nas noites.
O desequilíbrio talvez seja bom!
Talvez, o seu papel, seja o de movimentar um pouco as coisas...
Desacomodar os pés sempre plantados no chão.
Talvez, ao menos equilíbrio haja,
ou verdades ou mentiras!
Amores não há. Não podem haver!
Talvez seja preciso
mover o equilíbrio de lugar a lugar
de vida em vida
de pessoa a pessoa.
Talvez seja necessário buscar equilíbrio
até mesmo em desequilibrados passos
dados ao longo do caminhar,
em busca de sentido que oriente o caminho
e de brilho de vida que preencha o olhar.
Talvez o medo,
ao menos medo seja.
E o amor,
não tenha que durar.
Desequilíbrio/equilíbrio/
EQUILIBRAR-[se].
Talvez o desequilíbrio,
ao menos desequilíbrio seja.
Talvez!
Talvez você encontre uma solução,
talvez não!
A Formiga, mais ou menos uns dez Pingos d'água e Eu
Num dia desses...
De previsão do tempo em desacordo
e céu azul e nuvens brancas,
dando formato a imagens de sonhos
e sol brilhante e sombra boa,
projetada em rumo de árvore grande
- [pé de um trem qualquer]-
plantada no asfalto da cidade
ou na terra do campo.
E de repente a chuva...
Que desaba sem aviso antecipado,
desabrigando os descuidados
tomando ligeiro os caminhos
e ocupando-se de preocupar
os videntes de desenhos em nuvens!
Tratando de por ritmo nos passos moles
escaldados e amolecidos pelo sol quente,
tratando de apressar as aves
em seus vôos solos pelas quinas do céu,
tratando de acordar os lagos e de viver os peixes
e tratando de matar a sede da terra - que agradecida -
empurra à superfície, as plantas...
Expondo suas folhagens verdes
seus frutos vistosos
e suas inspiradoras flores perfumadas.
Feito chefe em dia de súbito descontentamento,
ralha aos quatro ventos, a chuva que cai do céu.
Num protagonismo invejável!
Só as formigas se incomodam mais...
As gotas d'água,
feito flechas lançadas contra elas,
- do alto, sem escrúpulos ou piedade-
fazem pesar ainda mais o seu árduo trabalho diário.
Três estrelas ancoradas no céu
calçando a lua
em uma nuvem qualquer,
e uma rajada de vento soprada de lá para cá
na contramão da dança dançada a favor da chuva,
faz ir embora a nuvem escura carregada de raios
que entopem o céu de desespero.
Três dessabidos destinos,
encontram sentidos
em um sentido qualquer:
A Formiga...Desenrasca o pão do jeito que dá!
A Chuva... Se diverte com a farra toda!
E Eu...Transformo em tempestade - nem dez gotas d'água - caídas sobre mim!