Tempo Devagar

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⁠Dezembro, é você de novo.

Chegou devagar, como quem não quer nada, mas eu já esperava. Você sempre vem, com esse jeito meio manso, meio cruel, trazendo memórias que eu tento esquecer e esperanças que mal sei onde guardar. Tipo um amigo que senta do seu lado e pergunta: "E aí, como foi?" Foi um ano pesado, sabe? Não vou mentir. Tropecei em mim mesma mais vezes do que consigo contar. Teve dias em que levantar parecia inútil, porque tudo doía. A alma, o corpo, até o silêncio.
Eu perdi pessoas que pensei que seriam eternas. Perdi sonhos que eram meu chão. Perdi partes de mim que eu achava fundamentais. E, no meio de tudo isso, descobri uma coisa: perder é também um jeito de encontrar. O que sobrou é mais forte, mais vivo. Sobrou o essencial.
E agora você vem, dezembro, me encarando como se esperasse respostas. Eu não tenho. Tenho cicatrizes, tenho histórias, tenho um cansaço bonito que me lembra que sobreviver é, em si, uma conquista. Não quero grandes coisas de você. Não quero promessas, pedidos de desculpas, nem luzes piscando, nem palavras vazias. Quero o que é real. Quero viver cada dia como se fosse um ensaio desajeitado pra algo maior.
Quero sentar no chão da sala com quem importa e sentir o peso das risadas verdadeiras. Quero andar descalça pelo que resta de mim, descobrir se ainda há espaço pra algo novo. E, principalmente, quero parar de segurar o que já não cabe mais. Mágoas, medos, esses fantasmas insistentes que não pagam aluguel... Vou abrir as janelas, dezembro. Eles que saiam.
Você é o fim, mas também é um começo disfarçado. Me dá coragem pra abrir as portas certas, fechar as erradas e trancar bem. Me dá a chance de existir com menos pressa, de sentir sem medo, de ser sem pedir desculpas.
Então vem, dezembro. Não corri atrás de você nem te esperei de braços cruzados. Estou pronta pra fechar essa página com dignidade, com aprendizado, e com o coração mais cheio de mim mesma.

Encarar 2024 de cabeça erguida foi o gesto mais corajoso que consegui entregar a mim mesma.

Inserida por pam_boechat

⁠Só saudades

Tô com saudade de você,
Faz falta não te ver.
Agora vivo devagar,
Porque sozinha, não me acostumei a andar .

É difícil respirar,
Sinto-me a falir,
Ao saber que te amar
É, principalmente, te ver partir.

Estou acabada por dentro,
E por fora, mais ainda,
Eu tô perdida no centro
Dessa loucura infinda.

Tô tentando sobreviver,
Mas não dá pra viver de choro.
Tô tentando esquecer,
Mas sua voz em mim faz coro.

Tô tentando,
Porque conseguir é impossível;
E amando,
Continuo sofrendo pelo inadmissível.

- Elinha Poetisa

Inserida por elinhapoetisa456

⁠O FARDO INVISÍVEL

Ele acordou cedo, como fazia todos os dias. Espreguiçou-se devagar, sentindo o peso do mundo nas costas, ainda que seus ombros não mostrassem sinais visíveis de cansaço. Vestiu-se com cuidado, ajustando a gravata como quem prepara uma armadura para enfrentar as batalhas diárias.

No autocarro, entre o som dos motores e o burburinho das conversas, seu olhar fixava-se em nada. Era como se contemplasse um outro lugar, uma realidade paralela onde pudesse, finalmente, libertar-se do peso que carregava no peito. Mas, como sempre, ele apenas suspirava e voltava ao presente, deixando aquele mundo imaginário para trás.

No trabalho, era uma figura impecável: educado, eficiente, sempre com uma resposta pronta. Os colegas o admiravam pela calma e pela forma como parecia estar acima de qualquer problema. “Como você consegue ser tão tranquilo?”, perguntavam. Ele sorria, um sorriso discreto, que escondia o que ninguém conseguia ver.

À noite, no retorno para casa, o fardo parecia mais pesado. O silêncio da sala vazia, a luz fraca do abajur e os ecos de pensamentos represados o acompanhavam como uma sombra. Às vezes, ele queria falar. Queria abrir a boca e dizer: "Estou cansado, tenho medo, não sei se vou conseguir." Mas as palavras se perdiam, engolidas por uma voz interna que lhe dizia que ninguém entenderia.

O que ele carregava? Não sabia dizer. Talvez fossem os sonhos não realizados, as culpas que nunca confessou, os medos que não ousava encarar. Era o peso de ser quem era, ou talvez quem esperavam que ele fosse.

Assim seguia ele, como muitos outros, carregando um fardo invisível. Um peso que não se mede, não se toca, mas que está sempre ali, escondido no sorriso, no olhar distante, no silêncio das noites solitárias.

E enquanto a cidade dormia, ele se perguntava: quantos mais caminhavam ao seu lado, carregando fardos que nunca confessaram? Quantos suportavam o peso da vida com a mesma coragem silenciosa, sem nunca pedir ajuda?

Ele nunca teve uma resposta. Talvez ninguém tenha.

Inserida por timseriano

⁠Destino

Devagar ando nessa extensão
Solitária tendenciosa
Inspiradora chamada destino
Novamente busco ares novos
Para esquecer o deserto que me acompanhou.

Inserida por kaike_machado_01

⁠Se você acha que está devagar, continue mesmo assim...
O importante é não parar.
🤹‍♀️💞🌹

Inserida por EnesCarvalho

Da janela da minha sala eu vejo...
Um montinho de nuvens passeando,
Bem devagar, quase parando.
Vejo a alegria dos passarinhos
Que ,de árvore em árvore, vão voando.
Pelas ruas vejo gente à beça,
Caminhando , cada um para o seu canto,
Sem ter lá muita pressa.

Da janela da minha sala eu vejo...
Gente de toda classe,
Vejo alunos e Professores,
Vejo operários e também doutores.
Vejo a Cidade quando adormece,
E vejo também quando ela amanhece.

Da janela da minha sala eu vejo...
Coisas que eu nem queria ver;
Uns perdendo a vida,
Outros sem ter o que comer.
Vejo tanta coisa errada,
Que até a Justiça parece estar calada.


Da janela da minha sala eu vejo...
Enfim, uma pontinha de esperança
Na mudança do velho, no sorriso da criança.
Vejo até a vida ser mais feliz,
Nas palavras daquele que sabe o que diz.
Do abraço amigo e apertado
De quem da vida é um eterno aprendiz.

Inserida por RenanGotardoFilipe

⁠"O perdão chega devagar. O erro é mais rápido."

Inserida por EdielRibeiro

⁠Eu te trato com
toda a poesia,
E devagar está
me colocando
na sua folia,
Teu enternurado
olhar seguindo
a minha ginga
no coco de roda
com toda a magia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

A missão pioneira
tripulada indo
ao lunar destino,
e bem devagar
estou dirigindo
os meus passos,
porque não
sou passageira
no teu caminho,...
O quê quero de ti
é o muito simples,
é café-da-manhã
posto na mesa
ou na nossa cama,
o teu corpo fatal
que tanto me clama
e teu peito que ama.
Quero o teu verbo
total inundando
com delicadeza,
porque já basta
o mundo que
tem corrompido
os dias com
tanta aspereza,...
A lição de amor
farta nos levando
o pão com marzipan
nos nossos lábios
todas as tardes,
os perfumes
nas nossas peles
quando estivermos
por outros lugares.

Inserida por anna_flavia_schmitt

12/08

Se afaste devagar
de quem mente uma
única coisa porque
é sinal de arapuca
se armando para você.⁠

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠As horas passam devagar,
escrevo Versos Intimistas
sem nunca ninguém notar
em São Paulo e por cada lugar,
Enquanto a inspiração põe
o seu contentamento na florada
do lindo Ipê-rosa-de-folha-larga,
Vou fazendo a minha estrada
para estar pronta para quando
você chegar na minha vida
com paz, amor e toda a poesia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Como garoa mansa
a refrescar uma tarde
atípica sou eu devagar
penetrando no coração

Porque para o seu amor
tenho me feito santuário
para te receber como
o meu eterno namorado

Unidos no rito da floração
etérea dos Ipês-brancos
e na dança na Via Láctea

Fazendo o destino místico
ser cumprido como deve ser
com as auroras e o infinito.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Procurando seguir
a indicação
da Lua divina Lua,
fui buscar
a embarcação,
passei devagar
bem pertinho
da savana pantanosa
em tua busca
e da paz maravilhosa
que estes olhos
lindos são
capazes de me dar.

A Lua fez da relva
um chão esmeraldino
e as árvores altas
iluminadas fizeram
o cenário mais lindo:

Para o amor seduzir
e nos embalar
pelo ritmo ardente
da sinfonia noturna
que só quem tem
uma alma em chamas
é capaz de decifrar
o quê o Universo
tem para falar
ao coração tomado
por encantamento,
e deixar as estrelas
fazerem o cobertor
de doce contentamento.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Em tempos de redes sociais e de telefones que filmam, gravam e printam, devagar que o "jarro é de barro" porque tudo o quê afeta a saúde mental coletiva de uma cidade, de um estado e de um país pode ser levado a Corte Interamericana de Direitos Humanos e ao TPI.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Então a tristeza era isto, rios caudalosos sem começo nem fim que viajam devagar...

Inserida por literaturanacional

⁠Sábado é o dia para quem
pode acordar devagar,
e para quem não pode
buscar a marcha desacelerar
para descansar do cotidiano
que vem sendo exigente
crescentemente ano após ano;
O importante é não parar
e não desistir de buscar
com o quê se alegrar
e tudo aquilo que pode
o seu caminho pacificar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Devagar pela

minha rua

porque o meu

tornozelo

ainda me exige,

e não posso

mais ir longe.



Ah, ao menos

os verdes morros

me fazem tranquila!



Venho assim

sentindo os efeitos

da queda,

e da temperatura.



Ah, como essa

Humanidade

anda estúpida!



Dessa maneira

e todos os dias

venho nutrindo

a utopia de salvar

a mim mesma

e de quem da

salvação precisar.



É dos pássaros

que tenho a melodia

para musicar

e condensar a poesia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Entrando na tua vida

- bem devagar

Eu sou a primavera,

A alma que te espera,

O Farol que beija o mar.


Um farol perdidamente

No estreito e a frente,

Quanta loucura para contar...


Iluminando o teu barco,

Primavera potente,

Farol perdido, não ilhado,

Com muita história a te contar

E um amor profundo para te dar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

O vento sopra devagar

A duna muda de lugar

O amor pleno a ocupar

A coruja aninhada lá

É protegida pela duna

No seu lugar de aconchegar.



O Sol beija a duna

A duna se abre ao Sol

Num verso de amor total

Abre a poesia em festa

Em louvor celestial

É um espetáculo sem igual.



A poesia está escrita

O verso está feito

Ali na duna cuidada com jeito

No intocável ninho da coruja

É sempre o lugar perfeito

A duna cuida do que está feito.



O teu olhar sobre a duna

O teu cuidar do ninho da coruja

O teu amor pelo mar

O teu jeito de preservar

O teu doce sonhar

Escrevem o destino do lugar...

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Bom dia!
Simbora devagar e sempre...
A pressa em querer entender tudo pode nos cegar para os sinais que Deus nos dá ao longo do percurso.
Feliz dia!

Inserida por SolSorte