Tédio
...E assim somos amor e
somos ódio
paixão e tédio,ciúme
riso e dor
que as vestes da alegria e da tristeza
se alternam ao sabor das circunstâncias
e enquanto a vida se enreda e
desvencilha
somos apenas personagens de nós mesmos..."
Um dia qualquer
"Um tédio quase obsceno
Uma vontade insana de fazer tudo
E outra insone de fazer nada."
Os Sentimentos Humanos, certo dia reuniram-se para brincar. Depois que o Tédio bocejou três vezes por que a Indecisão não chegava à conclusão nenhuma e a Desconfiança estava tomando conta, a Loucura propôs que brincassem de esconde-esconde. A Curiosidade quis saber todos os detalhes do jogo, e a Intriga começou a cochichar com os outros que certamente alguém ali iria trapacear.
O Entusiasmo saltou de contentamento e convenceu a Dúvida e a Apatia, ainda sentadas num canto, a entrarem no jogo. A Verdade achou que isso de esconder não estava com nada, a Arrogância fez cara de desdém, pois a idéia não tinha vindo dela, e o Medo preferiu não se arriscar: "Ah, gente, vamos deixar tudo como está", e como sempre perdeu a oportunidade de ser feliz.
A primeira foi a Pressa se escondendo antes que a loucura contasse um. A segunda foi a Preguiça, deixando-se cair no chão atrás de uma pedra, ali mesmo onde estava. O Otimismo escondeu-se no arco-íris, e a Inveja se ocultou junto com a Hipocrisia, que sorrindo fingidamente atrás de uma árvore, estava odiando tudo aquilo.
A Generosidade quase não conseguia se esconder porque era grande e ainda queria abrigar meio mundo, a Culpa ficou paralisada, pois já estava mais do que escondida em si mesma, a Sensualidade se estendeu ao sol num lugar bonito e secreto para saborear o que a vida lhe oferecia, porque não era nem boba nem fingida; o Egoísmo achou um lugar perfeito onde não cabia ninguém mais.
Quando a loucura foi procurar seus amigos sentimentos..
Esbarrouem uma arvore com espinhos ... e cegou um sentimento ali escondido ... Ao sair de traz da arvore .. era o amor .., em desispero , em seguida a loucura clamou para todos ouvirem , estarei sempre com você minha amiga ... desde então , o amor é cego e a loucura o acompanha...
Melissa não tomou seu remedio,
Porque disse que sua vida,
Sempre foi um tedio,
E que talvez uma doença,
Seja um motivo pra sacudir a vida.
Por um motivo que não sei explicar,
Todos esqueceram meu nome,
Seguiram vivendo comigo,
Mas nenhum deles era meu amigo.
Eu sei que venci o jogo,
Mas aquilo não era uma vitória,
Não tinha nenhuma glória,
Já que eu não tinha nenhum abrigo.
Melissa sempre tão egoísta,
Não me deu nenhuma pista,
Do que eu deveria fazer,
E assim segui com minha vida,
Vez por outra encontrando com ela.
Eu atravessei o fogo,
Cortei o ar,
Vivi por todo lugar,
Sem encontrar meu lugar.
Na verdade eu sabia o que precisava,
Mas não porque lutava,
Meu objetivo não estava ali,
E por isso comecei a andar por aí.
Conheci pessoas novas,
Vi berços e covas,
Me apaixonei e me frustrei,
Mas hoje eu sei,
Que nem mesmo um rei,
Vive impune a essa lei.
Todos estão sujeitos ao amor,
Estão sujeitos a felicidade e a dor,
Isso que é descomunal,
Quando se trata de amor,
Qualquer um é igual.
Tentei explicar isso a ela,
Mas Melissa havia mudado,
Já não era a mesma de antes,
Já não era tão apaixonante,
E eu ignorando sua presença.
O fim necessariamente,
Não precisa ser o fim,
Se você quiser,
Cada fim é um começo,
Tudo depende da sua memória.
Um dia, da vida anterior eu me esqueço,
Só por esquecer,
E vivo tudo de novo,
Sempre um recomeço.
Sigo meu caminho,
Não importa se sou um poeta,
Se sou um palhaço,
Um pescador,
Ou um louco de Deus.
Cada um vai ter o que precisa ter,
Nada mais, nada menos,
O que eu preciso,
É um pouco de carinho,
Alguns abraços,
E assim eu estou bem.
Melissa vai mais além,
Ela acredita em outras teorias,
Nada melhor que um dia atrás do outro,
Pra ela escutar o que eu digo,
E voltar a me ter como amigo.
Existem dois extremos que são o tédio e a dor, o tédio é próprio do paraíso e a dor do inferno. A melhor coisa que você deve fazer é buscar o equilíbrio cuja personificação é a Terra.
Meu dia começa um tedio, quando olho seu olhar ele começa a ficar cada vez melhor quando você esta por perto.
O tédio as vezes pode parecer algo absoluto, mas se estiver com quem te faz bem a única coisa absoluta será esse momento.
"LITERATURA"
A literatura
Derruba o meu tédio
Deixando
De fora a minha solidão
Como é bom ver-te
É como ter o tempo certo
O tempo de espera
Na espera do tempo
Caminho do tempo
Do tempo um caminho
Esperança do momento
No tempo da esperança
Parir o tempo
Na estrada do tempo
Certa no momento, como é bom ler!
" [...] amor e a loucura
é o meu veneno e a minha cura;
o ódio e o tédio
é o meu ócio e meu remédio."
(MOURÃO, Natália Lemos in "fragmentos poéticos)
“Não vou definir nós dois pela palavra amor,
porque para mim isso é sinônimo de tédio.
Prefiro me definir como viciado, dependente químico.
Pois em meus pensamentos mais puros, você é meu delito,
meus descaminhos, minha louca fissura...
E você e seus braços, meu descanso, meu alívio, sossego!
Seu corpo, seu cheiro, próxima dose para meu vício,
para minha doce dependência química de você.”
Nas páginas de um livro
Nas páginas de um livro
Livro-me de todo o tédio
Encontro luzes potentes
Nas palavras entrelaçadas
Enredos intermináveis
Serenidade e ternura
Amor, ousadia, loucura.
Nas páginas de um livro
Percorro todo o Universo
Dou asas aos muitos sonhos
Capazes de despertar
Os dormentes sentimentos
Alento nas horas longas
Que a esperança prolonga.
Nas páginas de um livro
Posso ser deusa ou rainha
Princesa, menina descalça
Colombina apaixonada
Dama de muitas cortes
E sem cortes ou censura
Liberar toda a ternura.
Acalantam a minha alma
Os roteiros inimagináveis
Poemas doces, intensos
Amores de muitas vidas
Ou a cura das feridas
Magia tecida com letras
Nas páginas de um livro!
Nos tempos de amor instantâneo e da volatilidade das relações o vazio é uma constante e o tédio avassalador.
Tédio
O megafone por qual eu grito
Está quebrado de tanto choro
Meu corpo pode estar tão limpo
Mas minha alma é puro lodo
Corro por entre o sujo beco
Tentando achar o meu quarto
Eu estou com tanto, tanto medo
Lá não existe ninguém ao meu lado
Eu quebro os quadros na parede
Eles me lembram o cruel demônio
Por todos os lugares onde esteve
Belzebu, leve minha vil mente
Oh, Senhor de toda a preguiça
Agora tu enfim me entende?