Tecido
"Tzedaká é o convite para sermos mais que indivíduos; é sermos parte de um tecido que sustenta e dignifica todos."
Você
Talvez você seja só uma mediocridade bonita
Uma trama mal feita, um tecido cheio de fiapos.
Talvez seja só uma representação vulgar,
Uma tela em branco onde respingam tintas
sem rumo certo.
Talvez você não seja nada de mais,
E essa seja a coisa mais encantadora sobre você.
FASES DA VIDA
A infância é um tecido sendo fiado.
Na adolescência, ele está pronto com toda sua exuberância!
Na fase adulta, está perdendo o brilho.
Na velhice, há a velhice! O tecido está roto, esfarrapado, gasto e amarrotado!
A vida, em sua essência mais pura, é um milagre tecido em silêncio, um sopro que emerge da profundidade do mistério. O feminino, em sua conexão com esse milagre, é como a terra fértil que acolhe a semente, nutrindo-a até que a luz finalmente a desperte. Assim como as raízes de uma árvore se estendem nas profundezas da terra, buscando forças invisíveis para sustentar o tronco que rompe em direção ao céu, a mulher é o canal pelo qual a vida se manifesta, um portal entre o invisível e o tangível.
No Arvoricionismo, essa conexão ganha um simbolismo ainda mais profundo. A mulher, como as árvores, carrega em si o segredo da criação e do desabrochar. Em seu ventre, o universo se condensa, germinando em silêncio até explodir em luz e forma. É um ato de entrega, de força, de conexão com algo maior do que ela própria — a mesma força que guia a árvore a florescer na primavera, a se erguer mesmo após a tempestade e a oferecer seus frutos ao mundo.
O nascimento, então, é o momento em que a semente rompe sua casca. É o desabrochar do ciclo, o instante em que o invisível se torna visível, o imaterial se torna carne. E, nesse processo, a mulher é tanto a terra quanto o tronco; é ao mesmo tempo raiz e flor. Ela carrega em si a memória de todas as árvores, de todas as vidas que já brotaram antes dela, e a promessa de todas as que ainda estão por vir.
No centro do Arvoricionismo está a compreensão de que a vida é um ciclo contínuo de nutrição e expansão, e que o feminino é o coração pulsante desse movimento. Assim como as árvores, as mulheres ensinam que o verdadeiro poder está na criação, na resiliência, na capacidade de oferecer abrigo e sustento, e, acima de tudo, na coragem de florescer, mesmo sabendo que o fruto será entregue ao mundo.
O nascimento, tanto de uma nova vida quanto de uma nova ideia ou propósito, é a celebração desse ciclo. É a prova de que a luz que ilumina o céu também reside dentro de nós, esperando apenas o momento certo para emergir. Assim como a árvore oferece suas flores ao mundo, as mulheres, em sua essência criadora, oferecem a própria vida — e, ao fazê-lo, nos conectam à origem de tudo.
O mergulho na consciência é uma transmutação silenciosa, onde o tecido do ordinário se desfaz, revelando câmaras ocultas, onde sombras sussurram segredos inomináveis. Por trás das máscaras de domínio, um labirinto de símbolos pulsa, onde verdades veladas dançam entre o profano e o eterno, desnudando o eu diante do espelho de fogo. Em eras esquecidas, ritos psíquicos invocavam forças invisíveis, não para iluminar, mas para desintegrar camadas até o núcleo insondável. A psique, ao ser purificada pelo caos, libera enigmas que desorientam a lógica e rasgam o véu da moral. Quando a loucura se torna um portal, a questão ressurge: o que permanece quando o ouro ilusório da identidade é dissolvido? Seria a verdade um reflexo distorcido ou a própria ilusão, um pacto oculto que evitamos romper? Estes escritos antigos não apontam para o visível, mas para o inominável que habita o âmago, onde a força e a fragilidade se tornam uma. No abismo deste espelho, o que negamos não é o outro, mas a própria sombra que nos habita.
Tecido de amor autêntico, o universo é essa malha em tantas dimensões em que cabem o visível e o invisível. O rompimento no tecido, em qualquer dimensão, ensaia catástrofes, tragédias e sempre resulta numa ferida dolorosa à nossa existência.
O bonito desta vida é o entusiasmo constante e a capacidade de bordar sonhos novos no tecido velho do tempo.
Sufocar suas dores não permitirá que as suas feridas se fechem. É preciso sangrar para que o tecido se regenere.
Saudade em ondas
Quando o coração anoitece
Caminho sozinha,
Em um labirinto de sonhos
Tecido com paredes de rendas,
E telas em branco,
E, a cada passo ouço o som
Das ondas do mar mais próximo,
Saudades em ondas...
A cada passo sinto o vento frio,
Espalhando as pétalas de rosas
Que se transformam
Em pétalas de Lua...
Aos poucos, sinto a presença
A mágica dos teus passos
A me seguir,
E assim meu coração amanhece
Repleto do teu perfume e beijos,
Te amo, amo, amo...
O tecido da realidade e afastado com um véu, para que não possamos ver. Porém vemos e podemos sentir.
Todos nós usamos roupas costuradas e cheias de remendos porque todo tecido é feito de fio a fio. Assim é a morte: Até hoje muitos morreram e você antes do ano três mil vai morrer também. por isso deixa o orgulho de lado.
"A vida é um tecido delicado de momentos, escolhas e encontros. Cada fio tem um propósito, e ao entrelaçá-los, criamos uma tapeçaria única e preciosa. Não são os fios soltos ou as manchas que definem a beleza da vida, mas sim a forma como os unimos e os valorizamos."
Alécio Nunes Clóvis
💓
"O coração é um tecido frágil,
mas muito versátil,
ele se recompõe muito fácil...💓💔❣️💖💝💚💙
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✓ Francisca Lucas ✓