Tarde
"Nunca é tarde para mudar de vida e construir um futuro mais brilhante. Tudo o que precisamos é de coragem, determinação e um pouco de ajuda dos que amamos"
' DRACENA '
Espero encontrá-lo ávido,
No aconchego de seus braços,
Numa tarde chuvosa;
Beijar com carinho teus lábios,
Como uma gata manhosa !
Enquanto cai a chuva fina,
Plantarmos um novo jardim,
Um belo canteiro de rosas,
E o rocheado Jasmim;
Margaridas,Mirra, dracenas,
Sem esquecer a Açucena !
Juntinhos em frente a lareira,
Para nos aquecer;
Escrevendo uma história,
Que ficará na memória
Para ninguém esquecer !
Maria Francisca Leite
Direitos Autorais Reservados sob a Lei -9.610/98
Mais tarde, perca-se em mim sem horário e sem pressa. Venha me ouvir. Estou aqui. Hoje estou sensível, e você pode me ler. Sou um para-raio que se fragmenta em algum momento, e sim, somos campeões da sobrevivência porque ainda existe uma fina máscara sobre nós. Será que é uma alucinação que surge? Mas fique ciente e esperto, pois já escaneei esse seu sentimento. Já são 7 horas e eu vou embora. Sinto uma negação pairando, não quero policiar e vê-lo. Não consigo encarar seus olhos, nem mesmo seus sentimentos. Será que vou derramar esse ar que pesa só em mim sobre você? Você é a minha fonte de dor. É melhor eu partir, pois agora consigo ver claramente o todo da pior parte de você.
Medita o bardo em silêncio profundo...
Na tarde cinza dum dia sem cor,
a alma chora seu revés sem rancor
mas, o coração se afoga em lago imundo!
Descem lágrimas em pingos de dor...
Cada suspiro é lamento rotundo
e, só a tristeza habita o seu mundo
desprovido da alegria do amor!
Sua alma é noite escura de agonia...
Porém, no fundo, uma luz a brilhar,
traz promessa de novo porvir, pois
a tristeza, embora possa durar,
é passageira como a ventania
que destrói, mas traz beleza depois!
Um filho é como um pássaro pousado em nossa mão. A gente sabe que mais cedo ou mais tarde as suas asinhas emplumam e ele voa. E, as vezes, voa pra longe. Tudo ao nosso redor, então muda, se torna tristeza e solidão e o que nos resta é um ninho vazio fazendo-nos lembrar a todo instante que a felicidade esteve ali e um olhar perdido no horizonte esperando o dia que ele volte para nos visitar trazendo a felicidade da sua presença de volta.
Nesta tarde nublada, o mundo se dissolve,
o canto suave invade o ar,
como brisas que acariciam folhas secas,
sussurros de outono em cada nota.
Fecho os olhos, deixo a melodia me levar,
navego em mares de sonhos esquecidos,
onde o tempo se curva e repousa,
na inocência das memórias que dançam.
Os sons embalam a alma,
como lençóis de nuvens que abraçam a terra,
encontro conforto na sua voz,
que ecoa como um eco distante de risos.
E assim, em sua idade dos sonhos,
mergulho na suavidade do instante,
deixo que o universo me ensine a sonhar,
nesta tarde nublada, envolta em serenidade.
A SUPERLUA AZUL
Autora: Lourdes Duarte
Depois de uma tarde sereníssima
Sob o céu limpo e encantador
Surgiu a lua cor de prata
Suave com seu manto cobrindo a terra
E no espaço, bela, flutuou, a superlua azul.
Quando as eminências se azularam
Logo ao cair da noite
Com seu brilho fosco ou prateado, entre as nuvens,
Se confundiu com a luz crepuscular
Por traz das colinas verdejantes
imperando sua beleza ao despontar.
.
Uma bela lua, que encantou a todos
Como uma canção que desnudava a alma
A lua desceu a terra como um véu de noiva
Inebriando os corações enamorados,
Que esperavam vê-la azul como um manto,
Mas surgiu dourada e bela a iluminar.
Lua nova, lua cheia ou quarto crescente
Em todas suas fases tem mistérios
O que importa é que do alto do céu
Exuberante impera sobre a terra,
Azul ou prateada, em forma de coração
ou arredondada, sempre Linda! Linda
Verde expressivo de árvores frondosas, a lua majestosa, brilhando no azul de um fim de tarde, um lindo mar exibindo a forte movimentação de suas ondas, a vida de uma arte simples, representando um cenário sublime, dentro de um pequeno quadro, capaz de tirar-me um pouco da realidade, transcendendo os limites do meu imaginário, fomentando a simplicidade de alguns versos, criados com poucas palavras, o reflexo desta obra, modesto, profundo e admirável.
"Cedo ou tarde, algumas amizades custarão um preço muito alto. Nesses casos, é prudente manter-se à distância, ainda que haja a necessidade de estar perto."
Helena, Helena, Helena
Talvez queira dar a mão
Talvez tão tarde, até em vão
Quem saiba eu tenha um rumo à vista ou quem sabe eu nem exista
Ofereço este meu canto a qualquer preço, a qualquer pranto
Não quero amor, não se discute
Eu procuro quem me escute
PÔS-SE O SOL
Pôs-se o sol. Cá pras bandas do cerrado
da tarde o fulgor pouco a pouco esvaece
o encarnado entardecer, geme em prece
desmaiado o poente, num tom desafiado
E no horizonte, o luar obscuro reaparece
encapotado, embaciado. E desmantelado
o dia, tudo em silêncio está. Sombreado
rubro, taciturno, o escurecer resplandece
E no mistério das trevas, poético recanto
sinfonizando em uma melancólica sangria
faz-se noite, que vai cantando o seu canto
E ainda, ter toda a magia, faz-se a poesia
enchendo o sentimento de tanto encanto
assim, vem a noite, e amanhã é outro dia!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04/09/2024, 18’46” – cerrado goiano