Tarde
Sofrer por problemas antecipado, é sofrer mais que o necessário, mesmo que as turbulências não tarde a passar.
Ah, não duvide da realidade, pois assim funciona o destino: você duvida agora e, logo mais tarde, quando você menos esperar, ele te prova o contrário!
A ordem do silêncio
Talvez seja tarde para ficar pensando
Escrever e, cair em sufrágio o leitor.
Então indago na proposição o silêncio
A não procura da hipótese verdadeira.
Predestinado ao nada fica alguém
Quando o silêncio comanda a minha intuição.
Em conflito eu entraria neste momento,
E provaria do meu rancor.
Essa repugnância logo lhe diria
A montante o seu valor.
Não! Não tenha então esse direito suposto
Que de nada irá adiantar o seu esforço
Sua vaidade não terá razão.
O meu sentimento abortado
Deixou o espaço ao meu lado desbotado
Sem guardião para a minha base.
O que faço agora neste cair da tarde?
Abro a guarda à ocupação.
Pior que errar é não tentar por medo de sofrer pelo que não se conhece, contudo não é tarde para se refazer o caminho e ousadamente conseguir viver a felicidade;
E em uma tarde de cinema, estilo anos 80, um casal apaixonado, mais porem envergonhados, se revelam em um beijo apaixonado que foi muito aguardado.
..já era tarde, não mais havia sol,..só o sereno da madruga e um amontoado de seresteiros anarquistas .E no meio do zuco,zuco ..a vaca prateada tornou-se em um prato de vaca atolada..cuidado com o mourão...ele está dançando no meio da estrada sinuosa..2 pra lá 2 pra cá..pissssssssss...faz silencio ai..!!!..vão acordar o anão que tem as estrelas como coberta..pisa fundo, sente a lata e a cidade se aproxima...vejo luzes dentro d'agua...uma fonte de complexas energias que outrora era um jardim...e o barulho continua e o tronco do carvalho não resiste a street dance no bar do peixe de dentes finos...sua balburdia vai até o dia raiar...e cair a coberta...
Tavamos unid0s
Mas o destin0 nos separou
podes crer q no meu coração nada mudou
Mais Tarde ou ñ estarem0s juntos.
Cultivando um n0vo m0mento
Agora sø nos resta traçar os nossos destinos
Para que não arrependerems depois
Pois o arrependmento
Bota tempo
Do outro nosso momento
Lembrança III
É tarde de outono,
O oceano, da janela do apartamento, se apresenta mais cinzento.
O homem nada todos os dias no mesmo lugar,
Deve ser norma do seu médico, pois água está fria.
Mergulha e, em cada braçada quando,
A cabeça vem à tona para respirar
É você a nadar no meu mar.
Corro à varanda
Fixo bem os olhos para distinguir quem realmente é,
Leva tempo para decifrar.
O cérebro está condicionado
Para enxergar o que desejo
Que deveria além do horizonte estar.
Depois de algumas horas
Com olhos a transmitir ao cérebro a real imagem,
Conscientiza a interpretação,
É outra pessoa a se exercitar e, já caminhando,
Ele sai do meio da nuance preguiçosa da estação.
Achei que seria possível ser você vindo a nado,
Mas você já cá está a nadar em outro mar.
Talvez, mesmo sendo outono,
Seja um mar mais significante e mais brilhante
Que o mar que lhe tenho a ofertar.
Lembro-me daquela tarde áurea, do perfume que você exalava. Nós estávamos apaixonados e tudo fluía muito bem. Eu peguei em sua mão, fixamos os nossos olhares, ardíamos de amor. Você, sempre tão tímida, sorriu. Pairou algo bom entre nós. Então, à hora mais sonhada chegou. Você, todavia, tímida, me beijou. Claro! Eu não resisti. Senti coisas que sequer pensei que poderiam existir. Acredito piamente, que você me completa, afinal, és um presente de Deus.
Acordo tarde, me lastimando por esse deslize.
Tantas coisas para resolver!
É domingo, e a chuva se insinua em pingos escassos que deslizam pela vidraça.
Penso nos transtornos que ela me trará, um dia de sol seria bem mais proveitoso.
Enquanto preparo o café do meu filho, faço uma retrospectiva da semana e planejo minhas ações: Tenho contas a pagar, pendências a resolver, armários a arrumar, trabalhos acumulados e vários outros desafios pela frente.
Sinto-me só e fraca, estou desanimada.
Finalmente enfrento a chuva e o passeio matinal com o cão.
Paro no caixa eletrônico, preciso de dinheiro. Meu filho terá aula extra de matemática.
Mais à frente, o mercadinho. Bananas e uvas para o café da manhã.
Dou a volta na quadra enquanto a chuva aperta.
Penso na semana que está por vir e o desânimo persiste.
Ao cruzar o posto de gasolina, me deparo com uma pessoa que dorme em cima de um papelão sob a árvore.
É um homem ainda muito jovem.
À sua volta, uma porção de chão ainda seco.
Sobre o corpo, uma coberta suja e fina.
Tento adivinhar os motivos desse abandono, da vida fútil e oca desse quase menino.
Tento projetar em mim mesma o vazio do seu estômago e da sua mente ao despertar.
Atravesso a rua e recebo na pele, como uma bênção, a chuva que refresca finalmente as árvores.
Penso nas contas que serão pagas, nos armários cheios de roupas e sapatos a organizar.
E me vem uma nova ideia para dividir amanhã com a equipe.
Afago meu cão saudável, vejo meu filho navegando na internet e se divertindo com um filme em inglês.
Não estou mais só, sou envolvida por um sopro divino.
Tudo agora é luz, sinto-me plena.
Ele (curioso) perguntou sorrindo, por entre abraços e braços, as três da tarde, por quem ela suspirava.
Ela, mais que depressa, abraçou-lhe fortemente e com os mesmo sorrisos devolveu: por você
E a tarde vai se despedindo preguiçosa,
e a gente falando coisas bobas sem notar,
sem nada pra se preocupar...
E alí eu percebi, que é com você que eu quero estar.
Nunca é tarde para aprender mais do que já se sabe, para melhorar o que já está bom, para ir além do que já se foi. Nunca é tarde para levantar a cabeça, abolir sentimentos ruins, acreditar mais em si mesmo e deixar chegar sentimentos bons. Nunca é tarde para vencer os medos e superar nossos limites.
Dia nublado
Tarde sem cor
Pensamento caminha devagar
O vento não muda as nuvens de lugar
Segunda feira sem ver o sol se por
A velha casa Já passava das quatro horas da tarde, o sol ainda invadia as janelas. Na varanda a mesma rede bordada a mão balançava com o vento. Sem pressa. Não houve lágrimas. Já não havia. Apenas o peso da dor transparecendo nas olheiras.
As horas findavam. Não havia cor na noite. Existia apenas as lembranças e o indescritível sentimento de solidão. Tudo era doce e bonito. Agora era frio e vazio. Anda sem alívio pelas ruas onde cresceu. Desejou ser um terrível pesadelo, mas não era. Era simplesmente, o peso de suas escolhas. Era uma vontade intensa de se fazer feliz e nunca ser sozinho, sem ver as consequências. Sem ver as perdas.
Esperou o dia raiar e voltou para a velha casa. As velhas lembranças, a velha rede. Fechou os olhos antes de abrir a porta e desejou encontrar um sorriso ao chegar, um abraço apertado, brinquedos pelo chão, doces na geladeira enferrujada... Mas não. Tudo que viu foi o porta retrato quebrado na parede, as cartas amareladas na gaveta, as manchas da traição nos lençois e um gosto amargo de suas mentiras. E agora, também haviam as lágrimas do tempo.