Tarde
Numa tarde destas, numa laranjeira a beira da cerca de um sítio já quase sitiado pela cidade, nasceram duas laranjas que, sem pretensões nenhuma não almejavam nada, a não ser que a própria natureza se encarregasse de fazer delas o que quisesse. E assim foi, amadureceram lindas entre folhas verdinhas, uma foi logo colhida e colocada em uma travessa de vime bem no meio da mesa na casa dos proprietários do sítio a outra ficou na árvore bem pertinho de um ninho onde filhotinhos de sabiás logo descobriram por meios de bicadas o sabor delicioso da fruta. Fizeram furinhos que ficaram maiores e que alertaram através do perfume alguns insetos e até abelhinhas e, assim, de repente uma população de espécies se aconchegaram na frutinha e no entorno dela. Uns gostaram dela madurinha, outros já apreciaram passadinha e alguns - tem gosto para tudo - adoraram ela quase podre, mas foi unânime entre todas as bicadas da bicharada que a laranja estava ótima. Depois disso tudo ela caiu no chão, e entre uns dias e alguns meses, brotou de suas sementes, outra laranjeira. E a outra laranja? Ninguém comeu, ninguém cheirou, simplesmente quando ela estava madura colocaram no freezer para um dia fazer algum doce que não foi feito e ela acabou esquecida na gaveta de frutas, congelada no tempo. Se um dia você for colher alguém para trazer à sua vida, que seja para apreciar seu perfume, que seja para ouvir suas histórias, ouvir suas risadas, que seja para compartilhar o por do sol, que seja para se refrescar na chuva, que seja para alimentar a alma com carinho, que seja para sentar do teu lado de mãos dadas e deixar a natureza fazer o que quiser com o tempo. Mas não deixe de maneira nenhuma esquecida num canto da casa, num canto da vida
Olhos Cor do Céu
CAPÍTULO 6:
Na manhã seguinte acordei tarde, como de costume. Foi um dia normal. Apesar de eu estar com a mente ali no vizinho.
À noite, quando eu estava indo para aula, dei de cara com o Gabriel.
- Oi.
- Oi.
- Então, dormiu bem à noite passada?
- Aham. E você?
- Também.
O sinal da escola bateu. Provavelmente nós íamos chegar juntos na escola. Então, quando chegamos, todas as alunas da nossa turma ficaram olhando. Para não dizer babando. Então, me obriguei a fazer uma provocação:
- É, parece que você está fazendo sucesso com as garotas da escola.
- É, parece. Acho um saco isso, se você quer saber.
- Porque? Não é bom se sentir lindo popular?
- Não. Não gosto disso. As garotas só se aproximam porque me acham lindo, não porque sou alguém realmente interessante.
Fiquei um pouco sem jeito. Eu era uma garota próxima, certo? Acho que ele reparou nisso.
- Ah, desculpe. Me expressei errado. Não quis dizer isso de você...
- Tá tudo bem, sem problemas.
Eu disse isso sorrindo, enquanto entrávamos na sala.
Acho que a Andi também reparou que chegamos juntos. Mas nós só conseguimos nos falar na hora do intervalo.
- Vocês chegaram juntos. Todas as garotas ficaram se perguntando como isso. Eu, inclusive. Cara, eu não acredito que ele é seu vizinho. Não pode ser. Você é de sorte, hein? Fala sério.
- Ah, cala a boca, Andi. Ele não tá nem aí pra mim, o que já era de se esperar não é? Eu já nem cultivo esperanças com garotos por isso. É tudo ilusão mesmo, não?
- Ah, cara, vai começar? Para com depressividade.
- Depressividade? O.k.
Nós estávamos descendo a rampa da escola, quando escutei alguém me chamando. Era ele.
ELE - hoje eu não vi o sol espero ver amanha
ELA - dormiu ate tarde kkk
ELE - não é que eu não te vi hoje e tu o sol do meu dia e luz que ilumina a minha vida
Quero me sentar à tarde em um pôr do sol para refletir e deixar a brisa me acertar
Me inspirar... Escrever o que me inspiro para me declarar do que meu coração pensa
Além do vazio que há aqui dentro de mim ainda me restou esperança de lhe dizer a quão importância você tem a mim;
Te tenho comigo o tempo inteiro sem trégua que me faça pensar em desistir, mas sim persistir;
Quero ser feliz ao menos uma vez... Tentando lhe dizer a imensidão dos meus sentimentos...
"Fiquei até tarde da noite questionando o porquê de te eternizar em cada pensamento meu. Tentava com persistência e coragem admitir que do fim não restara mais nada e que teus acenos subentendidos, tampouco eram sinais. Comecei anotando os teus trejeitos em pequenos pedaços de papel. Depois decorei tuas manias estranhas, tuas gírias, teus olhares. Eu me reestruturei só para não perder qualquer gesto que me permitisse te esquecer. Encontrava-te uma letra de música, numa poesia pela metade e até mesmo naquele abismo de incertezas que nos afastava. Saudade do tempo em que eu tinha por quem lutar. Que eu esquecia o precipício que reside em mim apenas para dar apoio ao teu. Não sei se vais compreender, sei lá, sabe. Sinto falta do que poderíamos ter sido, enquanto aprecio o peso de um futuro que eu mesma desenhei ao te admirar de longe. O erro exala simpatia até distorcer-se em inexatidão. E é sempre a mesma coisa, um texto se acaba e nossa história torta permanece, o que me causa palpitações, baby, uma vez que no contorno de cada letra o nosso dueto não parece fazer tanto sentido assim. E eu ainda insisto no plural, usando como argumento o arrepio que a tua presença me proporciona e os imprevistos que te atraem para o meu mundo. E há tantos imprevistos por aí, meu bem. Tua subjetividade é um imprevisto, dotado de sentimentos sem nome e efeitos colaterais. Saudade de ser aquela desequilibrada que esquece roupas, lembranças e sentimentos pelos cantos da existência como se nada mais importasse. Sinto a nostalgia de um ser esquecido e a melancolia dos infortúnios que esbarram a todo o tempo nos meus ombros já cansados. Sinto falta de não sentir falta, de não temer o gosto de ilusão a cada traço irreversível e desconhecido que trilho rumo ao norte de lugar algum. E nesse prefácio de pulsações involuntárias eu descobri que o azar bate à minha porta a cada dez segundos."
E num décimo desse instante eu ainda tenho a esperança de que você seja o azar da vez.
Mas nunca é.
SE O TEMPO VOLTASSE
A se aquela tarde voltasse nem que fosse só por um segundo,
Juro que jamais exitaria
Eu olharia em seus olhos e confessaria do meu amor por ti
Quisera tivesse dez segundos eu seguraria a sua mão, ao seu lado andaria por esta estrada longa
Sem pensar na solidão, sem pensar em nada
Se eu pudesse voltar o tempo para ao menos lhe explicar
Porque o amor se calou e o destino nos separou
Se o tempo retrocedesse para aquela tarde de verão
Quando em meio a multidão, naquele aniversario eu te vi
Vestida num vestido preto lindo
Olhares cruzados, sonhos, vontades reprimidas de nós dois
Se o tempo voltasse, e eu pudesse te ver de novo
Naquela manhã de sábado só nós dois no fusca
Quando pensei te beijar e não o fiz,
Arrependido e frustrado fiquei
Me perguntando até hoje: por que não?
Se o tempo voltasse, e me levasse àquelas manhãs de sol e brisa
Quando você por mim passou. olhares se trocaram, desejos ecoaram dentro de nós
Se o tempo voltasse
Quando a noite chegou e você se recolheu sem mim e eu sem ti
Pensamentos, sonhos, esperanças
Mas o tempo não volta, mas eu ainda te quero
O sol se pôs entre nós
Mas quem sabe amanha ele nascera de novo pra nós dois...
Quem sabe
Meu pai me adora e só me diz frases lindas e tocantes. Hj á tarde ele me disse que eu fui trocada na maternidade. (;
NAQUELA TARDE
Lembro como se fosse ontem, te amei desde o primeiro dia.
Era uma tarde com vento, soprando as folhas de agosto
trazendo pela primeira vez a imagem do rosto
da pessoa que eu mais amaria
Nossos corações pulsavam de alegria
era seu sonhar misturado ao meu, exposto
a nossa frente naquele momento, pelo destino imposto
à transformar nossa vida na mais bela poesia
Agora completos, felizes, somos uma só alma
cada dia mais fortalecidos por esse amor sem fim
que nos incendeia e nos acalma
Sou feliz...realizada...minha vida tem cor,
Desde que Deus te mandou pra mim
naquela tarde, meu amor.
Desculpas
agora que é tarde demais
a decisão foi sua
quando os meus sonhos foram destruídos
você não se importou
Desculpas
agora é tarde demais
você me tirou a felicidade
e me jogou em um abismo
chorando sozinha chamando por você
tudo passou e você vem me pedir desculpas
agora é tarde demais
Eu caminhava, enquanto o dia terminava em uma tarde, que rapidamente escurecia, devagar e intensamente também chovia...
Mesmo sabendo que era meu ultimo dia, eu caminhava, vendo apenas a escuridão que se aproximava.
Tudo insistia em ressurgir em meus pensamentos naquele dia. Era uma tarde de domingo, fria e solitária. Memórias, quais eu não queria lembrar, somente esquecer. Pessoas que diziam que estariam comigo do começo ao fim, indo embora sem ao menos dizer adeus. Eu já estava acostumada com algumas decepções, mas como me acostumar com o fato das pessoas desistirem de mim sem ao menos tentar? Isso eu não aceito, mas mesmo assim, elas desistiam. Minha alma está tão vazia como uma pluma em um dia com muita ventania e eu só, sem nada pra reverter isso. Meus dias estão sendo comovíveis pra quem vê de longe sem entender. Eu queria explicar a todos o que estava havendo comigo, mas eu não sabia descrever. Eu não sabia explicar aquele vazio, só sabia dizer o quanto doía, e o quanto esse sentimento estava acabando comigo, dia após dia. E sabe, eu não sei dizer ao certo nem o porque de eu levantar todos os dias da cama, talvez eu tenha esperanças de que as coisas melhorem, mesmo sabendo que isso demore, mesmo sabendo que talvez nunca melhore. Mesmo sabendo que ninguém se importa. Eu vou continuar tentando, mesmo sabendo que a estrada pra felicidade é longa..
“O investimento de tempo no conhecimento nunca é em vão ou perdido, mais cedo ou mais tarde, “pitadas” de todos eles, formarão nossa consciência e então poderemos usa-los, no mínimo em uma conversa de porta de boteco ou uma reunião de negócios, sendo que os dois, podem acontecer no mesmo local: com pessoas ao redor de uma mesa"
Oh, tente me alcançar agora
É tarde demais para me alcançar agora...