Tarde

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Mesmo que seja tarde, vale acreditar, viver não é só sorte ou azar.

Cuide de quem ainda está do seu lado e que você gosta, porque mais tarde, saudade não vai ser suficiente pra faze-la voltar.

Menina do anel, de lua e estrela
Raio de sol, no céu da cidade
Brilho da lua, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade
Manhã chegando, luzes morrendo
Nesse espelho, que é nossa cidade
Quem é você? Qual o seu nome?
Conta pra mim, diz como eu te encontro
Mas deixa o destino, deixa ao acaso
Quem sabe eu te encontro, de noite no baixo
Do brilho da lua, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade

Sabemos que tivemos uma boa tarde quando, mesmo depois de ter anoitecido, o sol parece ainda não ter se posto.

Roça

A terra flora! Felicidade!
Choveu na roça! Adeus cidade.
Eu vou-me embora. Eu já vou tarde!
Eu vou agora. Bateu saudade!

Vou pegar trilha, vou tomar banho de rio,
A vida pede pra gente ficar por lá!
A natureza todo o dia está no cio.
Tempo no mato não tem pressa de passar!

Mas como é bom ouvir bom dia todo dia,
Sentir as mão e semear, plantar, colher...
Dormir ao som de uma viola caipira,
Pisar o barro, dar aos pés o dom de ter!

Adeus cidade! Eu vou- me embora!
Eu já vou tarde. Eu vou agora!
Choveu na roça! Felicidade!
A terra flora. Bateu saudade!

Quero o silêncio das manhãs de passarinhos,
Ouvir as folhas, respirar a plantação!
Viver de novo a eternidade de um carinho
Que o meu amor me dá de todo o coração!

Até parece que se volta a ser menino,
A gente lembra que é feliz e ri à toa!
Luar na roça é uma bênção do divino!
Viver na roça! Ai! Meu Deus, que vida boa!

Choveu na roça! Felicidade!
Eu vou-me embora. Adeus cidade!
Eu vou agora. Eu já vou tarde!
A terra flora! Bateu saudade!

Nostalgia

Sei que em uma tarde ensolarada de terça-feira, daqui talvez uns 30 anos, sentirei saudades destas paredes tão silenciosas que assistem o meu adormecer há anos. Não minto quando afirmo que reclamarei a falta do aroma dos lençóis que agora me cobrem, lavados pelas mãos da minha mãe, assim como do travesseiro que a tanto tem sido feito de lenço de seda, nos momentos em que as lágrimas não podem ser contidas e caem como tempestades no final de um dia quente.
Não sou capaz de descrever o que despertou tal desejo de perceber o meu cotidiano, talvez no fundo, inconscientemente até o saiba, mas arrisco dizer que há uma grande chance que a causa deste olhar manso e amoroso pelo o que me cerca, por tudo o que está ao alcance das minhas mãos, esteja intrinsecamente relacionado ao tempo, pois ultimamente tenho pensado muito nele.
Às vezes, fico sentada na escada observando os cabelos brancos dos meus pais, que não me deixam esquecer que não sou mais aquela criança (por mais que deseje voltar a sê-la), e não posso negar que sinto medo do ponteiro do relógio que corre, dia após dia, noite após noite, sem parar por um único instante. È fato, todos nós estamos envelhecendo, dormimos mais novos e acordamos mais velhos, mas tenho a impressão que está passando tão rápido.
Parece que foi ontem que fiz dezoito anos, e agora, falta pouco para ter mais de um quarto de uma década; envelhecer não me assusta se de repente me olhar no espelho e ver uma linha riscando a minha face vou entender que são as marcas dos dias já vividos tomando forma, diante de mim; o que me apavora na realidade é o medo do que ficará para trás, do que poderá não seguir comigo, do que deverei deixar e de um dia acordar e ter certeza algumas coisas não voltaram jamais.
Dizem que não se deve pensar no futuro, mas talvez seja necessário, para podermos dar mais valor ao presente, e é isto o que estou fazendo, presto atenção a cada detalhe, não me canso de olhar as velhas paisagens, porque sei que hora ou outra, elas irão desaparecer, e só poderei as reconstruir nas entrelinhas da minha memória.
È de extrema importância valorizarmos todas as coisas, por mais simples que sejam, antes de perdê-las, como também não devemos viver no temor do que há de vir, e do que será, em detrimento do presente, nós só podemos optar por um dos verbos, o presente ou o passado.

Quando a caridade é muito discutida, o socorro chega tarde.

Gaúcho de verdade não abandona a sua terra
Leva no peito a saudade que, toda tarde, traz dela
Erva, cuia, chimarrão

Venham amigos,
Não é tarde demais para procurar um novo mundo, pois eu existo para velejar além do pôr-do-sol.
E apesar de hoje não termos a força que nos velhos tempos mexia com a terra e os céus, o que somos.
Somos um temperamento de corações heroicos, enfraquecido pelo tempo e o destino, mas com grande força de vontade.
Para perseverar, persistir, encontrar e não hesitar

"Eu não sabia o que fazer, e abri a blusa.
Mais tarde eu ia dizer: foi sem pensar.
Ele me achou desnorteada, confusa,
Como acharia qualquer mulher que abre a blusa
E faz tudo que eu fiz só pra agradar.

Minha cabeca não era mesmo muito certa.
Mulher esperta eu nunca fui, mas deveria
Saber me colocar no meu lugar.
Não adiantava nada, eu era assim desatinada,
O tipo de mulher que faz as coisas sem pensar...

Você agora, me ouvindo contar essas histórias,
Talvez me ache também um pouco confusa.
E eu, que faco tudo pra agradar,
Já sem saber o que fazer, abro minha blusa,
Como faria qualquer mulher confusa em meu lugar!"

...dormir tarde, se divertir, ficar selvagem, beber whisky e dirigir rápido por ruas vazias com nada em mente exceto se apaixonar e não ser preso.

Sábado é o primo pobre da semana. Preguiçoso, acorda tarde, irritado. Sábado é a nossa vergonha sendo substituída pela ressaca.

O dia desperta mais uma vez para morrer ao final da tarde... Cabe a mim contemplar esta sucessão de nascimento e morte!

Ao fim da tarde, quando o sol está se pondo, poucas pessoas param e observam o tanto que o mundo tem a nos oferecer, sem nos cobrar nada, e ainda reclamamos. O ser humano muitas vezes é mesquinho, é egoísta. Pensa muito mais nele. Pensa no que possui e no que quer possuir. Torna-se obsessivo, e assim, começa a atropelar os outros em busca do que almeja. A sorte da humanidade é que ainda habitam neste mundo, pessoas que com um simples gesto se enchem de alegria e esperança. Não precisam de um carro do ano ou uma passagem para a Europa. Uma tarde no parque observando o próprio pôr do sol já faz uma enorme diferença para elas. O mais simples se torna tão importante quanto à ostentação da maioria dos homens. O problema, é que ainda assim, o valor dado as pequenas coisas é um sentimento presente em uma parcela ínfima da população mundial, e talvez seja por isso que ainda exista tanta miséria em nosso planeta. Por isso, olhe o pôr do sol, sinta o vento, observe a chuva cair, não fique só esperando por presentes e bens materiais, pois a sua própria vida e o que ela lhe oferece, já é o maior de todos os presentes.

As pessoas, cedo ou tarde, vão nos decepcionar. E não há nada, nadica que possamos fazer. Paciência, faz parte, é uma coisa normal, natural. Não adianta você ser legal, querer o bem da pessoa, defender, ajudar, dar uma força. Ninguém lembra disso, muito menos valoriza. Não, não espero aplausos, confetes, elogios e serpentina, só espero que as pessoas sejam honestas e verdadeiras. Só espero que as pessoas cumpram com a palavra. É demais esperar honestidade? Não quero reconhecimento nem valorização, só quero (e espero, de verdade) que as pessoas entendam que estão lidando com pessoas. E que a vida não é um negócio, as relações não são um jogo. Não sou fria, sou de carne e osso. Mais carne do que é osso, é bem verdade.

A noite é uma criança
E eu sou o seu brinquedo
Não sou eu que durmo tarde
É o sol que nasce cedo.

Se o domingo a tarde é o período mais nostálgico da semana pra mim.
Sábado a noite é um afrodisíaco sem fim.

O amanhã pode ser tarde demais, tarde demais para uma desculpa, uma palavra não dita, uma atitude não feita.

Mais cedo ou mais tarde, todas as máscaras caem. Seria bom que alguns hipócritas soubessem disso.

Nascemos para amar; a Humanidade

Vai, tarde ou cedo, aos laços da ternura.

Tu és doce atractivo, oh fermosura,

Que encanta, que seduz, que persuade.

Quantas vezes, Amor, me tens ferido!

Quantas vezes, Razão, me tens curado!

Quão fácil é de um estado a outro estado!

O mortal sem querer é conduzido!

Nos torpes laços de beleza impura

Jazem meu coração, meu pensamento...
Bocage