Tarde
Ao findar da tarde
Só estou ao deitar da luz;
Quão batente ao sol lutou.
E assim...
vamos...
... pra casa.
Mais um dia fenece
Vem vencedora ilusão
Estrela nova, vem riscar
Mais um traço em minha mão!
Juventude...
Jaz na aurora
No beijo doce: escuridão.
E a menina brincando outrora?
Senhora, agora...
Brinca mais não!
Nunca se é tarde para compartilhar o mais profundo que a alma pode chegar.
Mesmo com erros de gramática se expressar. Improvisar a dor em letras em um quarto sujo e escuro.
O que pode passar no coração de homem que não saber o que é realmente amar.
Ou pelo menos a muito tempo não percebe isso.
Pensamentos tristes e profundos, sonhos debaixo do chuveiro sem sentido.
Uma percepção das coisas que não existem ou são ilusórias.
A dor em saber que não tem forças para tentar alcançar esses sonhos.
A dor na alma tão profunda que nem o mais poderoso submarino conseguiria alcançar.
Não ter palavras para se expressar, a menos que seja de frente a mesa de um bar, com os "amigos" falando sobre mulheres ou subjugando as pessoas.
Um coração partido pelo passado e pelo o que deixou de fazer.
Que a tarde de todos seja iluminada!
Que os sorrisos e as gentilezas sejam exemplo a serem espalhados!
Final de tarde
Ruas
Carros sobem
Descem
Meu olhar gela
A poucos metros de mim
Passa...
Quem sabe de onde vem !
Atravesso calçadas
Sigo
Já nem ligo mais...
Não esqueci teu número
Não deletei !
Só perdi a coragem
Ouvir tua voz
Fria, distante...
Me fez por fim entender
É como se diz;
Quem ama dá um jeito
Arranja tempo
Se mostra, se joga...
Como eu sempre fiz !
Se não tentou
Se não se deu
Não se mostrou
Não se jogou
É que nuca quis.
Sozinha comigo
Perdida
Jogada...
Rabiscando sonhos
Lembranças
Só
Eu e a saudade
Lembrando nós !
26/04/2017
Viver por viver
dor sobre a dor
estupidez sem ador
mesmo que seja tarde,
tudo pode estar pronto,
proposito que se passa,
até morte seja vivo
no luar que embriaga
o destino em julgo
que paira por profundezas
sejas escura no primor
que viaja no impuro desejo,
seresteiro em outros dizeres,
fardos que assim te amo.
Trabalho como um louco.
Acordo cedo.
Durmo tarde.
Quase enlouqueço.
E no final ganho pouco.
E o pouco que tenho...
Faço muito,
pra conseguir
sobreviver neste mundo.
FLATULÊNCIA
Compridor do seu desejo
olhe o traque... Traque, traque
tarde ou sedo,
com jeito, ou sem jeito
deixa troncho insatisfeito,
as vezes em surdina, ou...
Feito um desafinado realejo
em sua flatulência, fute...
Seu cheiro desanima o enredo
mesmo que tente nunca!
nunca consegue manter segredo.
Peido, peido...
deixa bronco todos os feitos
lá vem ele com seu enredo
com sua bufo... Afinado, grosso
feito raio em lampejo
com seu despejo, todo insosso
espanta velho,
espanta moço
com espantos, espantosos.
De aroma indesejoso, sem jeito
o ar sem nem um colosso
sai por ai, todo poroso
com desrespeito insatisfeito .
Antonio Montes
Vulto
Chegou de madrugada,
Leve.
Um vulto que não se ouvia.
Era tarde,
Mesmo na escuridão,
Sorria.
Ah! Passos que temia
Que ao se imaginar
Sentia.
Piscou no novo dia
Tudo ilusório...
Partia.
Pela vida
Era uma tarde florida,
Leve, alegre... Mágica
Sai a caminhar pela vida
Tempo para a água ferver.
Tempo para o pão crescer.
O dormir dos sonhos
Foi a última tarde
E depois
O inverno chegou.
Foi de sol meio ofuscado
Olhar embaçado
A sombra foi sumindo
Acomodando-se em baixo dos pés
Distante um vento zunindo.
A tarde fez-se pássaro alado
O manto escuro veio gelado
E pôs os sonhos para dormir
Ainda nem um mês passou olha para nós agora.
Mas não passou de uma ilusão que não se tarde em revelar é algo que mal começou e só se fala em acabar.