Tarde
Lá estava eu naquela escola, naquela tarde quente... Levei tudo que aprendi na Universidade sobre idade média. Puxa! Estava entusiasmado, pois pensei que eu haveria de problematizar o ensino de história. Muni-me de autores que desconstruíam o pensamento de que a idade média era a idade das trevas, mesmo que o livro didático também de certa forma ja redirecionava para isso; assisti filmes, e videos..., mas me surpreendi... pois, os alunos me deslocaram do eixo significativo, partindo para outas problematizações. Durante a aula percebi que a pergunta da aluna foi muito mais interessante do que meu aprendizado durante meu curso. Perguntou a aluna: Idade Média professor, provêm de medir?
Desconcertado, minha mente logo percebeu o quanto muitas vezes nos preparamos para a sala de aula, e não observamos o quanto temos a aprender com questões dos alunos.
Da pra representar os sabados em um grafico: Desde as primeiras horas ate a tarde uma crescente excitacao e expectativa, que se mantem constante ate a porta da madrugada ja adentrando domingo,isto tudo pode variar,mas o que nao nao muda eh a melancolia de uma madrugada de sabado.
O vento seco bem como entre fogo
a perdição em pleno ar da tarde
sendo, mesmo o fundo de uma tela
porta voz noite que nunca se calará.
É, o tempo realmente passou. Não tão depressa como eu implorei algumas vezes, mas antes tarde do que nunca, não é? Hoje vejo que não poderia ter sido de outra forma. Todas as lágrimas derramadas eram necessárias, porque é essa a maneira que meu corpo encontrou de expelir minhas fraquezas. Então, meu choro me fez mais forte - ou menos fraca, sei lá. Olho para trás e um sorriso torto me salta os lábios involuntariamente. Vejo o passado e não sinto mais vontade de poder voltar no tempo, não. Se voltasse, nada mudaria. Nasci em um dia de chuva de verão, e, tendo os fatores meteorológicos influenciado ou não, me fiz assim também. Tempestade. Aprendi a abrandar e respingar, mas nunca cessar. Seria realmente complicado pra quem não aprecia a melancolia dos pingos de amor que caem do céu em forma de água fria, permanecer. Muitos dias e noites já se foram, e muitos ainda passarão até que todos os pesos e contrapesos entrem em total equilíbrio, mas não me sinto à vontade para reclamar. Estou de bem. Com a vida. Com o mundo. Com o tempo e o destino. Comigo.
Quem sabe um dia
ao por da tarde
vou poder te olhar e sentir teu perfume
adentrando por meus poros
que sempre estarão a espera de seu doce e suave aroma.
Essência
Era uma tarde, era um dia que começou como qualquer outro, numa pracinha abandonada, aparentemente sem vida, apenas com uma grande mangueira que dava sombra, quando ela, Tracy, viu um botão de rosa no chão.
Intrigou-se e foi até onde estava a rosa e a pegou e então sentiu um perfume, uma essência que de início julgou ser da flor, mas se surpreendeu com uma voz atrás de si.
- Perdão, eu a deixei cair.
Ela virou para trás e viu um jovem alto, usando óculos de grau com um buquê na mão e no seu olhar havia uma dor que mesmo sem o conhecer já sentia uma necessidade de arrancá-la dele.
Ele se aproximou e estendeu a mão em cumprimento.
- Meu nome é Daniel e o seu...?
- Tracy. Desculpa ter pegado, é que a vi no chão e me intriguei.
Estendi a mão para lhe entregar a rosa, mas ele recusou.
- Podemos sentar? - Perguntou Daniel apontando para um banco onde havia sombra. E assim foram.
- Desculpa perguntar, mas porque você está com um buquê na mão e um semblante tão triste?
Ele a olhou profundamente por breves segundos e então decidiu se abrir: Fui atrás de um começo e encontrei o fim.
Tracy se comoveu com o rapaz e audaciosamente segurou sua mão para confortá-lo e para sua surpresa ele não recusou o toque.
- Tenho certeza de que ela se arrependerá do fez. Talvez pudesse acontecer algo pior e a vida te poupou.
- Não acredito nessas coisas.
- Pois eu sim. Estava aqui sentada olhando o tempo, sentindo o vento e me perguntando quando eu encontraria a essência da vida.
Ele me examinou e pela primeira vez, sorriu.
- Profundo isso, não?
- Desculpe-me. É que sou meio assim às vezes.
- Sabe, foi muito bom ter te encontrado e como gratidão quero lhe dá esse buquê. Receba como a joia que foram suas palavras para mim.
Ela ficou estática no momento. Nunca recebeu algo tão belo e significativo assim de alguém. Aquele cheiro, aquela voz e aquele gesto nunca mais seriam esquecidos e assim Tracy encontrou não a essência da vida, mas a vida em uma essência.
O círculo de fogo
O ego afunilando e estou na mira da navalha, seguro o vômito, uma tarde de sono pra várias noites de insônia.
E pra onde foi minha leveza?
Aquela clareza? A poesia se jogava na mesa do café da manhã.
O barulho era do dia trazendo alegria e o que viesse, estava bom pra mim.
Agora é uma quimera nova todos os dias, infiltradas no meu quintal.
Pois bem, as rosas já não falam.
Entreguem com urgência a vitória pra quem quer meu mal, não porque desisti de lutar, e sim por saber que certas disputas não me trazem glória.
Boa tarde!
Traga de volta aquele sorriso que ficou escondido pelas preocupações do dia, olhe para dentro de você e veja o quanto Deus tem feito por você, ... quantas foram as vezes que Ele te livrou, te guardou e te abençoou...
Deixe que a gratidão encha cada cantinho do seu coração e acredite... MUITO mais Ele tem pra você...
Débora Aggio
Mesmo você ficando perdido,um dia,cedo ou tarde,o destino se encarrega de mostrar o que é de verdade.
A honestidade, mais cedo ou mais tarde alcança a sua recompensa, que frequentemente é obtida quando nela não se pensa.
Preso em mim mesmo, limitado ao poder de falar; não posso me prejudicar mais tarde. Chego a ser tolo, sofro pela bobagem dessa dona, e o medo será que veio a nascer? as incertezas eram mortas até que as mudanças foram bruscas demais, a ponto de serem previstas que iriam me surpreender. Pode também esse tempo que passa me ensinar que o amor é uma árvore em extinção, que como homem sou fraco igual menino, infantil como quem me torno, então só me resta descansar; não me importa se não chegou a noite o travesseiro é o melhor lugar agora.
Para um dia mais tarde...
Ele: Sabe o que eu diria se reencontrasse você...?
Ela: Não. Nunca saberia. Você sempre se preocupou em ser imprevisível...
Ele: ...
Ela: Mas, provavelmente, eu sei o que você esperaria que eu lhe dissesse...
Ele: O quê...?!
Ela: Que me arrependo de ter partido e agora sei que sempre te amei.
Ele: ...
Ela: ...
Ele: E você só pode deduzir o que espero que você diga baseando-se no último "eu" que você encontrou...
Ela: E você não é mais o mesmo?
Ele: Nem eu, nem você...
Ela: ...
Ele: ...
Ela: O que será que eu estaria dizendo nesse momento, então, sendo o "eu" que sou agora?
Ele: Não importa... Desde que você seja um "você" melhor do que você era...
Ela: Está dizendo que eu não era boa o suficiente?
Ele: No mínimo, que me interpretava mal, como está fazendo agora...
Ela: Não sou eu. É você me reflectindo...
Ele: ...
Ela: E você? É uma pessoa melhor hoje?
Ele: Acredito que seja o melhor "eu" que já fui...
Ela: Mas, pelo visto, ainda prepotente.
Ele: ...
Ela: Mas não de um jeito arrogante. Suas prepotências sempre foram muito inocentes.
Ele: Sabe o que eu diria se reencontrasse você...?
Ela: Não. O que diria?
Ele: Também não sei...
Ela: ...
Ele: Só sei que, hoje, diria sorrindo...