Talvez
"Talvez eu seja uma garota no corpo de um garoto, porque é tudo contraditório: mulheres falam que homens não têm sentimentos, homens não prestam. Talvez eu não seja um homem, porque todas essas palavras não me descrevem."
Talvez
Talvez, eu possa vir a te esquecer.
Posso eu te ver, e fazer de conta
que não te vi.
Quem sabe eu passe a viver sem de ti.
lembrar.
Poderei a tudo isso fazer?
Certo que não.
Posso sim, vir a te amar mais,e certeza disso
eu tenho
Certeza maior é a de que nenhum talvez possa
vir a existir ou acontecer.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista (Aclac)
Membro Honorário da A.L.B - São José do Rio Preto - SP
Membro Honorário da A.L.B - Votuporanga - SP
Membro da U.B.E
Talvez eu só tenha medo, de estar sempre preocupada se dessa vez vai dar certou ou se vai acabar bem, as pessoas sempre falam para eu persistir e não desistir, mas eu sempre acabo desistindo, por causa do medo, e fico me sentindo uma fracassada.
Queçá
"Queçá um dia, ei, hei de ousar. Ouso falar que me calar. Eis-me aqui, meu amor. Ouvi tua prece e, num primeiro derramar de lágrimas, venho cá. Meu amor, venho cá. Por mais que não estejas perto, hei de me importar. Não, senhora querida, não me importunas. Tu és aquele lindo nascer do sol e o aconchego do meu coração nessa canção querida. Quero que me queiras assim como te quero, e hei de te querer mais e mais, pois tu és o meu viver e a minha paz. Meu coração canta, canta com desejo. Vem e me dá um beijo, pois já não quero nada, nada sem você."
POETAR
Ser poeta é, por sua vez,
questionar os inúmeros “porquês”;
é roubar do tempo a rapidez
e querer o que a vida desfez.
É expressar os gritos da mudez
e fazer ouvir ruídos na surdez;
é ver no translúcido a nitidez
e saborear o doce da acridez.
É tatear o morno da tepidez
e transformar a frieza em calidez;
é despir de pudor toda nudez
e despertar a libido da frigidez.
É desembaraçar-se diante da timidez
e agigantar-se em pequenez;
é fartar-se em plena escassez
e permitir inquietação à placidez.
É tratar com suavidade a rispidez
e converter indelicadeza em polidez;
é fazer da aspereza maciez
e revelar humildade à altivez.
É propor prudência à insensatez
e buscar a cura para a morbidez;
é estar sóbrio de embriaguez
e mostrar-se demente de lucidez.
É dotar a estagnação de fluidez,
e extrair as cores da palidez;
é dar às vontades humanas solidez
e aos corações empedernidos flacidez.
E nas linhas que no papel se fez,
rascunhar, com leveza e avidez,
os desalinhos da alma, de vez,
com todas as certezas de um talvez.
(Selecionada no “5 º Concurso Nacional de Poesia”, da cidade de Descalvado-SP, e publicado na coletânea “Marcas do Tempo VIII”, no ano de 2006)
Talvez um dia
Talvez um dia te faça um poema!
Talvez um dia te conte um conto!
Porém, as letras vestem de espanto
todas as rimas do mesmo tema...
Talvez um dia te faça um poema,
com as quatro letras da minha sina;
cheio de graça, de sacarina
vinda dos trechos de um nobre tema...
Talvez um dia seja um soneto
que te descreve como eu te vejo...
Falo de amores, de um terno beijo
e das palavras a branco e preto...
Talvez um dia!
Talvez
Substituíveis sim, esquecidos talvez nunca.
Entre o mínimo e o máximo a uma pessoa, a um coração, então cabe a cada um saber levar na balança do equilíbrio.
As vezes o que se revela concreto pode ter reflexo, pode ser de vidro.
A neve é bonita e fria, um coração quente não esquece nunca mais da sua alma gêmea, já um coração nevado esconde seus sentimentos e se demorar bastante talvez consiga até faze-los desaparecer.
Se o mundo não vai se adaptar ao que você quer, talvez seja melhor promover uma transformação dentro de si.
talvez...
não existe cura, existe apenas o tempo.
o verdadeiro não acaba, não cessa, não resta, ele fica.
envolve momentos, deixa pegadas. eleva a alma afagando a razão.
doce e o instante que em pensamento sinto a falta da paixão.