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A distância é o local mais seguro para se estar de uma pessoa que se vitimiza por um problema causado por ela.
A prática constante de definir como inadequado o ato de tornar público uma ação altruísta, faz com que se deseje mais, estar no papel de vítima pela atenção recebida, do que no papel de benfeitor por medo de julgamentos.
Um dos maiores valores morais da advocacia encontra respaldo na defesa daqueles que se invertem em vítimas pelo injusto penal transfigurado de medida certa aplicada, no qual o absurdo jurídico em detrimento do “justo” tem “fundamento” arbitrário em cunho pessoal doentio, o vingativo social, dos hipócritas obcecados por impelir a “justiça com as próprias mãos”, seja por atos mais simples, ante os sórdidos e às escondidas, a exemplo se negar informação jurídica quando solicitada a quem deva informar.
CATAPULTA
Muito menos que uma vítima
Talvez seja um predador
Não importa mais a crítica
Bem mais vale o amor
E sem pretender perdão
Procurando uma desculpa
Desamarra esse cordão
E liberta a catapulta.
O grande problema da vítima, é ansiar pelo cuidado e pelo amor do outro, quando necessita, na verdade, de um cuidado consigo. Permanece nessa inércia, esperando ser salva. Em algum momento, a vítima precisa entender que só ela pode ser o próprio herói.
Ter um culpado…
Colocaram fogo no restaurante comigo ainda lá dentro. As chamas lambiam as paredes como línguas de uma ira que nunca foi minha, mas, de alguma forma, sempre me escolheu como alvo. O calor não me assustou. Pelo contrário, senti uma espécie de familiaridade com ele. Eu, que vivi tantos incêndios na alma, agora era apenas mais uma peça no cardápio do caos.
Enquanto o teto ruía e o ar se tornava pesado, percebi: não valia a pena gritar. Quem acendeu o fósforo já havia saído pela porta da frente, talvez assobiando uma melodia de inocência fingida. E quem passava pela calçada, ao ver as labaredas, não pensava em salvar quem estava dentro. Pensava apenas no espetáculo da destruição. Porque é isso que as pessoas fazem, não é? Elas assistem.
Então eu olhei ao redor. Louças estilhaçadas. Mesas tombadas. Cortinas em chamas. E, pela primeira vez, senti uma espécie de alívio. Uma certeza incômoda, mas libertadora: se é pra me chamarem de culpado, talvez eu devesse ser. Não me restava mais nada pra salvar — nem o restaurante, nem a mim. Peguei o que sobrou de força, virei o gás no máximo e, com um fósforo que achei no bolso, devolvi o favor. Explodi aquele lugar como quem assina um bilhete de adeus: com firmeza, sem remorso, mas com estilo.
Saí pela porta de trás, enquanto os destroços ainda voavam pelo ar. A fumaça subia, preta como os julgamentos que viriam. E eu sabia que viriam, claro. Sempre vêm. “Por que você fez isso?”, perguntariam. “Por que não tentou apagar o fogo? Por que não pediu ajuda?” Ah, os paladinos da moralidade, tão rápidos em condenar e tão lentos em entender. Mas eu não queria me explicar. Explicações são como água despejada sobre um incêndio: às vezes apagam, mas quase sempre só espalham mais fumaça.
Ser o vilão era mais fácil. Mais honesto. Assumir o papel de quem destrói é menos exaustivo do que tentar convencer o mundo de que você foi destruído. Porque, no final das contas, ninguém realmente escuta. Eles só querem um culpado. E, se é pra ser apontado de qualquer jeito, que seja com a dignidade de quem escolhe o próprio destino.
Não estamos falando de restaurante. Nunca estivemos.
Vítima perfeita
Eu apaguei as tuas mensagens do meu celular, mas foi em vão, pois elas já estavam gravadas na minha mente,
Eu quis me afastar dos teus abraços fortes, do som das batidas do teu coração, foi em vão,
Cada movimento que seja contrário ao teu encontro é uma perda de tempo é um pecado sem perdão,
Eu não queria me apaixonar de novo para depois ter que abraçar a solidão, tolice a minha de pensar assim, foi um susto saber que pulei sem perceber essa fase da paixão e vim cair direto no colo do teu amor,
Sou refém da tua companhia, sou réu desse processo, sou a vítima perfeita daquilo que me faz bem.
Tua Emoção manda voce virar as costas para alguém e tua Razão manda dar a mão é porque a vítima não foi você.
Pare de se colocar no papel de vítima e sentir pena de si mesma! Reaja! Levanta-te, ergue a cabeça e segue! Enquanto estiveres no chão lamuriando, ninguém vai querer estar ao teu lado.
Fazer-se de vítima no campo minado da realidade é procurar ser implodido pelo pensamento deletério que nos rodeia, e pelas ações intempestivas que nos desqualificam
O bem que alguém te fez não o isenta da maldade proferida a outra pessoa. O perverso é também descrito como manipulador.
Ouço homens mentirosos, inteligentes e espertos que se aproveitam até dos enfermos nos hospitais, mas não percebem que são sendo vítimas nas mãos de Satanás.
Comunicação e tecnologia arcaicas são aquelas que seus infratores inventam um jeito de enganar a vítima, pensando que as suas informações nunca serão checadas por terceiros.
Gente armada, soberba, descaracterizada de seus direitos, é vítima fácil de outros que não gostam de ser ameaçados ou impedidos em relação ao intento de seus males.
Fuja de rolos, falcatruas e organizações criminosas para que não se torne vítima corporal da Polícia Federal e vítima espiritual do Supremo Tribunal de Cristo.
Todo incrédulo mente para si mesmo, porquanto ele crê em coisas más e sai fora para não ser vítima de quem crê nas maldições.