Tag verso
Tudo o que sou é lamento
Tão pequeno na escuridão
Mas tão vasto no pensamento
Esse "tamanho universo"
É tão grande quanto o meu verso.
A Bruma e a Réstia
Por entre as brumas que envolvem as incertezas
Sempre há uma réstia de brilho, de beleza
Seja vermelha carmim ou turquesa
Por entre os limbos, umbrais, carnes e vais
Há o barro, o jarro, o sarro, o sonho o riso...
Haverão, inevitavelmente, as notas batizadas
Pelo frade Arezzo .
Entre você e eu existe a bruma, mas a réstia é demasiadamente incandescente! É fogo
Qual mil lampiões no breu de uma noite sem estrelas.
Entre o eu de você o lamento de muitos vais
Em nossa tempestade existe o sal do mar
O sol do lá, e do turquesa. Beleza!
No desassossego da alma, exuberante é o Álamo
Que adorna nossa casa, a casa das nossas almas, vez em quando, esguias – trivialidades.
Não obstante, no liquidificador metafórico que transcende e mistura a magia,
Somos um só líquido.
Sólido líquido
Calefação
Ebulição
Nunca o congelar. Jamais o engessar.
Somos porquês com respostas
Somos o ganhar sem apostas
Somos um verbo conhecido e desconhecido
Somos uma aberração dos comuns sentidos
Em vários desvarios.
Se isso não é o amor
Amar é o nada
Se isso não é amor
As brumas são réstias
Se o sol não está aqui
A chuva nos basta
Isso é amor
Luciano Calazans, Salvador, BAHIA. 05/02/2018
Luzes de um Ser Tão imerso
As luzes brincam de sertão
A saudade brinca de gangorra
Às vezes dói, vez em quando vêm alívio
A saudade é a flâmula do desejo de estar
O pai a léguas de distância então
Exalta a resignação forçada
a estar em uma feliz solitude
Tresloucada mordaça em contos de fada
Um vão suspiro - de alívio ou solidão
Enternece o pai distante não por querer
A causa vence efeitos, júbilos, grãos
Assim as luzes podem - e devem
Brilhar mais na seca paisagem
Brincar por raras folhagens
E brincar como seres fortes que são
Tão ser...
Luciano Calazans. São Paulo - SP, 13/09/2015
Meu coração tem quantos versos eu quiser.
É só pulsá-lo com rima e rumo,
É só mostrar a humanidade , em resumo,
Ternura , sonho , gratidão ... é ser Além
De um simples verso qualquer.
Meu desassossego
não é fruto do medo que tenho de assombração,
nem da fome ferrenha que passo no sertão,
nem da seca que corta meu quintal e nem do vento,
que nada tem para balançar no meu varal;
o causo é que meu amor foi embora,
não levou nem uma sacola e ainda assim
só me restou solidão
Mas fica em pensamentos todos os momentos que eu fantasiei, que um dia eu sonhei, mas é hora de acordar, parar de pensar e seguir seu perfume quando você passar...
Você sente quando olho com ameaça de fazer
o que penso e que revelo no meu gesto de roer
As minhas unhas com nervoso de emoções ,
na ânsia de sentir o teu perfume e te beber
Direto da tua boca os teus amores de ilusões
Tamanho nunca foi documento. A prova disto é o buraco que deixa os simples detalhes, como a falta que faz uma mensagem tua...
Hoje eu sei o que eu espero
Nessa vida o que eu quero
Amores mais e menos bens
E um dia quem sabe ser de alguém
Meu dia amanheceu antes do sol raiar,
no brilho do seu sorriso depois do amor
Foi uma noite de estrelas e de luar...
Que bom que há versos nobres de um latim esmerado e que no casebre ao lado residam os verbos pobres...
Se um ao outro descobre qual parentesco de rimas, os dois vivem o mesmo clima com liames e convergências...
Curvar-se é uma reverência e não uma subestima...
Ele não tá nem aí
Então vou aparecer por aqui
Aqui ele vai me notar
No feed nao tem como ignorar
Vai lamber a tela do celular
Vai reprovar na arte de suportar
Minha ausência em consciência
Te vejo amanhã então?
- onde?
-aqui mesmo, no feed
-pq?
-pq só existo ao ser visto aqui
Ele é malandro
Com seu amor conquista todo o mundo
Sua simpatia contagia
Não é à toa sua alegria
Seus motivos são reais
Superficiais, ademais,
Pra quem não te conhece
Manda bjo e agradeçe
Ele é tatuado
Meio humano
Todo gato
Sonho verde
Cheiro de mato
Abraço apertado
Tem direito
Tem amor no peito
Um homem de respeito
Tomara que chova
Tomara que venha
Eu e vc aconteça
Vassala palavra que inala
hipocondríaca aliança devassa
miragem viagem de marte
faca opaca cravada
maré de abaeté do-mi-ré
amor destoando canto do verso
Sobre: " fazer amor", amor não se faz! Amor acontece, se vive e se sente. Amor não se toca, mas nos toca por dentro. Amor não é tato, é alma. Não se faz amor, mas podemos faze-lo acontecer.