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Pare de se preocupar com estar envelhecendo. E pense em crescer.

Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo para você, não pense.(...)
Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.

Desconhecido

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Cora Coralina.

A velhice não significa mais do que deixar de sofrer pelo passado.

Cuidar de uma criança é melhorar a hipótese de ser bem cuidado, quando a idade te tornar novamente criança.

Esta palavra, “velha”, bem, deveriam inventar outra porque ela já vem contaminada de coisas como a decadência, a finitude. Os velhos são produtivos, apesar de terem uma sociedade que só cultua o novo.

Nascer velho

Eu queria que as pessoas nascessem velhas e morressem crianças.
Pensem bem: o homem quando resolve viver, e quando tem tempo para isso, já está no fim da vida – careca, barrigudo, sem a menor disposição para nada. Por isso é que seria uma boa o homem nascer velho e morrer criança. Nascia com 80 anos e ia ficando moço até morrer na infância.
Nascer velho.
As amigas conversando: "Nasceu meu filho. Perfeitinho, 80 anos, 75 quilos, 1,80 m de altura." "E como vai se chamar?" "Ah, eu tinha escolhido Luis Antônio, mas ele mesmo foi ao cartório e se registrou: Aroldo."
Aí vinha outra: "Não está lindo meu filho? Mas, peraí, de calcinha e sutiã? É que eu esperava menina e tal..."
E quando chegasse uma visita, a mãe chamaria: "Venham ver, hoje ele deu a primeira tossida. Tosse aí para a moça ver." Como todo bom velhinho, você nasceria com o direito a ser neurastênico e ranzinza. Nos berçários, filas de cadeiras de balanço com os velhinhos pigarreando sob cuidados de geriatras, se queixando das doenças de recém-nascido.
Mas nada faria mal porque todo mal já estaria feito. Você só iria melhorando a cada dia. Os anos e as semanas caminhariam para trás. Sexta, quinta, quarta, terça, segunda-feira virava sábado. Quer coisa melhor? E se a vida corresse para trás, tudo seria mais fascinante. Acordei com uma ressaca tão grande hoje. Estou imaginando o pileque que eu vou tomar de noite. Se nascesse com 80 anos, você, aos 60, casaria. E aí? Uma desvantagem: casava com uma velha.
Mas é preciso não esquecer que, com o correr do tempo, a sua mulher ia ficando cada dia melhor. Mais moça, até ficar viçosa e se transformar num ‘pancadão’ de mulher aos 20 anos.
E vocês, depois do casamento, ficariam noivos e depois de noivos seriam namorados, até chegar ao amor infantil, puro e desinteressado. O amor de duas crianças apagando das árvores os corações entrelaçados. Você nasceria rico, aposentado e sábio. Na sua profissão você seria um gênio. Ganharia cada vez menos até chegar à faculdade para ir desaprendendo. E ficava mais ingênuo, mais burro e mais puro. No fim da vida, você teria a pureza absoluta. Andar de bicicleta, nadar pelado no rio, trepar em árvores, soltar barquinho de papel nas enxurradas. A bola, a pipa o chiqueirinho, o boneco de pano. Do chiqueirinho para o berço, o chocalho e pararia de chorar.
E com o tempo correndo para trás, a humanidade regrediria dos séculos. Colombo e Cabral, de marcha a ré, "desdescobriram" o novo mundo. Chegaríamos a "desinvenção" da roda e o desconhecimento do fogo até o último homem, o último primeiro, quando entra um Deus pegando nas mãos e, ao invés de soprar, inspiraria o homem outra vez para dentro de si.

⁠Como costumam dizer, a velhice nos deixa mais emotivos.

Envelhecer é a coisa mais poética do mundo: até os olhos ficam entre aspas. Deve ser porque entre a infância e a velhice há um instante chamado vida.

O envelhecimento não é juventude perdida, mas um novo estágio de oportunidade e força.

⁠A avó

Quanto saber! 
Quanta vida! 
Quanto tempo!
Agora o ciclo faz a volta
Precisa de cuidado, alguém que cuidou!
Precisa de alimento, alguém que alimentou
Quanto cansaço!
O peso dos anos!
Mas também alegria em continuar vendo a vida!
Alegria nos dá
ao falar sobre tudo, 
comentários tão francos que nos tiram sorrisos!
Seus cabelos nos lembram 
que viemos de ti 
e é para ti que nós vamos!

Pri Fonseca

⁠Durante toda a minha vida fui ensinado a morrer, mas ninguém nunca me ensinou a envelhecer.

Billy Graham
Meacham, Jon. Pilgrim's Progress. Newsweek, 13 ago. 2006.

⁠"Tenho 84 anos, 2 filhos, 6 netos, 8 bisnetos e um quarto de 12 m2.
Já não tenho minha casa nem minhas coisas caras, mas tenho alguém que arruma meu quarto, prepara minha comida e cama, mede minha pressão e me pesa.
Não tenho mais o riso dos meus netos, não os vejo crescendo, abraçando e brigando; alguns me visitam a cada 15 dias; outros, a cada três ou quatro meses; outros, nunca...
Já não faço macarronada, ovos recheados, almôndegas, tricô ou crochê.
Eu ainda tenho um hobby: fazer sudoku que me diverte um pouco.
Não sei quanto tempo mais terei, mas tenho que me acostumar com essa solidão, faço terapia ocupacional e ajudo quem está pior do que eu, mesmo que eu não queira me vincular demais. Eu desapareço muitas vezes.
Dizem que a vida fica cada vez mais longa.
Porquê?
Quando estou sozinha, posso ver as fotos da minha família e algumas lembranças de casa que trouxe comigo.
E pronto.
Espero que as próximas gerações entendam a importância da generosidade de devolver  aos nossos pais o tempo que nos deram ao crescimento".

Espalhe flores e amor por onde passar, e um dia se precisar, não terá receio de voltar pelo mesmo caminho.

Eu quero acordar do seu lado toda manhã
Ouvir seu "Bom dia!", um café, croissant
Duas cópias da gente correndo no quintal
Os altos e baixos de todo casal
Eu quero nós dois bem juntinhos
Até ficar bem velhinhos, bengala e crochê
Até o final: eu e você

A velhice, as vezes não é uma doença e nem algum tipo de deficiência, pois um dia todos nós envelhecemos. Mas nossa alma não, ela continua com os mesmos hábitos as vezes aumentados do que eram. Bondade ou maldade.

Até os desejos mais frenéticos, nos abandonam no decorrer da vida, mudam no passar dos anos e se tornam sem valor com o avanço da idade.

Sim. Eu tive filhos... Mas, acho que exageramos na dose de chá do esquecimento que lhes servi, algum dia... em algum lugar. Sei lá! já não me lembro... Faz tanto tempo!

A velhice nem sempre é sinônimo de sabedoria, porque há pessoas que levam consigo ignorância de anos.

Sim:
Cabelos caem,
A pele se desprende,
aos poucos todos cansam...
Devagar, muitos se rendem...
— E Maria?
Lá... dobrando as vírgulas
de algum lugar.

“Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança”.

(Trecho dos versos publicados originalmente no livro "Sentimento do Mundo", Irmãos Pongetti - Rio de Janeiro, 1940. Foram extraídos do livro "Nova Reunião", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1985, pág. 78.)

A quem eu acho que engano ao pintar meus cabelos brancos para parecer mais nova? Qual é a vantagem de parecer mais nova? Não consigo entender porque este anseio de permanecer jovem para sempre. A Bíblia diz que assim como
A força é o adorno dos jovens, os cabelos brancos são a honra dos velhos. (Prov. 20:29)

A velhice não está nos cabelos brancos do ancião, mas na mente daqueles que acham que tem de ser servidos com condições de servir

A grande maioria das pessoas só conhece dois momentos históricos em sua vida: o do narcisismo-infanto-juvenil e o da rabugice-avarenta da chamada terceira idade.

O hábito desgasta nossa admiração, e uma novidade medíocre é capaz de derrotar a maior celebridade na velhice. Portanto, renasça em coragem, em intelecto, em felicidade, e em tudo o mais.

Já coleciono histórias, umas eu conto outras deixo para o Alzhaimer.