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Quando o meu corpo sente a falta do teu corpo, eu fecho os meus olhos, deixo minhas mãos percorrerem minhas curvas, e suavemente me acaricio, imaginando tuas mãos tocando-me suavemente.
Quero tua mais indomável intensidade.
Quero ser o dono teus olhares.
Quero ser o conhecedor de tuas versões, das mais doces as mais amargas.
Quero ser o ponto de partida dessa tua mente confundida.
Quero mergulhar dentro de teu desejo, sendo eu o motivo e dono deles.
Quero romper a linha da tua razão e ser a tua loucura mais querida.
Quero ser o teu segredo mais amado e o teu medo de perder.
Quero ser o motivo do sorriso solto vindo de tua memória.
Quero ser o teu amor improvável.
Quero te ter, ser, se entregar e receber.
Porém, entre o querer e o poder, está o teu sim ou não. Mas estou tristemente consciente que esse meu querer pode se tornar apenas o teu seria mais perfeito.
Qual das tuas imperfeições carrega tua estrutura?
Já parou para pensar que aquilo que consideras teu maior defeito pode, na verdade, ser a base que sustenta quem tu és?
A vida é um constante movimento entre o ideal e o real, entre o que sonhamos ser e o que, de fato, somos. Nesse processo, muitas vezes, somos confrontados com nossas imperfeições. Mas, ao invés de vê-las como falhas a serem corrigidas, e se as enxergássemos como partes essenciais da nossa estrutura?
Imagine uma casa antiga, com algumas rachaduras nas paredes. À primeira vista, essas imperfeições podem parecer meros defeitos. No entanto, muitas vezes, são essas mesmas rachaduras que revelam a história da casa, que mostram sua resistência ao tempo e às tempestades que enfrentou. Da mesma forma, nossas imperfeições podem ser os elementos que nos dão força, que nos moldam e que nos tornam únicos.
Qual das tuas imperfeições carrega tua estrutura? Talvez seja aquela insegurança que te faz buscar constante aprendizado, ou aquela timidez que te dá sensibilidade para perceber o outro com mais profundidade. Pode ser também a tua ansiedade, que te impulsiona a agir, a sair da zona de conforto e a conquistar novos espaços.
Aceitar nossas imperfeições não significa se conformar com elas, mas sim reconhecê-las como parte fundamental de quem somos. São elas que, em muitos momentos, sustentam nossa estrutura, que nos dão equilíbrio e que nos lembram da nossa humanidade.
Então, da próxima vez que te sentires pequeno diante de uma imperfeição, lembra-te: é ela que carrega parte da tua força, é ela que te torna humano. Afinal, somos feitos de sonhos e de falhas, e é essa mistura que nos torna tão especiais.