Tag tragédia
O silêncio dos inocentes. Enquanto não é percebido tudo anda suave; mas ao ser revelado o desastre, muitos dizem: "eu não tinha falado?"
O QUE VALE PARA VALE, NÃO VALE PARA MIM, NESSE “JOGO” SUJO DE LAMA!
Sobre o rompimento da barragem em Brumadinho.
O que posso pensar, que foi uma tragédia? Bola pra frente porque isso vale...
Que foi um acidente? Bola pra frente e que continue o “jogo” da VALE...
Não, não é bem assim, isso para mim não VALE!
Se eu for considerar uma tragédia, é com certeza uma “tragédia anunciada”, sendo a maior que eu tenho conhecimento! Em minha opinião, tragédia é quando não se pode evitar, o que aconteceu em Brumadinho foi CRIME e isso não VALE!
Assim penso que existe a necessidade de repensar esse “jogo”, do que vale e do que não VALE!
Sabemos que esse crime está acontecendo novamente e vale lembrar que esse mesmo crime da VALE, que gera toda essa comoção Nacional (onde me incluo nela) pode se repetir nas demais barragens da VALE que certamente devem possuir a mesma atenção e cuidado (ou falta deles).
Isso para mim não VALE!
Como evitar que esse terror se repita? Realmente fica aí uma pergunta que não vi ninguém responder ou reanalisar nas regras desse “jogo da VALE”, se vale ou não VALE.
Outra importante análise que não tenho visto acontecer é a relacionada a órgãos de fiscalização e proteção do meio ambiente, especialmente os ligados à área de mineração.
Qual a responsabilidade desses que tem o PODER de autorizar, de falar que vale para a VALE a criação de barragens com essa? Onde foi o erro por parte desses órgãos?
O fato que vale lembrar é que nada trará as pessoas assassinadas pela empresa VALE de volta. Nada trará a vida, aos “pedaços de famílias” que ficaram e que, após passar a comoção nacional, permanecerão suportando essa dor que não “vale a pena”.
Sobre a pena e justiça, não consigo imaginar que seres humanos, na figura de profissionais consigam viver sabendo dos riscos que submetem outros seres humanos que moram e que trabalhavam para mesma empresa nessas regiões. Não me parece lógico ou racional essa opção. Assim ,não VALE!
Não consigo mensurar como a VALE e seus profissionais responsáveis, seus investidores conseguirão reparar essa também gravíssima opção que fizeram... Opção absurda de utilizar tecnologias que não minimizam os riscos de acidentes como este e, que podem estar espalhados pelas áreas de mineração VALE.
Como não é possível mensurar, em minha opinião, existe a necessidade de punir exemplarmente a empresa VALE e que a partir de hoje para ela minerar não vale mais em nosso país.
Isso Vale? Não sei...
Isso resolverá o problema? Não VALE!
Mas com certeza irá fazer outros “times” a repensarem antes de entrar no “jogo de lama”, de o que vale, além dos lucros é o VALOR da vida!
#NaoVale
Desmoronamento de casas nas encostas de morros, enxurradas que destroem vidas, ruas alagadas nos grandes centros urbanos e viadutos que desabam têm por causa a omissão de alguns e a ação danosa de outros. Deus só entra no drama para confortar os flagelados.
Não é atraente,
A beira do precipício?
Parece que,
se nos lançarmos,
Iremos flutuar e dançar no ar
Só tem um jeito de descobrir
Porém, o nome já dizia
Estava à beira do precipício
Devia ter advinhado
"No Brasil coberto de lama, corrupção, tragédias, impunidade e desigualdades rotineiras, jornalistas engajados e professores resilientes só são lembrados depois que morrem"...
O homem só teme a justiça divina, quando está vem acompanhada de uma tristeza ou de uma tragédia insolúvel.
Pensamentos do Barão
Rir de minhas tragédias pessoais foi a melhor maneira que encontrei para não virar um homem amargo.
As maiores tragédias "amorosas", se vemos bem pela história, não vem do amor e sim da paixão, quando o cérebro dos envolvidos muda da cabeça para o meio das pernas. Alguns se escapam, pois devagar o cérebro desses vão subindo e se colocando no local correto, sem antes dar uma parada no coração.
Eis o que significa ir da felicidade à tragédia
para um homem, em dois atos:
ir dormir com as galinhas
e acordar com o galo.
S. de MATAR
(J.W.Papa)
Descobriram Mariana da lama que cobria Bento Rodrigues
e do minério, descobriu-se o mistério
que o capital há muito tempo escondia (a sete chaves).
Descobriu-se em Mariana a lama que sempre encobriu Minas
sob as montanhas de rejeitos camuflados nas represas
- de empresas tão lixo -
quanto o descarte que oferta hoje aos rios das cidades ao redor.
Descobriram os segredos mais bem guardados dos barões do Estado
em seus engenhos de minério de ferro e ganância desmedida
depois de um tsunami de lama ter inundado a paz de todo mundo
ceifando tantas vidas em tragédia tamanha
planeada em engenho absurdo durante tantos e tantos anos.
Descobriram na lama a saída humana para tamanho problema!
Mérito da bondade do povo brasileiro mobilizado
cansado de ser enganado e de tanta lama sendo espalhada por aí
e que a essa altura, já vai pr’além dos joelhos.
Mataram os peixes (os homens), os rios (as vilas) e derrubaram as árvores (as casas)
Agora está muito triste ver tantos corpos serem desenterrados.
Transformaram as montanhas (cartão postal de Minas) em pó
A tristeza é que todos nós sabíamos muito antes e nada fizemos.
Romperam as barragens, fazendo transbordar nosso ódio do peito
Será que depois de tudo isso, ainda permaneceremos calados?
Deixou pra trás quem vem,
Trazendo toda a questionada solução.
Se faz sentido a falta de sentido
A ausência da resposta nos explica tudo então.
Eu vejo como ele viu o que lhe aconteceu
Se fez tragédia por não ser mais cômico,
E de tanto brincar de prever
A própria sorte trouxe então, o gosto de fim.
Eu desejo um pouco de esperança
Pra quem nunca alcança a vontade de sorrir.
E mesmo assim existe gente que nem vontade sente
Prova o gosto e bebe a chuva desse injusto fim
Olha pra mim, diz que eu to errado
Já que agora eu só lhes trago
O que ninguém quer ver,
O que ninguém quer saber.
Fiz questão de ter certeza,
Mas ter certeza é simplesmente uma ilusão.
E para os olhos de quem não quer ver,
Trago a proposta de um início sem fim.
Eu vejo como ele viu o que lhe aconteceu
Se fez tragédia por não ser mais cômico,
E de tanto brincar de prever
A própria sorte trouxe então, o gosto de fim.
Olha pra mim, diz que eu to errado
Já que agora eu só lhes trago
O que ninguém quer ver,
O que ninguém quer saber.
Fiz questão de ter certeza,
Mas ter certeza é simplesmente uma ilusão.
E para os olhos de quem não quer ver,
Trago a proposta de um início sem fim.
Cair duro no esquecimento,
Num envoltório macio
Num conforto desnecessário.
Corroer-se com o tempo,
Deixando como registro
seu último texto literário,
Um relatório de fim de vida,
desprezado numa gaveta escura do armário,
Lido apenas uma vez
aquele penoso obituário.
Na Praça da Sé estava um anjo a resguardar.
Humildemente humano ali no seu lugar.
As forças do mal foram atentar o anjo correndo a mulher foi a salvar
Mas a carne humana é fraca foi de falhar.
Mas o anjo se contentou com o seu lugar de volta para o céu onde deve estar.
até no jardim
a tragédia
flores e folhas mortas vivem lá
assombram a luz
com suas secas
desprendida solidão e liberdade
no outono dos galhos enraízes
esperança a lembrança do orvalho
sombra o sol passado
em ramas de um perfume antigo
TRAGÉDIA EM SANTA MARIA (RS)
. Simples Homenagem....Márcio Souza
A emoção é tão grande,
que nem posso avaliar,
resolvi tentar em versos
meus sentimentos externar.
Uma tragédia brutal,
sem peso de consciência,
de empresário boçal,
sem pensar em consequências
de num episódio fatal.
Mataram guris e prendas,
sem clemência ou piedade
pensando apenas nas rendas,
nos lucros e na vaidade.
Ceifaram um monte de vidas,
de jovens tão promissores,
e famílias destruídas
em pesadelos e horrores.
Aos nossos irmãos gaúchos,
condolências e comoção,
sem querer me dar o luxo,
mas que esse episódio maldito,
que nos sirva de lição.
Uma dor sem precedente,
que marca a vida da gente,
sem qualquer explicação.
É uma faca cravada,
Uma ferida que fere,
Uma lembrança danada,
Que não saí do coração.
Aos irmãos que daqui se foram,
Faremos uma oração,
Que Deus abençoem a todos
e aos pais que ficaram
a nossa CONSOLAÇÃO!!!
Eu?
Eu sou um enigma
O explícito do indecifrável
As chaves perdidas no bolso
O ''quiçá'' que precede a tragédia
Eu sou a tragédia!
Sou a tempestade que encanta pela avidez
E sou também os raios de sol que cessam a voracidade de céus aterradores
Eu sou o pulo do gato
E sou também a madeira bamba, afoita para forçá-lo
Eu sou a consequência de um caos certo e interminável
Nunca fui tal pessimista, mas também nunca me deixei enganar por pensar que tinha asas para poder voar. Às vezes o mínimo esforço pode ser trágico.
Foi só graças ao espírito dionisíaco que os gregos conseguiram suportar a existência. Sob a influência da verdade contemplada, o homem grego via em toda a parte o aspecto horrível e absurdo da existência: a arte veio em seu socorro, transfigurando o horrível e o absurdo em imagens ideais, por meio das quais a vida se tornou aceitável. Essa transfiguração foi realizada pelo espírito dionisíaco, modulado e disciplinado pelo espírito apolíneo, e deu lugar à tragédia e à comédia. Mais tarde, Nietzsche viu no espírito dionisíaco o próprio fundamento da arte enquanto "corresponde aos estados de vigor animal". O estado apolíneo não é senão o resultado extremo da embriaguez dionisíaca, uma espécie de simplificação e concentração da própria embriaguez. O estilo clássico representa esse estado e é a forma mais elevada do sentimento de potência.
"A mais pequenina dor que diante de nós se produz e diante de nós geme, põe na nossa alma uma comiseração e na nossa carne um arrepio, que lhe não dariam as mais pavorosas catástrofes passadas longe, noutro tempo ou sob outros céus. Um homem caído a um poço na minha rua mais ansiadamente me sobressalta que cem mineiros sepultados numa mina da Sibéria".
Eça de Queirós, sobre as distâncias da dor
Parece que o sentimento de dor nos dias de hoje está diferente dos dias de Eça. Hoje, por qualquer catástrofe real ou imaginária divulgada pela mídia, as pessoas estão sempre dispostas a colaborar para amenizar a suposta dificuldade porque estejam passando nossos semelhantes dentro ou fora de nosso país. Por outro lado, para o homem deitado na calçada desnudo e com fome poucas pessoas se dispõem a socorrê-lo. E imaginando todos os indivíduos isolados nesta situação e fazendo deles um coletivo daria uma quantidade maior de pessoas que aquelas envolvidas nas tragédias divulgadas. Acho que nos dias de hoje não é a distância que determina a dor e sim o fato de ser individual ou coletivo. Socorrer o coletivo é socorrer a massa e a massa não tem rosto e dela não se espera retribuição. Já o socorro ao individual espera-se retorno e as pessoas não querem correr o risco de não serem retribuídas? Esta é uma questão para a qual ainda não obtive uma resposta. Por que as pessoas gostam mais de socorrer o coletivo desconhecido e muitas vezes longe, do que o individual, conhecido e próximo de nós?