Tag telefone
Não me ligam porque eu não ligo? Ou eu não ligo porque não me ligam? Mas, eu não ligo mesmo... Já liguei, hoje não mais.
Ontem você me ligou depois de anos e disse que não me esqueceu, que não se arrependeu de tudo o que fizemos e que a gente de alguma forma tinha valido a pena. Custei a acreditar, e você estranhou, antigamente era tão simples me convencer de algo que você falava mas agora algo mudou, coração blindado sabe? Pois é, aprendi. Numa conversa de trinta minutos eu entendi o porque que tínhamos que está longe, você me disse que estava feliz e eu mesmo sem ninguém também estou, to sorrindo mais e olha o meu progresso: falar com você não me afeta tanto como antes. Cheguei a um estágio em que já me acostumei com essas ligações suas, é como se algo dentro de você quisesse ter a certeza se eu ainda estava ali.Não lembro mais de você como antes mas quando lembro são as melhores lembranças, das risadas, das conversas sérias, do seu jeito único de poetizar tudo, você foi a pessoa que eu conheci que mais se pareceu comigo, deve ser por isso que não demos certo. Havia desejo, sintonia, amor mas não havia o aval do destino e hoje sei que era verdade quando você me disse que ele seria nosso maior inimigo. Fazia tanto tempo que não sentia sua falta mas quando você me disse que imprimiu e guardou nossa última conversa eu tive raiva por aquilo tudo, eu tive raiva por um nós que nunca existiu,eu tive raiva por não ter tentado modificar nada por medo de me ferir, sendo que a minha desistência me machucou mais que qualquer tentativa. No fim de ontem eu só queria está com alguém que eu conseguisse sentir a metade que eu senti com você, eu só queria vê minha voz trêmula por ouvir outra voz que não fosse a tua, eu só queria esperar outro alguém no fim de todos dias que não fosse você.
"A comunicação empresarial sempre foi e será um grande problema, porém ela tem piorado demais nos últimos anos, fruto de uma busca alucinada da melhoria de uma suposta eficiência dessa comunicação! Uma falácia! Pessoas cada vez se falam menos pessoalmente e por telefone, escrevem menos e não sabem mais concluir pensamentos mais elaborados, pois ficam limitadas com a preocupação de não superar máximos 140 caracteres ou as desejadas máximas 5 linhas de um e-mail! Com isso, as pessoas estão emburrecendo e perdendo a capacidade de avançar ou aprofundar discussões sadias e criativas!"
Ignorância moderna
Os telefones da nova geração são tão avançados que nos esquecemos que eles fazem ligações; a ignorância do homem moderno é tamanha que ele se esqueceu que pode pensar.
O telefone antigamente era um aparelho muito mimado: chiava para fazer o seu papel de intermediário, fazia-se de ocupado e fingia não querer ligação com você.
Toca o telefone
Alguém diz:
“Alô”
Os joelhos ?
Estremecem
A voz ?
Ela desaparece !
Suor, arrepios, tremor
Mas por fim
A coragem aflora e ele diz:
“Foi engano”
FELIZ DIA DO TELEFONE
(parte da crônica de João Ubaldo Ribeiro, publicada no dia 10.03.13 no Jornal O Estado de S.Paulo)
"Mesmo consciente desses perigos, ouso dizer que a maior parte de vocês não sabia que hoje é o dia do telefone. Eu por acaso sabia e me lembrei assim que vi a data no calendário. E também já sabia de uma porção de coisas adicionais, inúteis mas talvez vistosas. Tudo isso, juro que é verdade, sem recorrer ao Google. Faz mais tempo que eu gostaria de admitir, escrevi um trabalho escolar sobre Alexander Graham Bell, o inventor do telefone, e não me esqueci de fatos importantíssimos. Para começar, Bell não era americano, como geralmente se pensa; era escocês. E, se vocês pasmaram com esta, pasmem com a próxima: nos primeiros telefones, não se falava e escutava ao mesmo tempo, era como nos walkie-talkies dos filmes de guerra americanos e os interlocutores tinham que dizer "câmbio", ao terminarem cada fala.
E, sim, D. Pedro II garantiu o papel do Brasil no sucesso da invenção. Os historiadores americanos lembram como Sua Majestade, durante uma feira internacional em Filadélfia, ficou estupefato com o novo aparelho e exclamou: "Meu Deus, isto fala!". Parece que ele botou mais fé na novidade que os americanos, porque o presidente americano Rutherford B. Hayes declarou mais tarde que se tratava de um aparelho interessante, mas sem nenhuma utilidade. D. Pedro ganhou um e as centrais telefônicas começaram a se instalar no Brasil, notadamente no Rio de Janeiro e, segundo eu li, tinham o hábito de pegar fogo com grande frequência. O coronel Ubaldo, meu avô, como vários de seus contemporâneos, na hora de falar no telefone, botava o paletó e passava a mão na careca, parecendo ajeitar uma cabeleira invisível e, depois que contaram a ele que funcionava com eletricidade, acho que nunca mais tocou em nenhum.
É uma ironia: as empresas que comercializam linha telefônica no Brasil são as que mais dificuldade oferecem em receber um telefonema.
Volte no tempo de vez enquando!
Não para se achar cafona ou ultrapassado (a), mas valorizar o que realmente faz sentido na vida.
Porque quando as cartas eram entregue pelo correio, a saudade falava mais alto.
As letras tinham até poder de expressão, quem lia, sentia a emoção de ter a notícia que tanto esperava.
Depois, surgiu o telefone, que em curto praso muita gente amenizava sua saudade, e nem se media a emoção de ouvir a voz tão esperada, sorrisos não se escondiam nos rostos repletos de felicidade. Ouvir alguém pelo telefone que estava distante, era um presente que não se estipulava valor. Os orelhões das ruas sofriam com filas que não tinham mais tamanho, varias pessoas querendo fazer uma ligação, todas no mesmo momento, e o pior não era nem isso, quem estava na fila, ouvia a conversa de quem estava ao telefone. Muito chato não? Com tudo isso ninguém se emportava com as pessoas que estava próximo do famoso orelhão.
Realmente, era bom de mais quando os amigos e parentes, reservava um pouco de seu tempo para falar com todos que o amava.
Depois de tantas ligações, os e-mails se distacaram pra quem sabia usar, da aí as cartas já não tinha tanto valor como antes, tudo era mais rápido, as pessoas deixou de esperar tanto por cartas que demorava dias, meses, ou até mais para chegar ao destinatário, tudo comersou a ser de forma simples e não demorado como antes, depois disto, apareceu os chats, foi todo perfeito, era tanta gente teclando ao mesmo tempo, nem dava pra entender tanta coversa, com isso, construir amizades nunca foi tão fácil quanto manter as que fora conquistada ao longo de tanto tempo de convivência. Só que na verdade, conversar com pessoas que nunca vimos, acabou preechendo um espaço que poderia ser com uma pessoa conhecida que não se via a dias, meses ou ano. E não para por aqui não, os chats se tornou algo chato, a moda agora é os apps, com os aplicativos que faz chamadas de voz videos e muito mais, com isso foi tirado a aproximação que as pessoas tinham quando passavam oras no telefone, hoje tudo se resolve com app, ninguém pensa mais em primeiro plano fazer uma ligação, hoje é raro alguém ficar só com uma pessoa em um bate papo, e na maioria das conversas, não é teclando mais, agora as imagens e vídeos tomaram conta da vida de muita gente, e as palavras, boas conversas, oras no telefone, estão ficando ultrapassados, e quem segue este ritimo, são aqueles que valoriza uma boa amizade, que gosta de está próximo das pessoas, e nunca irá deixar a tecnologia interferir em seus relacionamentos.
Vale apena escrever oras e mais oras com alguém que gostamos, e pra ficar melhor ainda, uma ligação sempre vai ajudar manter bons relacionamentos, e chamadas de videos, vai fazer mesmo distante, pessoas queridas fiquem tão perto de nós.
Não perca uma verdadeira amizade.
De todas as coisas que me amedrontam, porcentagem de bateria de um dígito no meu telefone está entre as primeiras
Seu desejo muda, sua vontade muda, seus hábitos mudam, sua casa, seu nome, seu telefone mudam... Seu caráter nunca mudará...
Quer saber de mim? Meu telefone é o mesmo, meus ideais nao mudaram, meu dinheiro sempre escasseia, meu sorriso é por você, minhas lágrimas idem. Estou no mesmo lugar, um pouco mais experiente, novato nas novidades e veterano no sofrimento. Gosto ainda de falar, mas prefiro te ouvir. Cada vez leio mais para escrever melhor para você! Faço o mesmo café forte de sempre, levo biscoitos onde estiver, gosto de manteiga sem sal, margarina é como aspirina. Te espero, em qualquer degrau ou até mesmo no último grau!
Vou anotar o número do meu telefone aqui e entregá-lo para você. O que fará com ele, sabe, será decisão sua, mas espero que talvez, só talvez, você me ligue.
“O meu amor tem nome e sobrenome, e
é alguém por quem tenho muito apreço,
mas me faltam só três coisinhas:
Faltam o telefone, o CEP e o endereço.”