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⁠CANTO II
 
Janela d'alma, visão
Íris líquidas pingantes
Longe, longe, coração
Ah, distâncias distantes.
 
Na ronda teu juízo
Envolto em madeira e terno
No bosque paraíso?
Na floresta inferno?
 
Se com luz,
Voo alto
Asas de Ismália.
 
Se na cruz,
Não falto
Mortalha.

⁠De fato acreditei que dessa vez tudo terminaria, mas agora percebo as coisas indo para outro patamar; a humanidade esta' a salvo!

⁠O TEU OLHAR

O teu olhar é diferente
dos olhares que o meu já encontrou.
É um olhar muito atraente,
que de repente, me enfeitiçou.

O teu olhar tem mais vida,
mais brilho, beleza e cor.
O teu olhar, minha querida,
confesso, me conquistou.

Não, não sei explicar
o que se passa no teu olhar.
Só sei que me enche de emoção.

E quando estás me olhando
eu vou me controlando,
dizendo: agüenta coração!



Que o amor resplandece como nós versos da poeta;
e entre as estrelas, a lua, na imensidão, me perco,
viajo, suspiro, no encontro do eu lírico. 
Que trás calmaria a uma alma inquieta 

No querer olhar nos teus olhos todos os dias,
sentir a cumplicidade e o desejo de amar; 
nos carinhos e abraços só quero delirar,
que faz bem a alma, e as dores alivias 

Sentir teu cheiro e teu toque
Num suspirar de emoção 
Sempre carregado de paixão 

Quero teu amor e teu carinho 
Ouço a tua voz ecoar
Com saudadesde de te amar!
                   @zeni.poeta 

SONETO Nº2 - ABRA TUA JANELA

abra tua janela
pro sol entrar
abra tua janela
pra vida morar
na tua sala de estar
em teu peito se abrigar

abra tua janela
pra namorar
abra tua janela
pra deixar-se encantar
desde os cantos das aves
aos cantos de teu lar

ajeita aquela
pra entrar um pouco de ar
e desemperre aquela outra
que é pra brisa tocar
nesse peito que deixou esfriar
no tempo que deixou passar

abra tua janela pro amor entrar
abra tua janela pra não sufocar

SONETO Nº3 - CASAS, CASOS E CASADOS

⁠tanta casa sem gente 
e tanta gente sem casa
tanta gente se casa
e tanta gente descasa

descasa por puro descaso
casa só pra ter casa

há quem crie asa mesmo depois que casa
e quem depois de casado se encasa
casos que parecem ser de caso pensado
e acasos que de caso em caso já é casado

gente que se junta pra evitar pergunta
gente que desculpa pra esconder a própria culpa
gente que se ama mas não casa
e gente que só pra esquentar a cama se casa

tem ainda quem depois que casa tem um caso
e quem prefere o acaso a casar
mas o caso não está no casar em si
e tampouco no "se casar"

casar por casar é como sair de casa 
só pra não se atrasar 
ou evitar o azar
pois há casa em demasia
mas pouca casa há um lar

⁠A vida é como uma montanha-russa,
nela temos altos e baixos.
Ela pode nos trazer momentos de inércia, 
ou momentos de sucesso.

O conceito de vida pode ser complexo, 
muitas vezes sem nexo.
Mas às vezes o conceito pode ser simples,
simplesmente ser feliz.

Acontece que a vida passa rápido,
rápido como um trem-bala,
no qual estamos embarcados.

Por isso temos que viver e não ter medo de ser feliz,
sempre buscar as melhores companhias,
e nunca esquecer que somos eternos aprendizes.

⁠O ESCRITOR

Posso ser homem
E até ser mulher
Ideias me consomem
Sou coisa qualquer

Posso ser astronauta
Alienígena, talvez
Um mero internauta
Africano, chinês

Posso voltar no tempo
Ou ir direto ao futuro
Até congelar o momento

Posso derramar ódio
Ou transbordar amor
Prazer, sou o escritor

⁠ naquilo que pode ser 
sentido
não há quem sequer encontre
sentido
tu já me tens
sustido
em teu pélago
tens escondido
e se este calvário
tornar meu próprio castigo
é culpa do coração
que fechou o postigo
e de refém lhe tens
mantido

A linguagem das flores

Existimos porque nascemos
Espalhados pelos campos;
Outras no nascer das estufas;
Outras a ceder lugar as frutas!

Ora no desabrochar do dia;
Ora no aconchego da noite,
Entre um enfeite de alegria;
Ou luto num leito de morte!

Perdida no árido deserto;
A crescer sob léu ermo,
Nosso destino é incerto!

Porém! Somos sempre a flor!
Símbolo de um... - Eu te amo!
Tristes na dor e felizes no amor!

Encanto animal

As coisas do não sei
Surpreende com encanto
Outras vezes com espanto!
Coisas que fazem! Pensei:

Tanto melhor ser bem,
Ser original, verdadeiro!
Para que se perderem
Em ser desordeiro?

Maldade não serve
Pra bicho, nem gente,
Nem sei pra que existe!

Não compreendo o mal
De gente querer ser tal
Muito melhor ser anima!

Mantos, mentos, mintos e montos: são muitos

Eu sou feita de
pensa-mentos
Senti-mentos
Descontenta-mentos
Descobri-mentos
Conheci-mentos
Desaponta-mentos
Escondo tudo isso debaixo dos meus mantos,
mas não minto, só omito,
deles me visto, não me dispo.
Só aos prantos, me desmonto.

⁠O frescor de teu, carinho adoça. Meu eu, tirano! Então reivindico aqui! O poder de delicia-la feito um licor mentolado. Que vem de encontro a combustão insaciável de meu egoísmo! Em teu jeito meigo enxergo lágrimas cinzentas. Implorando por se incendiar! Na pele.

⁠Soneto da alma

Nos olhos aparece
A verdadeira intenção
O sentimento enobrece
E vira paixão

Com seu olhar desocupado
Que não apaga e não muda,
O seu sorriso estampado
 É sua mais linda curva

Não sei o que me fez gosta
De uma alma tão profunda
Tomara que isso não mude nunca

Sei que com palavras não posso provar
Mas com ações vou te conquistar
Mesmo que venha a demorar

⁠AREIA DA PRAIA
(Edson Nelson Soares Botelho)

Areia da praia com sua magia
Quanto mistério no seu silêncio
Esconde tantas aflições
E momentos felizes
Mistério do mar que a beija
Levando consigo todos os segredos
Deixando a saudade
E levando a verdade
Mistério do vento que acaricia
Ditando todos os desejos
Transformando sonhos em realidade
Mistério do sol que aquece
E no infinito desaparece
Dizendo que o amor só acontece uma vez

⁠E O VENTO LEVOU
(Edson Nelson Soares Botelho)

O amor só acontece uma vez na vida
Ele chega sem hora marcada
Assumindo o controle total do coração
Queimando com o fogo da paixão

Você começa a sonhar acordado
Achando que tudo é possível
Acreditando em todas as promessas
Você se considera a pessoa mais feliz do mundo

Passando por cima de todas as regras
Dia e noite, grudado na pessoa amada
Pensando que tem o controle total

Satisfazendo todos os seus caprichos
Até chegar o dia de você perceber
Que amou demais e nunca foi amado

⁠AMOR EM CASABLANCA
(Edson Nelson Soares Botelho)

Não adianta procurar o amor
 Ninguém consegue achar esse sentimento
 Ele surge de uma energia divina
 Capaz de unir dois corações

 O amor é um presente de Deus
 Em um simples olhar fazer o coração estremecer
 São duas almas gêmeas se unindo por uma força superior
 Dois corações batendo em um só ritmo

 É a mistura de loucura e paixão
 É a renovação do espírito na arte do amor
 É viver todas as emoções possíveis

 A busca incansável do amor e seus mistérios
 Tem suas recompensas na conquista dessa magia
 Muitos fracassam e tem suas lamúrias intermináveis

⁠DO OUTRO LADO DA VIDA
(Edson Nelson Soares Botelho)

Paixão da minha vida, tua voz a falar mansamente
Tive a certeza que estava diante de um grande amor
Nunca esquecerei, quando ouvi de ti a frase eu te amo
Foi como um borbulhar de emoções dentro do meu coração

Hoje quando digo eu te amo, e ouço de ti a mesma frase
Sinto essa emoção como se a cada dia, fosse uma vitória
Diante de todas as tribulações, a frase eu te amo
Eterniza no tempo, como um hino da vitória

Superamos todos os obstáculos da vida
Pisamos em espinhos, mas nunca nos deixamos.
Estamos ligados pelo amor para sempre

Eu não quero nunca te perder, mas se for do destino
Que tenhamos que nos separar pela morte
Ficaremos na eternidade, na luz desse grande amor

⁠APRENDIZADO.´.
(Ellen Ketlen)
(Edson Nelson Soares Botelho)

Afirmar o bem negar o mal
Afirmar a verdade negar o erro
Afirmar a realidade negar a ilusão
O uso construtivo da palavra em benefício próprio

Quando a vaidade nos procura
Quando o orgulho nos humilha
Quando a ignorância nos acusa
Quando a crítica nos fere

O silêncio na gentileza do perdão
Esperar o tempo para construir a paz
Arquiteto, Mestres e Pedreiros

Nos três pilares da construção
Na paciência, no tempo e no perdão
Construímos o nosso caminho de luz

⁠AMOR PERDIDO
(Edson Nelson Soares Botelho)

Se a pessoa que você ama te diz adeus
 Com a promessa que talvez haja uma volta
 Pode ter certeza que você vai se sentir
 Em um barco afundando

 Na despedida do amor
 No mar enfurecido do ciúme
 Sem salva-vidas para socorrer os erros cometidos
 Sobre as águas escuras e geladas da tristeza

 Cheio de tubarões famintos
 Querendo ficar com sua ex-namorada
 Na tempestade que não pode suportar

 Porque outro vai tomar o seu lugar
 Fazer as mesmas coisas de amor com ela
 E você vai entrar na grande tempestade do ciúme

⁠⁠⁠⁠Soneto de Amar-te!

Amo-te, não como o céu ama as estrelas ou como o sol ama a lua. Mas, amo-te, como um eterno apaixonado que ama a sua amada;

Amo-te, não como um rio que sumiu no oceano. Mas, amo-te, como um rio que se adentrou nas profundezas do amor;

Amo-te, não como um viajante. Mas, como um passarinho que de tanto amar, jurou amor;

Amo-te dentro de uma imensidão de infinitas cores que se misturou e produziram o teu aroma e sabor.⁠

⁠Não peça sonetos, se vai ler apenas os dois quartetos. 

⁠Lembranças, que lembrais meu bem passado

Lembranças, que lembrais meu bem passado,
Pera que sinta mais o mal presente,
Deixai-me, se quereis, viver contente,
Não me deixeis morrer em tal estado.

Mas se também de tudo está ordenado
Viver, como se vê, tão descontente,
Venha, se vier, o bem por acidente,
E dê a morte fim a meu cuidado.

Que muito melhor é perder a vida,
Perdendo-se as lembranças da memória,
Pois fazem tanto dano ao pensamento.

Assim que nada perde quem perdida
A esperança traz de sua glória,
Se esta vida há-de ser sempre em tormento.

⁠AD MAIOREM DEI GLORIAM

Possível um amor por Deus não é
se não se pode ver o ser divino,
se a voz dele escutar é desatino,
se o modo de abraçá-lo é pela fé.

Assim foi adorar a Deus até
o dia em que tornou-se ele menino,
e na carne mudou nosso destino
sendo o Cristo Jesus de Nazaré.

Agora poderemos abraçá-lo
no reino que prepara para os seus
que pela fé o abraçam para amá-lo.

Converta este meu verso até os ateus,
a fim de num tal reino eu ser vassalo
poeta, pra maior glória de Deus!

Nhandeara, 6 de julho de 2021
Marcos Satoru Kawanami
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VISÃO

No cerrado vi um peão a toda brida
Pelos cascalhados da árida estrada
Do meu sonho não entendia nada
Se eu estava na morte ou na vida

Entre folhas ressequidas, adormecida
Uma caliandra, sendo colhida por fada
Em cachos, no beiral da lua prateada
Numa tal tenra pálida beleza já vencida

E nesta ilusão a ele fiz uma chamada
Vós estás de chegada ou de partida?
O tal peão, O Tempo, de sua cruzada

Respondeu: não tenho alguma parada
Levo comigo o podão de toda a vida
A caliandra colhida, é tua infância perdida.