Tag sertão

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"Serra seca,
Serra molhada,
Serra avistada, pelo coração do cangaço.
Serra trabalhada, no suor do mormaço.
Serra inquieta, com suas terras pulsantes.
Aguardando a chegada da água da vida.
Oh serra querida, calmamente espera.
Seu ciclo de vida!" - Adriana Assali

💜💙💜

Inserida por raiodeluzsp

Como não ser grato a Deus por toda chuva derramada em meu sertão.

Inserida por Nobregiara

Eu sabia que seria assim. Como o sol que se põe e dá lugar a noite sem lua. Seria frio como o inverno. Triste como o canto da acauã trazendo a seca para o sertão. Eu sabia, eu sabia...

Inserida por tainacrz

NORDESTINO

Já fugi da terra batida e seca, como meu parceiro, o alasão;
Fui para outros campos pra buscar melhor condição;
Era triste a miséria naquele tempo de aflição, só pedia a DEUS todo dia " Óh! Senhor tem compaixão".

Hoje aqui não deixo mais, EU voltei ao meu SER-TÃO,

Inserida por Paulenriq

Era mais que um espetáculo, era um milagre que o sertanejo esperava o ano inteiro: ver aqueles fios translúcidos condutores de vida, desafiando raios e trovões, para serenos cairem no incandescente solo do sertão matando sua monstruosa sede.

Inserida por ednafrigato

Meu sertão

Quando no sertão cai a chuva rega as plantações
Quem cedo madruga colhe emoções

Na varanda tomo um café e fumo um cigarro
Enquanto observo a brisa embaçar os vidros do meu carro

Escuto o canto dos pássaros no pé de goiabeira, e as cigarras melodicas no pé de serigueira

Quando no sertão chega a seca racha os solos e seca as águas
E as enxadas ja não cultivam mãos calejadas

Na varanda, descontente substituí os cafés por aguardente
E a brisa fresca pelo sol quente

No pasto seco vejo as vacas magras
E no terreiro urubus famintos devoram uma carcaça de cabra

Quando no sertão cai a chuva rega a emoção 
Quem cedo madruga colhe a plantação

Inserida por VandsonF

Sertão bom.

Viver no sertão é bom
tem a colheita dos vegetais
o berrante emite o som
e as águas são minerais
as aves no mesmo tom
e o nordestino tem o dom
de tratar bem os animais.

Inserida por GVM

Ir e vir.

O nordestino vai embora
com medo da solidão
da seca que lhe devora
que maltrata a plantação
expulsa... bota pra fora
mas ele não vê a hora
de voltar para o sertão.

Inserida por GVM

Sou sertão!

Estou muito desprezado
sinto o corpo ressecado
e uma dor no coração...
tenho sede, sinto fome
mas ainda tenho nome
estou vivo e sou sertão.

Inserida por GVM

No sítio!

Viver aqui é bom demais
sem sujeira nem entulho
bem pertinho dos animais
é coisa que eu me orgulho
quase tudo aqui se faz
e a vida segue em paz
sem fuxico e sem barulho.

Inserida por GVM

Cadê a chuva?

São Pedro meu companheiro
não esqueça o nosso lugar
o vento só vem rasteiro
numa quentura de lascar
abra logo esse chuveiro
que o pobre desse vaqueiro
só come se alguém plantar.

Inserida por GVM

Falta!

A família brasileira
cada vez mais esquecida
sem nada na prateleira
não encontro uma saída
não tem água na torneira
no prato sobra poeira
e na mesa falta comida!

Inserida por GVM

No Recanto Abandonado

O sol ardido no meio da tarde pulsando sobre a cabeça despreocupada de quem anda pela secura do chão como se fosse um carneiro. Um caminho aleatório tomado em meio à grande planície vasta carente de vegetação, perdida entre serras e serrado, sob o céu azul sem nuvens estalando o capim marrom, que se mistura ao vermelho do chão qual o vento sopra poeira no horizonte camuflado pela distancia.
A boca seca, sedenta por um gole d'água, seca cada vez que o cigarro de palha é tragado insaciavelmente para dentro dos velhos pulmões batidos dependurados entre as costelas salientes da esguia figura andante. Muito ao longe ouve-se o ar calmamente balançando a fantasmagórica dimensão de terras infindáveis que estendem-se preguiçosas por quilômetros trazendo o som de alguns insetos perdidos e pássaros solitários á caçá-los.
Embriaga-se de espaço, de tempo e altas temperaturas. Cambalea-se pisando sobre as pedras soltas, esqueletos de outras terras, outros tempos. Vê turvamente uma sombra dançando à frente, uma pequena árvore avulsa tomando o eterno banho de sol do verão sem fim no mundo esquecido onde ninguém vai. Sentindo-se convidado a sentar-se à sombra, automaticamente tira mais um pouco de fumo e vai enrolando mais um longo palheiro, que é apetitosamente devorado em seguida.
Junto ao estreito tronco, sentado, magro, fumegando um rastro de fumaça aos céus, pensa que é capim, enraizado no solo árido onde nem rastos vingam. Como toda rara vegetação do lugar, deseja água, olha para o céu e não consegue ver nem uma nuvem, fecha os olhos e tenta apalpar as profundezas do chão, estica suas raízes até onde consegue alcançar, mas nada encontra. Torna a olhar para o céu, e fita a vastidão azul tão infinita e inacessível quanto a terra estendida ao longo das distancias incontáveis deste lugar nenhum.
O entardecer vai esfriando e entristecendo o coração de mato do pobre sujeito que adormece em meio a ventania que sopra areia sobre suas pernas como se fosse o coveiro dos sertões misturando-o, transformando-o em rocha, levando o pó de sua existência a se espalhar para além de onde se possa juntar. Adormecido, não vê a noite seca chegando aos poucos, matizando o céu profundo que se escurece atrás das cortinas de poeira.
Sonhando tão profundamente quanto suas raízes de capoeira, entra em contato com o pequeno grupo de plantas ao seu redor, aos poucos sintonizam-se e passam a relembrar das chuvas passadas, do alvorecer umedecido, do frescor da noite, das flores e dos pássaros. Logo protestam contra o clima, pois engolem seco o passar dos dias ouvindo chover nas serras ao horizonte na espera de que o vento traga algumas gotas, e morrem aos poucos pelo castigo da insensibilidade da natureza com aquele vasto recanto abandonado.
Passado algumas horas da madrugada tal manifestação foi surtindo efeito, os ventos cada vez mais fortes vieram varrendo ilusões das esquecidas planícies enquanto as nuvens relampiosas jorravam feches de luz escondendo toda escuridão embaixo dos pedregulhos. Em poucos minutos a água desabava ferozmente contra o chão fazendo levantar a poeira que era lançada pelos ventos em redemoinhos dançantes num espetáculo que aos poucos tornava-se medonho. Apavorado o homem desperta com os olhos esbugalhados, cheios de areia, e num pulo deixa de ser capim e passa a ser folha, flutuando pela tempestade, esperando pousar sobre um lago, se o acaso lhe desse esse prazer. Era a última coisa que desejava, para descansar em paz no fundo da água, tornando-se barro, alga, limo esquecimento.

Inserida por crislambrecht

Para quem não acredita em milagre, é só vir para o nosso sertão e presenciarem em loco os milagres da natureza.
Só basta cair algumas poucas gotas de chuva para o cinza se tornar verde e a vegetação aparentemente morta revitalizar-se, colocando sorrisos nos cantos dos pássaros e nos rostos dos sertanejos.

Inserida por DiogoMaiaAlencar

A chuva alegra os dias do sertão e do homem do campo, que não se entrega, nem perde a esperança.

Inserida por DiogoMaiaAlencar

DEIXE-A CAIR!

– Mamãe, você está chorando?

Mesmo disfarçando ela percebeu. De mãos dadas na porta de saída do restaurante, observávamos a chuva que havia iniciado e nos impedia de seguir.

– Sim, meu amor, mamãe está ficando velha e boba e se emocionou com a chuva. – Reparei então, pelo seu semblante, que não havia entendido bem a minha resposta. Continuei: – Chuva é riqueza para nosso povo tão pobre de água.

– Mamãe, mas estamos sem guarda chuva. Como chegaremos até o carro? Está bem forte. – Alertou a minha pequena, sempre tão prática e racional, e naquele momento também preocupada com o horário do prometido cinema.

– Não se preocupe, filhinha. Para a chuva, temos todo o tempo do mundo. Deixe-a cair! O Sertão está com tanta sede… E vê-la assim, tão densa, é bem melhor do que qualquer filme, tenha certeza.

Nesse momento, ajoelhei para ficar da sua altura. Eu poderia ter só me abaixado, é verdade, mas era de joelhos que todo o meu Ser queria estar naquela hora.

Na perspectiva visual da minha menina, pude observar ao longe um grupo de jovens em algazarra tomando banho na chuvarada, gritando, cantando, dançando e pulando poças. Nos edifícios, várias pessoas debruçadas nas janelas, sorrindo e observando a água cair. Os carros passando, vagarosamente, vidros entreabertos e os “caronas” com as mãos para fora (pelo jeito buscando sentir as grossas gotas ao encontro da própria pele).

Um senhor que passava ali portava um guarda chuva fechado (e não parecia ter a intenção de abri-lo), e o vi pedir muito sorridente um “saquinho plástico” ao garçom do restaurante que estávamos, decerto para proteger o celular enquanto enfrentasse o aguaceiro. Cada um demonstrando a sua emoção de um jeito diferente.

Continuamos ali paradas por mais alguns minutos, abraçadas, nos deliciando com o cheiro, o som e a visão daquele precioso evento, que alegrou sobremaneira o nosso domingo.

Inserida por nivea_almeida

Sou filha de "pobre" com muito orgulho, a maior pobreza é a interior.

Inserida por Nobregiara

Fogo de sertaneja,
o sol que arde no sertão ecoa no intimo dela!
só a água do bem querer para acalmar a labareda,
arde em brasa rubra feito sol do entardecer no sertão,
arde sem queimar, ferve sem vapor,
mas se encontra uma gota de bem querer,
que escorre feito orvalho na relva,
mantem sempre o calor da chama,
até mesmo quando o sereno entibiar-se e amorna,
se acalma, mas nunca se apaga!

Inserida por RobsonSantana82

Tenho um lugar,onde me lembro bem,lá só se chega de trem,lá tem cercado de madeira e casa de barro,para se locomover tem carro de boi e cavalo,tem rios com peixes demais da conta,histórias e personagens que até se perde a conta,tem amigos,parentes,pessoas humildes,mas felizes e contentes,há aquele lugar.
Deixei de lembrar e peguei o trem cheguei no lugar,quase não vi ninguém,os carros de bois e os cavalos foram trocados,por veículos motorizados,as historias perderam seu personagens,por culpa da tal tecnologia,os rios secaram,peixes já não tem mais,os filhos se foram só ficaram os pais,mas quando olhei de longe,bem longe avistei uma casinha,feita de barro,e por cima saia uma fumacinha,cheguei mais perto e vi em uma cadeira,enrolando um cigarro e sua senhora por companheira,cheguei mais perto e pedi a bença,e perguntei o senhor lembra de mim? ele olhou em meus olhos e me disse assim,o tempo passou aqui tudo mudou,mas nunca esqueci do meu filho que saiu daqui dizendo virar doutor,meu filho amado não quero saber sua profissão,mas abrace seu velho,que junto da sua mãe fizemos oração,todos os dia para que o senhor lhe desce proteção.

Inserida por Helderbrandao

⁠Cada passo dado na vida, é um motivo a mais para agradecer a caminhada. O destino pode ser longo, mas com perseverança, em breve o alcançará.

Inserida por AvlissolraC

"Peço desculpas a muitos, pois perdão só peço a Deus"⁠
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"A fortaleza do fraco, é tentar enfraquecer o forte, utilizando sua fraqueza para tentar se fortalecer".

Inserida por AvlissolraC

⁠Renovo do Sertão

Novembro tá chegando, a seca vai embora,  
O sertão resplandece, é festa que aflora.  
Com timidez, o verde começa a brotar,  
O mato se enfeita, vem pra nos alegrar.

Os riachos que antes só guardavam saudade,  
Agora cantam vidas com a nova umidade.  

Água corrente e fresca, dá gosto de ver,  
É bênção do céu que faz a gente renascer.

A alegria do nordestino é pura emoção,  
Quando as chuvas dançam na palma da mão.  

Trovoadas ressoam, é música no ar,  
Armazenando esperanças pra um ano de plantar.

Assim, o sertão se veste de esperança e cor,  
Cada gota é um sonho, cada chuva é amor.  

Novembro é renovo, é vida a florescer,  
No coração nordestino, sempre vai prevalecer.

Inserida por Mykesioofc

⁠A esperança do sertão

As vezes me lembro da última chuva
A maninha ainda tava na barriga da mamãe
Conseguia ver o sorriso de painho em seu rosto
Agradecíamos a Deus por cada gota de água que nos abençoava
Ainda tínhamos esperança

Gostava dessa época
Acordávamos bem antes do galo cantar
Miguel sempre resmungava das longas caminhadas até o poço
Ajudávamos papai até nossas mãos se enxerem de calos
Eu nem ligava, o importante era que nós estávamos juntos
Ainda tínhamos esperança

Depois que partimos de lá
Não se falava mais com vovô
Tentava chamá-lo, mas ele não respondia
Mamãe rezava mais uma Ave Maria, com os olhos cheios de saudade
Ainda tínhamos esperança?

Muito tempo se passou e a chuva no sertão não volta atrás
Olhando para baixo, vejo os registros das pessoas que já passaram por aqui
Olhando para frente, vejo a seca assombrar cada pedaço de vida desse nosso interior
Olhando para o lado, vejo a face de todos se apagando lentamente
Não temos mais esperança

Inserida por Rubiare

⁠Fim de tarde no sertão
O sol se põe em brasa lenta,
tingindo a terra de alaranjado,
o céu se veste de paz cinzenta,
e o sertão descansa, calado.
A seca faz poeira no vento,
levanta murmúrios de histórias passadas;
na aridez, o verde é um lamento,
mas a vida insiste, entre rachadas.
O gado marcha, já tão cansado,
as sombras crescem sobre o chão,
no horizonte, um vulto alado,
um pássaro, em lenta procissão.
A natureza respira profundo,
cada som, um som de oração,
na quietude, se encontra o mundo,
e a beleza bruta do sertão.
É um quadro de fogo e saudade,
um instante que o tempo retém,
o fim de tarde traz a verdade
de uma paz que o sertão contém.

Inserida por ruth_moraes

⁠Conquista joia rara do sertão

⁠Vou pelo mundo, tocando meu berimbau, quem quiser me conhecer sobe a serra do marçal.

Sou de Conquista Jóia rara do sertão, terra de Elomar figueira, tocador de violão.

Carlos Jeová, nosso grande escritor, representou o sertão, conquista, interior.

Serra dos pombos, voltando de outro lugar, quando chego em Conquista não me canso de falar.

falo de tudo que há de bom nesse lugar, logo penso Glauber Rocha cineastra igual não há.

Na cento e onze, saindo do meu sertão, com o mestre Acordeom e Balança na direção.

É tanta história que me esqueco de contar, por falar em capoeira, salve o mestre Sarará.

Do outro lado, quem passou também já viu, o Cristo de Mario Cravo, foi ele quem esculpiu.

Nos quatro cantos capoeira eu fui jogar jóia rara do sertão tem história pra contar.

Foi muita coisa pra chegar aqui, onde é catedral, foi casa dos ben-ti-vis.

Joao gonçalves com maldade no olhar, fez o banquete da morte para os índios dizimar.

Daqui pra frente Conquista virou história, passando a se chamar, Imperial vila da Vitória.

Mas com tempo seu nome se transformou em Vitória da Conquista, a capital do interior.

Conquista terra que me conquistou, jóia rara do sertão capital do interior

Conquista terra que me conquistou, capoeira do sertão, grandes mestres de valor.

Sandro capoeira

Inserida por sandrocapoeira