Tag sertanejo
A vida é de se admirar
São tantos mistérios e tantos segredos
Mas difícil mesmo é entender
De onde vem a alegria do povo sertanejo
De onde vem esse sorriso em meio a seca
De onde vem a esperança em meio a tanta dificuldade
Mas para quem não tem nada o que resta é a esperança
A esperança de que um sonho se torne realidade
Que culpa temos nós de termos nascidos aqui
Com certeza não merecemos ser esquecidos assim
Trabalhamos pesado de sol a sol pondo a mão no arado
Uma triste realidade rotineira
Uma nação iludida que ver progresso apenas na bandeira
A fé e a esperança é o que resta
Um olhar sincero e uma mão na testa
Joelho no chão junto com uma petição
Que caía chuva sobre o sertão
Um sonho? O sonho de um sertanejo não é ser milionário
Mas é olhar para um pasto verde cheio de gado
Se houvesse mais pessoas assim o mundo seria diferente
Pois tudo que o sertanejo quer é desfrutar do que a vida tem para dar
E não desfrutar do que nós lutamos para conquistar
Eu liguei pra ela
Ela nem ligou pra mim
e no telefone
tudo que eu ouvi
foi tu...
tu tu tu...
(Arrocha, arrocha)
Eu era todinho seu
Vc nem me deu valor
Desligou na minha cara
Desprezou e magoou
Achou q eu era facil
usou e abusou
fez de mim o que qria
jogou fora e não sabia
que o jogo ia virar
que dinheiro ia ganhar
e as mina ia pirar
No tcha tcha tcha
(Arrocha, arrocha)
Agora to solteiro
soltinho na balada
mulherada ta queirosa
querendo o tcha tcha tcha
Já não quero mais você
Vou dar um rolé
Só volto ao amanhecer
Rodeado de mulher
Não adianta me querer
Correr atrás de mim
Pensou que eu era fácil
Mas não sou tão fácil assim
Agora to curtindo
Ninguém é de ninguém
Farrear a noite inteira
Com o som do tcha tcha tcha
No tcha tcha tcha tcha tcha tcha tcha
(Arrocha, arrocha)
SERTANEJO
Nunca escrevi sobre gado
Boiadeiros ou canhões
Plantadores de feijão
Pisadores de arroz
Só escrevo
O que as folhas pedem
Lembro que chorei ontem
Debaixo do jenipapeiro
Sentada sobre as folhas
Usando fraldas de pano
Eu cabia na palma da mão
Hoje ainda caibo
Mas me recuso
Estar nas mãos
De quem quer que seja.
Não sei o que faço
Você é meu xodó
Não vivo sem teu abraço
E não vivo sem forró
Não me peça então
Para ir pra sua balada
Você sabe que a minha paixão
É forró e vaquejada
Eu estou dividido
Entre o amor e a paixão
Quero ser seu marido
Mas meu forró não deixo não
É que sou forrozeiro
Um vaqueiro arretado
Sou peão sertanejo
E por você apaixonado
Lamento Sertanejo...
Uma canção
Para se ouvir silente
Sem entender o que sente
Essa gente sofrida e vivente
Sobre o solo rachado... seco
Hora, entre a sede e a fome
Outra, entre a fome e a sede
Sertanejo de bravo coração
Aguerrido na lida do roçado
Que fiel e crente, suplica em cantiga
Que a chuva lave a caatinga
Plantar.
É bonito a terra arada
o contato com o chão
o sertanejo e a enxada
pelo bem da plantação
sentir a pele suada
e o calo brotar na mão.
Para o mundo ser completo,
não precisava faltar nada.
Bastava que todo som fosse sertanejo
E toda poeira fosse cavalgada.
De volta pra casa.
A seca doía na vista
não tinha nada pra plantar
coloquei meu pé na pista
fui viver em outro lugar
tentei a sorte como artista
e a minha maior conquista
foi a passagem pra voltar.
Minha vida.
Um lugar de felicidade
amizade não está a venda
o chão é a prosperidade
onde brota a nossa renda
tem vida boa na cidade
mas eu prefiro a fazenda.
A fé do sertanejo.
Não preciso de vaidade
não uso cordão de ouro
prefiro a simplicidade
e a minha roupa de couro
o que me traz a felicidade
é ter a fé como verdade
e Jesus como tesouro.
Um ser.
Tenho o plantio no roçado
onde o incentivo é modesto
até me rende um trocado
mas vou deixar meu protesto
melhor ser pobre respeitado
do que um rico desonesto.
Em terra de peão não existe moda não
Bota, calça, respeito e muita tradição
Quem veio do sertão sabe que amamos o mato
Triste é ver uns abelha conhecido como Cowboy de asfalto!
Eles não entende de nada e querem saber de tudo
Mas bancam de sertanejo isso é um absurdo
Eles acham que o traje é o que define a cultura e a fama
Mas nunca acordaram cedo e não sabem o que é cana-caiana
Eu não queria criticar mas me senti obrigado
Ver essa juventude tudo desacreditado
Eles acham bonito mandar uma pinga no gargalo e se embriagar
Menina de 12 anos já tem filho, menino 12 anos já querem matar
Mas quem foi criado no mato saberá de fato!
Que no sertão tem cultura e amor, quando o pai chama respondemos por sim senhor
Cada um foi criado em culturas diferentes, no seu jeito
Mas tenho muito orgulho e bato no peito, que foi lá no mato que aprendi o significado do respeito
A proza está boa mas no meu estradão irei bolear
Tião Carreiro iria se orgulhar se esses versos eu pudesse recitar
Mas já que não posso, quando para o mato voltar pro meu pai irei mostrar e tenho certeza que um abraço ele irá me dar
Então o jeito é me despedir sempre com muita fé
Abraços a todos, inté!
SOU POETA DO SERTÃO
No repente na cantoria
Trago muita alegria
Sou poeta do sertão
De cima do cavalo
Eu boto boi no chão
Na vaquejada chego primeiro
Mulher bonita só no piseiro
Na faixa derrubo boi
E na cama mulher
Se falar de mim Não abala minha fé.
Não ligo pro que o povo fala
Não ligo pro que o povo diz
Vivo a vida trabalhando
Por isso sou feliz.
Poeta Antonio Luís
7:21 AM 22 de julho de 2016
Pela manhã.
Meu povo se levante
já é hora do batente
que na vitrola cante
emboladas e repente
que a fome se espante
pra fartura ser constante
na mesa da nossa gente.
Valores.
Essa é a vida pacata
deste pobre brasileiro
de onde a seca maltrata
assola o sertão inteiro
no nordeste a fome mata
e os políticos na mamata
gastando nosso dinheiro.
Suor no rosto.
Aqui é o meu posto
cuidar do meu chão
do suor do meu rosto
vem a gratidão
no sol fico exposto
quem trabalha com gosto
Deus dá proteção.
OLHA O PIPOCO DO BRASIL
olha o pipoco do brasil
olha o pipoco do brasil
Todo mundo dança
Ela já me seduziu
Ela Tem charme
tem suingue e conquista
Onde ela passa a galera enfeitiça
E pede e pede não para não para
E desce e desce toda mulherada
Forró cobiço forró cobiço
Essa banda é um feitiço
Ta tranquilo ta tranquilo
Vem dançar forró cobiço
Vamos zuar beber paquerar
Vamos zuar beber paquerar
Final de semana todo mundo vai dançar
E forró cobiço chegando nas paradas
Poeta Antonio Luís
GUILHOTINA NO PESCOÇO
Mesmo ganhando, saí perdendo
Porque perdi você
Fiquei com a casa toda mobiliada
Mas vejo vazia sem você aqui
Você um dia foi amada por mim
O tempo desgastou
Não te dei o devido valor
Aí eu fiquei sem teu amor.
Sinto falta da sua companhia
Tão cheia de alegria
Hoje não tenho mais
De olhos fechados
Vejo a guilhotina no pescoço
Está virando rotina
Dormir e acordar no calabouço
Passa, passado, não quero lembrar
Que um dia fui amado
Vem, esquecimento, e leva
Os bons momentos
que passei do lado dela
Sozinho estou eu na favela
BEIJO NA PROMOÇÃO
Vem e participa vem e participa
Você foi contemplada
Pra ser minha namorada
Ei você ai vem participar
Da minha promoção
Você foi escolhida pra ganhar um beijo meu
Então participa então participa
Ganha um beijo meu
É uma delicia
Você vai querer todo dia
Vai ficar viciada
É uma magia te beijar na balada
Vem e participa vem e participa
Você foi contemplada
Pra ser minha namorada
Beijo toda hora não pode faltar
Você é uma sortuda em me namorar
Olha o beijo na promoção
Olha o beijo na promoção
Sei que você ta querendo
Então me dê a mão.
Poeta Antonio Luís