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DELEITE
Hoje eu só queria mapear teu corpo com minhas mãos
Hoje eu só queria seu hálito quente no meu pescoço
Me desejando, me possuindo
Hoje eu só queria me perder do céu da sua boca
E me encontrar nos teus olhos
Hoje eu só queria me perder de paixão
E me achar no seu coração
Hoje eu só queria a constelação das tuas pintas tracejar
Me molhar na tua pele, delirar
Hoje eu quero ver o seu ápice
Me lambuzar numa banheira de leite
Mas, com tua essência sagrada
Teu prazer é meu deleite
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Virtual realidade
Me pego pensando muitas vezes,
Somos reflexos de um passado esquecido,
Penso em "Lost", já estamos mortos,
E o que vemos é a lembrança do que havíamos sido.
Como estrelas distantes já mortas,
Que para nós perpetuará seu brilho,
Relembro de "Caverna do Dragão",
E na verdade somos o sonho de quem esta dormindo.
É a teoria da conspiração,
O verde da mar e o azul do céu,
E o espirro no distante Japão,
É o terremoto avassalador na América do Sul.
Como no revolucionário Matrix,
Oque você vê não é o que realmente é,
É como a primeira visão de um cego,
Então você diz, apaguem a luz,
Pois essa visão não quero ter.
Assim caminha a humanidade,
Em um lampejo de sobriedade,
E mesmo careta na real realidade,
Seremos loucos por natureza,
E não fake da atualidade.
Descanso,
Meu corpo pede terra que me abrace,
Relembro dos objetivos que havia traçado,
E se mesmo partindo seja dolorido,
Mesmo que eu fique o amor será desperdiçado.
O desejo...
Foi além
da imaginação!
Virou realidade.
Sedução!
Os sonhos se
fazem reais.
E muitas vezes...
Nos surpreendem!
Você
Você passa como uma saudade,
de repente e nostálgico,
em meu coração surge uma dor,
uma dor ruim, uma dor de amor...
Minha dor é forte,
Parece a minha morte.
Mas por que sinto isso?
É um castigo?
Eu sei que é ilusão,
mas essa dor é de rejeição,
sua rejeição que me causou
uma depressão de terror.
Quando falou que não me queria,
uma tristeza se alojou em mim,
e a frustração que senti,
foi horrível, sei que sim...
O meu delírio por ti acabou,
O valor que eu sentia também,
Sua sedução foi embora,
Com a sua sombra que me acompanhava há horas...
Minhas janelas agora são fechadas,
Para que a ventania não bagunce meu coração,
e que o sentimento que eu tinha por você,
volte com mais paixão...
Você não existe mais,
existe, mas não do modo que pensei,
eu sei que é loucura,
mas eu te amo e te odeio, meu bem...
Respira
A penumbra em que desfalece meu coração
É um destino que não merece.
Alegra-te, ó minh’alma,
Quem tu amas ainda te acolherá.
Agarra-te a esperança,
Nela há fôlego, um suspiro de vida.
Suspira e respira mais uma vez...
Mais uma vez respira e suspira...
Onde andas, ó pensamentos!
Por que te enfadas por aquela que não te queres?
Peço-te, desvia-te de ti o olhar de quem só te faz chorar,
Porque ainda há tempo de evitares afogar.
Edney Valentim Araújo
Joia rara
De manhã ouço o canto dos pássaros
E neles não encontro o encanto da tua voz.
Vejo os lírios dos campos ao entardecer,
E não há neles formosura que se assemelha a ti.
Contemplo as estrelas ao anoitecer,
E a luz que vejo nelas não se compara ao brilho do teu o olhar.
Encantaste-me como menina,
E ganhaste meu coração como mulher.
É a mais bela pedra de safira
Que faz o meu céu mais azul,
É a joia rara adornada no meu coração.
Edney Valentim Araújo
Réu confesso
Fui julgado pelos meus sentimentos.
Declarei-me réu confesso... te amo.
Mas do crime aleguei inocência...
Disse que me perdi em teu olhar.
Justifiquei meu desatino aos teus encantos.
E diante da tua formosura,
Confessei os desígnios do meu coração.
Fui sentenciado e condenado,
Pagarei pelos erros que cometi por você.
Enfrentarei o meu amargo destino.
E sem perdão, condenado sigo para a prisão.
Caminhado algemado ao amor e conduzido ao exílio.
E agora, sem você, cumpro pena perpetua de solidão.
Edney Valentim Araújo
Pensas em mim
Eu me pergunto se pensas em mim,
Eu, que nunca te esqueci.
Lembro-me do teu olhar arguto
Investido sobre mim.
Teus olhos roubaram meus pensamentos,
E com teus encantos, tornastes dona de mim.
Ofereci-lhe o meu coração,
Levaste a minha alma.
E agora, que tu vives sem mim,
Como fico eu? Eu que não vivo ti.
Eu me pergunto quem será como você?
Encantadora... formosa... bela...
Quem possui olhos como os teus?
Dona de um olhar sublime e arrebatador de coração.
Em quem encontro teus cabelos?
Lindos fios dourados como mel... sedosos e leves flutuando no ar.
Quem terá belos lábios como os teus?
Que mais parecem deleitosos favos de mel...
Em quem encontro teu sorriso?
Sedutor e carismático, capaz de envolver e subjugar minha alma carente.
Nego aceitar a resposta,
Faz-se em pranto a minha alma
Que conhece a resposta.
Não há outa... não há ninguém.
Ninguém a quem o Criador tenha dedicado tamanha perfeição.
Edney Valentim Araújo
Momentos felizes
Encontrei teu retrato guardado
E com ele as juras de amor que fizemos.
Lembrei-me do tempo em que nós nos completávamos
E percebi que meu amor transbordava por você.
Eu chorei... e chorei em silêncio.
Desejei voltar ao passado,
Quando sussurrávamos ao ouvido
E nos aquecíamos em um abraço apertado.
Lembrei-me das confidências que trocamos,
As lágrimas que secamos um ao outro,
Dos momentos felizes que vivemos,
E as promessas e juras de amor eterno que fizemos.
Eu desejei fazer você feliz,
Mas percebi que só eu me sentia feliz ao teu lado.
E na minha solidão, descobri que meu amor não saciou teu desejo de amar.
E agora, por onde tu andas não cabem meus passos,
Mas no lugar que me encontro sobra o vazio de teus braços.
E no frio da solidão
Faz-me falta o calor dos teus abraços.
Edney Valentim Araújo
Imagem penetrante e poderosa
Vigiando todos os meus sentidos
Anjo voraz de movimento sutil
Nuvem de alegria envolvente e sedutora
Inspiradora mulher da minha oração
Rastreadora de emoções e desejos
Amor da minha vida
Um olhar sedutor
Um olhar sedutor.
Uma boca entreaberta,
Tua língua deslizando nos teus lábios carnudos.
Minha boca sedenta de amor,
encontrou na sua um recanto perfeito.
Me joguei, te encontrei,
nos achamos.
Teu cheiro, meu cheiro, nossas peles num deslize perfeito.
Fui teu, foste minha.
(Anjo Eros)
seduza com sua mentalidade, pois o corpo é muito barato.
tão barato que pode ser negociado,
pois há quem o trate como um prato
suje como fazem os ratos
já estamos num grande cardápio
use um osciloscópio
tome um pouco de ópio
sinta o êxtase onde não há energia a compartilhar,
somente peças a desembrulhar.
seduza com sua mentalidade, pois é o único lugar onde ainda há liberdade. pois do corpo já somos prisioneiros,
feito porcos num chiqueiro.
do corpo somos julgados, até sermos abusados.
do corpo somos rotulados, até sermos pós-graduados.
não há sensibilidade no coração da sociedade
não há demagogia num peito em hemorragia
seduza com sua mentalidade de tal modo que não importe sua idade.
de tal modo que esconda toda futilidade diante de toda a superficialidade.
mais barato que o corpo ainda é uma mente que não enxerga igualdade.
é uma mente em efemeridade.
A sedução do Arlequim
Malandro, preguiçoso, astuto e dado a ser fanfarrão: eis a figura do Arlequim. Ele surge com sua roupa de losangos no teatro popular italiano (commedia dell’arte). Sedutor, ele tenta roubar a namorada do Pierrot, a Colombina. Vejo que meu texto começa a parecer marchinha saudosista de carnaval...
Há certa dignidade na personagem. Cézanne e Picasso usaram seu talento para representá-lo. O espanhol foi mais longe: retratou seu filho Paulo em pose cândida e roupa arlequinesca. Joan Miró criou um ambiente surrealista com o título Carnaval do Arlequim.
Ele seduz porque é esperto (mais do que inteligente), ressentido (como quase todos nós), cheio de alegria (como desejamos) e repleto de uma vivacidade que aprendemos a admirar na ficção, ainda que um pouco cansativa na vida real. Como em todas as festas, admiramos o palhaço e, nem por isso, desejamos tê-lo sempre em casa.
Toda escola tem arlequim entre alunos e professores. Todo escritório tem o grande “clown”. Há, ao menos, um tio arlequinal por família. Pense: virá a sua cabeça aquele homem ou mulher sempre divertido, apto a explorar as contradições do sistema a seu favor e, por fim, repleto de piadas maliciosas e ligeiramente canalhas. São sempre ricos em gestos de mímica, grandes contadores de causos e, a rigor, personagens permanentes. Importante: o divertido encenador de pantomimas necessita do palco compartilhado com algum Pierrot. Sem a figura triste deste último, inexiste a alegria do primeiro. Em toda cena doméstica, ocorrem diálogos de personagens polarizadas, isso faz parte da dinâmica da peça mais clássica que você vive toda semana: “almoço em família”.
O ator manhoso sabe que podem existir algumas recriminações diante de uma piada feita com a tia acima do peso ou com o tio falido. Todos queremos nos imaginar bons e incentivadores da harmonia familiar. Todos amamos encontrar um bode expiatório e o Arlequim é um especialista neles. O tipo ideal de vítima apresenta alguma fraqueza física, financeira ou intelectual. A ferida narcísica alheia é um deleite. A hemorragia em chaga de terceiros pode ser sedutora. Claro, isso não inclui você, querida leitora e estimado leitor, apenas as estranhas famílias do seu condomínio; nunca a sua.
O Arlequim é engraçado porque tem a liberdade que o mal confere a quem não sofre com as algemas do decoro. O pequeno “menino diabo” (uma chance de etimologia) atrai, sintetiza, denega, ressignifica e exorciza nossos muitos pequenos demônios. Aqui vem uma maldade extra: ele nos perdoa dos nossos males por ser, publicamente, pior do que todos nós. Na prática, ele nos autoriza a pensar mal, ironizar, fofocar e a vestir todas as carapuças passivo-agressivas porque o faz sem culpa. O Arlequim é um lugar quentinho para aninhar os ódios e dores que eu carrego, envergonhado. Funciona como uma transferência de culpa que absolve meus pecadilhos por ser um réu confesso da arte de humilhar.
Você aprendeu na infância que é feio rir dos outros quando caem e que devemos evitar falar dos defeitos alheios. A boa educação dialogou de forma complexa com nossa sedução pela dor alheia. O que explicaria o trânsito lento para contemplar um acidente, o consumo de notícias de escândalos de famosos e os risos com “videocassetadas”? Nossos pequenos monstrinhos interiores, reprimidos duramente pelos bons costumes da aparência social, podem receber ligeira alforria em casos de desgraça alheia e da presença de um “arlequim”. Os seres do mal saem, riem, alegram-se com a dor alheia, acompanham a piada e a humilhação que não seria permitida a eles pelo hospedeiro e, tranquilos, voltam a dormir na alma de cada um até a próxima chamada externa.
A astúcia do ator maldoso depende da malícia da plateia. Falamos muito do fofoqueiro, por exemplo. É rara a análise sobre a voz passiva daquele que não faz a fofoca, mas que dá espaço e ouvidos para ela. Deploramos o piadista preconceituoso, poucos deixam de rir diante do ataque frontal a outro.
Lacan falava que o limite conferia a liberdade. Sem a placa de velocidade máxima, eu não seria livre para ultrapassar ou ficar aquém do patamar máximo. Da mesma forma, ampliando a ideia, o Bem é cronicamente dependente do Mal. Sem a oposição, nunca serei alguém “do governo”. Batman e Coringa fazem parte de um jogo consentido de vozes. Bocas que fazem detração necessitam de ouvidos aptos. Criminosos dependem de cúmplices. A violência do campo de concentração necessita, ao menos, do silêncio da maioria. Pierrots, Colombinas e Arlequins constituem um triângulo amoroso, uma figura estável porque possui três ângulos visíveis. A perda de uma parte desequilibraria o todo.
Olhar a perversidade do Arlequim é um desafio. A mirada frontal e direta tem um pouco do poder paralisante de uma Medusa. Ali está quem eu abomino e, ali, estou eu, meu inimigo e meu clone, o que eu temo e aquilo que atrai meu desejo. Ser alguém “do bem” é conseguir lidar com nossos próprios demônios como única chance de mantê-los sob controle. Quando não consigo, há uma chance de eu apoiar todo Arlequim externo para diminuir o peso dos meus. O fascismo dependeu de “alemães puros”; as democracias efetivas demandam pessoas impuras, ambíguas, reais e falhas. O autoconhecimento esvazia o humor agressivo dos outros. Esta é minha esperança.
A sedução é um jogo, a persuasão é um jogo, o marketing é um jogo, a política é um jogo - tudo isso e mais algumas coisinhas são jogos de poder, e como no xadrez, uns derrubando os outros
Eu volto a negar,
Pra mim jamais será,
Um olhar de sedução,
Para quem não provoca atração,
Só pode ser irreal, feito um ancestral
Que é contado em livros de ficção,
Trazendo uma sensação, de fé no coração
A fé é impressionante,
Ajuda um ser humano a todo instante,
Mas a fé de amar alguém não é constante,
Assim como uma palestrante que fala sem parar, uma hora ela há de cansar,
Esse cansaço já me atingiu,
Erra quem diz que do amor não desistiu.
VIVER É UM RISCO
Era uma vez
Um homem sem lei
Talvez um menino
Ao certo, não sei
Lhe faltava muito juízo
Parecia não temer o perigo
Costumava dizer
Que "viver é um risco"
Passarinho sem ninho
Pousava em qualquer lugar
Gostava do mais fácil caminho
Pois não sabia onde queria chegar
Trazia informação, calor, música, e poesia
Mas era tudo pura covardia
No fundo ele sabia o que fazia
Um precipício para mulheres a quem seduzia
Confessou que seu "único" medo era sofrer
Pode ser que tenha sido isso...
Só esqueceram de lhe dizer
Que sua armadilha gerava seu próprio abismo.
A mediação da serpente foi necessária: o mal pode seduzir o homem, mas não pode se transformar em homem.
Era um beijo gostoso
Demorado, de tirar o fôlego
Porém era fogo morno
Que com um só sopro
Virou fumaça
Apagou-se