Tag reveillon
ARES DE DEZEMBRO
É um dia após o outro,
e dezembro já chegou,
basta só piscar o olho,
e o ano se acabou.
Mas já vem a boa-nova,
esperança se renova...
ano novo, eu já vou!
RÉVEILLON
É tempo de réveillon,
Meia-noite, festejar!
Fogos iluminam o céu,
Espumante pra brindar.
Use branco, se quer paz,
E vermelho, algo mais...
Vamos confraternizar!
Hoje quando acordei, olhei pela janela e caía uma chuva silenciosa lá fora, iluminada pelo sol.
É o primeiro dia de outubro de 2021, o início de um trimestre que se despede do ano e quem sabe, estaremos encerrando a pandemia: esperança!
Atraversiamo!
ANO NOVO
Ano novo começando
Tempo de transformação
Alegria, boa nova
Sucesso e mais ação
Paz, saúde, esperança
Tenha alma de criança
Muito amor no coração
Ano novo começando
É mais uma translação
Nova era, supernova
Mais amor no coração
Firme e forte tal quasar
Saúde interestelar
Vida de constelação
Não foi um ano fácil, mas aprendemos também nos momentos difíceis. Otimismo reina e sonhamos um ano novo com algo novo. Nada clichê, os pensamentos positivos sempre vamos ter. Agora é hora de tirar do papel os planos e de preferência realizá-los de verdade dessa vez.
eu entrei em 2019 com muitas expectativas, mais do que
poderia ser considerado saudável
pensei que esse seria O ano
que tudo aconteceria
todas as coisas pelas quais tanto esperei
todas as coisas que eu queria recuperar
a versão de mim que eu queria reencontrar
pensei que tudo isso viria ao meu encontro finalmente
em 2019 mas nada veio
quase nada mudou e por causa de todas as
expectativas frustradas acabei ficando cega
para as coisas boas que aconteceram esse ano
porque achava que não eram tão boas quanto as
coisas que eu queria que acontecessem
chego ao fim de dezembro sem ter muita coisa
boa pra colocar na balança geral do ano, mas não
porque não aconteceram e sim porque as julguei
irrelevantes se comparadas às minhas expectativas
me despeço desse ano tendo que me desculpar com
ele por descarregar tanta espera quando, na verdade,
ele não me devia nada
vou para 2020 sem expectativas
sem planos
sem metas
sei onde quero chegar mas não vou carregar o próximo ano
com a responsabilidade de me levar até lá
eu tenho tempo
não precisa ser pra amanhã
ou pro ano que vem
vou agradecer às coisas boas quando elas chegarem
ao invés de ficar cega para elas
que haja luz
que tenha felicidade
que seja leve
que não leve ninguém
Ovo, larva, pupa e estágio adulto: a alternância entre as fases de uma metamorfose segue um padrão linear de duração, variando insignificantemente em dias, que se tornam meses e assim uma diferente existência emerge do casulo que abrigou temporariamente um ex-alguém. Me valendo mais uma vez em puro caradurismo da mecânica do mundo, roubo para mim a semiótica e afirmo com provas e convicção que o que nos resta do passado é a pavorosa lembrança de quem fomos há um milésimo de segundo (caso prefira, converta esse tempo à duração que lhe convém). A essa altura do campeonato, se me sobrou um resquício de decência, só me resta admitir o ódio inerente àquela garotinha estragada que acreditava ter o mundo em mãos, mas nem sequer era capaz de administrar os próprios devaneios. Bom, não que isso tenha mudado drasticamente de lá para cá, mas convenhamos que as medicações aparentam surtir um melhor efeito. Apelando (como de costume) a pieguice, dou sinal verde às minhas lágrimas, e que desçam em um tom cinematográfico por essa cara maldita que não passou um dia desse ano hediondo sem levar uma boa bofetada da vida! É, há um ano eu caminhava ao entorno de um parque enquanto levava rajadas de ventos que me desnorteavam em meio a um frio meia-boca de quatro graus, agora me sento no telhado com uma bebida usurpada do armário de meus pais escutando à pavorosa sinfonia de rojões que não tem nenhuma utilidade além de acelerar meus batimentos cardíacos e impulsionar o negativismo que me lembra o calor insuportável que terei de aguentar amanhã. Neste momento deveria estar pensando em como abordarei os acontecimentos traumáticos de dois mil e dezenove nos próximos dez anos de sessões semanais de psicanálise, mas estou escrevendo como uma artista falida mantida pelos pais (sim, é isto o que sou). Afinal de contas, nem os pobres textos escaparam de todas as tragédias, há tempos não vomito a podridão que me faz de hospedeira em um texto melancólico e grotesco, já que por motivos desconhecidos tudo o que escrevo adquiriu um caráter erótico e esporadicamente crítico, minha esperança é de que sejam os tais hormônios os culpados, aliás. Enfim, nessas horas vale a pena citar meu bom e velho amigo Belchior e dizer que ano passado eu morri, mas neste ano eu não morro (espero, não suporto hospitais).
Muita gente vem dizer
Que esse ano foi perdido
Que não teve um prazer
Nesse tempo tão sofrido
Mas há muito a se fazer
Então quero agradecer
Por mais um ano vivido
Já comprei minha agenda
Vinte e um vai começar
Tanta coisa a se fazer
Mas ainda vai esperar
Faça hoje, viva agora
Pois a vida não demora
Diga “amo” a quem gostar
Fogos de artifício é igual funk e forró risca faca... Nem todo mundo curte, mas quem gosta, acha que todo mundo tem que gostar também.
2020
Um ano tão confuso que reorganizou tudo.
Seu número é lindo e tem cara de futuro.
Sei que muitos esculhambá-lo-ão
Mas, eu não. Eu te amo.
Que a preservação ambiental
Seja mais do que propostas.
Que a importância de cada ser vivo
Se extenda a cada indivíduo.
Que a ganância tenha a culpa
Que a ignorância sempre teve.
Que o mundo aprenda
Que é viver que valhe a pena.
Ou esteja cada vez mais preparado
Para uma extinção em massa.
Pois, está na cara que não estamos.
Não só nessa máscara de pano.
Vai chegar um novo ano
Compre logo o seu diário
Ele está todo em branco
Não existe comentário
Que você só venha a ter
Coisa boa pra escrever
No seu novo calendário
Quero agradecer a Deus
Pelo ano terminado
Pela paz, pela saúde
Pelo amor enraizado
Pela meta em andamento
Por viver cada momento
Me sentindo abençoado
Fim de ano é o tempo
De fazer reflexão
É a hora de pausar
De rever cada ação
É a vez de faxinar
De lavar e de passar
As roupas do coração
2024
Trezentos e sessenta e seis dias que me mostraram diversas percepções de tempo: alguns dias duravam horas, em outros couberam meses nas mesmas 24. Um ano incomum, que me tirou do centro por alguns longos meses e me obrigou a sentir como é estar fora do controle. Aquele controle que por tantos anos foi a minha base, o meu pilar: o controle das coisas, das situações, do corpo, de si. Aquele controle que, na nossa mais humilde ignorância, a gente acha impossível perder, porque é sempre cômodo pensar que “não temos tempo pra adoecer”.
E como é pesado e confuso receber a visita inesperada da realidade que entra arrombando a porta da alma com os dois pés, em um dia qualquer, sem perguntar se temos tempo pra isso.
Perder o controle é ter vários dias que parecem nunca terminar, é saber que você daria TUDO pra encontrar ele novamente. É sentir que, mesmo se tendo tudo, não se tem mais nada.
Perder o controle é um desastre, mas perder o controle de si é um abismo infinito indescritível. Foi a pior experiência que vivi em 2024 e retomar esse controle foi a maior constatação de vida e presença divina que eu poderia sentir nele.
Um ano que me mostrou mais uma vez como é virar pó e depois asas. Como é ser nada e depois tudo, e vice-versa.
E foi navegando nesse dois mil e vinte e quatro que não morri no mar, que tive oxigênio suficiente, abbastanzza (nem mais, nem menos) e finalmente cheguei na praia. E quando cheguei, apesar de imensamente cansada, pude sentir nos pés aquela areia branquinha, que estava quentinha pelo pôr do sol incrível que pude contemplar. Olhei para o lado e ali estavam as pessoas com quem sempre estive, mas que só no temporal vivi o privilégio de tê-las a fundo, como família.
2024, um ano que me fez entender da forma mais literal possível que, sim, tudo passa. Até a uva.
E por falar em uva, acredita que já passou também o Natal? Chegou o fim de um mês que nunca chegava, de um ano incomum, bissexto, com um dia a mais, que poderia caber uma vida inteira, ou muitas delas — como coube.
Um ano que, se eu pudesse escolher, eu nunca iria querer que ele tivesse existido. E por entender o quão valioso e importante na minha história foi este ano é que o termino muito grata por saber que escolher quais anos viver, sendo bons ou ruins, também não é uma escolha. E também não está no meu, nem no seu controle. E que bom que a gente não escolhe. Que bom que o controle se perde e se acha. Porque, da forma mais dolorosa e bonita possível, este ano valeu a pena. Obrigada por tanto!
Até quando atribuiremos ao acaso ou a sorte, o rumo de nossas vidas? O destino é reflexo de nossas decisões no presente. Faça valer o 2023 com novas atitudes, novos projetos mas que em tudo seja diferente das mesmices dos anos que se passaram.
O Ano só será feliz se as nossas práticas forem novas.
"Não precisamos de um 'ano novo,' precisamos de um ANO DIFERENTE.
O que esperar do ano novo
Que ele traga paz, amor prosperidade
Que ele seja realmente novo,sem maldade?
Se foi isso que você plantou o ano inteiro
Pode haver essa possibilidade.
Sintonizar no amor e na paz
Aumenta ainda mais essa probabilidade.