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Amigo de verdade esta com você em qualquer situação.

Verdades


Traduzir um olhar às vezes
Pode ser a pior ideia.
Nem todos os homens
Estão preparados para as verdades que os arrodeiam...

ENTRE NUVENS DE ALGODÃO

Se for me beijar, que seja
Por um querer a mais.
Eu brigo todas às vezes
Com meu eu...
Pois tu me queres por debaixo
Das marquises e das pontes escuras,
Enquanto eu busco as mãos dadas pelas ruas.
Não digo um não, pois a verdade não é essa...
So te peço pra rever tuas intenções.
Pois já me sinto
(entre nuvens de algodão)

Graciliano, José de Alencar, Alvares de Azevedo, Machado ou Drummond, que seja Quintana ou Lispector, que seja ainda, meus simplórios textos. Suas leituras me encantam.

HAVIA
Havia naquele tempo tanta coisa,
Tanta coisa que subiria depois como um balão azul
Quando eu precisasse de um pretexto urgente para não me matar...
Havia
A que passava cuidadosamente os meus poemas a ferro
(e nisso eu vejo agora a maior poesia deles...)
Havia a que sabia fingir que me escutava,
Que parecia beber até, com seus grandes olhos,
Os meus solilóquios
(eram tão chatos que só podiam ser solilóquios mesmo...)
E havia, entre todas,
A Eleita,
A que cortava as unhas da minha mão direita
(agora tenho que recorrer a profissionais...)
E havia, entre as demais,
A que ficou não sei onde esquecida...

MARIO QUINTANA In: Baú de Espantos

Nas tantas buscas, em que me perdi, vejo que cada amor tinha um pouco de ti...

Mario Quintana... O que se falar a seu respeito, será pouco...
Realmente deixou saudade...
Osculos e amplexos,
Marcial

Poetas que somos,
pela poesia vivemos,
com poesia morreremos...
Ósculos e amplexos,
Marcial

PARA LEMBRAR MARIO QUINTANA
Marcial Salaverry

Perguntaram-me que graça tem escrever poesias e, completando a frase, esse meu amigo completou dizendo que jamais lera algo de sólido e concreto numa poesia, que só falam utopias, só falam de coisas que não existem, de sonhos e mais sonhos de amor, amor, essa grande bobagem.
Bem, na verdade pouco se poderia argumentar com quem diz algo assim, porque revela de antemão ter uma alma muito insensível, já que deixou claro não acreditar no amor.
Simplesmente sugeri que tentasse entender porque uma mãe sempre defende seu filho, porque este filho nasceu, porque nas horas de perigo, pedimos pelo amor de Deus, porque as pessoas se unem, porque se consolam nos momentos de dor, e se tudo isso não lhe bastasse como prova da existência do amor, que observasse, como provas concretas, o nascer e o por do sol, o desabrochar de uma flor, o nascimento de qualquer animal, tudo indica a presença e o amor de Deus por todos nós...
Enfim, todas essas provas concretas de que existe algo de muito sublime coordenando tudo, que todos os atos de Deus são marcados pelo amor, e é disso que falam os poetas. De todos esses amores. Desde o amor carnal, até o amor pela Natureza, sem falar claro, no mais importante, que é o amor a Deus...

Mais tarde um pouco, ainda digerindo o diálogo mantido, fui brindado por um e-mail contendo um poema de autoria do grande mestre Mário Quintana, que me fez sentir orgulho pelo simples fato de escrever poesias. Vejam só:
"Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
- muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,
não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
Porque a poesia purifica a alma ...
a um belo poema - ainda que de Deus se aparte
- um belo poema sempre leva a Deus!
MÁRIO QUINTANA"

Quero aqui prestar minha homenagem a esse grande Mestre das Letras. Este seu poema serviu para resgatar e purificar a alma de todos os poetas.
O final, então, é sublime: "a um belo poema, ainda que de Deus se aparte, um belo poema sempre leva a Deus". Realmente, creio que ao compor um poema, o poeta é ungido por uma inspiração divina.
Seja esse poema uma ode à Natureza, seja em louvor ao amor materno, seja dedicado a um casto amor, ou exaltando as delícias do prazer, sempre terá sido escrito em um determinado momento de inspiração, quando, por algum sortilégio divino as palavras que se formaram em seu cérebro, passaram por sua alma, e fluíram através de seus dedos.
Não se "fabrica" uma inspiração... Ela surge de inopino... Vem, e se não a pega na hora, o poeta a perde e não se lembra mais depois.
Dizem que os poetas são sonhadores, vivem no mundo da lua, pode até ser, pois assim lá de cima fica mais fácil para observar as coisas. Porque uma poesia surge de um tudo e de um nada. Uma palavra solta no espaço, já serve para o poeta compor mais uma poesia... Que tal então as forças da natureza? Quer maior fonte inspiradora?

Enfim amigos poetas vamos unir nossas mãos num aplauso demorado ao Mestre Mário Quintana por esta homenagem que ele prestou à alma poetal.
Com as palavras de Mário Quintana, não tenho dúvidas de que todos teremos UM LINDO DIA, que é o que a todos desejo, com a alma plena de poesia, sempre procurando fazer poesias na vida, e da vida, uma poesia...

Na vida, o mais essencial e a atitude.

Com um lápis ou caneta
faço o traço, faço a letra
de Quintana ou de Amaral.
O poeta e a artista
os ambos tem a mesma vista
de um mundo com um problema
irracional.

Fragmentos de um tempo

Eu não sou homem (...).
Sou um anjo incompreendido,
Sombra doce do anoitecer,
Um tesouro desnudo... Avulso...
Consumido por um prazer inquietante.
Vou seguindo em frente...
Sou um pássaro simples
Às vezes triste...
Eu volto... Pouso... Canto...
Vejo o tempo cantarolar momentos...
Meus enigmáticos modos... Adoro!

O papel me olho com deboche
Risquei com raiva e medo
Com esse café preto
Aqui no canto esquerdo
Ri e escrevi com zelo
Novamente
Tinta escorrendo livremente
Sem qualquer compromisso
Apenas deprimente
Melancolia novamente
Tudo novamente
Melancolia, Mario Quintana já dizia:
Sofrimento romântico
E eu discordaria?
Apenas entoo o velho cântico
Romântico.

Dia 02 de Novembro. Dia de amados.

Hoje eu não vou a cemitérios.

Hoje é o dia que escolhemos para homenagear nossos mortos.

Dia em que muitos se dirigem aos cemitérios, visitam túmulos, os enfeitam, relêem as inscrições nas lápides...
Muitos reservam alguns momentos nesse único dia, para lembrar, aqueles que morreram e já foram esquecidos, acho isso um tanto hipócrita e totalmente desnecessário.

Não que eu também não tenha meus próprios mortos, para lembrar ou revisitar, mas faço isso, no cotidiano, mantendo-os vivos em mim e buscando as referências, de suas vidas, em suas obras...

Hoje eu não vou a nenhum cemitério.
Aos esquecidos, seria desonesto, tal fingimento e aos que mantêm-se vivos em mim ou em suas obras, seria completamente desnecessário.

Não vou a cemitérios.

Tenho pra mim que, assim como, Mario Quintana, aqueles que um dia viveram, não estão lá.

AMOR PELO AMOR

Eu gosto de pessoas... E isso independe do que a pessoa TEM.
O que me atrai nas pessoas é o que elas SÃO, essencialmente, naturalmente...
Me identifico com pessoas que essencialmente, naturalmente, amam.
Sim, porque o amor não se compra, logo, não está a venda.
Amor é uma troca natural, porém uma troca de sentimentos e atitudes e não de "coisas".
No amor não há chantagem, nem mesmo a emocional.
Se o amor é incondicional, logo, não há justificativas, não requer explicação...
Amor é aceitação, perdão, SIM e NÃO.
No amor não há espaço para cobranças... Se fosse assim, nós amaríamos os profissionais de telemarketing que nos ligam repetidas vezes por dia para cobrar a conta que não pagamos. (brincadeira! rsrsrs)
Mas, separemos as coisas... Nem todos que dizem que amam, amam. A necessidade de afirmarmos o amor geralmente está ligada a ausência de demonstrações reais.
Todo sentimento existente está mais ligado ao que fazemos do que ao que falamos.
E "o não fazer nada", muitas vezes, é melhor do que "fazer alguma coisa", pois na maioria das vezes o "fazer alguma coisa" está intimamente comprometido ao que é condicional, logo, é um amor-investimento. Cedo ou tarde as cobranças aparecerão.
Portanto, amor que se tem, se dá, e se recebe não por mérito e sim pela dádiva do ter e dar...
E assim Deus ama a humanidade, assim Jesus nos ensinou a amar.
Amar pessoas, independente de nossas diferenças... E nos relacionar sadiamente com pessoas, independente das igualdades.
O que nos une é o AMOR. Se não fosse assim, jamais teríamos o privilégio de termos o amor de Deus e o relacionamento com Jesus. Afinal, somos bem diferentes Deles e bem piores do melhor que Eles prepararam para nós.
Se ainda não somos o que podemos ser, nos contentemos em amar o outro como ele é. Isso já nos torna melhor.
Falar de amor é fácil... Bial falou, Quintana também; até Martinho da Vila cantou o amor. E eu que não sou ninguém, falei... Mas só Jesus ensinou o amor amando, dando sem olhar a quem.

"Das cartas que me escreve, faço barcos de papel"

Velha história

Era uma vez um homem que estava pescando, Maria. Até que apanhou um peixinho! Mas o peixinho era tão pequenininho e inocente, e tinha um azulado tão indescritível nas escamas, que o homem ficou com pena. E retirou cuidadosamente o anzol e pincelou com iodo a garganta do coitadinho. Depois guardou-o no bolso traseiro das calças, para que o animalzinho sarasse no quente. E desde então ficaram inseparáveis. Aonde o homem ia, o peixinho o acompanhava, a trote que nem um cachorrinho. Pelas calçadas. Pelos elevadores. Pelos cafés. Como era tocante vê-los no “17”! – o homem, grave, de preto, com uma das mãos segurando a xícara de fumegante moca, com a outra lendo o jornal, com a outra fumando, com a outra cuidando do peixinho, enquanto este, silencioso e levemente melancólico, tomava laranjada por um canudinho especial… Ora,um dia o homem e o peixinho passeavam na margem do rio onde o segundo dos dois fora pescado e eis que os olhos do primeiro se encheram de lágrimas. E disse o homem ao peixinho: “Não, não me assiste o direito de te guardar comigo. Por que roubar-te por mais tempo ao carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus irmãozinhos, da tua tia solteira? Não, não e não! Volta para o seio da tua família. E viva eu cá na terra sempre triste!…”. Dito isso, verteu copioso pranto e, desviando o rosto, atirou o peixinho n’água. E a água fez um redemoinho, que foi serenando, serenando… até que o peixinho morreu afogado…

⁠O tempo é um ponto de vista dos relógios.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

MILAGRES À GRANEL

Há quem não acredite em milagres
Há quem tenha certeza que é só uma miragem
Há quem duvide do quase não difícil
Há quem acredite no impossível
Há quem creia que o passível é o mesmo que passivo ou permissivo
Há quem acredite que o incrível não é crível!
Vejam vocês: o impossível é passível de possibilidades
O possível, por sua vez, é repleto de impossibilidades
O sol não se põe no horizonte, pois o horizonte é nada mais nada menos que uma miragem; uma ilusão.
Mas é impossível e crível não existir o esplendor aos olhos da poesia.
O milagre está aí(ou ali) tão longe e tão perto.
Cabe aos olhares crentes — e até não crentes
Que a luz coexiste com a escuridão e
Que o sim coexiste com o não em suas mais difíceis entranhas.

Observo uma bola de fogo, uma gema, um ovo cercada por por cores qual um imenso afresco celestial
pintados por elementos naturais que fazem parte do nosso corpo e consequentemente da nossa breve existência.
Que poder esta obra-prima mutante tem sobre os que fitam com muitos sentimentos guardados ou soltos
Retos ou tortos
Vivos ou mortos
Há quem acredite em milagres...
Sou um deles
Você, Idem
Então viva os incríveis, críveis, impossíveis, passíveis com permissividade e regozijo
Os milhões de milagres que estão à sua volta, no alto e debaixo da terra.
Você é um milagre!
Felizes Anos Novos!

Luciano Calazans. Salvador, Bahia. 28/12/2017

Inserida por Maestroazul

                                        
 
E ENTÃO…
 
Então me vi sem norte
Sem porte
Sem porto
Ambíguo e quase menos vivo
 
Então ouvi seus olhos
Cheirei tua boca
Afaguei teu sorriso
Beijei sua nuvem
 
Então sorri teu pranto
Uma vida chegando
Duas estrelas, um ventre
Fecundo e tenaz
 
Então cataclismas - breve torpor de nossas almas.
Então movimentos
Circulares
Círculos de Plotino
Círculos de Hipátia
Círculos de Dante
Universo ensimesmado
Infindáveis questionamentos...
 
Não caíste em desmantelo
Naquele ano do nosso senhor - tempo
Que o vento não levou e brisa sorridente
Nos gracious com choros enfantes sem dentes
 
Então chorei teu sorriso
Reguei seu jardim
Então a luz chegou
Poderosa e ofuscante
 
Então sorrimos o choro...
 
 
                                   
      
 

Inserida por Maestroazul

CONTO DO MEIO

Quando pequeno, eu estava no aniversário de um amiguinho

e pus meu dedo no bolo.

Não coloquei e tirei. Não passei o dedo.

Apenas enfiei a ponta do indicador naquela parte branca.

O dedo permaneceu lá, parado, enfiado, intacto.

Todas as mamães me deram um sorriso falso.

Os papais estavam bêbados no quintal.

O único homem ali perto era o tio Carlos.

Tio Carlos se escondia atrás dos óculos e da câmera fotográfica.
Era bobo, agitado e gorducho.
Quase sempre sorrindo.
Tinha poucas, raras, nenhuma namorada.
Tio Carlos atrás dos óculos, da câmera e de namorada.

Meu braço esticado era a Golden Gate.
Uma conexão entre minha consciência
e aquele montante de açúcar.

A ponta do dedo imóvel, conectada, penetrada no creme branco.

Uma das mamães resolveu liderar a alcateia
e me pediu para tirar o dedo.

Pra que tanta coragem, perguntou meu coração.
Porém meu dedo,
afundou um pouco mais.

Olhei-a nos olhos sem docilidade.
Meu corpo imóvel.
O dela recuou.

Minha mamãe, sem graça,
falou que isso passa.
Eu atravancava, ria e dizia:

- Vocês passarão, eu... - estendia a aporia.

Eu era a Criação de Adão na Sistina.
Era mais que Michelângelo,
Era Adão no Bolo,
Era Bolo em Deus.

Mamães desconcertadas. Olhando umas para as outras.
O silêncio reinava,
o reino era meu.

Mamães desorientadas. Olhando para mim.
Tio Carlos com a câmera fotográfica
olhava para as mamães.

Acho que ele era apaixonado por umas três mamães,
ou mais,
ou todas.

Esperei um não.

Esperei um pare.

Ninguém era páreo

para um rei.

Tirei.

Inserida por kikoarquer

Falar de amor é fácil... Bial falou, Quintana também; até Martinho da Vila cantou o amor. E eu que não sou ninguém, falei... Mas só Jesus ensinou o amor amando, dando sem olhar a quem.

Inserida por ketantonio

"a reflexão é um dos momentos mais importantes na vida do ser humano, pois na reflexão temos o momento para decidir entre o certo e errado e enfim fazer a escolha melhor para nós"

Inserida por marlonquintana

"lute para alcançar seus sonhos e objetivos e faça o melhor para si e para a sociedade, e no final verá que terás orgulho de ter lutado com determinação e terás o maior troféu ganhado, o orgulho do dever cumprido e conquistado por mérito próprio"

Inserida por marlonquintana

"a felicidade tem várias portas onde temos a chave para cada destino, temos o poder de escolha e de decidir o melhor para cada um de nós, uma decisão difícil? talvez. Na vida somos os autores de nossa própria história, lute, não desista, se desanimar, pense nos motivos e razões que tens para não desistir e verá que tudo é mais fácil quando sua vontade de vencer, superar os obstáculos e dificuldades, a felicidade verdadeira, acontece de dentro para fora, quando nos libertamos de nos mesmos e enxergamos que a felicidade sempre está do nosso lado, nós é que não vimos."

Inserida por marlonquintana

"lute sempre por seus sonhos, nunca desanime na primeira queda, tenha em mente que tudo que desejas para seu futuro irá acontecer, basta ter fé e saber que deus nunca te abandonará, assim como existem os dias nublados, também existem os dias de sol"

Inserida por marlonquintana

Poesias me alimentam de esperança e de fé no que pode ser e no que poderia ter sido; Sou amante de mim mesmo, e me vejo em cada rosto que venero e amo, pois tudo que amo é belo e tudo que é belo eu amo!

Inserida por eduardodecastro