Tag quente
O fogo do inferno não é quente quando caminhamos no bem. Não queima quando fazemos o bem ao próximo, mas deixará sequelas na alma para aqueles que tem o olhar para a vida com outra visão
Nostalgia é uma sensação que deve ser degustada da maneira correta.
Pode-se comer fria ou quente,
mas sempre com emoção.
Coloque um tempero nessa vida .
Esquece o banho maria.
Aumenta o fogo e põe esse coração pra ferver .
Nada de panelinha .
O negócio é aquecer um caldeirão, misturar tudo de bom que a vida tem ,
e mexer até dar ponto.
Segue a receita: Um misto de energias boas , adicionada a uma pitada de atrevimento,
e voilá !
Servir quente com bebida gelada!
BEIJO QUENTE
Cale a minha boca com um beijo quente.
Faça meu coração acelerar.
Deixe o meu corpo provar o teu gosto.
Deixe eu desejar te amar.
Faça de mim uma escrava na cama e me diga, te amo num breve sussurrar!
A água quente e o amor
Chegou o frio e com ele também veio a busca pela água quente. Na sua normalidade ela é apenas o tempero. Sua mistura com a água fria gera a água morna. Mais ou menos. Ela é necessária, mas quase passa despercebida. Assim é o amor. Na sua normalidade ele também é quase imperceptível, mas ele está ali, temperando. De repente, como a água no frio, esse amor ganha espaço e valor. Ele vira cura, vira alegria, vira vida. Toma conta. Não é mais o tempero apenas. Como a água quente é necessária no tempo frio, assim é o amor. Ele é vital nas derrapadas da vida, nos desencontros e desesperos humanos. O amor nunca desaparece, ele segue vivo temperando a vida e aquecendo a água benta do amor. Surge sempre no lugar e no tempo certo. Ele é o guardião do nosso inverno.
ÉLCIO JOSÉ MARTINS
Pense numa pessoa meio louca
que gosta de fazer trapalhadas,
no verão só usa quente touca
e no inverno pouca roupa, a danada!
Noite quente, o sono não chegou,
contava estrelas em minha janela,
Quem sou eu nessa imensidão?
Um grão de areia no Saara...
Desconheceu então se era quente, ou frio... Porque, às vezes, queimava, como ferro que suturava a carne... E em outras congelava, como um lago traiçoeiro de uma fina e transparente camada de gelo que aguarda pacientemente por sua presa... E era dolorido desejar reter nas mãos... Mesmo que em momentos se acalmasse e adormecesse, quando era possível sentir sua textura aveludada e sua leveza flutuante, e a luz que penetrava por seus olhos e inundava-lhe o coração... Quando sabia então que tudo valia a pena, e suas cicatrizes soavam-lhes como troféus, condecorações de um conflito pela paz.
Amor denso...
Lembro-me que houve tempos não distantes, que com um toque macio incendiava.
Despretensiosamente em ósculos repletos, onde minha boca junto a sua deleitava.
Na escura manifestação da noite, ou na claridade da visão do dia.
Com a pele delicadamente macia, meu corpo junto ao seu ardia.
Na busca afável do nosso prazer, seu corpo despido minha mão percorria.
Que perfeitas curvas as faziam perder, sentidos com a leveza e sem avaria.
Por vezes em local incerto estávamos, divã, tálamo ou frente ao polido de aço.
Podíamos olhar além dos olhos, que amávamos forte, profundo em um abraço.
Que sempre ali você acendia, abrindo-se para eu justapor seu âmago.
Permitindo contato que fazia intenso, dentro de ti breve relâmpago.
Então você o consumia todo, reto, ereto como meiga e linda mulher.
Em movimentos viciantes e densos, fazendo sentir tudo que se quer.
Fechávamos os olhos para somente sentir, fazendo trocar fluido continuo e quente.
Como um vulcão que está prestes a explodir, movimentos... repetindo-os ferozmente.
Ao explodir estávamos em grata paixão assim.
Eu tendo você toda e você tudo de mim.
O amor deve ser que nem café
às vezes forte
às vezes doce
às vezes acompanhado
sempre quente
Mas jamais gelado.
Como expressar uma paixão tão grande pelas folhas quentinhas ou frias, ásperas ou macias de um bom livro e por que não, um bom e leal amigo?
O beijo tem que ser quente, aquele que vem e tira o fôlego, que deixa um gosto de quero mais, aquele que deixa saudade mesmo. Porque beijo frio é como gelo derretido, não faz o mesmo efeito!
Invernou
Invernou e a temperatura caiu
Esfriou-se e o nosso amor ruiu
Como uma estação acabou-se
Como algo que é finito
Expirou-se totalmente.
Invernou e a temperatura subiu
Esquentou-se e o frio sumiu
E na estação que se chama inverno
Camisetas, bermudas e chinelos
Substituíram os casacos, as botas e os ternos.
Invernou e nos reencontramos
Fez-se um novo amanhecer em nossos planos
E do que outrora era ausência e dor
Transformara-se em presença e esplendor
Temperado com chocolate quente, abraços e muito amor.
Edson Luiz, São Paulo, início do Inverno de 2015
A espinha.
Me pegou com força.
Me beijou.
A língua era boa.
Uma delícia.
Sua pele, suave e macia.
Pegou-me olhando-me nos olhos.
Quente.
Muito quente o que suas palavras diziam.
Arrepiavam-me a espinha.
A espinha.
O encanto é passageiro, apenas uma apreciação de olhares, dura uma semana. A paixão é comovente, é quente e dura três meses. O amor, ah o amor (...) O amor é indescritível, é reluzente, é a mistura de emoção com razão, desconheço o seu fim. Dura aproximadamente o tempo de uma vida.
Toda essa dor me cansa. O meu corpo tão frio, o lençol quente. É como o leito de um rio que congela e não sente.
"O meu entendimento sobre os meandros desse labirinto, que é seu coração, transformou em cálido o que era álgido; Aqueceu a dúvida sobre essa sua forma, hesitante e contumaz de se entregar, do seu jeito, sem jeito, mas com muitos trejeitos. Aguçou minha libido, que outrora acanhada, quase frígida, transformando-a em voluptuosa sensualidade, dantes contida, quase inexistente, agora menos inibida e muito mais ardente; Inundou meu coração da certeza do incerto e no prazer desse sentimento desconhecido, que eu supunha conhecer, mas que deveras não conhera; Corrompeu minha mente, viciando meu corpo com esse ópio hipotérmico, apaixonando meu coração, há pouco matreiro, agora embobecido, quase desfalecido, despertado pela vontade de amar, mas que teima em não aprender a claudicar diante dessa neve que acompanha sua gélida, mas inebriante, forma de se entregar..."
Receita
Sal, pimenta e molho de tomate...
Um pouco de mel , salpicado amor.
Mãos mescladas para se produzir misturas,
Ingredientes e corpos
A água fervendo, como o coração quente
daquela paixão.
Mãos tremulas, mente confusa, suor...
O tempero estava perfeito.
O gosto doce e ácido do molho com a apimentada relação.
Tentaram saciar a fome, porém o infinito desejo do comer
fez com que seus lábios tivessem vontade de sempre provar mais...
Devoram um ao outro como prato principal.