Tag prosa

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sobre os cansaços
pousados entre as narinas
suspirei clareiras e vi
vestidas de cravos
as flores dos teus olhos
soprei levezas
acolhi em pétalas
meu campo conhecido
o teu jardim ...

Inserida por katia_de_souza

Oh! ouvido este que se amplia,
infinitos tons em ti acolhes,
quando a Vida em si permites ...
... ouves o Todo, sinfonia!

Inserida por katia_de_souza

Saber sentindo a vida e sua dinâmica em movimento, é acolher que nada é igual nesse agora. A continuidade da dança da vida, marca o presente com sua perspicaz coerência de jamais ser a mesma, portanto, tomar a si ou qualquer outra referência pelos passos marcados que os pensamentos traduzem, é querer parar a roda e fixar a fluidez da existência; acreditar na estagnação do "ser" e limita-lo ao tempo e espaço, inexistentes.

Inserida por katia_de_souza

E a luz se fez no coração dos homens
transbordando o que "é", calando os lábios,
sustentando os passos e orientando os gestos!

Inserida por katia_de_souza

Sou o que teu sopro traduz
no silêncio que me cobre
E na segurança do que só eu sei
em mim sou o inalcansável
aos teus dedos tão longe de ti!

Inserida por katia_de_souza

No crepúsculo de um sorriso
o brilho de um olhar se faz presente
quando presente está a segurança
confiança dos passos em Verdade
vestida além das letras
afinal, são estas apenas reflexos
das noites acolhidas pelas manhãs
orvalhadas sintetizam a fluidez
sentimentos que são poesias
contornadas pelas sombras de um poema!

Inserida por katia_de_souza

Em meio ao nada
do lado macio de quem olha
um sorriso entre lábios
confirma em confiança...
O que se sabe
a verdade se estabelece!

Inserida por katia_de_souza

Joias guardadas perdem o valor...
compartilhadas, embelezam a vida e revelam o tesouro que todos possuem!

Inserida por katia_de_souza

O que cabe no peito
De maneira indireita
Com sabor contente
Com cheiro de arco-íris
Desejo colorido
Confissões inesperadas
Dados quase revelados
Latente não se afasta
Arquétipo que deflagra
Um tipo recorrente
Vem de repente
Esporadicamente
Não busca por razão
Quer vivência
E também ilusão

Prosa Poética: “O caipira João”
Thaís Falleiros 21-06-2013


Era uma vez um caipira, bem caipira sô
Humilde e tímido
Mas como diria minha avó, bem afeiçoado
Era Bicho-do-mato. Neguinho calado
Mas de um coração que não cabia no peito
Peito esse que nunca ficava gelado
Graças ao coração
Até que um dia o menino envergonhado
Viu-se por uma rapariga muito da metida
Apaixonado.
Ah, a paixão e suas armadilhas!
É perigosa e inimiga numero um da razão.
O menino que sempre gostara de flores
Tirou uma, a mais bonita, do jardim,
Colocou-a num vazo de barro
Pequeno e nada vistoso
Estufou os pulmões e foi lá declarar
O amor que já não cabia no coração.
A moça muito da arrogante
Menina da cidade, estudada e viajada
Achou uma indignação.
Moço pobre me dando uma rosa inda em botão?
E num vazo, de barro, sujo e manchado?
Não podia não.
O moço ficou com as maças do rosto vermelhas
Como essas que vem lá das bandas da Argentina
Lugar longe e frio, onde todo mundo fala enrolado.
E a moça achou engraçado.
Desembestou a rir, até chorar. Não parava mais.
Ah, isso não se faz não moça. O Destino há de me vingar.
O moço foi-se embora com o vazo na mão.
Entrou na sua caminhonete velha que era na verdade de seu avô.
E foi embora para o sítio, lá no meio do mato, com as vacas e os cavalos.
Pois lá ninguém ria de suas fuças. Era seu lugar no mundo.
A moça, poxa, não fez por mal não. Apesar da sua estica
Do seu porte de moça rica, bem vestida e de joias na mão
Ela também havia de ter um coração.
E não é que no meio da noite a danada da inconsciência
Vinha lhe trazer em sonho, o moço caipira, bonitão?
E no dia, cada rosto parecia que era o tal João.
O tempo passou e essa doença não passou não
Nem na moça, nem no João
E a doença era nada mais nada menos, que paixão!
A moça muito da atirada, percebeu logo a sensação
Não perdeu tempo e foi no mato atrás de seu amado
Pedir-lhe desculpas e lhe dar uma explicação.
Mas no meio do caminho, quase chegando no portão
A moça que vinha em seu carro importado
Teve um piripaque e adivinha quem apareceu?
O Jão!
Estava sujo de terra, com cheiro de esterco de porco
Mas não teve tempo de pensar nessas besteiras
Pegou-a no colo com muito cuidado
Levou-a para a sala que estava desarrumada
E lhe fez respiração
Boca-a boca é claro, e a família toda viu
E todo mundo ficou calado.
A moça acordou já no meio da respiração
Que nessas alturas já era na verdade
Só o boca-a-boca. E a paixão virou amor
E o amor virou um casal
A Maria e o João Junior, o Juninho
Que ficou caipira igual ao pai
E ela ficou dondoca igual à mãe.
Mas não faz mal
Tudo terminou como tinha que ser
A moça rica com o homem pobre
Que lhe tratou como rainha do sertão.
Graças ao destino, que vingou o moço
E lhe emprestou a sua mão.

Inserida por thaisfalleiros

Somente ignorantes enxergam na violência, uma resposta

Há momentos em que a ignorância e a Intolerância predominam, que a bestialidade humana emerge das profundezas da escuridão, e que ditadores se levantam para liderar a boçalidade e a estupidez, de que em parte somos feitos, ou pelo menos alguns de nós. Há épocas que o medo fantasioso de coisas que nem ao menos são reais, é usado como arma para iludir, alienar boa parte da sociedade. E esse medo se torna aversão, ódio, desprezo e asco, por outros, que não concordam, que veem o mundo de maneira muito mais ampla, do que o rebanho governado por tiranos egoístas e hipócritas. E é assim, que a violência, o derramamento de sangue, a selvageria, e o autoritarismo, é justificado. Mas no fundo todos sabemos que os fins não justificam os meios, que a pátria não é mais importante que vidas, que religião não deve ser usada como desculpa, para proferir preconceitos.
Como pode existir tantos humanos sem humanidade? Tantas pessoas que se consideram boas, incitando a brutalidade, a hostilidade? Será que param para pensar em seus atos? Será que não veem o tamanho da hipocrisia, em que estão imersos? Será que não percebem que opressão, intimidação, e agressão, não são a resposta? Pois, para fazer do mundo um lugar melhor, o diálogo, a autocrítica, o amor, o altruísmo e a lógica, ainda são as ferramentas mais eficazes. Não pode ser tão complicado, entender que a raiva, não nos leva a lugar nenhum, que pontos de vistas opostos, sempre existirão e que é isso que traz luz a escuridão da ignorância e nos torna mais sábios. Somos humanos, cometemos erros, mas não precisamos repeti-los.

Inserida por Sheilatinfel

Incertezas

As vezes estou a pensar
Como seria amar
Não que esse poema,
tenha que rimar.

São muitas dúvidas,
que preciso tirar
A questão é amar ou não amar ?
Meu orgulho fala mais alto
Tanto faz ou não se apaixonar.

Meus sentimentos são como,
fechar os olhos e dormir sem sono
Ser fria soa como uma única opção
Esconder sentimentos que vem do coração.

Inserida por lyviamel2010

Já que chegaste,
podes entrar e sentar,
tome minhas mãos geladas,
queres um café?
ou um chá de maçã
com prosa açucarada ?

Inserida por neusamarilda

Até quando, meu Deus?

Até quando, meu Deus? E tenho feito esta pergunta, desde quando eu nasci.
Vejo a vida como se ela fosse um filme ou uma novela. Tudo parece ser muito repetitivo ou cansativo.
Vejo as pessoas como se fossem personagens, passando por inúmeras fases... Vivem os seus dramas e vinganças, suas paixões, alegrias e tristezas, constantes ou não... Amores, idas e vindas, glórias e derrotas, realizações e frustrações.
Tudo o que um ser humano vive na própria pele, enquanto está encarnado. Me canso, ao assistir o meu próprio filme, novela ou teatro... Assim como me canso... ao assistir o filme da vida alheia também.
Mas, na simplicidade da vida, eu sempre encontro uma certa beleza, um certo encantamento... e isso me transmite paz.
Se não é complicado, difícil, se flui apenas... é algo belo, transcendental!
A besta humana, quando não complica a vida... faz brilhar a sua essência divina, assim como o sol faz, todos os dias... ao nascer...

Inserida por literapaixao

VINTE E DOIS

O músico é uma criança à procura do futuro, do passado, do presente.
Do futuro do presente
De um presente do passado
De um passado de muitos futuros

A música é choro, é chão, é momento
A música é o sempre, é o agora, é uma coisa já vista/ouvida que sempre será novidade
Efêmera e eterna fertilização de corações e mentes.

A música é a definição indefinida do que almejamos ser ou não ser.
É a palavra mais inalcançável ao alcance dos mais incautos ouvidos

A música é uma estrela. Ou seria constelação?
Uma leve brisa ou um tortuoso tufão?

A música é a explicação ao inexplicável.
É o inexplicável translúcido em vasta amplidão
É a liberdade prisioneira
É o teto, a eira e a beira
É o que fomos, o que somos e o que seremos.

A música é utopia real
Fantasia da realidade
Realidade da fantasia

A música é uma criança à espera de zilhões de pais, mães, irmãs e irmãos.
É Arezzo, Cecilia e João, Sãos...

É a certeza da cura
É a cura desenganada
É a ilusão do horizonte
É a bebida que brota de toda e qualquer fonte

É a coisa sem fronteiras, que infelizmente alguns tentam podar.
A música é o mais reluzente significado para nossas vidas, quer queira, quer não .

É angústia, é ânsia, é susto, é suspense, é o amor!

E em seu dia elencado por mortais,
Tento em versos vãos externar o infinito solúvel e sem solução

A música é esperança, é uma criança, é a fêmea e o macho, do flautim ao contrabaixo
Do ventre à luz
Da alma aos sãos
Da cegueira à visão
Do oco aos atos.
Do ogro aos ratos
Dos gnomos aos patos

Da fome ao prato
Existem sons

A música é criança versada e versando
Canções

Luciano Calazans. 22/11/2017

À Deusa que rege a minha vida e a de Zilhões.

Inserida por Maestroazul

Luzes de um Ser Tão imerso


As luzes brincam de sertão
A saudade brinca de gangorra
Às vezes dói, vez em quando vêm alívio
A saudade é a flâmula do desejo de estar

O pai a léguas de distância então
Exalta a resignação forçada
a estar em uma feliz solitude
Tresloucada mordaça em contos de fada

Um vão suspiro - de alívio ou solidão
Enternece o pai distante não por querer
A causa vence efeitos, júbilos, grãos

Assim as luzes podem - e devem
Brilhar mais na seca paisagem
Brincar por raras folhagens
E brincar como seres fortes que são

Tão ser...

Luciano Calazans. São Paulo - SP, 13/09/2015

Inserida por Maestroazul

LU- Curas

Essa coisa que trago e que me traga
essa desmesura de luz que aporta
Em meu cais aberto às embarcações
vindas do nada, trazendo sua mercadorias

Catraias, saveiros, navios mercantes
diferentes idiomas, trazem consigo
Variados fusos e confusões diárias
esquecendo o silêncio profundo da alma

Sim, me tragam, sugam e devoram
parte dos restos em entropia latente
naus perdidas em águas, como gente

Num ato antropofágico e ambivalente
num vai e vêm interminável e angustiante
Ah! Que saudade de um novo Dante

Do Estige, hoje, paraíso revisitado
de círculos que poderiam não girar
Nessa coisa que traga, engole, rumina

Labaredas de um fogo eterno e nuclear
que só jaz quando o silêncio solitário
Traz a paz para uma reflexão

Que a vida me trague e me traga, então.

Luciano Calazans.

Inserida por Maestroazul

Apenas mais um texto de amor ...
Tocados pela mutabilidade da vida repentinamente se perguntaram :
_ Onde será que estaremos num futuro próximo à hora em que o crepúsculo nos toca ?
Breve silêncio .
Nada disseram . Sabiam . Uniram-se então as mãos, os corações céleres bateram e permaneceram assim , quietos olhando para o horizonte , onde o sol timidamente se escondia , mas sua luz permanecia visível aos olhos de quem conhece o amor.

Inserida por elisangelabankersen

Era uma vez um sentimento. Era puro, bonito, mas muito exagerado.
E não é que com o tempo o danado alugou todo o coração ? Não havia espaço para mais nada . Só esse constante sentir . Mas era tamanho o barulho que fazia e tanto atentava quem ao lado morava que sem perdão ele teve que ser despejado . Sua bagagem toda pelos olhos foi derramada e só assim o coração pode então respirar aliviado ...

Inserida por elisangelabankersen

Ele não tá nem aí
Então vou aparecer por aqui
Aqui ele vai me notar
No feed nao tem como ignorar
Vai lamber a tela do celular
Vai reprovar na arte de suportar
Minha ausência em consciência
Te vejo amanhã então?
- onde?
-aqui mesmo, no feed
-pq?
-pq só existo ao ser visto aqui

Ele é malandro
Com seu amor conquista todo o mundo
Sua simpatia contagia
Não é à toa sua alegria
Seus motivos são reais
Superficiais, ademais,
Pra quem não te conhece
Manda bjo e agradeçe

Ele é tatuado
Meio humano
Todo gato

Sonho verde
Cheiro de mato
Abraço apertado

Tem direito
Tem amor no peito
Um homem de respeito

Tomara que chova
Tomara que venha
Eu e vc aconteça

Faz parte
Mas parte
Parte o coração
Aí a gente fica sem ação
E muda de Cor(ação)

Massa de pastel
No mercado tem
Na padaria também

Carne e queijo vou querer
2 leite pras criança tem que ter
10paes quero levar

Minha cara, quero trocar
Vou colocar boca e passar mel
Alterar, minha cara de pastel

Quinta-feira
Faço cera
Feriado
Faço nada
Nado contra
Nada a favor
Por favor
Não mendigue amor