Tag privacidade
Estamos sempre nos contradizendo. Queremos que as pessoas nos diferenciem dos demais, mas não cremos que sejam capazes de fazer isso. Queremos que as pessoas nos conheçam, mas também queremos que mantenham uma certa distância de nós. Sempre desejamos que alguém nos aceite como nós somos, mas nunca acreditamos que haverá alguém que aceite nossos caminhos distorcidos. É por isso que ficamos bem trancados, em nosso pequeno mundo privado, e jogamos a chave fora, para que ninguém possa nele entrar.
Quem sabe o que mais está inadvertidamente documentado nos telefones, discos rígidos e álbuns de fotos empoeirados das pessoas, como um ruído de fundo que aumentaria de significado para um público diferente?
As pessoas mentem o tempo inteiro.
Algumas mentem por vício.
Há também quem minta por vaidade.
Há os que mentem por privacidade.
Outras por maldade...
E algumas mentem por misericórdia.
“Segurança da informação e proteção de dados não se gerencia com achismos e opiniões, somente com dados e fatos concretos.”
Minha privacidade
tem senha
Não vou dá-la
a ninguém
Limites existem
Mostra-se apenas
O necessário
Há coisas que Deus nunca nos revelou!
Outras, nem pra Ele
eu conto!
Segredos são mentiras. Compartilhar é cuidar. Privacidade é roubo.
Poetizando, violação de privacidade
A interface máquina homem.
Claro, escuro.
Prazer, constrangimento puro.
A privacidade violada, intimidade some.
Todo mundo nu.
Meia dúzia tudo assiste.
O laboratório quântico.
Ondas supersônico.
Vácuo que existe.
A frequência que tripudia.
Penetra nos lares dia dia.
Partículas atômicas, binárias.
Bits, qubits.
A intimidade do povo.
A tecnologia, a ciência assiste.
Quem vai gritar.
Quem vai parar.
Quem vai dizer.
A política moderna a enganar.
A igreja cala.
Satanás goza.
A nova senzala.
Poesia, verso, rima e prosa.
Como diz no boteco.
Pererecas rolando a becos abertos.
Madeira nas redes, nas teias.
Nudez, parede, chão e teto.
Madeira no enganoso arquiteto.
Engenheiros cientistas.
Tecnologias, tecnopistas.
Querem dirigir a vida artificialmente, desde o feto.
Giovane Silva Santos
Antes de falar da sua vida para os outros, antes de expor a tua intimidade, antes de violar a tua privacidade pergunte-se no que vai te ajudar passar essa informação. Se não tiver utilidade nenhuma, cale-se. Não fale para terceiros mais do que eles precisam saber.
A tecnologia pode dar origem ou sustentar uma determinada tendência, tornando-se em variável a ser levada em conta na dinâmica da sociedade.
A formação do conceito de privacidade aponta para elementos relacionados a necessidades diversas, como a busca da igualdade, da liberdade de escolha, do anseio em não ser discriminado.
O problema da proteção de dados, mais do que uma questão individual, possui implicações sociais profundas, que vão desde questões atinentes ao gozo de direitos por coletividades até à viabilidade de modelos de negócios que podem ser intrinsicamente contraditórios com o efetivo controle dos próprios dados pessoais, e mesmo o balanço de poderes no sistema democrático.
Da dimensão coletiva surge, enfim, a conotação contemporânea da proteção da privacidade, que manifesta-se sobretudo (porém não somente) através da proteção de dados pessoais.
Se hoje a privacidade e a proteção de dados pessoais são assuntos na pauta cotidiana do jurista, isto se deve a uma orientação estrutural do ordenamento jurídico com vistas à atuação dos direitos fundamentais.
Os efeitos da violação da privacidade ganham dimensões tais que acabam por aumentar a necessidade de se criar um eixo em torno do qual estruturar essa proteção.
O discurso sobre a privacidade cada vez mais gira em torno de questões relacionadas a dados pessoais e, portanto, sobre a informação.
A temática da privacidade passou a ser estruturar em torno da informação e, especificamente, dos dados pessoais.
A proteção de dados envolve a própria participação do indivíduo na sociedade e leva em consideração o contexto no qual lhe é solicitado que revele seus dados.
A proteção de dados pessoais é uma disciplina que engloba, em grande parte, temas relacionados ao direito à privacidade.
A proteção de dados é um instrumento para a construção da própria esfera privada e, portanto, para o livre desenvolvimento da personalidade.
A preservação da memória coletiva é um aspecto da disciplina da informação e também se relaciona com a proteção de dados pessoais.