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Jaz Morto!
Zak! Morreste!
Jaz amado foste!
Jaz triste pernaneceste!
Reclama para o diabo!
Amigo, morte já te chama.
Zak! Apodreceste.
A vida foi bela.
Viúva mulher tu deixaste!
Filhos órfãos tu perdeste!
Caí sobre o império...
Zak! Reflete...
Não largues a esperança
Porque talvez a morte não foi em vão.
Tua bravura foi reconhecida
Pelas almas dos mais fracos!
Ofélia
Tudo em ti reluz como as joias da coroa do Rei,
tudo em ti é serena e calma manha,
os sonhos dos homens são como a areia junto ao atlântico
e tu és eterna entre os lábios dos poetas mesmo que adormecidos...
Há noite, tu deitastes e a lua resplandece sobre teu corpo,
de dia o sol és tu mesma quando passas,
porem nós homens nos perdemos nas sombras
e falamos apenas com o coração.
Ofélia doce madrugada dos apressados e dos caídos,
Ofélia das aguas límpidas e das lágrimas sinceras
porque em teu rosto existe o sonhos
dos que ainda amam e choram por ti.
ALVORADA
O tempo e tudo que fazemos com ele
as palavras e os sorrisos disfarçados,
as memorias as que retenho e as saudades dos que amo.
Os sonhos arquivados nas prateleiras,
o pó entre as memorias das coisas simples,
e de novo os sonhos que ninguém sonha como eu sonho
porque me debato antes de qualquer alvorada.
De novo eu e só entre o fim e o principio de tudo
que eu mesmo escolhi e aqui moro no lugar
por nome Fim do Mundo.
E que Mundo é este?
Saberás tu me responder a cerca das coisas simples,
fala me e e me responde e eu te direi tantas coisas,
as coisas que moram entre a razão e o coração.
O meu coração que bate tão pouco,
porque pouco ou nada tem...
e a razão que perco porque tão mal a entendo.
Saberás tu o dia que escurecera todas as manhas,
o dia que que alvorada deixar de existir?
O tempo o meu e o dos outros
que me acompanham lado a lado.
Nove horas da manhã
O som do teclado toma forma…
As suas mãos correm e se perdem
Na busca de novas melodias
Lá fora as mesmas coisas…
O movimento constante de sempre.
Em um se estar em parte alguma
Muitas das vezes incerta.
Será que estou só?…
Ou será que a vida se reduz apenas
A este momentâneo apenas?Na verdade,
gostaria de saber
Qual seria o ponto final disto tudo…
Murmurou ela e continuou…
Para onde vamos?
Se é que vamos
Para algum lugar.
"Nós, os artistas (desculpe-me o plural), temos direitos diferentes das pessoas normais, pois temos necessidades diferentes, que nos colocam acima - é preciso que se afirme e acredite - de sua moral. O seu dever é não se consumir jamais no sacrifício. O seu dever real é salvar seu sonho. A beleza tem seus direitos dolorosos: cria, porém, os mais belos esforços d'alma"... "As personagens de Cézanne, , como as belas estátuas antigas, não tem olhar. As minhas personagens, ao contrario vêm. Elas vêm mesmo quando acreditei que não devia pintar-lhes pupilas; mas, como as personagens de Cézanne, elas não exprimem mais do que muda aquiescência á vida"
"Aquilo que procuro não é real nem o irreal, e sim o inconsciente, o mistério do que há de instintivo na raça humana".
'A beleza tem seus direitos dolorosos: cria, porém, os mais belos esforços da alma'... "Nosso único dever é salvar nossos sonhos..."
A ILHA DE VERA CRUZ
Média era, a época da descoberta
A coroa de Portuguesa, comerciava no mediterrâneo
A estrada das Índias Orientais,
Tomada pelos Turcos
Partiu então Pedro, deu-se uma volta pelo mundo
E essa estrada levou, a terras longínquas
Cabral viu e disse terra a vista, pisou na areia da praia
Que Índia estranha, e ao ouvir o canto dos pássaros disseram
Maravilhoso mundo novo,
Antes da colônia as aves eram belas,
Os índios eram livres e pequenos burgueses.
Os portugueses curiosos, exploraram a terra
Se perdiam por ela, e diziam
Maravilhoso mundo novo.
Com o intuito de encontrar jóias raras
Valiosas, bonitas e preciosas, descobriram o ouro, e
No litoral, a pequena ilha guardava
Sua magnífica árvore em forma de semente
Para então, as caravelas viajarem mar à frente
Os índios o branco escravizou,
Seu pagamento era em base de trocas, o escambo tornou escravos os filhos da pátria
Sua mão-de-obra era um futuro perverso,
Em cada verso se esconde as sementes vermelhas
A coroa com o monopólio delas, fez tamanha destruição
De Janeiro até o Grande Norte, matou-se a mata
Os Franceses inimigos invadiram a nova terra
Em busca do pau-brasil
A coroa resistiu até o fim da pré-era.
E assim se foi, os emigrantes deram origem à nova terra
João o país pintou de verde e vermelho
Do verde o lucro clareou, e o vermelho sangue dos filhos fizeram
Com que a terra de indigentes,
Porém também gente, fosse sua humilde serva...
Maravilhoso mundo novo
Era Vera Cruz...
São mortos escondidos os lobos e as raposas...
Entre as giestas, sobreiros, estevas e estevinhas
Uivam os lobos cheios de fome..alcateias..
Perdidas nas grutas das serras e montes..
Andam os caçadores entre as fragas, giestas no monte...
A caça dos javalis que fazem a delicia dos caçadores....
Mata-se a fome bebe-se o vinho, dorme-se a sesta...
Uivam os lobos pelas serra e montes deste nosso Portugal..!!!
Dos covis dos lobos, as grutas das nossas serras
são escuras de desalento, ecos que invadem a alma
corrompem a nossa razão, onde as víboras fazem e
devoram os nossos sentidos, confundem as nossas emoções.
As grutas escuras com vida, da terra quente e fértil
ecos do nosso desalento, onde a solidão nos corrói
Nascem flores e árvores, dando cor, perfume e alegria
a escuridão da nossa vida, muitas vezes triste e solitária.
As grutas escuras escondidas, nos montes e serras deste
nosso Portugal, onde a raposa, faz o seu ninho,
longe das gentes
dos ecos do nosso desalento, que devoram os nossos sentidos
e confundem as nossas emoções, onde a solidão nos corrói.!
Trás-os-Montes
Terra de encantos,
De sonhos, de poetas
Dos campos distantes
De ventos frios e cortantes
De neve e geada, fria e quente
Esta terra de gente acolhedora
De plena simpatia e lealdade.!!
8-11-2013
Talvez sim, talvez não!
Vou talvez envelhecer triste.
Solitário(a) e abandonado(a).
Envelheço num pais cheio de sol, rodeado pelo mar.
Vou envelhecer precocemente, sem dinheiro.
Para os remédios comprar.
Envelheço como um livro rasgado.
Velho(a) esquecido(a) e guardado.
Vou envelhecer, num país acidentado.
Onde tudo que é velho, deitado fora será.
Vou envelhecer neste inferno, nesta estação.
Seja ela outono, inverno, primavera ou verão.
Vou envelhecer , antes da hora marcada.
Sem destino, sem hora, seja dia ou noite.
Vou envelhecer e só para não morrer à fome.
Vou ter que ser ladrão, vigarista ou aldrabão.
E meus amigos, talvez tenha de mudar de nome.
Embora eu não tenha dinheiro para a luz, água e gás pagar.
Emigrar talvez seja o remédio, para pagar ao banco a casa que estou a morar.
Envelheço num país, muito mal governado por ladrões e abutres esfomeados.
Envelhecemos e vivemos todos neste inferno, neste lindo Portugal.
Envelhecemos com sol, mar e boa comida, com os santos populares
Sejamos velhos ou novos envelhecemos de certeza, neste pais acidentado e doente!
Os teus poetas e filhos....choram...
Que Portugal é este....que país é este....
Que deixa fugir os nossos jovens....
Não nos deixam dar pão aos filhos...
E aos velhos cada vez mais sós ....
Tirando-lhe as próprias migalhas....
Não pronuncio nomes detestáveis..
já chega quando os leio nos jornais....
Miseráveis..... que deixam morrem na prisão...
os rouxinóis...como tristes papoilas....
De tristes...e corruptos....
Ficam como salvadores e heróis da pátria....
Pátria - para os últimos heróis......
Que teimam em ficar...lutar...lutar...
Dos que morrem por ti......meu querido Portugal
Ninguém é mais poderoso no mundo.....que a união...
A todos aqueles que tenham sofrido e vejo sofrer.....lutar.....
Lutar para limpar esta pátria...de miseráveis oportunistas...
Nem num instante pleno desta vida....fugir sem lutar....
Mais para morrer que de viver.....sem paz...sem pão..
Os teus poetas e filhos....choram...choram de dor..
Meu querido Portugal......lutar sim.......desistir nunca..!!!
Em Portugal o dia é lindo e perfeito para o Carnaval. É sambar à chuvinha e ficar em pele de galinha!
O tio manel o seu burro está coxo
está coxo, mas ele tem de trabalhar.
Está velho coitado, tem de pedir a reforma
já pediu mas não lha deram, dizem que é muito novo.
Somos muito novos para a reforma...
mas velhos demais para trabalhar
Vamos os dois morrer à fome se não formos
trabalhar, nesta terra onde ninguém dá nada
"tiram-nos é tudo, tio manel."..!!!
Deve-se ao sonho o avanço da civilização. Então, serão os sonhadores construtores incompreendidos, ou serão somente uma bola de sabão inconformada e que assim, levita além da conta, transpondo o limiar do impossível.
Na metamorfose dos sentidos
de um sonegado coração
mergulhado nesta solidão
distópicas almas distraem
sentimentos de desilusão
restumbando na minha mente
ressoando incontestávelmente
aqui neste subconsciente
hoje esperando apenas
que apareças, finalmente.
Bem ás portas de Lisboa
a terra dos combatentes
os heróis sobreviventes
lá está ela, imponente
a Torre de São Vicente.
Erguida nas margens do Tejo
n´antiga praia de Belém
o glorioso monumento
erguido com sentimento
do mais lindo que se tem.
Bela torre inaugurada
no reinado de Dom Manuel
é um castelo medieval
defendendo esta barra
do maior rio nacional.
Quando lhe batem as luzes
se veem inscrições de cruzes
lembrando a potencia global
deste país que é Portugal.
Hoje Património mundial
Honrando as nossas armas
à entrada da cidade
defende a ordem de Cristo
desde tempos passados
onde já fomos lembrados
até à eternidade.
De todas as escolhas possíveis
és aquela de muitas sucessíveis
pois sou um homem caranguejo
e aguardo cheio de vontade
que comigo tenhas cumplicidade
e hoje espero por esse beijo
nos desejos por hoje sonhados
que um dia serão realizados.
És o desejo e quando te vejo
um beijo que sinto e que desminto
com a tua graça que nunca dirfarça
uma felicidade sem ter idade
num ambiente sempre contente
só pra contemplar esse teu olhar
ainda distante mas sempre vibrante.
Sou um poeta sem caminho
Perdido na manta do destino
Esquecido sem o teu abraço
De alma gélida no espaço
Levando marcas de cansaço
Erguido em lágrimas de dor
Esperando por algum amor
Sentindo neste coração
Muitas pétalas de solidão
Este poeta abandonado
Morrerá sem ser amado.
Lá vai o poeta
Sozinho no tempo
Perdido no espaço
Com o sentimento
Sem o teu abraço
Foi-se o momento
Ficou o cansaço
Sem eira nem beira
Naquela esplanada
Sentindo o vazio
Sem a sua amada
De olhar fulgente
E o corpo quente
Sabendo somente
Na verdade nada
Passa um segundo
Contemplando o mundo
E naquela hora
A dor o devora.
Passa mais um dia
Sem a companhia
Numa sinfonia
Muda e vazia.
No campo dos meus amores
vivem poetas e cantores
há ovelhas e pomares
floreado com mil cores
numa cabana lá perdida
mora aquela rapariga
de olhos verdes cintilantes
que brilham como diamantes
de pernas brancas como leite
senti mesmo um deleite
é uma bela camponesa
com elegancia de princesa
numa manhã de primavera
encontrei-a à minha espera
foi quando tudo começou
até que este sonho acabou.
Na quinta dos plátanos verdes
sombria de madrugada
numa alvorada gelada
erguida por entre pilares
entre tempos milenares.
Palácio de muitos andares
nascida de velhos reinados
das guerras de tempos passados
de escravos ali maltratados
que nunca puderam ser nobres
pois nasceram entre os pobres.
Naquela herdade imponente
foi ensinada muita gente
os jovens jogavam à bola
e livros levavam prà escola.
Entre frases e poemas,
alí nasceu a esperança
onde ficou esta lembrança
daqueles tempos de criança.