Tag pernas
Na próxima vez que eu partir, me ame.
Mas me ame com o olhar,
e com um abraço terno e caloroso,
daqueles que fazem a gente desejar viver ali.
Na próxima vez que eu partir, me ame.
Me ame com tua alma,
e faça com que ela invada todo o meu ser.
Me ame com doçura.
Me beije com os lábios já cheios de saudade,
e afague meus cabelos
como quem quer, na verdade, puxar-me para si
e não me deixar partir de modo algum.
Na próxima vez que eu partir,
me agarre, simplesmente,
me prenda entre tuas coxas o tempo que for possível,
e me deleite dentro de ti.
Deste modo, da próxima vez que você me amar
eu é que já não poderei partir.
:::: Augusto Branco
Sessão coruja.
Livro de cabeceira+insomnia.
Um travesseiro entre as pernas que não é você.
Navego passados
e lembranças
Vem brandamente em grades usando janelas para me ver e na cópula sorri dos hunos entre minhas pernas.
Os corredores dos hospitais públicos continuam aplicando seus
“ótimos” tratamentos de habilitação de Pernas-fracas.
Se existe uma vantagem em ser cadeirante? não sei, mais sei que perdi a sensibilidade das pernas, mais aumentei a do coração.
Linda, leve e doce
Cabelos soltos, seios que adornam
um lindo corpo.
Pernas delineadas que encantam,pés
pequenos, retrato de uma doce mulher,
que o pensamento sonha.
Mas é real, meiga, jeito tímido,um encanto
no olhar.
Boca de contorno suave, lábios risonhos.
Que vontade de vê-los falar, e depois bem
de leve os beijar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Os covardes e os sobreviventes são os únicos que numa situação de perigo se surpreendem com as próprias pernas.
Harmonia
Muitas coisas a dizer e nem sei por onde começar;
sentimentos confusos e muitas vezes o pânico a dominar,
quando o vento gira e a escuridão começa a aparecer;
repentino anjo da morte vem a cavalgar.
Nuvens, areia, sol e calor, turbulência começa causando suave tremor.
Viva a vida vorazmente esqueça o futuro está no presente.
Se o universo todo está a conspirar o ciclo da vida começa a girar,
terra fogo água e ar todos os elementos são para combinar.
Estupido e ríspido muitas vezes o destino começa a brilhar,
onde está você furta-cor que vai para lá e para cá,
você não tem paradeiro nem cela nem lugar pra ficar,
ouça a voz da solidão sente comigo e aprenda a lição:
Se duas mãos você tem e duas pernas também,
agradeça, sacuda e tente nova versão.
O ideal seria vivermos em parceria com o que a vida nos proporciona. Um dia de cada vez. O presente como se fosse o último e os passos conforme as pernas conseguem andar.
Cada vez que nós cadeirantes lembramos que dependemos das pessoas para realizar o que Desejamos Desejamos mesmo são as nossas pernas de volta.
Entre os meus dedos,
Entre os meus seios,
Entre meus lábios e pernas
Existe um espaço, um vão...
Que só pode ser preenchido por você.
Você detém todos os moldes.
Sua mão se encaixa perfeitamente à minha.
O vão entre meus seios
O vão entre meus dedos
O vão entre minhas pernas
O vão entre os meu lábios, todos os lábios
Só você pode os preencher com maestria.
As pessoas tem o grave defeito de colocarem a culpa de sua incapacidade nos infortúnios que a vida demonstra, todavia, esquecem que a trilha do destino é feita por suas pernas e não às de Deus.
PERNAS
Era nas tuas pernas
Macias
Morenas
Espelhando desejos
Que eu encostava a cabeça minha
Quando não tinha
Aconchego nem beijos.
Pernas não são eternas
Fraquejam
Perdem brilho
E cor.
Depois resta a saudade
De um tempo de ardor
Que alimentava o amor
Nas tuas pernas
Fraternas
Quentes
Que guardavam cavernas
Ferventes
Ardentes
No tição
Da paixão.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 15-04-2023)
Repousa
Repousa, deixa o teu corpo
deitado junto ao meu.
Estende esses braços, pega
em meu pescoço, solta esse
cabelo em meu peito.
Deixa a vida correr.
Permita-se ficar estendendo
tuas pernas, por sobre as
minhas, com os dedos dos teus
pés, massageias os meus.
Deixa o perfume desse corpo,
em minha pele.
Deixa tua boca em mim tatuada.
Repousa junto com teu corpo.
esse amor só nosso, juntos,
unidos por inteiro.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. R.J
Membro honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico da Acilbras - Cadeira - 681
Patrono - Comendador Maestro - Armando Caaraüra
'...Quando tinha frágeis pernas, sonhava-me andar.
Quando somente a oralidade do som me vinha,
Eram as palavras que me queriam recontar.
Quando me veio o andar do falar,
Comecei a sonhar-me com o sentir..."
Carlos Daniel Dojja
Fragmento Poema Resonhado
Quando minhas pernas se cansam, minha mente lembra que não sou de desistir!
Cheguei até aqui vou até o fim.
Meu foco é cruzar a linha de chegada e saborear o término de mais um ciclo com êxito e sentimento de missão cumprida!
@elidajeronimo